Quem fala no painel BRICs da WTM 2011

Amanhã, durante a programação de eventos da WTM 2011 – World Travel Market, estarei participando do painel sobre os BRICS.
O debate será em torno do crescimento econômico dos países emergentes, o impacto do turismo no PIB dos países, as previsões de modernização da infraestrutura e dos serviços turísticos e as áreas estratégicas para o desenvolvimento do turismo.

Veja quem participa

APRESENTADOR: Stephen Sackur, apresentador da BBC World News
PALESTRANTES:
– Subodh Kant Sahay, Ministro do Turismo da India
– Jeanine Pires, Diretora da PIRES & Associates, Presidente do Conselho de Turismo da FECOMERCIO in São Paulo, ex-Presidente EMBRATUR
– Sergey Stanovkin, Diretor, Dars Consulting, Moscou
– Marthinus van Schalkwyk, Ministro do Turismo da África do Sul
– Adam Wu, CEO, China Business Network

Power Talk… a WTM, os BRICs

A WTM – World Travel Market começa hoje em Londres. Concordo que é um dos eventos, se não, o evento mais importante de turismo. Uma combinação de exposição, reuniões de negócios, painéis e seminários e outras atividades focadas no profissionalismo e negócios.
Mais do que uma feira, a WTM conseguiu sob a liderança de sua CEO Fiona Jeffery, transformar-se com criatividade e eficiência. Cerca de 189 países estão presentes, compradores convidados e lideranças que participam de eventos e debates sobre novas tecnologias, distribuição, tendências de mercados emissores e, especialmente esse ano, alguns painéis sobre mercados emergentes e sobre impacto dos Jogos Olímpicos no turismo.
Estaremos acompanhando alguns debates e participando da sessão dos BRICs, junto com a Índia, China, Rússia e África do Sul. Esse painel trará um perfil do crescimento desses países, o impacto do setor de viagens e turismo do PIB, as transformações de infraestrutura e transportes e ainda tratará sobre as áreas estratégicas de crescimento do turismo. Mais novidades sobre esse painel na quarta-feira à tarde.
Se você quiser saber mais sobre a WTM veja o em www.wtmlondon.com

Quantos e quanto até Setembro de 2011 ?

Os recentes dados sobre desembarques de passageiros no Brasil e gastos de turistas no mês de Setembro mostram o impacto das alterações do câmbio.
Os estrangeiros gastaram no Brasil no mês de Setembro US$ 521 milhões ( + 14,61% ), já os brasileiros gastaram US$ 1.776 milhões ( + 12,43% ). No acumulado do ano, o crescimento é de 15,55% para o gasto dos estrangeiros por aqui e de 40% do gasto dos brasileiros pelo mundo. Foi o primeiro mês do ano de 2011 que, percentualmente, os gastos dos brasileiros foi menor que o dos estrangeiros. A conta corrente do turismo ainda é deficitária em US$ 11 bilhões mesmo com o turismo sendo o 5o. item de nossa pauta de exportações.
E o que me continua a me surpreender são os desembarques, no doméstico, crescemos 10,78% em Setembro, somando 58.823.769 de pessoas viajando dentro do Brasil ( brasileiros e estrangeiros ). Já no internacional, chegaram até Setembro 6,7 milhões de pessoas ( brasileiros e estrangeiros ), com um crescimento em Setembro de 11,57%.
Vamos continuar acompanhando.

As + e os – da ABAV 2011

Para a indústria de viagens e turismo, a semana que passou foi marcada pela realização do Congresso e Feira da ABAV no Rio de Janeiro. Um evento sempre marcado pelo reforço do relacionamento entre os diversos agentes de mercado, lançamento de novidades, anúncios importantes da indústria e a busca de mais conhecimento e mais negócios no setor.
Pra mim, os temas que chamaram a atenção:
1. mudança no formato da abertura, que foi mais dinâmica e menos longa;
2. nova proposta de palestras, seminários e curtas apresentações que contribuem com uma visão mais estratégica e de detalhes sobre a indústria e o mercado;
3. destinos querendo expor mais perto dos atores privados;
4. destinos e empresas lançando estratégias novas, marcas, novos posicionamentos e estratégias;
5. quase que nenhuma notícia na grande imprensa: perdemos a oportunidade de falar da importância econômica do setor
6. praticamente nenhuma notícia na imprensa de turismo internacional, mais oportunidades perdidas para um mercado emergente importante
7. ainda mais destinos internacionais interessados no mercado brasileiro

Aeroportos para quantos milhões de viajantes ?

