Anantara Preá

Vila Carnaúba levará marca Anantara ao preá, no Ceará

Primeiro, era um destino quase secreto, majoritariamente de locais. Depois vieram os kitesurfistas, que descobriram ali um dos melhores lugares do planeta para prática do esporte. Abriu então a Rancho do Peixe, depois diversas pousadinhas mais simples vieram, e há alguns anos chegou o espetacular Casana Hotel, que consolidou o destino no mercado de luxo nacional e estrangeiro. Mas o cenário por ali deve se transformar como nunca nos próximos anos: o Vila Carnaúba levará marca Anantara ao Preá, no Ceará.

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O Vila Carnaúba é o projeto “menina dos olhos” do Grupo Carnaúba, holding brasileira com foco em desenvolvimento imobiliário, que diz querer transformar a praia do Preá, vizinha a Jericoacoara de um lado e Barrinha do outro, em um destino turístico planejado e sustentável. E neste setembro tive o prazer de conhecer pessoalmente o andamento dos empreendimentos do grupo na região.

Idealizado por Julio Capua, ex-sócio e co-fundador da XP Investimentos e líder do Grupo Carnaúba, o super condomínio de alto padrão Vila Carnaúba levará ao Preá, além de casas particulares, clube e escola de kite exclusivos, piscina, quadras de tênis e poliesportiva, fitness center, spa etc, também um esperado hotel da marca Anantara.

O novo Anantara Preá Ceará Resort, da Minor Hotels, tem inauguração prevista para 2026 e contará, dentro do Vila Carnaúba, com 60 quartos e villas, 25 bangalôs residenciais (alguns com piscina privativa) e uma Suíte Presidencial de 120m². Os hóspedes terão acesso a todas as comodidades do complexo, como restaurantes e bares, instalações esportivas e academia, clube infantil, escola de kitesurf etc.

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Anantara Preá
Detalhe do futuro Anantara Preá, no Vila Carnaúba, Ceará. Foto: Divulgação

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VILA CARNAÚBA LEVARÁ MARCA ANANTARA AO PREÁ, NO CEARÁ

Construído na área mais próxima do mar do terreno do condomínio, separado da praia por uma área de proteção de mangue demarcada, o Anantara Preá Ceará Resort também terá um restaurante com foco em gastronomia regional e um Anantara Spa. O aeroporto de Jeri está a cerca de 20 minutos do complexo, assim como as belas dunas, lagoas e praias de Barrinha.

A parceria com o Grupo Carnaúba para a construção do Anantara Preá espera fortalecer e valorizar ainda mais o mercado imobiliário da região, colaborando para consolidar o destino na rota do turismo de luxo internacional.

Ocupando mais de 52.000 metros quadrados, o resort – que terá também apelo “eco”- terá design e decoração elaborados pelo arquiteto brasileiro Miguel Pinto Guimarães e paisagismo da Embyá Paisagens & Ecossistemas, privilegiando materiais naturais e regionais nas obras.

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Vila Carnaúba
O Kite Container do Vila Carnaúba. Foto: Mari Campos

Segundo a Minor Hotels, as iniciativas sustentáveis e sociais da Vila Carnaúba, que está em fase final de desenvolvimento e deve inaugurar a primeira parte do projeto já no ano que vem, foram elemento essencial para a consolidação da parceria com a marca Anantara. Os projetos do Grupo Carnaúba na região incluem descarte correto e reciclagem de resíduos, reflorestamento dentro da área do condomínio, replantio de palmeiras de carnaúba e apoio a produtores locais de alimentos, por exemplo.

O projeto do hotel e do condomínio prevê iluminação reduzida à noite para preservar o panorama do céu e minimizar o impacto da presença humana na fauna local. Uma bela passarela de madeira garantirá o acesso dos hóspedes à praia do Preá, sem afetar a área protegida de mangue localizada entre o resort e a areia.

