O clima no Turismo

Qual foi o clima de negócios da WTM Latin America e o que isso tem a ver com nosso dia a dia?

A ideia aqui não é de comentar sobre a fera em si, não obstante seu sucesso e consolidação após 5 anos de realização. Mas em diversas conversas e reuniões em que participei o que mais me marcou foi a vontade e o esforço de empresários e lideranças para uma retomada no turismo brasileiro e a superação da crise econômica.

Todos comentaram, “estamos trabalhando muito”, e o clima que a WTM Latin America respirou foi de vontade de superação, dedicação para vencer obstáculos e mais do que isso, atitude. Pelo menos nos discursos de empresários de que “não podemos mais esperar pelo governo”. Isso fortalece as entidades, traz mais vontade e ânimo às lideranças e coloca o setor privado num outro patamar mais ativo e ator das políticas de turismo.

Sempre fica a compreensão e o esforço da parceria público privada, mas dessa vez sinto que o “tomar as rédeas” é  eloquente entre as entidades mais representativas do turismo. Que isso se torne realidade!

Brasil ocupa 27ª posição em ranking de competitividade no Turismo

O Fórum Econômico Mundial divulgou recentemente o Travel & Tourism Competitiveness Report, com a lista de 136 países ordenados de acordo com o potencial competitivo dos diversos serviços de viagens e turismo. Na liderança do relatório, está a Espanha, em seguida a França e a Alemanha ocupando a terceira colocação. O Brasil aparece em 27º lugar, subindo uma colocação em relação à edição anterior do relatório, em 2015.

Ainda assim, dos países da América do Sul, o Brasil é o primeiro da lista e é o líder do ranking mundial de recursos naturais. A evolução de posto do País no relatório é expressiva, já que, na edição de 2013 do Travel & Tourism Competitiveness Report, o Brasil ocupava a 51ª posição.

Os investimentos realizados com vistas à Copa do Mundo e Jogos Olímpicos foram, evidentemente, elementares para a melhor avaliação de competitividade do nosso turismo.

O relatório é elaborado a cada dois anos e analisa 14 aspectos da indústria de viagens e turismo, destinos para negócios, condições de transporte, segurança, saúde, preços de serviços etc., classificando cada parâmetro com notas (máximo de 7). A classificação mais baixa do Brasil foi para o quesito “infraestrutura terrestre e portuária”, com nota 2,1. A maior foi a de “recursos naturais”, com 6,1 (mais alta overall).

O ranking final é formado pela nota média de todos os parâmetros: o primeiro colocado obteve 5.43 de pontuação, o Brasil ficou com 4.49.

Travel & Tourism Competitiveness Report é um relatório que se baseia em possibilidades e é uma importante ferramenta de estudo, principalmente para nós que fazemos o turismo no Brasil, país em que o setor está se estabelecendo como prioridade de desenvolvimento. Passados os grandes eventos que fizeram o Brasil ter uma melhor colocação em rankings de competitividade, visitação e retorno econômico, é sempre bom lembrar que nosso Turismo não pode parar.

Para ter acesso ao Travel & Tourism Competitiveness Report  completo clique aqui.

Experiência, inovação e sustentabilidade na WTM

(Foto: Assessoria WTM)

Estou desde segunda-feira (3) em São Paulo participando da WTM Latin America 2017 & 47º Encontro Comercial Braztoa, no Expo Center Norte. O evento tem reunido grandes nomes do trade e profissionais gigantes no compartilhamento de práticas do Turismo, com promoção de debates e ideias comerciais.

Pois bem, aqui destaco alguns pontos que têm regido o encontro e que são propulsores de transformações e desenvolvimento para o nosso setor. O primeiro é a valorização da experiência, uma das tendências mais fortes do Turismo que tem moldado as principais etapas de atuação da indústria (escolha do destino, comunicação com clientes, vivência da viagem etc). Sempre presente na nos encontros da WTM através dos lounges de experiência, o conceito de vivência possui ainda mais força, por ser, basicamente, uma motriz do “Turismo do futuro”.

Os debates sobre as inovações, que são frequentes entre os profissionais do setor (já que estamos num período de transição e adaptação às novas tecnologias), também têm se mostrado uma constante por aqui. Com espaços de diálogo aberto para discussão de novos métodos, mudanças comportamentais, uso de tecnologias e/ou aplicativos que desenvolvam o Turismo e criação de start ups, o evento promove o compartilhamento de práticas diversas e cases de sucesso.

