Oasis at Death Valley | Divulção

Como é dormir em um oásis no deserto do Vale da Morte, na Califórnia

Depois de quilômetros sem avistar uma única árvore, é reconfortante chegar ao Oasis at Death Valley e ver que o nome corresponde à realidade. Com dois hotéis em uma área de palmeiras e uma fonte de água subterrânea, o Oasis é de fato um oásis no quente e seco Vale da Morte, na Califórnia, quase Nevada. O deserto, ponto mais baixo da América do Norte, 86 metros abaixo do nível do mar, fica entre quatro e cinco horas de carro de Los Angeles e a duas horas de Las Vegas. Destino com paisagens áridas incríveis e pouco explorado por brasileiros, combina com uma road trip.

Atualização: O Parque Nacional do Vale da Morte alcançou, por dois anos consecutivos (2020 e 2021), o recorde de temperatura mais alta registrada na Terra: 54,4 graus Celsius. Clique para ler meu texto sobre o recorde de calor no #Colabora, site jornalístico voltado para o desenvolvimento sustentável.

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A piscina de água natural do Inn at Death Valley, no Vale da Morte, Califórnia
A piscina de água natural do Inn at Death Valley | Foto de Carla Lencastre

O Oasis at Death Valley terminou no final de 2018 uma renovação de US$ 100 milhões. O resort pertence ao grupo americano Xanterra Travel Collection, especializado em gestão de parques e com empresas como a Windstar Cruises no portfólio. São dois hotéis no Vale da Morte. The Inn at Death Valley é mais elegante, com 66 quartos e novas 11 casitas (com dois quartos cada). Ranch at Death Valley, com 224 quartos, é voltado para famílias. Ambos foram construídos pela Pacific Coast Borax Company (PCBC) entre as décadas de 1920 e 1930. A convite do Visit California, me hospedei mês passado no Inn, antes do IPW, feira de viagens dos EUA realizada este ano em Anaheim.

Um resort que é um oásis no deserto do Vale da Morte, na Califórnia

O histórico Inn (vista área no início do post) foi construído pela PCBC no final da década de 1920, quando a companhia começou a transição da mineração (os lucros estavam diminuindo) para o turismo. Desde o começo, o resort com arquitetura inspirada nas missões espanholas recebeu celebridades de Hollywood, como Clark Gable e Carole Lombard e, mais tarde, Marlon Brando. O hotel foi erguido de frente para o vale e para as Panamint Mountains, onde fica o Telescope Peak (3.366 metros), ponto culminante do Death Valley National Park. Criado em 1994, é um dos maiores parques dos EUA. O Ranch surgiu em 1933, ano em que o Vale da Morte foi reconhecido como Monumento Nacional, e vem sendo ampliado ao longo das décadas.

Quarto do Inn at Death Valley, no Vale da Morte, na Califórnia
Um dos 66 quartos do Inn no Vale da Morte | Foto de Carla Lencastre

Os quartos do Inn seguem o estilo old school no décor. São acolhedores e estão em bom estado de conservação. Somente o ar-condicionado, tão importante na região, poderia ser um pouco menos vintage. Os banheiros são claros e modernos. Meu quarto tinha escrivaninha, mesinha com poltronas, closet, minigeladeira, cafeteira e garrafas de água.

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o Vale da Morte é oportunidade para detox digital na Califórnia

Como o hotel está no meio do Vale da Morte, que por sua vez está no meio do nada, não conte com sinal de celular. Nos três dias em que estive por lá, não houve sinal para o meu telefone nem para o das pessoas que me acompanhavam. O hotel tem Wi-Fi razoável no lobby e nos quartos mais perto da entrada. Para evitar decepções, o melhor é aproveitar a viagem ao Vale do Morte para um curto detox digital.

O cenário é absurdamente fotogênico, e investir na área em torno da recepção pode ser a solução para postar fotos do dia. O amplo lobby é dos mais charmosos, com diversos cantos bonitos e confortáveis para se sentar e travar a longa batalha com o Wi-Fi. De preferência com uma bebida ao lado. O novo bar tem carta surpreendentemente criativa para um lugar tão remoto. O restaurante de cozinha internacional é bom e contempla vegetarianos. O serviço, principalmente quando o bar e o restaurante estão cheios, pode ser um pouco confuso, mas sempre muito gentil.

