A nova fase da Radisson Collection

O turismo de luxo segue em franco crescimento global, movimentando anualmente mais de US$1,5 tri. A expectativa do mercado é que chegue a US$2,33 trilhões até 2030. E todo mundo quer uma fatia desse bolo que não pára de crescer, é claro – principalmente na hotelaria. Por isso mesmo, o Radisson Hotels Group também resolveu lançar nos últimos anos uma marca dedicada à hospitalidade de alto padrão: a Radisson Collection.

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A Radisson Collection é uma coleção de hotéis focados no mercado premium e luxo, geralmente renovando e assumindo a administração de propriedades icônicas em diferentes destinos.

A ideia principal do grupo Radisson com sua marca mais exclusiva é que a personalidade de cada hotel Radisson Collection esteja sempre profundamente ligada ao destino e à história local; mas todos devem oferecer, por definição, também um serviço mais caprichado, design personalizado, boa mesa e atividades voltadas para o bem-estar.

Berlim
Radisson Collection Hotel Berlim. foto: Mari Campos

Todos os hotéis da marca acumulam pontos e usufruem de todos os benefícios gerais do Radisson Rewards, o programa de fidelidade do grupo – o que significa que mesmo perfis de viajantes que não costumam se hospedar em hotéis upscale em suas viagens podem ganhar noites cortesia nas propriedades da Radisson Collection através dos pontos acumulados no programa.

Em contínua expansão desde seu lançamento, em 2025 a marca abre as portas de sete novas propriedades, com destaque para hotéis na Cidade do Cabo, Berlim, Lyon, Budapeste e Bruxelas. Neste julho, tive o prazer de ser convidada para conferir em primeira mão as duas aberturas mais esperadas: os novos Radisson Collection Hotel Berlin e Cour des Loges Lyon, a Radisson Collection Hotel.

Confira aqui porque estas inaugurações/reaberturas estão sendo tão celebradas pelo mercado.

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foto: Mari Campos

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Cour des Loges Lyon, a Radisson Collection Hotel

Pequeno, discreto, serviço de primeira. É em uma rua estreita e tranquila do centro histórico de Lyon, na FrançaVieux Lyon, tombada pela UNESCO – que fica a mais nova propriedade da Radisson Collection: o adorável hotel boutique Cour des Loges.

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É bem na região mais visitada da cidade que é chamada de “capital gastronômica da França” que diferentes edifícios anexos, um deles reminiscente do século XIV, foram transformados em um pequeno oásis com apenas 61 acomodações. O novo Cour des Loges, a Radisson Collection Hotel, mescla arquitetura medieval e renascentista, entre paredes de pedra de 1341 e deliciosos pátios internos.

Com as portas (re) abertas em meados de junho de 2025, e com a própria história dos seus edifícios ligada intimamente ao passado da cidade, o Cour des Loges também é parte do patrimônio cultural de Lyon. A renovação completa do hotel soube preservar as características renascentistas do edifício, mantendo diversos elementos originais, como tetos abobadados, escadarias sinuosas de pedra e micro pátios internos escondidos.

O novo Cour des Loges, a Radisson Collection Hotel, soube também conferir maior possibilidade de uso aos espaços originais – como o pátio central, cercado por passarelas em arco em distintos andares (totalizando uma altura de 17 metros), antes todo aberto. Agora com teto de vidro, permite não apenas a vasta entrada de luz natural e livre circulação do ar, como também que o espaço seja usado pelos hóspedes em qualquer clima ou período.

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É ali, aliás, que fica o restaurante de alta gastronomia Les Loges, liderado pelo renomado chef Anthony Bonnet, o grande destaque da propriedade – e aberto também para não hóspedes. Ali, o chef e sua equipe criaram uma das mais consistentes e surpreendentes cozinhas contemporâneas da cidade. Pratos leves, deliciosos e coloridos, feitos com ingredientes majoritariamente frescos e oriundos de produtores locais e regionais. A carta de vinhos também é excelente e bem pouco óbvia.

É no mesmo local que também é servido diariamente um excelente café da manhã diário, mesclando buffet e ótimos pratos à la carte – incluindo deliciosos “ovos do dia”, que mudam a cada manhã (e, tão gostosos e diferentes, costumam ser a escolha da maioria dos hóspedes). Em ambiente silencioso, cheio de luz natural e com excelente serviço.

O Cour des Loges, a Radisson Collection Hotel tem também um simpático bar que serve petiscos em estilo tapas e um ótimo bistrô, esse completamente aberto para a rua: o pequeno Le Comptoir serve gostosos pratos inspirados na herança culinária de Lyon e abre dia e noite. Com clima bom, seu convidativo terraço é perfeito para comer bem praticando people watching na Rue du Bœuf.

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Os principais confortos da hotelaria contemporânea, é claro, foram também muito bem incorporados às 61 acomodações espalhadas nos distintos edifícios anexos como um complexo labirinto, e todas diferentes entre si. Quartos e suítes foram completamente reformados, ganhando pontos de cor e toques mais contemporâneos aqui e ali. O mobiliário mistura móveis e objetos antigos com clássicos modernistas e apareceram até algumas acomodações em estilo loft, com charmosos mezaninos.