A globalização da economia também impactou as viagens, encurtou distâncias e fez do turismo uma das atividades mais dinâmicas do mundo. Além da movimentação econômica, o turismo ganha importância cada vez maior para a geração de empregos, diminuição da pobreza, inclusão social, valorização da cultura local e preservação ambiental.
O setor demonstra crescimento surpreendente, grande capacidade de recuperação em períodos de crise e perspectivas de avanço para as próximas décadas. As receitas cambiais geradas pelo turismo saltaram de US$ 445 bilhões (1999) para US$ 919 bilhões (2010), segundo dados da OMT – Organização Mundial do Turismo.
O fluxo internacional de turistas no mundo chegou a 935 milhões em 2010 – um crescimento de 49% em relação ao registrado em 1999 ( 625 milhões) . A expectativa, segundo a OMT, é de que esse número alcance cerca de 1,6 bilhões em 2020. Nos seis primeiros meses de 2011, mesmo com a crise que atinge boa parte do planeta, o número de viagens cresceu, em média, 4 a 5% no mundo; na América Latina, cresceu 15%.
Além das viagens a lazer, a realização de eventos e as viagens a negócios aumentam os impactos econômicos do turismo e movimentam a economia das cidades. Dados da ICCA – International Congress & Convention Association mostram que o Brasil já está entre os 10 países que mais recebem eventos associativos internacionais, ocupando a 9ª colocação global e a primeira na América Latina.
O impacto direto do turismo deve representar 3,3% no PIB do Brasil em 2011, alcançando R$ 129,6 bilhões. A atração de visitantes provocada pela realização de grandes eventos esportivos no país, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, bem como a própria estabilização econômica do país, projeta um cenário de evolução do turismo para a próxima década, com crescimento em torno de 4,8% por ano até 2021, alcançando 3,6% do PIB (R$ 206,9 bilhões). Daqui há dez anos, o turismo deverá ser responsável por 3,6 milhões de empregos diretos em nosso país. ( Fonte: WTTC – World Travel & Tourism Council.
O crescimento do setor de viagens e turismo no Brasil pode ser evidenciado pela evolução dos desembarques de passageiros, que passou de 28,5 milhões em 2000 para 68,3 milhões em 2010, um aumento de 140% em 10 anos. Os desembarques internacionais, que somam estrangeiros e brasileiros chegando ao país, passou de 5,2 milhões em 2000 para 7,9 milhões ano passado.
Os 5,2 milhões de estrangeiros que visitaram ao Brasil em 2010 deverão duplicar em 10 anos; a entrada de divisas deve triplicar os US$ 5,9 registrados em 2010. A geração de divisas por meio dos gastos dos estrangeiros no Brasil é o quinto item da pauta de exportações.
O país fez avanços fabulosos no turismo nos últimos anos, mas pode ainda muito mais. E o que é necessário para que o turismo brasileiro cresça de forma contínua, sustentável e possa ainda mais contribuir com o desenvolvimento do país?
É inquestionável a necessidade de competitividade para um país que enfrenta um mercado global cheio de inovações, desafios e acirrada disputa para as próximas décadas. E olhando para esses desafios futuros, tirando ensinamentos do passado, precisamos olhar para o cenário dos grandes eventos esportivos e, além deles. As viagens passam a fazer parte do orçamento dos brasileiros e o Brasil passa a ser objeto de desejo de estrangeiros para viagens de férias, investimentos, oportunidades de negócios. E existem investimentos em infra-estrutura que demandam uma análise dessas tendências, políticas de longo prazo e soluções definitivas para o país e para o setor de viagens e turismo.
A infraestrutura aeroportuária é um dos temas essenciais que exigem resposta e investimentos públicos e privados. Hoje, mais de 75% do fluxo de viagens domésticas e internacionais dependem da aviação civil. As grandes distâncias não permitem viagens a diversos destinos do Brasil. Estamos longe dos grandes mercados emissores. Temos poucas ligações terrestres com nossos vizinhos de continente. Brasileiros querem conhecer outras regiões de seu imenso país, estrangeiros querem ir a diversas cidades do Brasil. Eventos, feiras comerciais, investimentos em diversas áreas se multiplicam por todos os lugares e é necessário ter uma malha aérea que atenda aos mais diversos clientes.
