WTTC: 11 MOMENTOS DISRUPTIVOS NA HISTÓRIA DA VIAGEM E TURISMO

A história do turismo é realmente fascinante, particularmente, eu me perco muitas vezes analisando como essa cadeia se formou e se transformou ao longo do tempo. Para essa metamorfose existir, várias influências vindas de outras áreas acabaram afetando o mercado em si. Diversas pessoas ou ideias foram aplicadas de forma errada, já outras deram tão certo que hoje nem lembramos que um dia elas não existiam.

Acho que foi essa minha inquietação que fez com que eu me empolgasse tanto com um infográfico que vi no blog do World Travel & Tourism Council. Intitulado “11 Disruptive Moments in Travel and Tourism History”, ele traz diversos acontecimentos que realmente foram determinantes para o nosso mercado. São fatos que vão desde a criação das turbinas de avião, que fizeram com que as distâncias ficassem cada vez mais curtas, até a primeira vez que um pacote turístico foi vendido. Enfim, é muito importante que você leia o infográfico, apesar de ele estar somente em inglês, tenho certeza que não vai se arrepender.

Para não fugir muito da proposta da coluna Mindset, eu separei alguns casos apontados no infográfico que são ligados ao universo do Marketing e Branding. Vou colocá-los abaixo e discorrer sobre essas ideias:

1926 – O Guia Michelin começa a premiar os estabelecimentos com estrelas

Lançado em meados dos anos 1900 e existente até hoje, o guia, que começou mostrando os melhores hotéis e restaurantes de determinadas regiões é considerado um dos primeiros materiais de Branded Content. O material foi uma estratégia da empresa Michelin, que queria incentivar seus clientes a usarem mais o transporte via automóvel e, consequentemente, gastarem seus pneus. Atualmente, a publicação é referência para quem procura estabelecimentos com qualidade reconhecida, e tudo isso começou a ser evidenciado a partir de 1926, quando o guia passou a premiar os estabelecimentos com estrelas, que vão de uma até cinco.

1950 – Horizon Hollidays vende o primeiro pacote de férias

Atualmente os pacotes em agências são uma estratégia de venda que não nos imaginamos sem. Essa modalidade, hoje tão necessária, está inserida a tanto tempo em nossas negociações que, creio eu, quase ninguém se pergunta como tudo isso começou. Mas, pode não parecer, um dia ela não existia.

A primeira empresa a fazer isso foi a Horizon Hollidays, do Reino Unido. O primeiro pacote vendido começava com um voo fretado de Londres para a Córsega – e alojamento em tendas em uma praia – a Horizon criou o pacote de férias com tudo incluído. Inicialmente voltado para a classe média inglesa, os pacotes causaram um boom nos anos seguintes, especialmente no sul da Espanha.

Enfim, quis tirar esse dois pontos, pois creio que eles se encaixam bem nas estratégias de Marketing e Branding que sempre falamos aqui na coluna Mindset. No vídeo abaixo eu discorro um pouco mais sobre o tema e faço um desafio para o trade. É só dar o play.

Stakeholder: já ouvi falar, mas nunca vi

Pensei em várias formas de começar o texto dessa semana, porém, nada representa melhor o que vamos ver aqui, como, organização do seu público-alvo. Em uma pesquisa rápida pelo Google, você pode encontrar um infinidade de textos e vídeos explicando o que significa o termo stakeholder, porém, por mais que o tema seja amplamente discutido, ainda é extremamente necessário reforçá-lo, pois as empresas continuam falhando muito em sua definição, ou pior, nem sequer buscam essa verificação.

Sem querer ser redundante em relação aos outros conteúdos existente, stakeholder é o público de interesse, ou estratégico de uma organização. Sendo mais direto, é com quem a marca tem que conversar para alcançar seus objetivos ou passar determinada mensagem. Uma instituição pode ter diversos stakeholders, desde público-interno, passando por fornecedores, até clientes, porém, esse levantamento precisa ser coerente e elencado por prioridades de seus objetivos.

Stakeholder é tudo igual?