Mas olho: vale muito reservar o hotel através de uma agência de viagem, já que, mesmo numa mesma categoria, os quartos podem ser extremamente diferentes entre si em tamanho, luminosidade (alguns são bem mais sisudos e escuros, voltados para pequenos pátios internos; outros, luminosos e arejados, com janelas que se abrem para a cidade), facilidades em geral e também no décor.

De fato, fazia mesmo falta em Vieux Lyon, com ruas sem carros e uma eclética variedade de edifícios históricos, um hotel de luxo. O staff do Cour des Loges, a Radisson Collection Hotel, principalmente no restaurante e na recepção, é excelente. E a propriedade tem também concierge Clef d’Or e abrirá em breve um esperado spa, que promete piscina coberta, hammam, sauna e diversas experiências de bem-estar sob as antigas abóbadas de pedra do edifício.

O Cour des Loges é a primeira propriedade da Radisson Collection na França. E uma curiosidade: o grupo Radisson mantém também em Lyon o Radisson Blu Lyon, uma propriedade instalada no edifício mais alto da cidade que costuma ser bastante procurada por brasileiros sobretudo pelas vistas espetaculares que tem.

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Berlim
foto: Mari Campos

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Radisson Collection Hotel Berlin

Você seguramente se lembra daquele imenso aquário vertical que explodiu no lobby de um hotel em Berlim há alguns anos, não é mesmo? Pois essa mesma propriedade ficou fechada por quase dois anos e meio, foi totalmente revitalizada, o lobby inteiramente reconstruído. E recentemente reabriu suas portas sob nova marca: Radisson Collection Hotel Berlin.

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O novo Radisson Collection Hotel Berlin fica no coração do vibrante bairro de Mitte, às margens do rio Spree e bem diante do Berliner Dom e da ilha dos museus. E chama atenção de cara pelo tamanho: são 427 acomodações compondo uma das maiores propriedades da marca.

A reabertura aconteceu em grande estilo, entregando ao hóspede um serviço muito mais cuidadoso e atencioso (embora a gerência ainda precise fazer urgentemente ajustes importantes na recepção e, sobretudo, no housekeeping).

Com nova equipe e novo fôlego, trouxe também um novo átrio, muito mais bonito, interessante, elegante e aconchegante que o original, com pé-direito vertiginoso, design minimalista e muita luz natural, transformado agora no grande coração do hotel.

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Ao invés do antigo (e super discutível) aquário do hotel anterior, o Radisson Collection Hotel Berlin criou como peça central para o mega átrio de sete andares um incrível jardim vertical (batizado ali de “living tree”) com cerca de 24 metros de altura e quase 2 000 plantas. Sob ela, um bar bem simpático de ambiente bem cosmopolita serve cafés, drinks, petiscos e pratos leves ao longo do dia.

O hotel ganhou também um novo – e ótimo! – restaurante: o San Éna, com aconchegante (mesmo) e descontraído ambiente interno e adoráveis mesinhas no terraço de cara para o rio e a catedral. Toda manhã, é ali que é servido o café da manhã, com várias estações diferentes de buffet, pratos quentes à la carte, vários tipos de café, sucos e espumantes, tudo incluído – e com excelente serviço.

No restante do dia, a casa se abre também para não hóspedes com um saboroso menu que homenageia a culinária grega e privilegia pratos e porções para compartilhar (mas solo travellers se viram muito bem ali também). Tem boa carta de vinhos (inclusive gregos) e coquetéis.

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Os quartos e suítes do Radisson Collection Hotel Berlin foram redesenhados com tons terrosos e ganharam um estética minimalista, com mobiliário que lembra o design escandinavo. Há bastante espaço, tomadas e entradas para carregamento aos montes, camas excelentes, café e água cortesia, e ótimos banheiros em mármore.

Mas importante: as acomodações podem ter vista para a Catedral e o rio, a cidade ou o átrio interno. Cerca de 40% deles se enquadram nesta última categoria; então olho atento na hora das reservas; as acomodações da categoria Collection têm as melhores vistas.

O novo hotel oferece também uma área de wellness (ainda em fase de finalização) com academia 24h, uma pequena piscina coberta, salas de massagens e sauna. Uma novidade excelente para a cidade, focada sobretudo em hóspedes mais jovens, com localização privilegiadíssima, a poucos minutos dos pedaços mais gostosos de Mitte e a literalmente passos do metrô mais próximo.

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foto: Mari Campos

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A Radisson Collection faz parte do Radisson Hotel Group, que também inclui as marcas art’otel, Radisson Blu, Radisson, Radisson RED, Radisson Individuals, Park Plaza, Park Inn by Radisson, Country Inn & Suites by Radisson e Prize by Radisson. Mas é a única do grupo focada nos mercados premium e de luxo.

Após um 2024 financeiramente muito positivo, o Radisson Hotel Group está caminhando para mais um ano recorde neste 2025 e um impressionante pipeline de inaugurações para os próximos anos. A marca Radisson Collection sozinha já conta com mais de 60 hotéis instalados em países e continentes diferentes.

