A terra de Game of Thrones

Irlanda promove turismo através de série da HBO, Game of Thrones.

Em um case de sucesso em marketing de destino (um dos mais comentados recentemente), através do aproveitamento da visibilidade, o Turismo da Irlanda e da Irlanda do Norte transformou a visibilidade alcançada em oportunidade de visita, quando teve seus cenários de construções medievais, litorais rochosos e montanhas acidentadas filmados para a série de TV Game of Thrones.

Considerada um dos maiores exemplos de inovação pelo Google Digital Tourism Think Thank (DTTT) , a série, da HBO, abriu uma oportunidade global para o Turismo da Irlanda. Apesar de não ser o único país a receber os sets do programa (até agora, são nove, no total), após as paisagens da Irlanda tornarem-se inspiração para os cenários do seriado e através do sucesso obtido em audiência, a Tourism Ireland evoluiu a parceria com a rede de televisão e enxergou o potencial de expansão do ‘’screen tourism’’ (turismo de tela), que atinge um público global de potenciais visitantes.

Com recordes de audiência e tida como uma das mais vistas da história, a série pulveriza paisagens dos país aos espectadores, levando fãs e despertando turistas a realizar visitas à Irlanda do Norte. Com a hashtag #GOTterritory (território de Game of Thrones), é feita à associação das paisagens e a comercialização do destino, que possui cada vez mais associações visuais e culturais no programa, atraindo visitantes de todo o mundo.

Doors of Thrones

Além do aproveitamento em ter suas paisagens em evidência por meio da HBO, a Irlanda investiu recursos importantes em projetos que entrelaçam à série ao país, como o Doors of Thrones. Quando parte das árvores da região de Dark Hedges (mais conhecida pelos fãs de GOT como Kingsroad, uma das rotas famosas na série) foram destruídas por uma tempestade no ano passado, a madeira derrubada foi esculpida em e transformada em 10 portas, cada uma contando a história de um episódio da 6ª temporada. As portas estão espalhadas por diversos locais da Irlanda do Norte.

Além de agregar ainda mais valor à temática da série e entrelaçá-la ainda mais à cultura do país, as esculturas fazem um registro histórico significativo ao utilizar a matéria prima da paisagem centenária de Dark Hedges, popularizada graças ao programa. Além disso, a escolha por portas não foi em vão: fazem alusão à icônica frase da 6ª temporada ‘hold the door’ (segure a porta).

Estratégia de marketing, estabelecimento de objetivos, investimento e ideias criativas foram pilares para as diversas atividades de desenvolvimento do turismo associado na Irlanda do Norte. São ações que devem caminhar conjuntamente na prática do marketing de destinos e todas se iniciam no reconhecimento de oportunidade.

As parcerias começaram nas primeiras temporadas e já estamos curiosos para ver o que virá com a sétima temporada que já está batendo corações. Pontos para a Irlanda!

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Mais impostos? Não

Destinos brasileiros se colocam contra a criação da taxa de turismo nas administrações públicas. Os argumentos e justificativas da nota abaixo são suficientes para mostrar que pode ser uma alternativa errada que compromete a atividades dos CVBs e não contribui com o desenvolvimento e promoção do turismo.

Mais impostos? Não. Politicas públicas adequadas à importância econômica da indústria de viagens e lazer.

 

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

 

Posicionamento UNEDESTINOS

O melhor caminho para o Turismo, Viagens e Eventos
não é a criação de novos impostos

A UNEDESTINOS, União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos, com o apoio das principais Entidades Nacionais, é atualmente uma associação que representa 40 CVBs e entidades de destinos que se posicionam, desde sua criação: a favor do Room Tax facultativo, contribuição paga pelos hóspedes por diária nos hotéis associados aos CVBs locais; e contra as iniciativas da criação de um imposto de turismo como solução para os problemas de gestão pública.

A contribuição do Room tax facultativo é um acordo com a hotelaria nacional que, após a contribuição no check out, o hotel desconta os devidos impostos e repassa os recursos para investimento em capacitação para receber cada vez melhor o visitante, na captação de eventos nacionais e internacionais, participação de feiras para promoção do destino, produção de materiais e viabilização de diversos projetos e ações em prol do destino.