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Vila Carnaúba
Detalhe de uma das propostas residenciais do Vila Carnaúba. Foto: Divulgação

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Destino planejado e sustentável

Com o kitesurf estreando como esporte olímpico nos Jogos Paris2024 e Barrinha se consolidando como palco de um dos mais bonitos finais de tarde do Brasil, a praia do Preá tem mesmo um belo potencial de desenvolvimento nos próximos anos – ainda mais com a expectativa de o aeroporto de Jericoacoara começar a receber voos internacionais talvez já a partir do ano que vem.

Foi pensando nesse potencial todo que o Grupo Carnaúba comprou distintos terrenos na região – num total de de 20 milhões de m² – e alega querer transformar o Preá no principal destino turístico planejado do país. “Tudo isso sem perder a simplicidade e essência do lugar, do rústico e do pé na areia, mas com mais conforto”, diz Capua.

O Vila Carnaúba contará com ruas de areia, casas sem muros (e todas com vista para lagos) e terá acesso vetado a carros – além de um exclusivo “Kite container reciclado e transformado em uma espécie de lounge na areia, que funcionará para os hóspedes kitesurfistas como os “ski concierges” dos resorts de neve de luxo.

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Vila Carnaúba
Detalhe do enorme viveiro do projeto de reflorestamento do Vila Carnaúba. Foto: Mari Campos

Além do Vila Carnaúba, que combinará moradia e turismo, o grupo está desenvolvendo simultaneamente o clube de hospedagens Carnaúba Wind House, que pretende unir o conforto de uma casa de férias com a estrutura de um hotel e a exclusividade de um clube – mas sem restrição de datas ou hospedagem em casas preestabelecidas, como costuma acontecer com os projetos tradicionais de time sharing.

O empreendimento permitirá também aos amantes do kitesurf uma experiência inédita na região, além da possibilidade de viajar leve, sem carregar equipamentos a cada viagem. O Carnaúba Wind House está sendo construído anexo ao popular Rancho do Kite, pé na areia na praia do Preá.

Paralelamente, para compensar e acompanhar os mega investimentos na região, criaram interessantes ações de impacto social, econômico e ambiental junto às comunidades locais do Preá e da vizinha Barrinha.

Vila Carnaúba
Um dos lagos do Vila Carnaúba. Foto: Mari Campos

Há projetos (realizados com funding exclusivo da holding ou pelo Instituto Camboa, criado pelo grupo) de gestão de resíduos e reciclagem de lixo (o empolgante Mais Vida, Menos Lixo, desenvolvido em parceria com a Coopbravo em Barrinha, que também tive o prazer de visitar), para a educação (incluindo capacitação de mão de obra) e reflorestamento (incluindo um excepcional viveiro que já criou mais de dez mil mudas de 62 espécies diferentes, todas nativas da região, para o reflorestamento do condomínio e paisagismo do hotel), entre outros. Para ficar de olho.

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A primeira fase do Vila Carnaúba deve ser inaugurada ainda no ano que vem; o Anantara Preá Ceará Resort, só em 2026. Assim, o resort deve ser o segundo hotel da marca Anantara no Brasil, já que a Minor Hotels pretende inaugurar o Anantara Mamucabo Bahia Resort em 2025. O Grupo Carnaúba planeja ter ainda outros hotéis em seus empreendimentos no Preá.

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5 Erros para evitar em um hotel

Check ins e check outs são, comprovadamente (segundo diversas pesquisas do setor), o principal fator recorrente de stress em viagens. É por isso mesmo que tantos agentes de viagem tentam montar itinerários com o mínimo possível deles ao longo da jornada. No caso da hotelaria, existem boas práticas para deixar qualquer viagem mais redondinha e agradável. Por isso mesmo, listo aqui 5 erros para evitar em um hotel garantindo, assim, processos de check-in e check-out mais tranquilos e eficientes.

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Como alguns check ins e check outs serão sempre inevitáveis em nossas viagens, ter calma, se programar antecipadamente para diminuir o ritmo nessas ocasiões e fazer uma coisa de cada vez, com o máximo possível de atenção, são os principais conselhos de especialistas para essas horas.