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Riverside Cruises

A hospitalidade impecável da Riverside Cruises

Faz pouco tempo que os brasileiros começaram a descobrir que um cruzeiro fluvial pode ser tão arrebatador quanto um bom cruzeiro marítimo. Mas, no quesito luxo, é verdade que este nicho ainda era um pouco carente – até 2023, quando uma nova operadora colocou seu primeiro barco para navegar em rios europeus. No final desta última primavera alemã, tive a oportunidade de finalmente conhecer a fundo a hospitalidade impecável da nova Riverside Cruises – e fiquei realmente impressionada.

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A Riverside Luxury Cruises é a mais nova armadora de cruzeiros fluviais do mercado. Os proprietários são os mesmos do grupo hoteleiro alemão Seaside Collection. E resolveram investir neste nicho num momento extremamente oportuno: compraram os navios novinhos em folha da antiga Crystal Cruises (que faliu no começo desta década e foi depois adquirida, mas apenas com navios marítimos, pela Abercrombie&Kent).

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

Hoje, já tem três navios diferentes singrando rios europeus como Danúbio, Reno e Moselle – Riverside Mozart, Riverside Debussy e Riverside Ravel – com ambição de ser a melhor armadora de cruzeiros fluviais do mundo (boa parte da tripulação é formada por ex-tripulantes da Crystal Cruises; outros tripulantes são adoravelmente jovens, de nacionalidades distintas). Dois outros navios se somarão à frota da Riverside Cruises nos próximos anos.

E, ao contrário de outras armadoras fluviais vendidas como luxo no Brasil, a Riverside realmente entrega um produto luxuoso, das instalações ao serviço, do bar às refeições, do começo ao fim da viagem – e com proporções excepcionais entre tripulação e passageiros.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Como é navegar com a Riverside Cruises

Embarquei em um roteiro lindo pelo Reno, o rio com a maior concentração de castelos do mundo, com embarque e desembarque na bela cidade alemã de Düsseldorf. Meu navio foi o belo Riverside Debussy, com capacidade máxima para apenas 110 passageiros – e muito espaço a bordo.

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Na viagem, estava tudo incluído: transfer in/out, todas as refeições, bar aberto, minibar, mordomo, room service 24h, wifi e quantos passeios eu quisesse por dia nos portos de escala – incluindo passeios já no dia de embarque!

As cabines são excelentes, todas com serviço de mordomo 24h incluído. As distintas categorias preveem diferenças de espaço a bordo, mas não de serviços. Todas contam com camas excelentes, poltronas ou sofá, máquina de café expresso, minibar, closet e boa mesa de trabalho. Os banheiros em mármore são ótimos, todos com vasos sanitários japoneses Toto.

Toda cabine recebe uma garrafa de espumante alemão (nas categorias mais simples) ou champagne francês (nas suítes maiores) de boas vindas e há todo dia um “sweet treat” diferente à nossa espera. No programa tudo incluído, o minibar é reposto sem custos todos os dias, incluindo bebidas alcoolicas.

No Riverside Debussy, nenhuma das cabines tem varandas – mas todas têm enormes janelas do chão ao teto que se abrem eletronicamente até a metade, criando a sensação de um balcão. E os navios contam também com um ótima lavanderia self-service de uso liberado 24h para todos os hóspedes.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Foco na gastronomia

A culinária a bordo do Riverside Debussy é excelente, com boa seleção de locais para tal em um navio deste porte. Há o restaurante principal, Waterside, no deck 2, um restaurante menor no deck 3 (L’Atelier) e ainda a opção de comer no deck 4, ao ar livre, quando o dia e a noite estão agradáveis (em um menu mais enxuto, de saladas, massas e hamburgers).

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E o hóspede tem sempre escolhas. O próprio café da manhã, servido com várias estações de buffet no restaurante principal, tem também uma adorável versão à la carte (que recomendo muito) no deck 3. O almoço também pode ser buffet ou à la carte, e o jantar é sempre à la carte – a menos que seja excepcionalmente servido em sistema barbecue no deck ao ar livre.

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

Além disso, o serviço de quarto está sempre disponível gratuitamente. Itens como lagosta e caviar fazem parte regularmente dos menus semanais. E tudo é realmente delicioso, geralmente harmonizados com vinhos alemães (mas vinhos franceses, italianos, espanhóis também estão sempre disponíveis.

A hora do lanche e dos petiscos também está sempre garantida, seja através do room service, do adorável café do deck 3, do bar principal ou do bar no deck superior (que genial e adoravelmente desce um andar e se compacta internamente quando o navio tem que passar por alguma ponte mais baixa). Cookies, sanduíches, tortas, bolos, frutas, queijos, frios… você decide.

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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A única opção gastronômica cobrada à parte é o jantar degustação harmonizado servido para um máximo de 10 comensais em uma sala separada – que deve ser reservado previamente e se adapta de maneira bastante impressionante a distintas alergias e restrições alimentares.

