Baccarat Hotels

ILTM Latin America traz novidades da hospitalidade

Aconteceu na semana passada, no Pavilhão da Bienal em São Paulo, SP, mais uma edição da ILTM Latin America, o maior e mais importante evento sobre turismo de luxo na América Latina – para o qual tive novamente o prazer de ser convidada. Neste ano, a ILTM Latin America traz novidades da hospitalidade para os próximos meses e anos e reforça a volta (com tudo!) do interesse internacional no Brasil e nos turistas brasileiros.

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Ao longo da semana, com a participação de mais de 1.400 pessoas, foram realizadas mais de 23.600 reuniões de negócios, além de uma série de conferências de imprensa e outros eventos paralelos.

A maior edição da história da ILTM Latin America (quase 23% maior em relação a edições passadas!) expandiu realmente seus horizontes e contou com cerca de 30% de novatos. Isso mesmo: quase um terço dos agentes e consultores presentes participaram do grande evento pelo primeira vez, após cuidadosa curadoria dos organizadores.

Nas atividades exclusivas para a imprensa, diversos anúncios e confirmações importantes foram feitos. Reuni os principais deles aqui.

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ILTM
ILTM Latin America. Foto: Mari Campos

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ILTM Latin America traz novidades da hospitalidade

ILTM Latin America traz novidades da hospitalidade para os próximos meses e anos. Em muitos casos, redes e coleções hoteleiras confirmaram um crescimento importante dos negócios oriundos do Brasil e um interesse finalmente crescente outra vez nos turistas brasileiros.

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Algumas redes hoteleiras, como Hyatt e Hilton Hotels, estão aproveitando os recordes atuais do mercado de luxo para focar em negócios e propriedades neste segmento. A Hyatt dobrou seus negócios de luxo nos últimos anos e vem promovendo inaugurações importantes, como o esperado Park Hyatt Johannesburg, que deve abrir as portas em breve.

A principal marca de luxo da Hilton, Waldorf Astoria, chegou agora a 36 hotéis em 17 países e está inaugurando diversas propriedades, além da reabertura em Nova York confirmada para o final deste ano.

Mandarin Oriental Mayfair (que deve ser uma das mais exclusivas propriedades do grupo, com apenas 50 acomodações) também confirmou abertura para junho próximo. O grupo hoteleiro, aliás, reforçou o compromisso de suas propriedades com a sustentabilidade, “uma das poucas arenas do mundo onde a competitividade não existe”, segundo Torsteb Van Duemenoutro, GM do Mandarin Oriental London.

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Belmond
Belmond no Peru. Foto: divulgação

A One&Only anunciou a inauguração de sua primeira propriedade nos EUA em Montana em 2025 e a SH Hotels confirmou as esperadas aberturas de novos hotéis Baccarat em Roma e Ryad. 

Belmond anunciou suas “Solaire Journeys” em parceria com a Veuve Clicquot para celebrar seus 25 anos de presença no Peru e criou também luxuosos pacotes de experiências durante o festival Inti Raini. Já a ultra luxuosa Eleven Experience, que tem lodges de 4 a 13 suítes em diversos lugares remotos do mundo, finalmente colocou os viajantes brasileiros na mira de suas propriedades que operam sempre em sistema tudo incluído.

A SHA Wellness Clinic, depois do grande sucesso na Europa, abriu nova propriedade no México e confirmou seu ambicioso plano de ter uma unidade SHA em todos os continentes. A marca, com curadoria de luxuosas experiências de bem-estar em programas de quatro a 21 dias de duração, foi a grande vencedora este ano do “Live Your Best Life”, premiação internacional promovida pela Condé Nast Traveller.

Boas novas vieram também dos anúncios da Minor Hotels: a companhia ultrapassou a marca dos 550 hoteis e quer duplicar esse número nos próximos cinco anos. Com a marca Anantara, chegou recentemente a destinos como Viena, Amalfi, Nice, Amsterdã e Abu Dhabi e abrirá dois esperados hotéis no Brasil em 2026 – Anantara Mamucaba Resort (Bahia) e Anantara Preá (Ceará).

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Explora Journeys
Explora Journeys. Foto: divulgação

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Boas novas também na hospitalidade em alto mar

Durante o evento, a Explora Journeys confirmou seu recente protagonismo no nicho ao tentar realmente transformar a cara desta indústria. A armadora tenta se dissociar da estética tradicional dos navios de cruzeiro com acomodações elegantes que poderiam estar nos mais luxuosos resorts do mundo – e foca em viajantes mais jovens e menos afeitos a viagens marítimas.