Painéis de energia solar no Oasis at Death Valley, Vale da Morte, Califórnia
Painéis de energia solar no resort Oasis at Death Valley | Foto de divulgação

O Inn tem um lindo pátio ao ar livre repleto de sofás confortáveis para o assistir ao nascer do sol ou contemplar estrelas (o céu é dos mais escuros do mundo, dá para ver a Via Láctea). A piscina de água natural da fonte subterrânea do oásis tem temperatura em torno de 30 graus Celsius. Com vista para as montanhas, permite algumas braçadas. Parece uma miragem. Como água no deserto é ouro, a piscina não tem cloro e a água pode ser usada para irrigação. Práticas sustentáveis foram um dos focos da renovação dos dois hotéis do Oasis, com ênfase para a economia de água e energia.

Last Kind Words, restaurante no Ranch at Death Valley, Vale da Morte, Califórnia
Last Kind Words, restaurante no Ranch at Death Valley | Foto de Carla Lencastre

O Inn tem spa, duas quadras de tênis e jardins. O contraste da vegetação verde do oásis com com os tons de areia e terra da região é uma das maravilhas do deserto do Vale da Morte, na Califórnia.

No Ranch as atrações são um campo de golfe 65 metros abaixo do nível do mar; quadras de tênis, basquete e vôlei; o Museu do Bórax, e uma boa loja que vende de tâmaras a camisetas. Fica perto do Furnace Creek, o Centro de Visitantes do Vale da Morte. Um dos destaques é o restaurante Last Kind Words Saloon, decorado como no Velho Oeste, com pôsteres antigos e antiguidades em geral. Há uma carta de cervejas artesanais e a comida é boa. Justifica uma refeição para apreciar os mil detalhes originais do ambiente.

Conto mais sobre o Vale da Morte na revista Panrotas. Clique para ler o texto na edição digital (a partir da página 14).

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Leela Palace New Delhi: terceiro melhor hotel urbano da Ásia

A esperada lista World’s Best Awards 2019 da Travel and Leisure acaba de ser divulgada e, como sempre, agita o mercado hoteleiro. Afinal, quem é que não quer ver sua propriedade figurando entre os melhores do mundo, segundo uma das mais prestigiosas publicações internacionais do setor?

A lista deste ano trouxe repetecos bem-vindos – como a escolha da rede Six Senses como a melhor rede hoteleira do mundo – , mas trouxe novidades que nos chamaram atenção. Como, por exemplo, o fato do The Leela Palace New Delhi ter sido escolhido o terceiro melhor hotel de todo o continente asiático.

Afinal, a Ásia é um dos continentes mais férteis do mundo para hotelaria de primeira linha. Veio de lá também o melhor hotel do mundo no ano passado, o Four Seasons Bali at Sayan (que considero também um dos melhores hotéis do meu mundo) e o vencedor deste ano, o Leela Palace Udaipur, na Índia.

A própria Índia é um país que preza pela hotelaria de altíssima qualidade, como já falamos aqui. E Delhi mesma tem vários excelentes hotéis de personalidades bem diferentes espalhados pela cidade toda – mas o Leela Palace merece, sim, estar entre os 100 melhores hotéis do mundo na lista da Travel and Leisure deste ano. Na categoria hotéis urbanos na Ásia, o Leela Palace New Delhi perdeu no ranking deste ano apenas para o novo Rosewood Beijing e para o Oberoi Mumbai.

O The Leela Palace New Delhi realmente superou todas as minhas expectativas durante minha hospedagem ali em abril último, durante um longo périplo indiano – e olha que já me hospedei em diversas pérolas da hotelaria indiana, inclusive na própria capital (como o incrível The Lodhi, do portfólio da Leading Hotels of the World).

O Leela Palace New Delhi segue o melhor estilo da hotelaria indiana, com excelência em serviços e acomodações super confortáveis – mas sem pecar em nenhum momento por excesso. Construído especificamente para ser um hotel de luxo, tem todos os seus móveis e objetos de décor feitos sob medida por artesãos locais – e chama atenção também pelo esmero nos muitos arranjos de flores espalhados pela propriedade toda.