Importante: os vinhos e destilados servidos à bordo são excelentes e o champagne servido nos bares e restaurantes do Riverside Debussy é champagne de verdade, e Taittinger – e não espumante ou Prosecco, como tantas armadoras menores, que se dizem de luxo, andam fazendo atualmente… E os coquetéis exclusivos dos bares a bordo também são muito bons.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Lazer e passeios para hóspedes do Riverside Debussy

O deck superior do Riverside Debussy, ao ar livre, é geralmente o espaço mais disputado a bordo, mesmo nas manhãs frias. Afinal, a paisagem do lado de fora, repleta de vinhedos, castelos e montanhas, é realmente arrebatadora. Há ampla oferta de cadeiras, espreguiçadeiras e pufes para quem quer ler um livro, bater papo ou apenas curtir a paisagem.

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No deck 3, há uma gostosa pequena piscina coberta e no deck 2 fica a academia. O Riverside Debussy conta também com diversas (e excelentes) bicicletas para alguns tours regulares do navio, mas também para empréstimo aos hóspedes que quiserem pedalar por conta própria.

Todos os itinerários da Riverside Cruises contam também com alguma demonstração culinária e alguma degustação específica a bordo. Os itinerários de pelo menos uma semana contam também com um evento especial externo, exclusivo para os hóspedes do navio.

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Os passeios oferecidos (todos gratuitos para quem opta pelo sistema tudo incluído) são bastante bons, mas breves, sem grandes aprofundamentos. São visitas mais compactas, em tours de geralmente duas horas, duas horas e meia – o que honestamente acho bom, porque nos deixa tempo disponível para explorar um pouco dos destinos por conta própria.

O menu de passeios oferecido é bastante variado, de walking tours a degustações em vinícolas, de visitas a museus a tours em bicicleta, de passeios panorâmicos a tours eno-gastronômicos. Fiz caminhadas, conheci vinícolas, andei de barco, de carro, de teleférico, de gôndola, fui a museus, mirantes e castelos.

Há também tours noturnos quando estamos atracados para pernoite ou saímos apenas de madrugada, e você pode reservar quantos tours quiser por dia – inclusive no dia de embarque (no dia do meu embarque em Düsseldorf, entrei no Riverside Debussy por volta do meio dia, saí em um tour vespertino às 14:30 e saí em um tour noturno após o jantar).

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Itinerários flexíveis

Além da gastronomia deliciosa, do serviço impecável, dos passeios incluídos e das cabines super confortáveis, a Riverside Cruises tem outra diferença que acho importantíssima em relação a outras armadoras: seus itinerários são todos flexíveis, variando de 3 noites a quantas você desejar, dependendo se busca uma viagem mais compacta ou mais longa.

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O meu itinerário de oito dias foi Düsseldorf-Düsseldorf, com paradas diárias em destinos de pequeno, médio e grande porte na Alemanha – incluindo destinos como Colonia, Bonn, Frankfurt e diversas cidadezinhas à beira do Reno. Algumas pessoas fizeram um itinerário de apenas 3 noites, até Bonn, outras de 4 noites, até Frankfurt, outras de 10 noites, seguindo viagem a Amsterdã depois que desembarquei.

Assim, fica muito fácil encaixar a experiência de um cruzeiro fluvial mesmo em viagens mais enxutas, combinando os dias navegando com outros dias passeando em terra firme. E o mesmo benefício vale também para os itinerários da Riverside em outros rios, como o Danúbio.

Há flexibilidade também na forma como você deseja fazer seu cruzeiro: com tudo incluído (como eu fiz e recomendo), apenas cruzeiro com pensão completa, cruzeiro com pensão completa e bebidas, ou apenas cruzeiro e passeios – mas o custoXbenefício destas opções, na minha opinião, não compensa.

Ah! Outro diferencial importante: solo travellers são muito bem vindos, e usuais, nos navios da Riverside Luxury Cruises. Vale a pena ficar de olho que em várias saídas não é cobrado suplemento single.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Dica extra

Durante toda a viagem, utilizei também, como sempre, um eSIM da O Meu Chip, que me manteve conectada o tempo todo, não apenas durante o cruzeiro mas também em todas as visitas e escalas, sem interrupções. Há sempre pelo menos 15% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM DESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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W Sao Paulo

Como é o novo W São Paulo

O arranha-céus envidraçado do novo W São Paulo, na Vila Olímpia, chama a atenção de longe entre as copas das árvores e o emaranhado de edifícios da Faria Lima – mas a entrada para carros é tão discreta que muita gente nem vê direito.

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Primeiro W Hotel do Brasil, o W São Paulo, recentemente inaugurado, é mais um ótimo exemplo desta nova safra de hotéis da marca de lifestyle da Marriott, com ambientes mais discretos, serviço mais caprichado e décor mais sofisticado.

W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

Com muita pedra e madeira brasileiras e um design quase modernista das áreas comuns às acomodações (com móveis majoritariamente criados por designers brasileiros), o W São Paulo ocupa a metade superior do edifício de quarenta andares em uma das áreas mais movimentadas da capital paulista (a metade inferior é tomada por residências), garantindo belas vistas urbanas até na academia.

Para o viajante a lazer, além da estrutura do próprio hotel (que deve abrir seu spa nos próximos meses), há belos parques nos arredores, vários restaurantes nas proximidades e também um dos maiores shoppings da cidade bem pertinho.