Os CVBs e associações de destinos associados à UNEDESTINOS são entidades de direito privado que têm como objetivo o incremento da economia por meio da atração de visitantes.

As empresas e hotéis associados depositam sua confiança no profissionalismo e na boa gestão dos recursos repassado aos CVBs, que, por meio do Room Tax ou mensalidade, contam com atuação independente da gestão municipal vigente.

Não há interrupção de trabalho com troca das gestões municipais, estaduais e federal. E é exatamente o que busca a iniciativa privada: estabilidade e continuidade de um trabalho de qualidade.

Tornar o Room Tax obrigatório em um modelo de atual falta de recursos públicos é um caminho oportunista e cercado por dúvidas. Além disso, pode interferir na sustentabilidade de toda a cadeia produtiva do turismo, viagens e eventos, que hoje conta com um importante aliado: a captação e apoio de eventos nacionais e internacionais que aumentam o fluxo de visitantes de um destino.

O setor de eventos, no qual atua os CVBs, é essencial para o fomento da economia do destino e o combate a sazonalidade de temporadas, atraindo visitantes e eventos em períodos que seriam de baixa ocupação. E, com isso, se movimentam também centros de convenções e espaços de eventos, bares, restaurantes, vida noturna, transporte, agências de viagem, organizadores, promotores, shopping centers, buffets, audiovisual e muito mais.

Hoje, seja com novas gestões que carregam consigo uma visão diferenciada do uso do dinheiro público, seja pelos os desafios enfrentados por todos na economia, o investimento público em turismo e eventos vem sofrendo com anúncios de cortes.

Mesmo perante esses desafios, é essencial que não se alterem processos que garantem a sustentabilidade e desenvolvimento do setor e que exista uma harmonia de propósitos público e privado.

O corte de verba para grandes eventos das cidades precisa ser encarado por outros ângulos. Os eventos já são vistos como importantes para a economia da cidade e para os próprios moradores do destino, a iniciativa privada também tem que enxergar com outros olhos o potencial em marketing.

Se haverá menos dinheiro público, é papel dos organizadores buscarem na iniciativa privada, por meio de patrocínio, o recurso complementar. É um caminho difícil, principalmente pela quebra de paradigmas de longa data, mas é uma direção que vai garantir a permanência e evolução dos eventos.

Manter os CVBs independentes, sem comprometer sua arrecadação, é cultivar a independência para executar ações em tempo hábil, alinhados com as reais necessidades do setor.

O momento é para unir forças e seguir com o que dá certo: entidades do turismo saudáveis e atuantes, sempre em diálogo com o poder público, para colocar em pauta os principais assuntos em níveis legislativos e executivos que impactam no setor, mas com independência e assertividade.

O Brasil não tolera a criação de mais impostos, os recursos é que precisam ser geridos com responsabilidade e apoio da sociedade civil organizada.

Bruno Herbert
Recife
Presidente UNEDESTINOS

Alexandre Resende – Goiânia VP Administrativo Financeiro
Ferdinando Lucena – João Pessoa VP Capacitação
Roselaine Dantas – Campos do Jordão VP Relacionamento
Francisco Barbosa – Natal VP Institucional
Michael Nagy – Rio de Janeiro VP Projetos
Toni Sando – São Paulo VP Informação e Conteúdo
Basileu Tavares – Foz do Iguaçu VP Conselheiro
João Carlos Pollak – Guarujá VP Conselheiro
Marco Aurélio Floriani Florianópolis VP Conselheiro
Regis Medeiros – Fortaleza VP Conselheiro