Há certa opulência no lobby de entrada, mas os demais ambientes são bastante contemporâneos e cálidos, daquele tipo que faz o hóspede se sentir confortável rapidamente. Até mesmo a decoração dos quartos, que remete às vibes palacianas aqui e ali, são delicadas e aconchegantes – sua categoria standard tem os maiores quartos da cidade nesta categoria de entrada. Os quartos, aliás, têm excelente isolamento acústico, banheiros em mármore com banheira e chuveiro separados, cafés, chás e biscoitos cortesia e acesso ao sistema de mordomo.

A localização na área das embaixadas de Delhi permite deslocamentos razoavelmente fáceis tanto para o aeroporto como para zonas mais turísticas da cidade (e há muitas opções de restaurantes e compras nos arredores). Da bela rooftop pool com borda infinity no último andar – com água sempre mantida em perfeitos 26 graus – há vista panorâmica para Nova Delhi todinha.

São quatro restaurantes de especialidades diferentes (Internacional, Indiana, Japonesa e Italiana) abertos para almoço e jantar e um ótimo speakeasy bar, o Library Bar. O imenso buffet de café da manhã é servido diariamente no belíssimo Qube, inteiramente construído como um cubo de faces de vidro nos jardins do hotel – com décor cheio de espelhos que permite reflexos caprichados da paisagem externa no interior do restaurante. E ainda há um belo ESPA spa na propriedade.

Não fiquei hospedada em outros hotéis da rede Leela, mas a participação da unidade de New Delhi no World’s Best 2019 está corretíssima na minha opinião. A lista completa dos melhores hotéis do ano segundo a Travel and Leisure pode ser conferida aqui.

E dá pra conferir minha review completinha sobre o Leela Palace New Delhi aqui.

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Piscina do Andaz West Hollywood

O hotel do rock em West Hollywood, Los Angeles

Em um endereço célebre por diversas histórias envolvendo músicos de rock desde a década de 1960, o hotel Andaz West Hollywood, em Los Angeles, acaba de completar 10 anos em boa forma. A movimentada vida pregressa do prédio é homenageada no décor contemporâneo repleto de referências ao rock’n’roll. O ambiente continua artsy e festivo, ainda que mais comportado.

Foto da Tower Records no lobby do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Referências ao rock no lobby do Andaz WeHo | Foto de Carla Lencastre

O Andaz é uma das cinco marcas de lifestyle do grupo americano Hyatt. Este foi o primeiro nos Estados Unidos, e o segundo com a bandeira no mundo, depois de Londres. Para lançar a marca nos EUA, a rede fez um retrofit no Continental, hotel lendário das décadas de 1960/70 no mítico Sunset Boulevard. Na época, os nightclubs da Strip e arredores estavam se transformando em clubes de rock. Quem viu Rocketman vai se lembrar do Troubadour, aberto em 1957, onde Elton John fez a primeira apresentação nos EUA, em 1970. A casa de shows fica a dez minutos de carro do Andaz.

Procurado por artistas que se apresentavam nos clubes da região, e por seus fãs, o então Continental foi cenário de muitas loucuras, como o rolling stone Keith Richards jogando uma televisão pela janela. A maior delas deve ter sido Jim Morrison, vocalista do Doors, pendurado na varanda do 10º andar, em 1966. Foi expulso do hotel, onde estava morando.

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Parte da antiga varanda de um dos quartos do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Parte da antiga varanda de um dos quartos do Andaz | Foto de Carla Lencastre

Hoje espera-se que os hóspedes não repitam nenhuma das duas cenas, que de qualquer maneira seriam impossíveis. O Hyatt, que administra o hotel desde 1967, inicialmente com o nome de Continental Hyatt House, fechou todas as varandas com vidro há dez anos, na repaginação para a mudança de marca. Com isso, os quartos de frente do Andaz WeHo ganharam uma área envidraçada, com chaise longue, poltrona, mesinha e vistas para a cidade.