Não, uma empresa pode ter vários stakeholder, porém, para cada desafio que exista, é necessário ter a relação de stakeholders-chave, que são todos aqueles que serão diretamente impactados pelo objetivo estratégico da instituição, campanha ou ação que será colocada em prática.

Vamos supor que você é uma agência de viagens e, dentro do seu planejamento estratégico, definiu três objetivos para o primeiro semestre. O primeiro deles é aumentar o market share. O sucesso do seu planejamento depende da realização de ações diretas para um público específico e correto. Ou seja:

Para aumentar o market share, falando de forma bem superficial, você precisar ter os melhores produtos para oferecer, então deve ter uma relação direta com operadoras que lhe ofereçam as melhores oportunidades. Paralelamente, precisa ter pontos de comunicação e uma estratégia de mídia que façam os clientes saberem que você está ativo no mercado. Para vender mais, também é necessário que seus colaboradores estejam motivados para tal. Entendeu? Sem um estudo tão aprofundado, definimos três stakeholders-chave: 1 – Operadoras 2 – Clientes 3 – Colaboradores. E para cada um devemos ter ações específicas.

Como definir seus stakeholders-chave?

“Enfim, falar é fácil, quero ver é me ajudar a definir quem são meus stakeholder” – tenho certeza que você está pensando isso. Mas, vamos lá, é claro que não vou te deixar na mão. Mas, já vou avisando, não existe receita milagrosa, mas, sim, estudo e se debruçar em dados e informações. No vídeo abaixo eu dou algumas dicas sobre como definir seus stakeholders. É só dar o play.

A eterna busca por um conteúdo relevante

Compartilhar conteúdo tem sido algo cada vez mais comum entre as marcas que desejam se destacar em seu mercado. Afinal, atualmente, toda empresa que se preze tem pelo menos presença nas redes sociais. Mas, será que estão fazendo isso certo? Você já parou para pensar se o seu público quer mesmo um post ou um e-mail desejando que ele tenha uma feliz páscoa (ou qualquer outra data comemorativa)?

A questão é a seguinte. Hoje em dia, principalmente depois do surgimento do smartphone e da facilidade do acesso à internet, as pessoas passaram a receber informações de múltiplos canais e isso fez com que as marcas precisassem se aprofundar cada vez mais no que iriam oferecer ao seu público. Ou seja, o post ou e-mail de data comemorativa passou a não ter mais vez, a não ser que isso viesse com alguma ação extremamente relevante.

Porém, ser relevante não é fácil, requer muito estudo sobre o mercado e seu grupo de stakeholders. Pode parecer muito simples, mas a premissa da comunicação é comunicar algo, sem segredo, sendo assim, é essencial passar uma informação correta e relevante, ou seja, que seja útil para quem receba a mensagem. Por exemplo: meu objetivo com esse texto é realmente mostrar para vocês que não adianta ter um volume grande de produção de conteúdo, mas resolver um problema ou tirar uma dúvida de quem vai recebê-lo.

Ser relevante é ir muito além do básico que seu público deve saber sobre o seu produto ou serviço, mas, sim, transmitir a experiência que ele vai sentir se for seu cliente. Por exemplo: em 2017, a CVC lançou a campanha “Tô de férias, tô de CVC“, como vocês puderam conferir aqui mesmo no portal Panrotas. Nela, além de uma campanha publicitária convencional, foi criado um programa de TV, apresentado pelo Mário Frias e sua esposa Juliana, onde eles viajavam por diversos lugares, ou seja, passavam para o público a sensação de um cliente da agência.

Tá, você deve estar pensando “se eu tivesse o dinheiro da CVC eu também faria isso e muito mais”. Mas, a questão de ser relevante não está diretamente ligada ao dinheiro investido, mas ao tipo de conteúdo que você produz. Em determinados casos, uma live no Facebook, onde você fala sobre as principais dúvidas que chegaram ao seu SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) na última semana, pode ser muito importante ao seu público. E isso não necessita deu um grande investimento, apenas de disposição.

Bom, no vídeo abaixo eu dou algumas dicas simples e práticas para que você comece a tentar ser mais relevante em sua produção de conteúdo. É só dar o play.