CVBs e entidades de destinos associados:
Atibaia e Região Convention & Visitors Bureau
Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau
Belém Convention & Visitors Bureau
Belotur
Bento Gonçalves Convention Bureau
Brasília Convention & Visitors Bureau
Bonito Convention & Visitors Bureau
Búzios Convention & Visitors Bureau
Campinas e Região Convention & Visitors Bureau
Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau
Caxias do Sul Convention & Visitors Bureau
Chapecó e Região Convention & Visitors Bureau
Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau
Costa Leste Convention & Visitors Bureau
Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau
Espirito Santo Convention & Visitors Bureau
Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau
Fortaleza Convention & Visitors Bureau
Foz do Iguassu Convention & Visitors Bureau
Goiânia Convention & Visitors Bureau
Gramado, Canela e Região Convention & Visitors Bureau
Guarujá Convention & Visitors Bureau
Guarulhos Convention & Visitors Bureau
João Pessoa Convention & Visitors Bureau
Joinville Convention & Visitors Bureau
Maceió Convention & Visitors Bureau
Maringá Convention & Visitors Bureau
Natal Convention & Visitors Bureau
Palmas Convention & Visitors Bureau
Petrópolis Convention & Visitors Bureau
Poços de Caldas Convention & Visitors Bureau
Porto Alegre Convention & Visitors Bureau
Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau
Recife Convention & Visitors Bureau
Rio de Janeiro Convention & Visitors Bureau
Salvador Destination
São Paulo Convention & Visitors Bureau
Uberlândia Convention & Visitors Bureau
Ubatuba Convention & Visitors Bureau

Gastos no exterior sobem 34% em maio

De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros gastaram em viagens no exterior US$ 1,50 bilhão no mês de maio, 34,5% a mais do que no mesmo período em 2016. Esse é também o maior valor para o mês de maio desde o ano de 2014. Para o acumulado do ano, os gastos de brasileiros lá fora somaram US$ 7,30 bilhões, o que corresponde a um percentual de 41% superior ao mesmo período em 2016 (quando a soma da despesa cambial foi de US$ 5,16 bi).

A tendência para os próximos seis meses é de que esses gastos continuem em alta. Segundo mais recente pesquisa de Sondagem do Consumidor e Intenção de Viagem do MTur, realizada em maio deste ano, entre os brasileiros que desejam viajar nos próximos 6 meses, 23% desejam visitar destinos internacionais, o que equivale a quatro pontos percentuais a mais do que o observado em pesquisa de maio de 2016.   

Já os turistas estrangeiros seguem na contramão com queda de 3,4% no mês de maio, menor que a receita cambial do mesmo período no ano passado. A queda também aparece para o acumulado do ano, de janeiro a maio de 2017, a receita cambial foi de US$ 2,68 bilhões, 2,6% menor do que o mesmo período em 2016 (quando a receita foi de US$ 2,75 bilhões).

Dólar

O aumento dos gastos dos turistas brasileiros no exterior em maio se deve ao valor do dólar durante este período, que estava em torno de R$ 3,25. A variação cambial também traz efeitos no comparativo do ano, já que no mesmo mês do ano passado, por sua vez, o dólar oscilava ao redor de R$ 3,70. 

Viagens domésticas

Também no mês de maio, a demanda por voos domésticos cresceu pelo terceiro mês consecutivo, ao registrar aumento de 2,55% em relação ao mesmo período em 2016, dados da ABEAR. Do mesmo modo, a oferta de assentos nos aviões registrou crescimento, ficando 3,24% superior quando comparada a maio do ano passado. Caminhando juntamente com a demanda, está a intenção dos viajantes: dos 21,5% que planejam viajar nos próximos 6 meses, 58% pretende ir de avião, de acordo com o MTur. No total do mês de maio, foram transportados 7,1 milhões de passageiros, aumento de 4,12% em relação a maio do  ano passado.

6 destinos do Nordeste para visitar no inverno

Gravatá, em Pernambuco, é uma das cidades do Circuito do Frio do estado. (Foto: Paulo Lins via Flickr)

Há quem diga que no Brasil não há inverno ou que a temporada só chega no Sul… Entretanto, em todas as regiões do país, encontramos destinos maravilhosos para desfrutar a estação de temperaturas amenas e clima frio.

Com a chegada da estação, há destaque a diversos destinos brasileiros em que o inverno é a temporada em evidência. E, para não deixar dúvidas de que há sim inverno por aqui, começaremos com o Nordeste. Confira a lista:

Guaramiranga, conhecida como Suíça do Ceará. (Foto: Divulgação)

Guaramiranga (Ceará) – Localizada na Serra de Baturité, região serrana do estado, a 800 metros acima do nível do mar, a cidade é conhecida como a Suíça do Ceará. Bem diferente do resto do estado, sua temperatura no inverno pode chegar a 12°C.