As 239 acomodações são amplas e confortáveis, com decoração moderna e bebidas não alcoólicas do minibar incluídas nas diárias. O barulho da Sunset Strip pode incomodar e há protetores de ouvido à disposição nas mesas de cabeceira. O hotel tem piscina no terraço (foto em destaque no alto), uma raridade em Los Angeles, com vista para as colinas de Hollywood e suas casas espetaculares, e lobby acolhedor com sofás e poltronas confortáveis. Ao lado da entrada, um amplo bar e restaurante com cozinha aberta serve um ótimo café da manhã, com bufê e opções à la carte. Chama-se Riot House, uma homenagem ao apelido pelo qual o hotel sempre foi conhecido, que faz um trocadilho com Hyatt House e seus muitos anos de rock’n’roll.

Outras opções de hotel no Sunset Boulevard, em West Hollywood, Los Angeles

Fiquei hospeda no Andaz WeHo mês passado, a convite do Visit California, depois do Internacional Pow Wow (IPW), a maior feira de viagens dos EUA. Esta é uma das minhas áreas favoritas para ficar em Los Angeles. West Hollywood é razoavelmente central, ao lado de Beverly Hills e a mais ou menos o mesmo tempo de carro tanto de Downtown LA quanto de Santa Monica. Dá para ir a pé para casas de shows famosas como The Comedy Store, The Viper Room e Whisky a Go Go. É uma área vibrante, repleta de bons bares e restaurantes, clubes noturnos e lojas charmosas, com muitas opções voltadas para o público LGBTQ+.

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Quase em frente ao Andaz, estão o Sunset Tower e o Mondrian Los Angeles. O Sunset Tower é um clássico da área, com todo um glamour old world em histórico prédio art déco, que já abrigou muitos astros e estrelas de Hollywood. Seu tradicional e concorrido Tower Bar agora tem uma extensão do restaurante na área da piscina, voltada para a cidade.

Piscina com vista no Mondrian Los Angeles, hotel em West Hollywood
Piscina com vista no Mondrian Los Angeles | Foto de Carla Lencastre

O Mondrian também tem bar na piscina com vista, disputado a partir do pôr do sol. O lobby lembra uma galeria de arte, com obras contemporâneas. Os quartos seguem a vibe sexy que caracteriza os hotéis do Morgans Group, hoje parte do SBE (SLS, Delano etc.), do qual a rede AccorHotels tem 50%. Philippe Starck assina o design original do hotel, de 1996. O projeto passou por modificações durante a última grande renovação, em 2008.

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Sunset Tower (à esquerda) e BW Plus Sunset Plaza vistos do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Sunset Tower (à esquerda) e BW Plus Sunset vistos do Andaz | Foto de Carla Lencastre

Entre o Mondrian e o Tower há uma opção sem glamour e mais econômica, mas na mesma localização privilegiada, o Best Western Plus Sunset Plaza. Ao lado do Mondrian fica o novíssimo 1 Hotel West Hollywood. Mais adiante, previsto para abrir em dezembro, encontra-se o West Hollywood Edition. Na direção oposta, pouco depois do Tower, está o quase centenário Chateau Marmont, ícone local. É o único hotel desta parte do Sunset Boulevard com mais histórias que a Riot House. Mas isso fica para outro dia.

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Santiago abre o primeiro Mandarin Oriental da América Latina

O antigo Grand Hyatt Las Condes, em Santiago, Chile, virou agora Hotel Santiago by Mandarin Oriental e, a partir do final deste ano, passará a ser Mandarin Oriental Santiago, o primeiro hotel da rede asiática na América Latina. E fui convidada a me hospedar na propriedade em maio último justamente para conferir como anda esse processo de transformação.

Em pleno funcionamento durante todo o rebranding e readequação aos padrões de instalações e serviços da rede Mandarin Oriental, o Hotel Santiago tem localização privilegiada em Las Condes, com acesso fácil a bares, restaurantes, atrações turísticas e o Shopping Parque Arauco, logo ao lado. 

Na entrada, já chama a atenção o novo e impactante lobby, inteiramente decorado com obras e peças de artistas mulheres chilenas. O pé direito muito alto, tanto do lado da recepção quanto do lado com acesso à piscina, permite muita entrada de luz natural durante todo o dia. O novo décor do lobby fez ótimo uso do enorme vão central do hotel com uma instalação artística que cria a sensação de um “teto falso”. Enormes peças de tecidos coloridos dão leveza à divisão do lobby com o hall dos elevadores – panorâmicos, por sinal. 