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Como bem definiu Simon Mayle ao introduzir a conferência de imprensa da armadora, “a Explora Journeys está mudando o mercado de cruzeiros, levando viajantes e agentes de viagem antes não interessados neste nicho a encarar esse tipo de viagem pela primeira vez”.

A&K, que agora também incluiu a luxuosa Crystal Cruises em seu portfólio (com investimentos de US2.5 bilhões neste retorno de dois navios da antiga frota, totalmente repaginados), anunciou a chegada de três novos iates próprios criados para viagens de imersão em Galápagos. Com capacidade para apenas 20 passageiros cada, eles devem mudar a cara das viagens de luxo por lá.

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Oceania Vista
Oceania Vista. Foto: Mari Campos

Oceania Cruises anunciou a esperada chegada de seu cruzeiro de volta ao mundo no belo Oceania Vista, inaugurado no ano passado. A excepcional viagem marítima passará por 43 países diferentes e oferecerá distintos possibilidades de embarque, permitindo que passageiros estiquem a viagem por até 180 dias no total.

A luxuosa Regent Seven Seas, que agora inclui também serviços de lavanderia para todos os hóspedes, anunciou o novo itinerário de seu cruzeiro de volta ao mundo em 2027. A viagem terá 140 noites de duração e será a bordo do RSS Splendour para conseguir atender à crescente demanda por esse tipo de viagem.

Uma das declarações mais acertadas de todo o evento, aliás, veio de Estela Farina, diretora de vendas da NCLH para o Brasil: “quem não gosta de cruzeiros é porque ainda não fez a experiência certa para ele. Há uma vasta gama de experiências disponíveis no mercado e elas contemplam todo tipo de viajante”. Eu não poderia concordar mais.

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BLTA sustentabilidade na hotelaria

Hotelaria sustentável norteia a BLTA

De acordo com a UNEP, o Brasil está no topo entre os 18 países megadiversos do mundo, abrigando entre 15 e 20% da diversidade biológica mundial. Não é por acaso que atraímos cada vez mais turistas internacionais justamente atrás disso – mas obviamente poderíamos atrair muito mais. Não à toa, hotelaria sustentável norteia a BLTA.

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A valorização e preservação de nossas riquezas culturais e ambientais sempre estiveram no cerne da Brazilian Luxury Travel Association. A associação, originalmente voltada para promover a hotelaria de luxo brasileira no mercado internacional, recentemente criou a marca Xodó para se relacionar também com o viajante brasileiro.

BLTA sustentabilidade na hotelaria
Uma das ONGs apoiadas pelo Barracuda, afiliado BLTA em Itacaré. Foto: Mari Campos

Em abril passado, promoveu o II Encontro ESG BLTA para discutir com seus hoteleiros afiliados as melhores práticas para propriedades realmente sustentáveis e comprometidas ambiental e socialmente com suas comunidades. “Não existe turismo de luxo sem sustentabilidade na BLTA. Agora temos que sair do jeito mais fácil de fazer e passar para o jeito correto de fazer. E esse processo nao é simples”, diz Pedro Treacher, da OCanto, e diretor de sustentabilidade da BLTA.

Durante o encontro, os associados BLTA tentaram definir métricas e metas em ESG que funcionem para seus distintos tipos de propriedades. “É importante lembrar que operar hotelaria de maneira sustentável não necessariamente encarece as operações; mas sim as torna mais inteligentes. É preciso ter um olhar de longo prazo para isso”, esclarece Pedro. Ele insiste também que as ações de sustentabilidade têm que estar sempre ligadas ao setor de operações e não de marketing.

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BLTA sustentabilidade na hotelaria
Detalhe do spa do TXAI, afiliado BLTA em Itacaré. Foto: Mari Campos

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Turismo como vetor de regeneração

Brasilidade é sua essência e a hotelaria sustentável norteia a BLTA desde o princípio da associação. E, segundo Simone Scorsato, CEO da associação, os frutos do primeiro encontro ESG, realizado no projeto Ibiti no ano passado, foram palpáveis e visíveis individualmente ao longo do período. “A gente acredita que a sustentabilidade é uma jornada conjunta, de melhoria contínua”, explica.