Garanhuns (Pernambuco) – A 230 km de Recife e a 842 metros de altitude, a cidade tem no inverno seu foco de desenvolvimento do Turismo. Com temperatura média em torno dos 16°C, a cidade organiza anualmente o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), com shows gratuitos, exposição do artesanato local e gastronomia. Alguns pontos do município, como o Monte Magano, ultrapassam os mil metros de altitude.

Piatã (Bahia) – É a cidade com maior altitude de todo o Nordeste: 1265m acima do nível do mar. Localizada na chapada diamantina, possui programações juninas e gastronomia típica de climas frios, inclusive o café plantado e colhido no município. Nas noites mais frias do inverno, os termômetros chegam a marcar 4°C e a temperatura nunca ultrapassa os 20°C no ano.

Martins (Rio Grande do Norte) – A cidade, conhecida como a Campos do Jordão do Rio Grande do Norte e como ‘’princesa serrana’’, apresenta um agradável clima de montanha. A mais de 700 metros de altitude, Martins apresenta, no inverno, temperaturas em torno dos 15°C. Além de ter como pontos de visita mirantes e construções históricas, durante a estação mais fria do ano, a cidade organiza anualmente o Festival Gastronômico e Cultural de Martins.

 

Areia, município declarado Patrimônio Cultural Nacional. (Foto: Wikimedia Commons)

Gravatá (Pernambuco) – Em pleno agreste pernambucano, no Planalto da Borborema, a cidade fica a 447 metros de altitude e tem um dos climas mais frios da região, principalmente no inverno. Gravatá faz parte do Circuito do Frio de Pernambuco, assim como a cidade de Garanhuns (e juntamente com a cidade de Triunfo).

 

Areia (Paraíba) – Com altitude de mais de 600 metros, Areia foi declarada Patrimônio Cultural Nacional por seus conjuntos de construções arquitetônicas históricas, como o Teatro Minerva, de 1859. Apresenta um clima ameno durante todo o ano e, durante o inverno, as temperaturas giram em torno dos 12°C, quando a cidade costuma ficar coberta por neblina.

A Parada que movimenta

Parada LGBT em São paulo movimenta turismo e economia (Foto: Miguel Schincariol)

3 milhões de pessoas em um único evento, 19 trios elétricos, taxa de ocupação de 90% na rede hoteleira localizada no centro da cidade e estimativa de movimentação econômica de R$45 milhões, segundo a prefeitura. Estes são os números que resultam da 21ª Parada do Orgulho LGBT, promovida pela prefeitura de São Paulo e realizada no último domingo, na Avenida Paulista.

Ainda de acordo com a Prefeitura de São paulo, aproximadamente 600 mil participantes do evento vieram de cidades vizinhas, outros estados e outros países.

É constatada a contribuição de grandes eventos para o turismo e para as diversas áreas econômicas envolvidas. O planejamento e a divulgação também exercem um papel indispensável, fazendo com que o evento cresça a cada edição: em 2016, a Parada do Orgulho LGBT em São Paulo reuniu pouco mais de 2 milhões de pessoas. De acordo com o ministério de Turismo, os turistas LGBT representam 10% dos viajantes no mundo.

É substancial para o nosso setor que eventos voltados a públicos específicos constem no calendário de planejamento de qualquer destino. Entretanto, o marketing de eventos não se limita apenas à idealização e realização: entender o público a que se destina e aprimorar as atividades do evento para que ele atraia o maior número de pessoas também são estratégias de ouro.

A Parada é um forte exemplo da relevância das datas do calendário sazonal, eventos e festas populares para nossa economia e para o desenvolvimento do setor. É assunto que merece atenção. Seguimos acompanhando.

Com vocês: o TURISTA!

Nós, que trabalhamos com o turismo sabemos da múltipla relevância do conhecimento teórico e prático na busca pelo crescimento do setor. Em algumas décadas, a atividade ganhou não só mais visibilidade; também cresceu em pesquisa, em aperfeiçoamento de métodos, capacitação de profissionais e expansão do setor.

Dentre os tantos segmentos de desenvolvimento, um tem sido fundamental para o estabelecimento de diretrizes do Turismo: a busca por conhecer quem são os turistas.