Os 310 quartos do hotel estão distribuídos em 19 andares e têm grandes janelas que ocupam quase toda a largura da parede, com vista para a cidade emoldurada pela Cordilheira dos Andes, ao fundo. O décor definitivo dos quartos ainda não foi implementado e a maioria permanece com o visual da última remodelação dos tempos de Hyatt (a nova cartela de cores deve vir muito mais arejada e delicada). A afinada equipe de pâtisserie se encarrega de belas amenidades de boas vindas e cafeteiras Nespresso também devem ser instaladas em todos os quartos em breve.

Ganha destaque a belíssima área externa do hotel, com paisagismo cuidadoso e um enorme piscina em estilo lagoa, com direito a cascata e tudo, um feature que realmente faz falta na maioria dos hotéis de luxo de Santiago – e rodeada de espreguiçadeiras e futons.

O ótimo restaurante mediterrâneo Senso deve puxar o carro da alta gastronomia que deve se instalar em definitivo no hotel até o final do ano: pratos muito saborosos, bela apresentação e serviço irretocável. E são responsáveis também pelo ótimo serviço de quarto, que testei e aprovei durante minha estadia. 

Por enquanto, há também um restaurante japonês, o Matsuri, e o Atrium Lobby Lounge, que serve diariamente drinks, chá da tarde e lanches e pratos rápidos.  O hotel deve reformular por completo o visual ultrapassado de seu enorme Duke’s Bar, abrindo um esperado bar especializado em gim em outubro, comandado pela celebrada mixologista Chabi Cádiz.

Há ainda spa, fitness center e um belo Executive Lounge de dois andares, com vista panorâmica, que servia até pratos trufados para alguns hóspedes na época em que me hospedei. As laterais do lobby devem ganhar em breve unidades de duas grandes marcas de luxo da moda.

O serviço do hotel em geral, como em todo rebranding, ainda passa por treinamentos para chegar aos padrões Mandarin Oriental e deve sofrer pequenos ajustes nos próximos meses.

Em agosto, a diretora de comunicação do hotel, Margarita Pereira, esteve no Brasil para confirmar a inauguração oficial da propriedade na primeira semana de dezembro. O dia exato deve ser definido em breve pelo Feng Shui Master do grupo Mandarin Oriental, que leva em conta fatores como a data e o horário de nascimento do gerente-geral Ignacio Rodríguez para fazer sua escolha.

Por aqui, estamos ansiosas para ver as mudanças no design e na gastronomia que devem acontecer nos próximos meses. Espiei os projetos do novo décor dos quartos, por exemplo, e deve ficar incrível. O hotel vem investindo pesado também em atividades que tragam moradores locais para seus espaços públicos (restaurantes, chá da tarde, lojas, desfiles de moda etc) e tem tudo para se tornar realmente um ícone na cidade nos próximos anos. 

As novidades não devem parar por aí, não: durante a ILTM Latin America representantes do grupo Mandarin Oriental nos contaram que um segundo hotel da rede será aberto nos próximos anos, também no Chile, na vizinha Viña del Mar. Tem tudo para virar uma dobradinha perfeita!

Desta vez, voei a Santiago experimentando a nova rota da Sky Airline. Como o hotel não oferece ainda serviço próprio de traslados executivos, utilizei os ótimos serviços de transfer da Blacklane para chegar e sair para o aeroporto.

Dá pra conferir minha review completa do Mandarin Oriental Santiago também aqui.

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As novidades do Sheraton Reserva do Paiva

Nos últimos anos, a Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, se desenvolveu rapidamente no mercado imobiliário e vem atraindo também cada vez mais turistas à região de belas praias que o rodeia – graças também ao hotel Sheraton Reserva do Paiva, que desencadeou considerável improvement na infra-estrutura regional.

O hotel, inaugurado há quase cinco anos, o Sheraton Reserva do Paiva me convidou neste último mês de maio para uma nova hospedagem ali, justamente para conferir as novidades da propriedade implementadas nos últimos tempos (a review da primeira vez que me hospedei ali pode ser conferida aqui).