Vem espiar, então, 5 erros para evitar em um hotel em sua próxima viagem. Devagarinho você vai ver que estes processos listados se tornarão automáticos nos seus check ins e check outs em propriedades hoteleiras; e nas viagens seguintes tudo transcorrerá cada vez mais suave.

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5 erros para evitar em um hotel

1. Não pedir early check in ou late check out

Se você reservou seu hotel ou pousada através de um bom agente de viagens, ele seguramente já tentou isso por você. Mas, se você reservou de maneira independente, tente sempre ambas opções ao fazer seu check in no hotel – perguntar na recepção é sempre o melhor caminho. Se você for flexível quanto ao tipo de quarto que reservou, suas chances aumentam para o early check in; afinal, seu quarto pode não estar pronto, mas o hotel pode ter disponibilidade instantânea em outra acomodação. Para o late check out, tente na véspera de sua partida, se não der certo, refaça a tentativa na manhã seguinte, logo cedo.

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2. Não deixar informação pessoal no check in

Se o recepcionista perguntar no check in se você quer deixar seu email, responder que sim, deixar seu cartão de crédito registrado e pedir para que a conta seja enviada diretamente por ali no check out costuma poupar tempo. Em cada vez mais hotéis isso funciona como uma forma segura e muito prática de pular a formalidade do check out e poder simplesmente fechar as malas no horário correto e partir, sem burocracias. Mas, é claro, nem pense em deixar de conferir sua conta/extrato da estadia, é claro; quando puder, revise sempre a documentação enviada pela recepção do hotel para garantir que tudo esteja devidamente cobrado e não haja nenhuma cobrança extra.

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3. Não perguntar/confirmar taxas extras

Ninguém precisa ter a surpresa desagradável de ser cobrado por taxas inesperadas no check out, certo? Então a melhor coisa é se informar previamente – e confirmar no check in – se existe qualquer tipo de taxa/fee cobrado pela propriedade. Isso vale especialmente para hotéis americanos em estilo resort, que agora cobram “taxa resort” compulsória – e que não costumam aparecer nos valores de diárias mostrados/cobrados para reservas via OTAs como a Booking. Confirme sempre no check in se a propriedade tem cobrança de qualquer taxa extra durante a estadia e, se a cobrança se referir a serviços que não pretende usar, tente negociar se elas poderiam ser removidas da sua conta final.

4. Não tentar um upgrade

A menos que você tenha reservado a suíte presidencial, vale sempre tentar educadamente conseguir um upgrade no seu check in em um hotel. Se a propriedade não estiver lotada, é bem possível que você tenha sucesso ao mudar de um quarto com vista interna para vista externa, um quarto standard para um superior/deluxe, e assim por diante. A mesma tentativa pode ser feita caso você tenha sono muito leve e deseje garantir uma estadia mais tranquila, de sono mais restaurador. Explicando com jeitinho, quem sabe você não muda daquele quarto ao lado do elevador para um mais quieto e reservado?

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5. Não dar aquela última olhada no quarto antes de ir embora

Essa recomendação é antiga, mas é impressionante a quantidade de hóspedes que não tem esse hábito ao deixar um quarto de hotel ou pousada. Toda semana, supervisores e camareiras encontram os mais diversos objetos esquecidos pelos hóspedes nas acomodações, de itens de higiene e limpeza a roupa íntima secando no banheiro, carregadores de celular ou até casacos deixados no armário. Isso quando o hóspede não esquece o cofre fechado com tudo dentro e depois precisa passar por uma baita burocracia para ter seus pertences recolhidos e enviados via Sedex para sua casa ou o destino seguinte da viagem – conheço gente que já esqueceu o passaporte numa dessas e só se deu conta uma semana depois, no dia de volta pra casa… Certifique-se sempre de olhar cada cantinho do quarto e do banheiro antes de bater a porta. E, de preferência, aproveite essa checagem final para deixar uma gorjeta para a equipe de housekeeping, que provavelmente terá trabalhado bastante para garantir uma boa estadia.