Pesquisas de intenção de viagem, tipos de viajantes, relação turista-destino, novos hábitos de consumo; toda preocupação em conhecer a parte essencial a que se destina de fato o setor está aí para promover orientações elementares para nós, profissionais.

Hoje é Dia do Turista e reconhecer a importância de cada tipo de viajante é essencial! Ainda há muito o que investir e bastante a se fazer em estudos, tecnologias e práticas.

A relação é permanente: enquanto durar o setor, deve-se perpetuar a busca pelo conhecimento daqueles que são o alvo de toda a indústria de turismo e viagens. Não há Turismo sem turistas. E turistas somos todos nós!

Aproveitando o calendário

Temos no Brasil, além da diversidade natural, um adendo que agrega ao Turismo épocas preciosas de viagens domésticas: o calendário sazonal. Entramos no mês de junho e, inevitavelmente, os turistas e nós que trabalhamos no setor, logo o associamos às tradicionais festas juninas. E com efeito: o legado cultural conduzido nesse mês é responsável por considerável movimentação no Turismo em diversas regiões do país.

E muitos eventos cooperam e atuam como estímulo para viagens domésticas nesse período: além de estar na metade exata do ano (para muitos, época de planejamento e de pausa para descanso – já que está entre as férias de verão), coincide também com as férias escolares e feriados religiosos.

O mês de junho é o carro-chefe da movimentação turística em algumas cidades e tem razão de ser, mesmo sendo uma festa homogênea por ter a mesma raiz, cada região de tradição junina apresenta uma experiência única para os turistas visitantes.

Seja em Caruaru, Campina Grande, Salvador, São Luís (para citar apenas alguns!) ou em cidades pequenas do interior, há nos festejos juninos o encanto e um encontro cultural enriquecedor e abrangente em experiência: na culinária, músicas, danças e ornamentos. E nós, como brasileiríssimos que somos, temos que valorizar nosso legado cultural. E como profissionais do Turismo que somos, temos que promover e desenvolver o Turismo em nosso calendário nacional.

Veja roteiros de festejos juninos aqui, ou busque informações em seu estado. O mês de Junho é celebrado em todo território nacional.  

PROCURAM-SE LÍDERES!

Ao ler as reflexões pertinentes a respeito das associações dos colegas Artur Luis Andrade e Luis Vabbo nos textos De quem é uma associação? e Associação não pode ter dono… e a ponte criada no assunto com o setor e o período que o Turismo atravessa, trago em contribuição à discussão outro aspecto da perspectiva: a importância da liderança. Cito alguns pontos principais da minha reflexão:

Proatividade. É preciso uma atuação constante da liderança de uma entidade de classe na indústria. Antecipar-se nas ações e prever necessidades é uma qualidade valiosa e essencial para uma liderança, principalmente se um dos seus objetivos mais proeminentes for defender os interesses comuns. Uma atuação cautelosa, minuciosa e ininterrupta de líderes é que fazem da entidade uma ferramenta útil. Caso contrário, como coloca Artur Andrade, a associação só servirá de enfeite. Não há defesa de interesses sem trabalho diligente!

O que nos traz a outro ponto essencial do debate: a atenção aos acontecimentos do setor de dentro ou fora da zona de atuação e posicionamento. Decisões ou eventualidades que influenciam em maior ou menor grau o campo compreendido pela entidade devem estar sempre em pauta de dirigentes associativos. E mais: é necessário o desenvolvimento de uma postura em relação ao acontecimento. Temos como exemplo a saída dos EUA do acordo de Paris, evento que impacta diretamente o nosso setor. Qual o posicionamento do Turismo nessa questão? Gerar uma colocação, nesse caso, demonstra comprometimento e norteia ações futuras do setor.

A liderança de uma associação está intimamente relacionada à questão da representatividade. Entre diversos interesses, diversas áreas de atuação e segmentação de propósitos, a liderança de uma entidade de classe precisa encontrar  equilíbrio da representatividade (que pode ser descrito -e sentido- de forma prática como unidade). À vista disso, a influência estabelecida pela liderança é essencial. Uma associação existe para que  necessidades sejam atendidas, haja aperfeiçoamento de práticas e técnicas, enfrentar corrupção, viabilizar soluções, entre tantas outras atribuições. E para que em todos esses tópicos a atuação seja efetiva e obtenha êxito, tornar a classe parte dos processos para que a mesma se perceba representada é condição vital.