E por fim, o incentivo à sustentabilidade nas agências, no setor de hospedagem e nos destinos. Sendo 2017 declarado o ano internacional da Sustentabilidade no Turismo pela ONU, a WTM Latin America 2017 & 47º Encontro Comercial Braztoa tem realizado uma agenda ativa para a discussão de planos sustentáveis, metas, soluções, oportunidades de negócio e reflexões a respeito do tema, além de apresentar iniciativas premiadas e realizar a divulgação do vencedor do Prêmio Top de Sustentabilidade.

A programação da WTM Latin America 2017 & 47º Encontro Comercial Braztoa permanece intensa, com as palestras, business meeting, painéis de participação e reuniões internas. O evento deve reunir até 9 mil profissionais do trade, até esta quinta-feira (6).

Desembarcando no IBAS, no RIOgaleão

Nesta quarta-feira (29), teve início o IBAS – International Brazil Air Show, evento que reunirá players da aviação civil e infraestrutura aeroportuária. Realizado no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o RIOgaleão, o IBAS irá até o dia 2 de abril.

Tendo como um dos pilares principais de pauta a promoção do debate sobre a relação entre os destinos, o turismo e a aviação civil, pode-se destacar a programação Landings, nesta sexta-feira (31), que contará com uma gama de seminários sobre perspectivas econômicas para 2017, desenvolvimento da aviação civil na América Latina, panorama do setor no Brasil e os desafios do mercado. As atividades reunirão experts da indústria e grandes nomes do setor para ministração e intermediação das conversas.

Com dinâmica estratégica, a participação no evento nos três primeiros dias será restrita a profissionais e empresários do setor aeronáutico, com programação destinada à promoção de debates, geração de novos negócios, relacionamentos comerciais e seminários.

Já no fim de semana, nos dias 1 e 2 de abril, as atividades do IBAS serão voltadas para o público visitante e terão exposições estáticas de aeronaves, shows aéreos, programação destinada ao público infantil e simuladores de voo.

A aviação civil deixou de ser apenas uma atividade comercial de transporte para ser uma importante seção de desenvolvimento do turismo, influenciando diretamente a indústria, em todo o mundo. A discussão de boas práticas, expansão de malha aérea, criação de novos métodos e apresentação de inovações é valorosa e necessária, num momento que é de transformações para a aviação civil e para o Turismo de forma geral.

Despesa cambial em ascensão

Durante os 7 primeiros meses de 2016 os números da despesa cambial foram negativos, porém, a partir de outubro, os gastos dos brasileiros em viagens ao exterior permanece em progressão expressiva.

De acordo com dados do Banco Central, neste mês de fevereiro, não foi diferente. A despesa cambial turística de fevereiro/2017, foi de US$ 1,36 bilhão, ou seja, 61,63% superior à de fevereiro de 2016 (US$ 841 milhões). No acumulado do ano, os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2,94 bilhões correspondendo a um percentual de 74,85% superior ao mesmo período de 2016, quando a despesa foi de US$ 1,68 bilhão.

Já a receita cambial retrocedeu em relação a fevereiro de 2016.Os turistas internacionais deixaram aqui, nesse segundo mês, US$ 535 milhões, o que equivale a 10,62% a menos do que a receita de fevereiro do ano passado.

Mesmo se juntarmos as receitas de janeiro e fevereiro deste ano, temos US$ 1,20 bilhão, ainda assim, é 4,23% menor do que a receita do mesmo período em 2016, equivalente a US$ 1,25 bilhão.

Já a despesa cambial turística de fevereiro/2017, cuja soma foi de US$ 1,36 bilhão, foi 61,63% superior à de fevereiro de 2016, que foi de US$ 841 milhões. No acumulado do ano, os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2,94 bilhões correspondendo a um percentual de 74,85% superior ao mesmo período de 2016, quando a despesa foi de US$ 1,68 bilhão.

De outubro até aqui, o dólar permanece em estabilidade moderada, na casa dos R$ 3,30, o que explica o aumento dos gastos dos brasileiros no exterior.

A temporada de verão, que vai até o mês de março, é um importante período de análise das receita e despesa cambiais. Quando colocamos na balança os números do BC, vemos que há ainda um caminho a percorrer para chegar a um nível mais equilibrado. Além do que, os valores da receita e despesa representam um auxílio expressivo para a economia do País.