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W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo W São Paulo

O lobby do W São Paulo fica instalado no 24º andar e é acompanhado por um discreto bar de inspiração japonesa (apesar das cadeiras coloridas), com teto mais baixo e farto menu de coquetéis e rye. Embora infelizmente esse bar não funcione todos os dias (não funcionou enquanto estive hospedada ali, por exemplo), o local parece estar investindo em DJs algumas vezes por semana e os drinks têm sido elogiados.

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No andar debaixo, através de uma bela escada sinuosa, fica o Baio Cozinha Sulista, o principal restaurante da propriedade, aberto do café da manhã ao jantar. O farto serviço de café da manhã tem amplo buffet, serviço bem atencioso e um delicioso menu à la carte de pratos quentes também incluído.

Recentemente a casa começou a oferecer um excelente brunch dominical das 13 às 17h, com tudo incluído: enorme buffet de saladas, doces e salgados, menu à la carte de pratos quentes, espumantes, sucos, vinhos e gin tonic. Nas demais refeições, o Baio prioriza em seu cardápio a culinária do sul do Brasil.

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As acomodações do W São Paulo têm entradas USB de distintos tipos estão em ambos os lados da grande cama, enormes TVs de tela plana giratórias, água e café cortesia e mesmo as categorias de entrada têm bastante espaço. Apenas os armários disponíveis são limitados. Os banheiros são bem iluminados, com janelas amplas inclusive nos chuveiros, e com os vasos sanitários separados.

As suítes têm espaço de sobra e vistas incríveis sobre a cidade – vale cacifar os andares mais altos por isso. Têm também banheiras instaladas curiosamente fora da área molhada: ou no quarto ou ainda na sala de estar – o que não tem agradado a todos os hóspedes.

Só estranhei bastante que não houve turndown service / serviço de abertura de camas durante minha estadia. Tampouco a tecla whatever/whenever do telefone da minha suíte funcionou. E pessoalmente achei a welcome amenity, com apenas 3 bombonzinhos artesanais, bastante singela para uma suíte, principalmente em comparação com outros hotéis W nos quais já me hospedei.

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W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

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Vistas paulistanas como protagonistas

O grande destaque do novo W São Paulo está em seu deck no 40º andar: ali fica uma belíssima piscina de borda infinita, debruçada sobre a cidade, com vistas realmente incríveis de São Paulo. Ouso dizer que tem a vista mais bonita que já vi numa piscina de hotel na capital paulista.

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Ao redor da piscina, diversas espreguiçadeiras tipo day bed deliciosamente acolchoadas, perfeitas para descansar ou ler sem perder o horizonte paulistano de vista – nem os aviões que vêm e vão dia e noite, passando bem diante do terraço.

Uma curiosidade: atrás da piscina, existe uma tela gigante de LED que o hóspede não consegue ver direito; mas que os passageiros dos aviões visualizam perfeitamente através de suas janelinhas.

Ao lado da piscina fica o restaurante e lounge L40 do hotel, bom endereço para tomar um drink ao pôr do sol. Em algumas das noites, DJs se apresentam por lá.

Infelizmente não tive a oportunidade de provar o cardápio do restaurante, mas a promessa é que a cozinha do L40 funde pratos brasileiros com receitas de diversos países da latitude 40, como Turquia, China, Coreia, Espanha, Itália, Grécia e outros.

A abertura do novo W São Paulo é parte importante do novo plano de expansão das marcas de luxo da Marriott International, sobretudo na América Latina e Caribe.

Para a hotelaria brasileira, é um marco importante também. Nos próximos meses, o Westin São Paulo abrirá suas portas e um novo W Gramado tem por enquanto abertura confirmada para 2028.

Além disso, um grande projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro, promete reunir propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection numa mesma área. E a Marriott confirmou também o projeto para um Westin João Pessoa. 

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ILTM Latin America

Hotelaria anuncia novidades na ILTM Latin America 2025

A ILTM Latin America 2025, principal evento de turismo de luxo do continente, aconteceu entre 5 e 9 de maio reunindo hoteleiros e 470 marcas expositoras (27% delas estreantes no evento), além de 470 agentes e consultores de viagem vindos de 13 países diferentes (22% deles participando pela primeira vez). Com o tema Handmade in Latin America – by people, for people, 2025 trouxe a maior edição histórica da ILTM Latin America. 

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Durante o evento, a hotelaria internacional confirmou que a maioria das grandes redes vive um excepcional momento, com recordes de faturamento e diversas novas propriedades no pipeline para os próximos anos.

Inclusive na hospitalidade em alto mar, que terá diversas novas embarcações lançadas até 2034, com valor total de 14,4 bilhões de dólares e aumento de US$5,1 bilhões neste mercado).

Oceania Allura
Oceania Allura/Divulgação

Os maiores destaques deste ano ficaram por conta da Oceania Cruises, que inaugura em julho o Allura, segundo navio da classe homônima, lançada em 2023 com o belo Oceania Vista, e com a Regent Seven Seas, que trará no ano que vem o esperado Seven Seas Prestige – um “game changer” na história da armadora segundo Steve Odell, CMSO da NCLH.