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BLTA sustentabilidade na hotelaria
Pedro Treacher e Simone Scorsato, em Itacaré. Foto: Mari Campos

Acreditando que é impossível gerenciar o que não é medido, a BLTA insiste com seus associados que as etapas de mapear, identificar e medir são essenciais para gerir qualquer propriedade de maneira sustentável. “Os critérios de sustentabilidade de 10 anos atrás não são os mesmos de hoje. Esses critérios são vivos e se transformam constantemente, por isso discuti-los é tão importante”, afirma Pedro.

Como resultado dos três dias de reuniões do encontro deste ano (realizadas no Barracuda Hotel & Villas, em Itacaré, Bahia), eles estão elaborando um documento que estabelece princípios para nortear a conduta tanto de atuais quanto dos futuros associados BLTA. “O turismo deve ser um vetor de regeneração do nosso planeta, em especial no turismo de alto padrão. Sustentabilidade não é uma premissa exclusiva do turismo de luxo; mas é obrigação do nicho estar na vanguarda desse movimento”, diz Pedro.

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BLTA sustentabilidade na hotelaria
Detalhe das villas do Barracuda, afiliado BLTA em Itacaré. Foto: Mari Campos

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De olho no futuro

O turismo representa hoje 7,8% do PIB brasileiro e 8,1% do emprego total no pais. No mundo, chega a 7,2% do PIB Global e 9% do emprego total. Gera receitas anuais de mais de US$1,4 trilhão. No ano passado, segundo dados do WTTC e da OMT, houve uma média de recuperação de 90% dos níveis pré-pandemia no setor – com expectativa de 100% neste ano.

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Uma parte do mercado brasileiro finalmente absorveu a importância da brasilidade e da sustentabilidade na hotelaria, e começa a valorizar de fato produtos turísticos que tenham atuação exemplar nesse setor. “O caminho é longo, mas é essa evolução comportamental que acelera as mudanças”, acredita Pedro.  

BLTA sustentabilidade na hotelaria
Pedro Treacher, diretor de sustentabilidade da BLTA. Foto: acervo pessoal

O Brasil é o país mais biodiverso do mundo. É inegável, portanto, que poderia – e pode – ser uma potência global em turismo sustentável. “Ser sustentável hoje deixou de ser um diferencial; é o mínimo que se espera de um produto de excelência em hotelaria. Estamos olhando alguns anos para frente e preparando a BLTA para ser sempre vanguarda nessa temática”, afirma Pedro.

Por aqui, acompanho empolgada essa bela jornada de mais de quinze anos da BLTA. E fico na torcida para que as boas práticas de tantos de seus associados realmente “contaminem” o setor e tragam muitas boas novas na hotelaria nacional.

Ps: tem texto completo meu sobre a BLTA e seu longo compromisso com a sustentabilidade no turismo na nova edição da revista Panrotas Especial ILTM.

LEIA TAMBÉM: O “novo normal” das diárias iniciais de US$1.000 na hotelaria de luxo

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Four Seasons Anguilla

O novo normal das diárias iniciais de US$1.000

Alguns anos atrás, diárias iniciais de US$1.000,00 ou mais em um quarto de hotel eram vistas como certa extravagância, inclusive no mercado de alto luxo. E definitivamente não eram tantas as propriedades que aderiam a essa abordagem. Mas, de uns anos pra cá – e sobretudo nas propriedades inauguradas no pós pandemia – esse cenário se transformou completamente. Parece que estamos vivendo o novo normal das diárias iniciais de US$1.000 na hotelaria de luxo.

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Diversos hotéis, lodges e resorts de luxo inaugurados de 2022 pra cá (como Atlantis The Royal, Bulgari Rome, Aman New York e tantos outros) estão cobrando valores superiores a mil dólares por suas categorias iniciais de acomodação.

E esses aumentos parecem ter sido perfeitamente absorvidos pelo mercado: nenhuma dessas propriedades está enfrentando problema de baixa ocupação por causa disso; pelo contrário. O tão esperado Soneva Secret, nova propriedade do grupo Soneva nas Maldivas, por exemplo, está sendo inaugurado com tarifa inicial de mais de US$3.000 – e com uma fila considerável de interessados.

Mesmo no Brasil, hoje o novo normal das diárias na hotelaria de luxo também está devidamente instalado: são muitas as propriedades começando suas tarifas em R$3.000,00 sem nem mesmo terem grandes atrativos na acomodação.