 

O caminho tortuoso dos vistos de entrada

Assunto no mundo todo e tema frequente nos principais tabloides, as medidas do governo Trump de controle de entrada de estrangeiros nos EUA são motivo de debate a cada nova decisão. Nesta semana, todas as embaixadas americanas foram instruídas a ampliar a investigação em entrevistas de visto.

Dentre as novas medidas de análise está o questionário detalhado a respeito dos antecedentes do requerente ao visto e também a verificação obrigatória de e-mails e perfis em redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram.

Essa nova movimentação e possíveis restrições para retirada de vistos nas embaixadas americanas irão aumentar a probabilidade de vistos negados? Sim.
O manejo das exigências extras irá atrasar, de forma geral, o processo da concessão de vistos? Provavelmente sim.

As novas regras só não serão aplicadas aos 38 países cujos cidadão podem entrar em território americano sem visto (a maioria da Europa e países como Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul). Como sabemos, o Brasil não está nessa lista “privilegiada”, apesar dos inúmeros debates e estratégias com finalidade de nos levar à isenção de vistos dos EUA.

O governo Obama caminhava nesse sentido, com negociações e comunicação que objetivavam a isenção do visto americano para brasileiros. Porém, com a administração de Trump, as regras para entrada de brasileiros no país permanecem e enrijecem a cada nova medida de controle. A isenção de vistos para brasileiros na terra do Tio Sam parece cada vez mais distante.

Enquanto isso, no Brasil

O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU), na semana passada, para garantir a isenção de visto de turismo e negócios para portadores de passaportes comuns, diplomáticos e especiais dos dois países.

Já a proposta do Ministério do Turismo de acabar com a exigência de vistos para a entrada de turistas de quatro países no Brasil permanece caminhando e segue dividindo opiniões.
Vamos acompanhando.

O Turismo na contramão

Conforme sabemos, em informações divulgadas pelo MTur do Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a respeito do andamento da indústria no País, temos que: o faturamento do setor superou, no último trimestre de 2016, em 37% as estimativas projetadas; o nível de emprego observado nos últimos 3 meses superou em 38% as projeções; o percentual de faturamento das empresas previsto para ser usado como investimento no primeiro trimestre de 2017 supera 11% para 67% dos entrevistados.

São dados que nos confirmam a resistência e a solidez do setor e mais: a confiabilidade de desempenho das empresas que operam no ramo. Vamos às explicações.

2016 se mostrou um ano de queda nas expectativas para diversas áreas de movimentação econômica. Obviamente, para o Turismo também não foi um ano fácil. No entanto, mesmo em meio à oscilação financeira sem fim em todo o país e enquanto as esferas econômicas torciam por um fôlego no último trimestre, o Turismo caminhou na contramão e superou estimativas. O que não ocorreu com o e-commerce ou com o varejo, por exemplo, quando a expectativa de retorno é mais aguardada nos últimos três meses do ano.

O emprego formal fechou dezembro com variação negativa no País, de acordo com divulgação do Ministério do Trabalho. Nas áreas analisadas, as mais afetada com queda de empregos formais são Agricultura, Construção Civil e Indústria de Transformação. Ao todo, o Brasil perdeu 1,3 milhão de vagas de emprego em 2016. Enquanto isso, no Turismo, temos o dado de superação das projeções no nível de emprego no setor.

O quadro de instabilidade política e econômica fez com que grandes empresas recuassem e repensassem os investimentos feitos no Brasil, o que acaba impactando o cálculo do PIB. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados neste mês, o percentual de expectativa de novos investimentos de grandes indústrias em 2017 por aqui foi o mais baixo desde o ano de 2010. Nadando contra a maré, temos o Turismo, que tem se mostrado um setor confiável para investimentos, com estimativas superadas para as empresas que operam e contribuem com a indústria.

O Turismo tem sido ponto de apoio para a economia do país e tem caminhado firme mesmo em um tempo de instabilidade. Há altas expectativas para o ano de 2017, para todos os setores de atividades econômicas e a gente espera que todas sejam superadas. Enquanto isso, continuamos acompanhando (e contribuindo com) o desenvolvimento do setor.

No Fórum Panrotas, em São Paulo

Começou na manhã de hoje, reunindo aproximadamente 1.400 profissionais do trade turístico de todo o País, o Fórum Panrotas, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.