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Fasano Itaim

Por dentro do novo Fasano Itaim

Exatos 20 anos após a abertura do primeiro hotel do grupo, nos Jardins, o Fasano Itaim foi inaugurado na rua Pedroso de Alvarenga, no Itaim. O décimo hotel Fasano (que já soma propriedades em São Paulo, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Fazenda Boa Vista, Belo Horizonte, Salvador, Trancoso, Punta del Este e Nova York e já tem a próxima inauguração anunciada para Londres) é também o maior de todos.

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A esperada abertura do novo Fasano São Paulo Itaim aconteceu com belo projeto de Marcio Kogan, que deixou uma indelével “assinatura” Fasano em todos os ambientes do novo hotel, incluindo piso de basalto, muitas ripas de madeira e fotos e ilustrações antigas nas paredes, tanto nos quartos quanto nas áreas sociais.

Fasano Itaim
Fasano Itaim. Foto: Mari Campos

Chama atenção logo de cara o lobby retangular, em formato contínuo por todo o edifício, passando por recepção, lounges, bar até chegar à nova unidade do restaurante Gero, com ambientes interno e externo.

Os deliciosos lounges do térreo contam com móveis Minotti, Geraldo de Barros e Jorge Zalszupin, e objetos garimpados pelo próprio Gero Fasano – e têm tudo para se tornar frequente ponto de encontro paulistano, à exemplo da primeira unidade do grupo nos Jardins.

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Fasano Itaim
Fasano Itaim. Foto: Mari Campos

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Conforto e elegância

O novo Fasano Itaim conta com 107 elegantes acomodações com áreas privativas entre 30 e 190 metros quadrados. As janelas infelizmente não abrem mas, grandonas e quadradas, permitem bastante entrada de luz natural durante o dia.

As acomodações são bastante espaçosas, com móveis de design que criam certa continuidade à vista mesmo em diferentes ambientes – como o belo aparador lateral que faz às vezes de bar também em alguns dos quartos. Só faz falta uma mesa de trabalho, ainda mais com o anywhere office dominando a cena hoteleira no Brasil nos últimos anos. As acomodações maiores contam também com uma charmosa área de living.

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Os banheiros merecem destaque: bastante grandes, mesclam com esmero piso e parede escuras com louças brancas, incluindo belíssimas banheiros tipo soak in, com direito a sais, espuma e óleo de banho entre as amenidades. Os vasos sanitários são do estilo inteligente dos totos japoneses e os chinelinhos de quarto são oferecidos em duas versões: havaianas e pantufas tradicionais Trousseau.

Há cortesia de água mineral e café nos quartos suítes, mas curiosamente limitada a apenas quatro cápsulas por acomodação durante toda a estadia.

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Boa mesa é prioridade

Fasano Itaim honra a tradição gastronômica familiar não apenas com uma filial do Gero no térreo (comandado pelo chef Lomanto Oliveira) como também um gostoso rooftop bar e restaurante no último andar. Erguido com paredes de vidro com vista panorâmica para São Paulo, bem ao lado da belíssima piscina da nova propriedade, o espaço tem cardápio de comes e bebes durante todo o dia.

Mas olho: durante o dia, o rooftop é exclusivo para hóspedes e convidados; somente à noite abre para o público em geral, com direito a DJ ou música ao vivo (e é obrigatório reservar previamente.

CONFIRA AQUI disponibilidade e valores do Fasano Itaim.

Fasano Itaim
Fasano Itaim. Foto: Mari Campos

Já o café da manhã, servido em estilo buffet com espumante incluído e opção de alguns pratos quentes à la carte, acontece em uma área do primeiro andar que funciona também espaço de eventos no restante do dia.

O novo Fasano Itaim tem também uma grande academia, salão de beleza, sauna e um spa com quatro salas de tratamento. Anexo ao hotel, funciona também um edifício residencial com 70 apartamentos com até 500 m² de área privativa e amenidades de hotelaria.

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O que a gente pode levar de um hotel – e o que não pode

Não é de hoje que as miniaturas (sobretudo as grifadas) de shampoo, condicionador e hidratante seduzem hóspedes de hotéis. Não é raro encontrar gente que volta de viagem com a mala cheia delas (e tem gente que chega até a reclamar na recepção quando a propriedade adere às grandes embalagens sustentáveis e reaproveitáveis).  Até que ponto isso é ok? O que a gente pode levar de um hotel – e o que não pode?