Pensando no mercado global, nas previsões de crescimento das viagens, na chegada de vôos intercontinentais ao Brasil e sua distribuição para a América do Sul é imperativo ter uma estratégia definitiva para o tema aéreo. Pensar no longo prazo e projetar a movimentação para os próximos 20 e 30 anos significa não repetir erros de falta de planejamento.
Uma definição clara da vocação dos principais aeroportos do Brasil, seja para a recepção de vôos internacionais de longa distância, para vôos regionais, para as viagens domésticas e mesmo para cargas é um passo importante para uma política de longo prazo. Da mesma forma, compreender as necessidades das empresas brasileiras, suas projeções de aumento da oferta de vôos pode contribuir para melhores serviços, preços competitivos e melhor distribuição de vôos e horários para diferentes regiões do Brasil.
Os aeroportos de São Paulo são o coração da distribuição dos vôos em nosso país, seja porque recebem grande maioria dos vôos internacionais e permitem as melhores conexões, seja porque estão no centro econômico do continente. Limitações de espaço para a ampliação de Congonhas, por exemplo, já definem uma vocação e tipos de operação para esse sítio. Guarulhos opera acima de sua capacidade, e sua ampliação terá limite de capacidade no médio prazo. Viracopos tem importante papel no transporte de cargas e no fluxo regional, mas ainda está longe da capital.
No momento de debate sobre as concessões e privatização de aeroportos, o desenho de uma estratégia de longo prazo se torna importante para o desenvolvimento do país, para a projeção de seu crescimento e, em especial para o setor de viagens e turismo. A malha aérea nacional pode ter condições de atender melhor as regiões distantes do centro de distribuição de São Paulo, por exemplo, melhorando horários de conexões para o norte e nordeste. As empresas estrangeiras poderiam trazer aviões maiores e mais modernos no médio prazo, desde que existam lugares e estrutura para atender a essa demanda, desde que as conexões tornem viáveis do ponto de vista econômico essas operações.
Trata-se de um debate complexo, que exige entender os diversos atores, ampliar a visão sobre o crescimento futuro e as possibilidades de administração dos aeroportos e decisões firmes que possam tornar o setor mais competitivo.
As respostas virão com a análise de amplas e eficazes possibilidades, e queremos que o setor de viagens e turismo tenha infra-estrutura para crescer e atender à atual e futura demanda. Destaco ainda, que até agosto do corrente ano, os desembarques nacionais já crescerem 21% em relação ao mesmo período de 2010, e os desembarques internacionais cresceram 18%, o que coloca nosso País com crescimento maior que a média mundial e em atraso nas condições objetivas de atender a esse crescimento. Ter infra-estrutura aeroportuária adequada, combinar preços justos e serviços públicos e privados de qualidade são fundamentais para que o turismo cresça, seja competitivo e alcance o patamar desejado de geração de emprego, entrada de divisas e valorização das riquezas culturais e naturais do Brasil.
Pensar em 2014, 2016 ou 2020 é pouco. Estamos em fase de concessão de aeroportos e debatendo as alternativas de modelo para a estrutura e gestão aeroportuária do Brasil, e precisamos olhar para os dados que a OMT divulgou recentemente: as economias emergentes lideram o crescimento do turismo mundial e irão chegar a a 58% do mercado global em 2030. Serão 48 milhões de passageiros, em média, a mais por ano. A América do Sul deverá saltar dos atuais 24 milhões de viajantes para 58 milhões em 2030!
O amanhã do turismo brasileiro já é hoje.