O novo Allura, oitavo navio da frota da Oceania Cruises, terá capacidade para 1.200 hóspedes, 800 tripulantes, cinco restaurantes especializados (todos sempre incluídos), a exclusiva linha de amenidades Aquamar® Bath + Skincare Essentials e a excepcional proporção de um chef para cada 10 hóspedes.  Já o Seven Seas Prestige teve seu design inspirado na arquitetura clássica e renascentista revelado durante a própria ILTM e inaugurará um nova classe de navios na armadora (a primeira em 10 anos), com capacidade máxima para 822 hóspedes, novas categorias de acomodações e uma das maiores proporções de espaço por passageiro da indústria.

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Simon Mayle
Simon Mayle/Divulgação

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recordes e novidades revelados na ILTM Latin America

Dentre as novidades hoteleiras que mais fizeram sucesso na ILTM Latin America, a Tivoli Hotels & Resorts acaba de inaugurar o Tivoli Kopke Porto Gaia, às margens do Rio Douro, em Portugal, com 149 quartos e suítes, 450 m² de spa, vistas arrebatadoras e enogastronomia assinada pelo chef três estrelas Michelin Nacho Manzano. Em Lisboa, acaba de inaugurar nova instalação de arte contemporânea no lobby do Tivoli Avenida Liberdade e deu cara nova ao seu badalado SEEN Sky Bar Lisboa.

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A Preferred Hotels & Resorts anunciou a incorporação de 19 novas propriedades membros ao seu portfólio global, incluindo o brasileiro NÓR Hotel & Spa, na região de São Roque, a 45 minutos de São Paulo.

NOR Hotel e Spa
NOR Hotel e Spa, recentemente incorporado à Preferred Hotels & Resorts. Foto: Mari Campos

A Accor (cujo programa de fidelidade ALL – Accor Live Limitless ultrapassou a marca de 100 milhões de membros no mundo) confirmou que as marcas de luxo e lifestyle estão impulsionando o crescimento global da companhia e traz novidades ao Brasil, como o Sofitel Rio de Janeiro Ipanema (que reabrirá em 2026) e o Faena São Paulo, previsto para 2029. Além disso, já abriu as reservas para o Orient Express Corinthian e inaugurou o primeiro hotel da marca Orient Express no centro histórico de Roma.

A HYATT celebrou a inauguração de sua 50o. propriedade Park Hyatt, marca em franco crescimento nas Américas. Mas o mais rápido crescimento dentre as marcas de luxo do grupo é da deliciosa Unbound Collection. O grupo revelou também na feira os detalhes de seu novo hotel de luxo em Mendoza, a Casa Duhau, e confirmou o crescimento global de suas marcas de luxo, com várias aberturas nos próximos meses e anos (incluindo o primeiro hotel Park Hyatt no México; Hotel La Compañia del Valle, The Unbound Collection by Hyatt no Panamá; e Andaz Turks & Caicos).

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W Sao Paulo
W Sao Paulo. Foto: Mari Campos

A Marriott International destacou seu crescimento na América Latina e Caribe, enfatizando a importância do novo W São Paulo, aberto recentemente na Vila Olímpia, para a região. O Westin São Paulo abrirá suas portas em breve e o W Gramado está confirmado para 2028. Além do projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro (com propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection), a rede confirmou também o andamento do projeto do Westin João Pessoa.

No cenário internacional, o grande destaque da Marriott para este ano é o W Punta Cana, all-inclusive exclusivo para adultos. Louise Bang, chief sales and marketing officer da Marriott International para a região, comentou como transformar uma marca de lifestyle de luxo como a W em all inclusive pode ser uma jogada interessante: “É uma chance de termos habitués dos W Hotels conhecendo uma propriedade all inclusive, e também a oportunidade de termos habitués de all inclusive conhecendo enfim todo o potencial de um hotel da marca W, é excelente”, comentou Louise.

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Shanghai Xangai
Detalhe do Waldorf Astoria Shanghai. Foto: Mari Campos

A rede Starwood Hotels, de volta ao mercado após um longo hiato, já possui 14 hotéis da marcas Baccarat, 1Hotel e TreeHouse e tem mais de 30 no pipeline, na expectativa de abrir mais de cinco hotéis por ano no restante desta década.

A Oetker Collection anunciou a inauguração de novos hotéis St Tropez e na Toscana para os próximos anos confirmando a crescente demanda por seus hotéis, que em geral, à exceção de estações de neve, por exemplo, já não têm mais distinção entre alta e baixa temporada.

Já a Hilton Hotels teve em 2024 um ano recorde historicamente, com expectativas de crescer pelo menos 50% na América Latina nos próximos 10 anos. Após a abertura do Waldorf Astoria Osaka e do Waldorf Astoria Costa Rica, a grande expectativa agora é a reabertura do Waldorf Astoria New York no verão do hemisfério norte após 8 anos de extensas reformas (que descobriram inclusive novas colunas, paredes e mosaicos no edifício histórico).