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As histórias de gente levando para casa roupões e até itens de decoração do quarto não são apenas lendas urbanas retratadas com humor no cinema; infelizmente elas acontecem com alguma frequência na vida real nos mais distintos tipos de hotel. Quase todo hoteleiro que conheci na vida me contou algum causo do gênero (incluindo um caso de um hóspede que tentou levar para casa, acredite, um chuveiro).

Bizarrices à parte, o assunto é sério e pode levar o hóspede mais folgado à prisão, dependendo do destino envolvido. E não adianta contar apenas com o bom senso em alguns casos; diferentes profissionais da hotelaria me disseram que, hoje em dia, basta colocar qualquer coisinha diferente no quarto que algum hóspede já pode se sentir à vontade para furtá-lo – e algumas histórias acabam mal. Teve gente querendo levar pra casa desde a garrafa customizada para a água filtrada deixada na cabeceira da cama até os protetores para os edredons que ficam guardados no armário – que obviamente jamais devem ser tirados da acomodação.

Se você é do tipo que sempre fica em dúvida se pode ou não trazer alguma coisinha do hotel das férias (ou da estadia a trabalho, é claro) para casa, esse post provavelmente é pra você. Conversei com vários hoteleiros brasileiros e estrangeiros sobre o que a gente pode levar de um hotel (e o que não pode!) após o check out para responder aqui uma das dúvidas que muito frequentemente recebo de leitores e seguidores.

Mas lembrete básico, antes de mais nada: na dúvida sobre levar ou não algo do hotel para casa, não leve; ou, pelo menos, pergunte antes a um funcionário do local para evitar problemas depois.

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Amenidades de higiene grifadas: todo mundo gosta; mas embalagens grandes jamais devem ser levadas para casa.
Foto: Mari Campos

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O QUE A GENTE PODE LEVAR DE UM HOTEL – E O QUE NÃO PODE

As amenidades de higiene em miniatura (que devem ser descartadas/substituídas antes da entrada de outro hóspede) e os chinelinhos de quarto que você usou (que em princípio não devem ser reaproveitados por questões de higiene), por exemplo, costumam ser itens ok se você quiser levar para casa. 

Mesmo que nem sempre seja de “bom tom” (como diria a personagem Keila Mellman, da genial Ilana Kaplan) levá-los, todos esses itens já costumam estar todos previstos nos custos da sua estadia, no valor que você está pagando pela acomodação.

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Amenidade de boas vindas e chás cortesia do hotel Fauchon Paris. Foto: Mari Campos

Por outro lado, antes de resolver levar todas as amenidades de higiene do seu hotel para casa, vale lembrar também que muitas propriedades hoje trabalham com doação destes produtos para entidades e ONGs, ao invés de descartá-los. Se este for o caso do seu hotel ou pousada, pode ser que você ache interessante deixar as mercadorias para que sejam doadas para quem precisa mais.

Lápis, canetas e bloquinhos de nota deixados para anotações na mesa de trabalho ou na cabeceira da cama, também podem ser levados para casa; assim como cartões postais, envelopes, kits de costura, esponjinha para sapatos, pente, escova de dentes e kit de barba descartáveis.

Já a ideia de levar para casa a sacola de lavanderia (“laundry bag”) faz sentido somente se for de plástico descartável. As sacolas de tecido costumam ser confeccionadas assim justamente para serem mais sustentáveis e reutilizáveis; e, portanto, o ideal é que sejam deixadas na acomodação.

Em muitos hotéis de luxo, até os guarda-chuvas deixados na acomodação costumam ser encarados como amenidades e frequentemente podem ser levados pelo hóspede; mas olho, porque há exceções (alguns hotéis, como os do grupo Fasano, deixam claro, por escrito, que estes objetos estão disponíveis apenas para uso durante a estadia). Como já dito anteriormente, na dúvida, pergunte antes.