Mas diversos agentes de viagem afirmam que, apesar de ouvirem reclamações constantes sobre o alto valor generalizado das diárias, a maioria de seus clientes acaba fechando suas viagens em hotéis de luxo assim mesmo.

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O novo normal das diárias iniciais de US$1.000 na hotelaria de luxo

O reajuste geral nas tarifas da hotelaria a partir de 2022 – seja no Brasil ou no exterior – é evidente e indiscutível, incluindo impressionante média de 35% de aumento nas propriedades europeias. No mercado de luxo, esse aumento nos valores gerais das acomodações hoteleiras é ainda maior em diversos destinos – e não se restringe unicamente a novas propriedades, não.

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O que temos visto cada vez mais, sobretudo nas grandes capitais internacionais, é o fenômeno de, após um novo hotel abrir com tarifas mais polpudas sem encontrar grande resistência do mercado, o restante do nicho correspondente da hospitalidade seguir a onda e reajustar também suas tarifas para patamar semelhante.

Hoje, só em Paris e entre estabelecimentos novos e antigos, são mais de vinte hotéis cobrando mais de US$1.000 por suas acomodações mais simples. Até 2020, esse número era indiscutivelmente menor.

A maioria das propriedades justifica essa alta nas tarifas pela elevada inflação nos últimos anos em tantos destinos, a baixa ocupação no começo da pandemia, as dificuldades em manter bons funcionários atualmente e os grandes investimentos para inauguração ou retrofit da propriedade.

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A onda veio para ficar

Nada disso é descartado, obviamente, e tem seu sentido. Mas sabemos que, sim, muitos hotéis estão elevando consideravelmente suas tarifas tentando incrementar o efeito aspiracional.

Não só temos atualmente mais pessoas dispostas a pagar mais caro por suas férias, como também há um contingente consideravelmente maior de viajantes investindo alto nas viagens celebratórias (aniversários, lua-de-mel etc) no pós pandemia.

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Embora algumas novas propriedades do mercado de luxo estejam nascendo com quartos de entrada realmente mais espaçosos, vale lembrar, no entanto, que tarifas mais elevadas nem sempre são sinônimo de melhor serviço ou acomodações necessariamente mais luxuosas.

Especialistas de levantamentos como do Euromonitor e da McKinsey, por exemplo, acreditam que o novo normal das diárias iniciais de US$1.000 na hotelaria de luxo deve continuar nos próximos anos, e inclusive se expandir – independentemente do recuo de taxas de inflação etc.

O novo normal das diárias iniciais de US$1.000 na hotelaria de luxo parece que veio mesmo para ficar.

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Carmel Hotéis

Carmel Hotéis vai ganhar nova propriedade de luxo

O primeiro hotel, o Carmel Charme, em Aquiraz, CE, foi inaugurado em 2011. Deu tão certo que veio depois, em 2015, o Carmel Cumbuco, na praia homônima. Mas foi só ao mirar de fato no mercado de luxo com o romântico Carmel Taíba, aberto no finalzinho de 2019, que os hotéis do grupo entraram na lista de desejos viajantes do brasileiro. O crescimento tem sido tão acelerado que a rede Carmel Hotéis vai ganhar nova propriedade de luxo no Ceará no ano que vem.

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O belo Carmel Taíba, o resort de luxo do grupo e de longe o mais custoso do trio, se transformou rapidamente na propriedade de maior sucesso. E é justamente esse modelo que norteia a construção do novo Carmel Icaraizinho Resort, em andamento em Icaraí de Amontada e com inauguração prevista para o início de 2025.

O novo projeto, comandado por João Armentano e Alex Hanazaki (responsáveis também pelo Carmel Taíba), deverá ser o maior foco da rede Carmel Hotéis para os próximos anos.

Localizado na pequena vila de pescadores a cerca de 190 km de Fortaleza que se tornou recentemente um dos destinos mais valorizados no Ceará, o novo resort (que ocupará um terreno de mais de 26 mil metros quadrados) deverá se beneficiar largamente da bela praia protegida do vento e rodeada de natureza exuberante logo em frente.

O foco do Carmel Icaraizinho Resort será no mesmo perfil de viajante de luxo do Carmel Taíba, seguindo o mesmo padrão de refinamento e eficiência – mas a propriedade será bastante maior, com praticamente o dobro de acomodações – 70 no total.

Além dos viajantes brasileiros, a rede Carmel Hotéis quer atrair também com o novo hotel mais público internacional, focando sobretudo em turistas oriundos da Europa e dos Estados Unidos.