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Simon Mayle
Simon Mayle. Foto: Mari Campos

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O mundo de olho no Brasil

Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America, confirmou o protagonismo da hotelaria brasileira tanto entre turistas estrangeiros quanto brasileiros. “Temos muitos produtos interessantes, hotéis originais e destinos ainda pouco conhecidos”, diz Mayle. “Estrangeiros se apaixonam pela diversidade brasileira e pela joie de vivre que só o brasileiro tem”.

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Durante a ILTM Latin America 2025, o TXAI celebrou seus 25 anos de fundação e afirmou que terá 95% das acomodações renovadas até o fim do ano. O Grupo Filha da Lua anunciou a abertura da Fundação Hello Pipa, com foco na formação profissional para adultos no setor de hospitalidade e educação ambiental. A OIÁ Casa Lençóis, do TP Group, destacou seus dois novos bangalôs, os novos circuitos de trekking pelos Lençóis Maranhenses e a primeira temporada da adorável pop up OIÁ em Atins.

Detalhe do Ibiti Village, associado BLTA. Foto: Mari Campos

Camila Barreto, a CEO da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) destacou a importância de seus hotéis membros serem tão engajados com a sustentabilidade. “Nao há mais como se falar em luxo sem falar de sustentabilidade”, disse Camila. “A gente não pode mais simplesmente ir a um destino sem cuidar dele de fato”, completou.

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A BLTA está presente com propriedades de luxo de pequeno, médio e grande porte em 37 destinos brasileiros e, a partir de agora, só aceita novos membros que obtenham pelo menos 80% de avaliação positiva no sistema de cliente oculto. “Queremos ampliar a presença do Brasil internacionalmente. Não dá para aceitar que a gente não receba nem 7 milhões de turistas por ano no país”, explica Camila.

O foco da associação está em hotéis envolvidos na criação de experiências com suas comunidades locais, ultra personalização de serviços, conforto sem ostentação na infraestrutura, conexões afetivas e impactos sempre positivos para cada estadia. Segundo o anuário BLTA e SENAC, seus hotéis membro têm mais de 3 membros de staff para cada hóspede, 50% de ocupação média anual, 90% dos hóspedes estrangeiros provenientes dos EUA, 90% dos hóspedes nacionais vindos de São Paulo e diária média anual de R$2.909.

A ILTM Latin America já tem data para acontecer também em 2026: de 4 a 7 de maio, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

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Kisawa Sanctuary

Review: Kisawa Sanctuary

Uma pergunta que recebo muito, há muitos anos, e, quase como uma mãe que não consegue escolher um filho predileto, sempre tive muita dificuldade em responder, é: “qual seu hotel favorito”. Mas, em novembro passado, desde que conheci o incomparável Kisawa Sanctuary, ter uma resposta mais objetiva para a tal pergunta pela primeira vez me pareceu possível.

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Os 300 hectares de pura beleza do Kisawa Sanctuary ocupam uma das extremidades da idílica ilha de Benguerra, no arquipélago de Bazaruto, em Moçambique, na África.  Inaugurado em 2021, o resort tem tudo tão bem pensado que parece ter aberto as portas agora mesmo.

Foto: Mari Campos

São 30 minutos em lancha rápida com golfinhos à vista ou, melhor ainda (já que embarque e desembarque da lancha são bem molhados porque a legislação local não permite decks em área protegida), meros sete minutos em helicóptero separando Vilankulos, que recebe diariamente voos vindos de Joanesburgo, na África do Sul, da beleza paradisíaca do Kisawa Sanctuary.

E, uma vez lá, a gente consegue dimensionar um pouco, enfim, dos verdadeiros significados das palavras “beleza” e “hospitalidade”.

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Foto: Mari Campos

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O idílico Kisawa Sanctuary

O Kisawa Sanctuary fica perfeitamente camuflado na natureza selvagem da ilha, entre dunas e vegetação intenso. Tão camuflado que da lancha a gente não enxerga construção nenhuma. E, mesmo circulando pelo resort, só avistamos seus espaços públicos e vilas quando já estamos bem pertinho.  

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Na prainha principal, que recebe as lanchas e de onde partem os passeios de barco pelo arquipélago, não permite nenhum tipo de deck ou construção por ser território protegido. Ali os hóspedes descem de pés descalços, direto na água e de lá para as areias douradas e fofinhas que circulam a propriedade.

Em uma das extremidades fica o melhor canto para banho do Kisawa Sanctuary, de águas deliciosas, ultra cristalinas, e tranquilas – sempre com providenciais espreguiçadeiras, futons e ombrelones instalados. Através de um caminho móvel de cestaria artesanal, a gente chega ao Baracca, o bar & restaurante com a melhor vista para o pôr do sol, todos os dias.

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No Kisawa, como as distâncias são sempre grandes para garantir total privacidade, o tempo todo, os hóspedes se deslocam em Mokes, adoráveis carrinhos coloridos elétricos – cada vila tem o seu. O próprio hóspede pode pilotar livremente (há distintas estações de recarga, inclusive diante de cada vila) ou pedir para seu mordomo (disponível 24h) fazê-lo.

As construções do resort são tanto colírio para os olhos quanto a natureza da ilha, integrando-se sempre perfeitamente à paisagem. Todas utilizam design biofílico, com materiais naturais e locais e o precioso trabalho de artesãos moçambicanos. Para alguns locais, para garantir mínimo impacto na terra, até impressões 3D foram utilizadas.