Se pararmos para pensar nos pontos supracitados, será que encontramos, em número razoável, lideranças que preencham os aspectos essenciais? Certamente, encontremos alguns, mas poucos comprometidos. O desenvolvimento de líderes na indústria de turismo do Brasil é um dos aspectos fundamentais para estarmos sempre perto do que acontece e cobrar o que não acontece. Precisamos, com urgência, do surgimento de mais líderes que contribuam com o fortalecimento do turismo, sem que este dependa exclusivamente do setor público. Procuram-se por mais líderes!

Make our planet great again

Num período em que, em tempo, as práticas do setor estão voltadas ao desenvolvimento ecológico associado ao social e econômico, em que a indústria de viagens e turismo se associa à ciência em busca de aperfeiçoamento de métodos e no ano em que a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu como o ano do Turismo Sustentável, o presidente norte-americano Donald Trump traz o polêmico anúncio da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris.

E a resposta direta do recém eleito presidente da França Emmanuel Macron se posiciona entre o pedido e a provocação: “make our planet great again”. A frase faz alusão ao slogan de campanha de Trump, “make America great again”.

Sendo um setor altamente suscetível a transformações econômicas, sociais e políticas, o Turismo também sofre influência causadas por alterações climáticas. O acordo, assinado em dezembro de 2015, prevê que os países devem trabalhar para que o aquecimento fique abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Os EUA são o segundo maior produtor mundial de gás de efeito estufa e sua saída do acordo internacional representa a defesa de mudanças que interferem diretamente no Turismo (sem citar todas as implicações políticas, ambientais, sociais etc. decorrentes da decisão). Dessa forma, é prudente (e sensato) que, tanto autoridades brasileiras quanto as dos demais países do Acordo, manifestem-se ante à decisão do presidente Trump.

O Acordo de Paris foi o primeiro da história em que os 195 países da ONU se comprometeram em reduzir suas emissões, na luta contra o aquecimento global. É importante estar atento. A gente segue acompanhando e fazendo nossa parte.

Turismo dos EUA em defesa de Cuba


Mais um capítulo da trama do Turismo estadunidense no governo Trump se iniciou após o então presidente norte-americano afirmar que está se dedicando a uma “revisão integral” da política com Cuba e que as novas diretrizes terão “importantes diferenças” em relação às medidas adotadas por Obama.

Após o anúncio e temendo um retrocesso na reaproximação, um grupo de mais de 40 empresas e associações de turismo dos Estados Unidos pediram, nesta quarta-feira (24), em carta a Donald Trump, que ele não voltasse atrás no processo de normalização das relações bilaterais entre os EUA e Cuba, iniciado em 2014 por Obama.

Além de tentar impedir um possível retrocesso no relacionamento com Cuba, a carta pede ainda que Trump reduza as exigências burocráticas a fim de facilitar as viagens para o país e contribuir para a expansão do Turismo na ilha.

O processo iniciado por Obama traz reflexos de desenvolvimento no setor na relação entre os dois países: segundo dados oficiais do governo de Havana, 284.937 turistas americanos passaram por Cuba, o que consiste em 74% a mais do que no ano anterior.

Também como parte do processo de reaproximação entre os dois países, em maio do ano passado, partiu dos EUA o primeiro cruzeiro em direção a Cuba em mais de 50 anos. Pouco depois, em agosto de 2016, o primeiro vôo comercial ligando Washington e Havana começou a operar, o que também não ocorria há mais de meio século.
O Turismo é, antes de tudo, um produto de
integração. As conquistas adquiridas através do projeto facilitador da relação entre Estados Unidos e Cuba (relacionamento historicamente conturbado) não são apenas dos países mencionados: são vitórias para o setor como um todo, pois conferem desenvolvimento à indústria, integralmente. O que será feito deste processo no governo Trump e quais as consequências para o Turismo entre os dois países, ainda não podemos prever ao certo. Seguimos acompanhando o setor por aqui e no mundo.