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Água cortesia no Hotel Toriba. Foto: Mari Campos

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Furtar objetos é crime

Depois disso, em termos de o que a gente pode levar de um hotel, praticamente todo o resto deve ser encarado como um enorme NÃO. Até porque levar algo não autorizado pode ter consequências que vão muito além de uma cobrança extra aparecer na fatura do seu cartão de crédito.

Todo mundo ama brindes, é claro; mas a ideia de “sentir-se em casa” em um hotel tem lá seus limites. Furtar objetos é crime em qualquer destino ou país e, portanto, passível de penalizações que podem ir de simples multas a até prisão, em alguns países. Na dúvida, pergunte antes a um funcionário do hotel ou pousada se você pode levar consigo o objeto ou não – e respeite a instrução recebida.

Além disso, a maioria dos hotéis tem uma lista de hóspedes banidos para sempre, que frequentemente são compartilhadas com outras propriedades, sobretudo nos casos de hotéis de rede – e obviamente ladrões e larápios em geral são listados também ali.

Nem mesmo os livros eventualmente deixados para leitura na cabeceira da cama, por exemplo, devem ser automaticamente tomados como algo que pode ser levado embora; boa parte dos hotéis espera que eles sejam usados para leitura e entretenimento apenas durante a estadia, e então reaproveitados por outros hóspedes. Já as revistas produzidas pelos próprios hotéis ou pelas redes das quais eles fazem parte podem, sim, ser sempre levadas com você. 

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Olho atento para o que é “complimentary

Para não ficar em dúvida sobre o a gente pode levar para casa de um hotel (ou não!), fique sempre atento ao que está descrito como “complimentary” (gratuito) no seu quarto ou suíte, se não quiser ser cobrado por extras no check out.

O mesmo vale para qualquer outro item deixado na sua acomodação acompanhado de um cartão ou bilhete informando que se trata de um presente – as famosas “welcome amenities” que muitos hotéis e pousadas deixam de boas vindas para a chegada de seus hóspedes, como uma garrafa de champagne, frutas frescas, bombons etc.

Vale lembrar que todo o resto poderá ser cobrado quando você deixar o hotel. Inclusive amenidades básicas, cuja utilização durante a estadia pessoalmente acho que não deveriam ser cobradas jamais – muito menos em propriedades que se definem como luxo. Embora água engarrafada, cafés e chás sejam consideradas amenidades básicas e gratuitas em boa parte da hotelaria (para uso durante a estadia, e não para ser levado para casa, é claro), infelizmente ainda existem muitas propriedades que cobram por elas – fique de olho.

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Punta del Este

Enjoy Punta del Este quer mais brasileiros

A silhueta grandalhona na orla discreta e baixinha de Punta del Este sempre chamou a atenção. Desde os tempos de Conrad, inaugurado há 26 anos, o edifício do hotel (hoje comandado pelo grupo chileno Enjoy e sede do maior cassino da América Latina) virou logo ponto de referência no balneário uruguaio. Com atualizações frequentes (investiram cerca de US$ 3 milhões no ano passado, por exemplo), o Enjoy Punta del Este quer mais brasileiros.

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Dependendo majoritariamente do cassino e do segmento MICE, é clara a intenção da propriedade em se aproximar cada vez mais também do turismo de lazer – inclusive agora que o governo brasileiro ensaia o retorno da legalização dos jogos também por aqui. Com média extremamente satisfatória de 80% de ocupação anual, o Enjoy Punta del Este já tem há tempos os brasileiros entre seus três principais públicos; mas quer garantir esse fluxo constante o ano todo.

Após receber 150 mil hóspedes ao longo de 2022 (um dos melhores anos para o hotel, segundo o diretor de vendas Javier Azcurra), quer aproveitar a força da retomada do turismo internacional no Uruguai e a recuperação da economia brasileira para focar cada vez mais também no chamado público leisure.

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Como é se hospedar no Enjoy Punta del Este

O Enjoy Punta del Este possui hoje 292 acomodações (incluindo 41 suítes e várias unidades que podem ser conectadas), todas com vista para o mar. Com quase três décadas de existência, o hotel ainda mantém exatamente o mesmo esqueleto de antes. Muitos dos quartos e suítes foram revitalizados ao longo da última década (o take over da marca aconteceu há 9 anos), mas importante saber que nem todos foram atualizados.