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Kisawa Sanctuary
Kisawa Sanctuary. Foto: Mari Campos

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COMO É SE HOSPEDAR NO KISAWA SANCTUARY

Em três quilômetros quadrados de área, o  Kisawa Sanctuary tem hoje apenas oito acomodações (de um, dois ou três dormitórios cada). E é tão seguro que os hóspedes simplesmente não trancam as portas.

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Todas as acomodações do  Kisawa Sanctuary  são em formato villa privativa. Mas esqueça tudo que você já viu sobre villas privativas em outros hotéis – ali até as menores, com um dormitório, são realmente imensas, tanto na área interna como externa – e todas têm seu próprio mordomo realmente 100% dedicado a ela e seu próprio veículo elétrico.

Foto: Mari Campos

Na área principal, prepare-se para um living enorme (com adega), quarto e banheiros gigantescos – tudo com vista para o mar, é claro. Na parte externa, 360 graus de um delicioso deck de madeira, mobiliado em distintos pontos.

Mas não pára por aí: cada villa tem também pelo menos uma segunda área construída, para refeições e descanso, solário, uma grande piscina privativa com deck próprio e acesso direto ao mar. Tudo com total privacidade, sem absolutamente mais ninguém à vista, em momento nenhum.

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Operando sempre em sistema tudo incluído (dos vinhos da adega às refeições, dos snacks e drinks no bar ao serviço de lavanderia ilimitado), café da manhã, almoços, jantares e happy hours são servidos em distintos locais, sejam restaurantes, bares, na própria vila ou até em meio à horta ou em plena praia, à escolha do hóspede.

O  Kisawa Sanctuary  é a perfeita tradução do luxo contemporâneo: oferece os melhores materiais, os melhores produtos, serviço absolutamente impecável – mas com a calidez e o clima informal e relaxado que um resort numa ilha minimamente habitada pede. Tão relaxado que a maioria dos hóspedes circula geralmente de chinelo ou descalço.

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Kisawa Sanctuary
Kisawa Sanctuary. Foto: Mari Campos

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Uma ode constante ao local e à sustentabilidade

Dos materiais utilizados na construção e decoração aos alimentos servidos nos restaurantes, tudo no Kisawa Sanctuary é realmente o mais local e sustentável possível. O resort cultiva parte significativa dos ingredientes que utiliza em sua fenomenal cozinha (sério, dos snacks aos pratos mais elaborados, tudo é verdadeiramente delicioso) e sua mão de obra é mais de 90% local.

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Meu adorável mordomo, impecável, culto e profundamente atencioso, Beato, é moçambicano e tem ali inacreditavelmente sua primeira experiência em hospedagem – com postura e execução de tarefas mais impressionante que muito mordomo da hotelaria europeia.

Focado em turismo sustentável e regenerativo desde a primeira concepção do projeto, o Kisawa trata e reaproveita toda a água que utiliza (e também a oriunda das chuvas), recicla e regenera o lixo produzido e tem impressionantes hortas de permacultura.

Nenhuma vegetação foi removida durante a construção do resort, todo planejado para o mínimo impacto possível no solo – e para se aproveitar ao máximo da luz e da ventilação naturais. As pequenas gazelas que abundam em Benguerra zanzam livremente de lá pra cá entre a vegetação do hotel, o dia todo.

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O resort tem ainda um incrível spa (o Natural Wellness Center, NWC), cuja arquitetura que reproduz antigas casas locais acertadamente tem estampado muita capa de revista. E os tratamentos oferecidos ali (das poucas coisas pagas à parte no Kisawa) são todos personalizados, utilizando produtos sustentáveis criados ali mesmo.

Existe ainda uma piscina panorâmica comum, diante do mar, uma bela academia, lojinha vendendo lindos produtos confeccionados pelos artesãos locais e distintos esportes náuticos sempre à disposição na praia.

Existe ainda um grande menu de atividades cobradas à parte para conhecer o arquipélago. Recomendo muito o passeio de exploração marinha em barco, que chega sozinho a cantos surreais, tanto em mar, para nadar entre peixes, arraias e corais incrivelmente bem preservados, como bancos de areia diversos e ilhotas repletas de flamingos.

Impossível não voltar completamente encantado.

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Kisawa Sanctuary
Foto: Mari Campos

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Como chegar ao Kisawa Sanctuary

Chegar ao Kisawa Sanctuary é mais simples do que se poderia pensar – e o melhor e mais prático caminho desde o Brasil é via África do Sul. A South African Airways voa de São Paulo a Joanesburgo e à Cidade do Cabo, na África do Sul, com distintos voos diretos ao longo da semana.

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De qualquer uma das duas cidades, voos com a Airlink (apenas 1h30 desde Joanesburgo) pousam diretamente em Vilankulos, um aeroporto tranquilo e descomplicado, mesmo em tempos turbulentos em Moçambique.

Do aeroporto, são apenas 30 minutos em lancha ou 7 minutos de um espetacular voo em helicóptero (altamente recomendado!) até chegar diretamente ao Kisawa Sanctuary.

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