Com arquitetura que acompanha o conceito arquitetônico da Reserva do Paiva (pautado em prédios baixos e extensas áreas verdes), tem localização bastante favorável para quem quer garantir sossego na hospedagem mas ter fácil acesso às rotas para explorar as praias da região. Apesar de bastante afastado de Recife propriamente dita, incluindo seu centro histórico e suas zonas mais boêmias e comerciais, a propriedade é quase pé na areia – a gente só precisa atravessar a avenida em frente para chegar ao mar. Localizado entre mar, área de mangue protegida e mata atlântica, o hotel se converteu também numa escapada tradicional de final de semana para muitos recifenses, como pude constatar durante esta última visita.

A orientação para o turismo de negócios e convenções ali também é grande, incluindo um moderno centro de convenções e eventos com mais de 1,500 metros quadrados para mais de duas mil pessoas. E a sustentabilidade tem espaço garantido, com projetos especiais de iluminação sustentável, controle da água, reciclagem, isolamento térmico e acústico.

As áreas comuns do hotel continuam chamando atenção pelo respeitável acervo de arte contemporânea que exibem em suas paredes. São quase 300 quartos, todos com vista para o mar ou para o manguezal e todos equipados com a premiada Sheraton Sweet Sleeper Bed. Minha hospedagem desta vez aconteceu em um quarto Sheraton Club, com acesso ao ótimo Sheraton Club Lounge o dia todo – incluindo um muito simpático café da manhã diário e happy hour com petiscos e bebidas alcoólicas todo final de tarde (encontrei ali, aliás, a melhor qualidade de serviço de todo o hotel). Único senão do club lounge é que, enquanto é um oásis de paz, sossego e silêncio durante a semana, costuma ser bastante cheio e barulhento aos finais de semana.

As opções de gastronomia por ali melhoraram muito em relação à minha primeira visita, no final de 2014 e constituem as principais melhoras da propriedade nestes últimos tempos. O restaurante principal, o Paiva Grill (que por muito tempo foi o único restaurante do hotel), funciona para café da manhã, almoço e jantar em formato buffet. Mas o hotel ganhou também o ótimo Reserva, que serve jantares à la carte (com ótima opção de menu degustação de cinco passos); os pratos rápidos do Lobby Bar (incluindo deliciosos sushis preparados ali mesmo, à vista dos hóspedes, nas noites de sexta-feira), e um delicioso restaurante à beira-mar no beach club para almoços descontraídos (inclusive bem tardios).

Desta vez, por problemas de serviço interno do hotel, infelizmente não consegui fazer uso de seu Sheraton Shine Spa, o spa interno com quase 600 metros quadrados de área (não posso atestar sobre a qualidade do mesmo agora, mas usei na visita anterior e tinha gostado bastante). Ao lado, um ,Sheraton Fitness Center de 120 metros quadrados. Piscina de adultos, piscina infantil, kids club, quadra poliesportiva, mini-golf e mesas de jogos completam a área de lazer do prédio principal.

Mas a área mais gostosa para o lazer fica à beira-mar, do outro lado da avenida que passa em frente ao hotel: o Sheraton Reserva do Paiva Beach Club. São dez minutinhos de caminhada ou cinco minutos de carro, em vans de cortesia que fazem esse trajeto ida e volta a cada meia hora. Além do restaurante e do bar completo, há piscina exclusiva, serviço de praia (embora a praia ali não seja própria para banho) e uma imensa área verde com direito a tatames, futons e espreguiçadeiras. A melhor pedida ali é usar o beach club como base e caminhar pela praia cerca de 3km para chegar às deliciosas piscinas naturais do Paiva (sossegadas, quase vazias, e boas para banho mesmo na maré alta). chegar a uma área mais gostosa para banhos, com piscinas naturais.

Vale saber que, logo em frente ao beach club, foi aberto um pequeno complexo de gastronomia e entretenimento, com boas opções para quem quer variar o cardápio das refeições sem se distanciar do hotel – incluindo uma filial do gostoso Beijupirá.

Mais detalhes da hospedagem no Sheraton Reserva do Paiva podem ser conferidos aqui.

ATUALIZAÇÃO: Em 23 de junho de 2020, o Sheraton Reserva do Paiva anunciou que encerraria suas operações até o final de julho do mesmo ano.

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