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Carmel Hotéis com Foco no bem-estar

Uma das estratégias do grupo Carmel Hotéis para os próximos anos é focar cada vez mais no turismo de bem-estar, indo além das massagens oferecidas nas pequenas unidades de spa associadas à marca francesa Caudalie que possuem em todos os resorts.

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O primeiro passo para isso será dado ainda neste primeiro semestre, com a criação de pacotes focados em wellness para estadias entre 20 e 23 de junho exclusivamente no Carmel Charme Resort, em Aquiraz, distante cerca de uma hora de Fortaleza.

Batizado de Inspira, o pacote especial incluirá três noites/quatro dias de hospedagem, com pensão completa e programação específica, voltada para o bem-estar e a alimentação saudável, incluindo aulas de yoga, massagens, meditação ao pôr do sol, treinos na praia e até um luau à beira-mar.

O Carmel Charme fica na praia do Barro Preto e conta com apenas 35 acomodações e serviço dedicado de praia e piscina. O hotel mais antigo do grupo tem um belo complexo de piscinas de frente para o mar, grandes gramados, spa, kids club e dois restaurantes.

A expectativa de grupo é que novas ações como essa, voltadas para o segmento wellness, aconteçam também em outras datas.

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Habitas Atacama

Review: Habitas Atacama

Você seguramente já ouviu falar da rede Our Habitas, mesmo que não identifique de imediato: o ultra “instagramável” Habitas AlUla, sua mais famosa propriedade, virou um case nas redes sociais desde sua inauguração, no finalzinho de 2016, na Arábia Saudita. Mas o grupo já tinha outras propriedades hoteleiras abertas desde 2016 e inaugurou no final do ano passado a décima delas: o Habitas Atacama.

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A marca vem crescendo rapidamente com hotéis descolados e sustentáveis em diferentes destinos e continentes, geralmente rodeados por natureza de beleza arrebatadora. E várias outras inaugurações previstas, além de boatos de uma propriedade sendo viabilizada também no Brasil.

Tive o prazer de ser convidada para conhecer com exclusividade, e em primeira mão para o mercado brasileiro, o Habitas Atacama no comecinho do fevereiro. A primeira propriedade da Our Habitas na América do Sul vem se mostrando diferente da maioria das propriedades inauguradas em alguns quesitos, da propriedade em si à forma como visitantes a usufruem em relação ao destino (o que tem sido certo desafio).

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Como é se hospedar no Habitas Atacama

O Habitas Atacama, ao contrário da maioria das demais propriedades do grupo, não foi construído pela Our Habitas; trata-se de um take over. Ele ocupa as mesmíssimas instalações do antigo hotel Altiplanico, construído imitando uma pequena vila atacameña com cada acomodação simbolizando uma casinha de adobe diferente. Mas o grupo garante que segue a operação sustentável comum à marca.

A localização do hotel é excelente: fica a apenas dez minutos de caminhada da Calle Caracoles, o verdadeiro coração de San Pedro de Atacama, dia e noite. São 51 acomodações no total, todas com varandinhas ou alpendres privativos, com diárias que incluem unicamente café da manhã.

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As acomodações, aliás, continuam (ao menos por enquanto) iguaizinhas por dentro e por fora ao que eram no antigo hotel. Mesma decoração nas paredes, mesmos banheiros, mesmos móveis internos e externos. O décor, apesar do repeteco, é bastante simpático e repleto de elementos artesanais locais.

Mas vale saber que as acomodações do Habitas Atacama são bastante quentes e não contam nem com ar condicionado nem ventiladores de teto por enquanto. Eles cedem apenas pequenos ventiladores de chão aos hóspedes que pedem.

Há água cortesia nos quartos, mas não há serviço de chá e café. O espaço para acomodar bagagens e pertences é bastante limitado – no meu quarto, por exemplo, existia apenas uma estante com quatro pequenas prateleiras quadradas (uma delas completamente tomada pelo cofre e outra pelos roupões) e nada mais. Não havia nem suporte para mala, muito menos suporte de ganchos ou cabides para pendurar a roupa.

Apesar da propriedade ter iniciado o soft opening já há alguns meses, a gente vê que ainda faltam muitos detalhes, sobretudo na acomodação; desde suportes simples (como copo para colocar escova de dentes, saboneteira etc) a amenidades em geral (o banheiro não oferece absolutamente nada além de shampoo, condicionador, sabonete e hidratante).