Em seu 15o ano, o Fórum trouxe a temática das tendências e rumos da indústria para 2017 e, como sabemos, para falar de turismo e ter um panorama do setor é necessário abranger diversos segmentos do mercado.
Neste primeiro dia, foram debatidas algumas das áreas que compõem o turismo: malha aérea, agências, marketing de eventos, hábitos de consumo, relacionamento com clientes, tecnologia, quadro político, perspectivas econômicas, empreendedorismo e hospedagem.
A cada dia e em cada evento, é possível perceber as transformações do Turismo e todas as atividades relacionadas. As palestras e debates oportunizam a formação de uma percepção global da indústria que é essencial para implantação de novas ideias.
Para nós, que fazemos o turismo, é essencial a busca pela conexão de desenvolvimento dos segmentos para também desenvolver o setor. Como reflexo da importância dessas discussões e troca de ideias, tivemos hoje no Fórum, uma plateia de 1.400 pessoas atentas em cada programacao. Tenho dito aqui é preciso acompanhar o crescimento do Turismo ao mesmo tempo que é importante crescer para criar métodos de desenvolvê-lo.
O Fórum Panrotas prosseguirá com programação também nesta terça-feira (14).

De portas abertas para eventos

Estou sempre reafirmando aqui no blog a importância dos eventos que reúnam as diversas áreas do trade e como é essencial que os profissionais do Turismo estejam sempre interagindo e mantendo comunicação.                  

Entretanto, há muito a se ganhar num evento além de manter relacionamentos e a possibilidade de investir em novos negócios no setor. Os eventos trazem oportunidade de novos aprendizados que são fundamentais para a continuidade do trabalho na indústria.

O Turismo é uma área que está em constante desenvolvimento e mais, está sempre em transformação. Isso acontece, basicamente, porque ele abraça diversas áreas de interesse de pessoas de qualquer lugar do mundo. Trabalhando com o turismo, é essencial que estejamos em constante progresso.

A partir da segunda-feira (13) teremos o início do Fórum Panrotas, que reunirá em São Paulo profissionais do trade vindos de todo o Brasil. Com objetivo de trazer para a discussão as perspectivas e novas tendências para 2017 no Turismo, a programação está composta de debates e palestras dos mais variados temas como tendências de hábitos de consumo, novidade do turismo de negócios, perspectivas econômicas para este ano, empreendedorismo na indústria e uso de novas ferramentas para o Turismo.

Adquirir conhecimento é preciso, principalmente quando falamos de Turismo. É a indústria que se molda aos costumes e se desenvolve com o novo. É necessário acompanhá-lo ao mesmo tempo em que aprimoramos nossas ideias a fim de dar nossa contribuição. O Turismo não para!

Mulheres no Turismo

Hoje, como sabemos, é Dia Internacional da Mulher. Dia de todas, de qualquer lugar do mundo, de todos os continentes, todas as culturas, todas as religiões. No turismo, as mulheres possuem papel fundamental tanto no exercício das atividades da indústria, quanto como viajantes.

O turismo, inclusive, é um dos setores de destaque quando o assunto é a participação do gênero feminino em atuação: está na lista das 10 áreas com maior participação das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com pesquisa da Catho, dos profissionais diretos do setor no Brasil, aproximadamente 56% são mulheres.

Uma pesquisa do Ministério do Turismo de sondagem do consumidor, realizada em fevereiro deste ano, revelou que 21,2% das mulheres entrevistadas têm intenção de viajar nos próximos seis meses. Dessas, 62,4% irá viajar pelo Brasil. Um dado importante da pesquisa é que 17,8% das que pretendem viajar, irão desacompanhadas. O número é 50% maior quando comparado aos homens tem intenção de viajar sozinhos.

A mulherada é maioria no Brasil, somos 103,5 milhões, 51,4% da população do país. De acordo com levantamento feito pela Airbnb, o Brasil está entre os cinco países com mais mulheres que viajam por conta própria. Apesar de uma viagem sozinha para uma mulher caracterizar ainda um desafio, principalmente quando levamos em consideração a cultura e costumes de alguns destinos, a tendência é que o número de viajantes desacompanhadas cresça ainda mais nos próximos anos.

Além disso, as viagens de mulheres, solo ou entre amigas, também são uma tendência de mercado. Já existem pacotes específicos e destinos especializados neste tipo turismo, onde as atrações e atividades são voltadas ao público feminino, desacompanhado ou não.

O imensurável o papel da mulher na sociedade e o mesmo vale para a contribuição do gênero na indústria de Viagens e Turismo. Que possamos encontrar, cada vez mais, ânimo para cumprir nossos papéis e permanecer atuando em prol do Turismo, enquanto profissionais ou como viajantes. Parabéns a todas nós, mulheres do Turismo!