Os quartos têm em geral bastante espaço, inclusive nas varandas, que contam com uma mesinha e duas cadeiras. As acomodações já reformadas têm bons banheiros, com grandes boxes e algumas com pia dupla. A infra geral é básica: as amenidades oferecidas são da marca própria do resort (sem sabonete líquido) e não há água, café ou chá cortesia.

Na alta temporada de revéillon, janeiro e Carnaval, o resort oferece um total de sete restaurantes e bares. No restante do ano, são quatro opções e duas delas abrem somente aos finais de semana, mesmo durante o mês de julho. O café da manhã é servido até 11h em sistema de buffet assistido, com uma estação de omeletes.

CLIQUE AQUI para ver detalhes, valores e disponibilidade do hotel Enjoy Punta del Este.

Enjoy Punta del Este
Detalhe do restaurante Provence. . Foto: Mari Campos

No final de semana da minha visita apenas dois restaurantes (o bem gostoso Provence e o informal Las Brasas, onde é servido o café da manhã) e o bar do cassino (Blend) estavam abertos.

O OVO Nightclub funciona uma vez por mês ao longo do ano e quase diariamente em janeiro. No verão, há ainda um quiosque de praia logo em frente ao hotel, o OVO Beach, com restaurante e infra de entretenimento.

A estrutura de lazer do Enjoy Punta del Este conta com piscina exterior (com arte de Vilaró no fundo), duas piscinas aquecidas internas, sauna, academia, spa e salão de beleza.

O Kids Club, de acesso incluído para os hóspedes (crianças menores de 3 anos devem estar obrigatoriamente acompanhadas por um adulto e a idade máxima para participar é até 12 anos), assim como bares, restaurantes e o spa, é aberto também para o público externo.

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A supremacia do cassino e do segmento MICE

O cassino é a principal fonte de arrecadação do Enjoy Punta del Este. Ocupa uma área de 4.000 m2 com 550 slots, 75 mesas e uma sala de poker, e lota nas noites do final de semana. Está aberto para qualquer visitante diariamente, o dia todo – basta se cadastrar no Enjoy Club (gratuito) no site do hotel para ter entrada liberada e até alguns benefícios no cassino, no hotel e nos restaurantes da casa.

O Enjoy entregou cerca de US$ 40 milhões em prêmios aos seus clientes no ano passado. Hóspedes assíduos – como diversos apostadores uruguaios e argentinos – chegam a visitar o hotel quatro vezes ao ano e também recebem cartões de fidelidade especiais para uso no cassino e acesso a ofertas exclusivas.

Nas principais revenues do hotel, vem na sequência o segmento MICE: são 14 salas para conferências e eventos em geral, que podem receber até 5.000 convidados. O MICE é tão importante ali que a propriedade possui um escritório no Brasil dedicado a isso.

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Novos pacotes de enoturismo com a Azul Linhas Aéreas

De olho nos viajantes brasileiros que escapam a lazer, e aproveitando os novos voos diretos da Azul Linhas Aéreas de GRU e POA ao destino, o Enjoy Punta del Este lançou neste 2023, em parceria com a companhia, novos pacotes exclusivos para brasileiros, com foco no enoturismo: as Punta Wine Trips.

Há saídas às quintas-feiras com retorno aos domingos, e a expectativa é ofertar o pacote até dois finais de semana por mês. Com valores a partir de US$ 1,4 mil por pessoa em quarto duplo, o pacote inclui passagem aérea ida e volta com a Azul, transfers, três noites de hospedagem com café da manhã, visitas a duas vinícolas com degustação, visita à Casapueblo ao por do sol, um almoço externo e um jantar em um dos restaurantes mais “gourmet” do hotel.

Até junho último, 250 pacotes do Punta Wine Trips já tinham sido vendidos. Eles podem ser adquiridos diretamente no site do Enjoy ou através de qualquer agente de viagens brasileiro.

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