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Destaque para a gastronomia

As novidades trazidas pela Our Habitas à propriedade foram a criação de uma série de espaços bem gostosos para relax e/ou convívio social. Os hotéis do grupo costumam caprichar nos espaços públicos, já que são sempre pensados para viajantes que querem passar um bom tempo relaxando e descansando no local e não apenas explorando o destino visitado.

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Dos muitos pequenos lounges ao ar livre, com pufes, almofadas e poltronas entre a vegetação local, à pequena e tão acolhedora piscina, são todas áreas muito convidativas, cheias de charme e sossego. Perfeitas para ler, tomar um café ou drink, bater papo com outros viajantes.

O hotel tem também uma pequena academia ao ar livre e um pequeno spa com local próprio para temazcal. E oferece aos hóspedes duas atividades gratuitas por dia: uma de bem-estar físico (como aulas de yoga e pilates) e outra cultural (como workshop de mixologia, observação de estrelas ou pequenas apresentações musicais).

CLIQUE AQUI para conferir disponibilidade e valores do Habitas Atacama.

Por enquanto, o grande destaque do Habitas Atacama fica por conta da gastronomia. As diárias incluem apenas um pequeno buffet de café da manhã com ovos à la carte. Mas os menus de almoço e jantar (pagos todos à parte, assim como bebidas em geral) do restaurante Alma são realmente ótimos, valorizando pratos de cozinha local, sazonal e consciente, evitando desperdícios e com várias veganas e vegetarianas também. E com excelente apresentação, diga-se de passagem.

Gostei bastante de tudo que comi, com destaque para saladas e pratos frios e crus em geral. E o staff do restaurante também é bastante querido. O bar anexo ao restaurante também propõe drinks e chás que utilizem majoritariamente plantas e ervas locais, numa proposta interessante (e com mocktails disponíveis). E um bem-vindo filtro de água com e sem gás para abastecer gratuitamente hóspedes que tenham suas próprias garrafinhas reutilizáveis.

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Desafios locais

O Habitas Atacama é o primeiro hotel da Our Habitas que coloca os turistas brasileiros na mira de prioridades. Afinal, somos responsáveis pelas altas taxas de ocupação de diversos hotéis de San Pedro de Atacama durante todo o ano, sobretudo no mercado de luxo.

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Mas o Habitas Atacama se diferencia bastante dos hotéis que mais fazem sucesso entre brasileiros por lá, como Explora, Tierra e Nayara, por exemplo. Primeiro, pelo custo, com diárias que começam em US$350,00. Depois, pelas inclusões: enquanto os outros, apesar de muito mais custosos, incluem transfers, refeições, bebidas e todos os passeios, o novo hotel da Our Habitas incluem unicamente o café da manhã.

A ideia da chegada ao Atacama de um hotel de alto padrão que não tenha tudo incluído é extremamente bem-vinda. Não existe mesmo nada similar a ele no destino e o Habitas Atacama vem preencher uma lacuna importante.

Por outro lado, com as propriedades do grupo sendo geralmente pensadas para os hóspedes passaram a maior parte do tempo ali mesmo, no Atacama eles seguramente estão enfrentando um desafio extra. Afinal, quem visita o deserto chileno, por mais que aprecie o ócio e o descanso no hotel, quer também conhecer suas mais famosas (e realmente imperdíveis) atrações – que são muitas. E nesse ponto ainda não estão afinados.

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O Habitas Atacama, que ainda estava sem gerente geral durante a minha visita e recebeu o novo profissional logo depois, trabalha única e exclusivamente com os tours de um receptivo local chamado Trekana. Mas eu mesma fiz um tour através deles ao Salar e foi bastante ruim e superficial.

Tive a má sorte de estar no destino em uma semana de muito mal tempo. Mas tentei fazer outro tour com eles, sob a alegação que o anterior tinha sido um erro excepcional, mas os funcionários do hotel (recepção e concierge) não conseguiram encontrar um único tour disponível para mim, nem privativo nem compartilhado, ao longo de dois dias inteiros – e tive que me virar sozinha.

Minha recomendação, neste momento, é que viajantes brasileiros já reservem passeios diretamente com seu agente de viagens no Brasil, antes de embarcar para o Chile. Ou que recorram às agências e receptivos da Calle Caracoles no primeiro dia da viagem.

No mais, um hotel cheio de potencial para oferecer excelentes experiências de imersão no destino – e que deve estar tinindo para as férias de julho.

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