Jeanine Pires é empresária e ex-Presidente da EMBRATUR.

Me desculpem os homens, mas ser paralela é fundamental…

Com a licença e o risco de Stephen Kanitz, e o quase certo aval de Paulo Salvador (o homem mais feminista do turismo brasileiro) retransmito aqui artigo sobre o debate dos neurônios a mais dos homens. Vale a pena a leitura ( ainda mais de um texto escrito por um homem )

MULHERES SÃO PARALELAS, por Stephen Kanitz

Homens gostam de se gabar que possuem 23 bilhões de neurônios enquanto a mulher possui “somente” 19 bilhões, 4 bilhões a menos. Consideram este fato, comprovado cientificamente, um sinal de superioridade. As mulheres respondem imediatamente, que não faz a menor diferença, no que elas estão absolutamente corretas.
Do ponto de vista da seleção natural, não há como a natureza selecionar mulheres “burras” e homens “inteligentes”. Ambos os sexos tinham que ser igualmente espertos para fugirem dos predadores nos primórdios, na África.

Mulheres compensam esta diferença processando a informação de forma diferente. Homens pensam seqüencialmente, etapa por etapa, logicamente trilhando o caminho da racionalidade, comparando fatos com regras pré-estabelecidas. Suas conclusões dão do tipo “sim-não”, “certo-errado”.

Mulheres raciocinam em paralelo, avaliam dezenas de variáveis simultaneamente, suas conclusões são do tipo “melhor-pior” ou uma simples sensação visceral de certeza da conclusão. Por isto, dizem que as mulheres são “intuitivas”. Elas processam informação mais rapidamente, são mais abrangentes, mais holísticas. Ou seja, mulheres são paralelas, homens são seriais.

Recentemente, um estudo descobriu que as mulheres possuem 13% mais sinapses do que homens, o que compensa a diferença e muda a forma de pensar. Homens têm mais neurônios, mulheres têm mais sinapses.

Talvez seja por isto, que as mulheres conseguem cuidar de 20 coisas ao mesmo tempo. São excelentes enfermeiras, mães de 5 filhos, administradoras de equipes, administradoras de escolas, hospitais e associações, onde ninguém fica quieto um minuto. Homens adoram gerenciar planos, números e orçamentos que precisam ser obedecidos. Por serem seriais e lógicos tendem a ser arrogantes e donos da verdade, mesmo estando errados. Mulheres, por serem paralelas, sempre sofrem a incerteza da dúvida, mesmo estando certas. São inseguras sem razão. Suas conclusões são corretas, mas não seguem a lógica masculina serial. Homens tendem a ver tudo preto ou branco, esquerda ou direita. Mulheres tendem a ver o cinza, são muito menos dogmáticas e mais conciliatórias.
Homens arriscam um tudo ou nada com enorme facilidade, mulheres tendem a procurar a opção mais segura. Numa briga de casal, homens discutem causa e efeito. Mulheres discutem sentimentos e emoções, ambos de acordo como seus cérebros processam informações.

Um dos problemas desta teoria é que não sabemos exatamente como funciona o cérebro paralelo. A maioria dos estudos neurológicos tem sido feita em cérebros de soldados mortos em combate, não em cérebros de mulheres. Na realidade, ambos os sexos são seriais e paralelos e o que estamos sugerindo, para uma reflexão mais aprimorada por cientistas, é que talvez os homens tendem a ser mais seriais, as mulheres tendem a ser mais paralelas. Estas características, às vezes, são descritas erroneamente como cérebro direito e cérebro esquerdo. O lado do cérebro não tem nada a ver com estas diferenças. A verdadeira explicação não é o lado, mas sim se está sendo processado pela parte do cérebro que é paralela, ou a parte que é serial. Se esta teoria for correta, e está longe de ser aceita, explicaria porque é tão difícil a comunicação entre os sexos. Homens ficam num canto falando de dinheiro, mulheres do outro falando de emoções. Para diminuir esta distância, mulheres teriam de tentar explicar suas conclusões de forma mais serial. Homens deveriam escutar mais os sentimentos (paralelos) das mulheres e falar com analogias e cenários e não com deduções lógicas. Na medida que o mundo se torna cada vez mais complexo, exigindo o processamento de centenas de variáveis ao mesmo tempo, aumentam as vantagens competitivas das mulheres sobre os homens. Já se falava que este milênio seria das mulheres, e hoje mais mulheres se formam em administração de empresas do que homens. Seu próximo chefe tem muita chance de ser uma mulher. Quase tivemos uma presidenta em 2002, esperem para ver 2006.

Portanto, não são as mulheres que possuem 4 bilhões de neurônios a menos, são os homens que precisam de 4 bilhões de neurônios a mais, para processarem as mesmas informações.

Oportunidades e negócios para os agentes de viagens

Me lembro que há algum tempo, no período do Congresso da ABAV, comentei sobre as oportunidades que os agentes de viagens do Brasil podem ter com a vinda de visitantes estrangeiros. Fui buscar nas pesquisas, nas informações sobre o comportamento de viagens dentro do Brasil onde poderiam estar as oportunidades.
O Estudo da Demanda Internacional 2010 divulgado pela EMBRATUR traz novamente informações que mostram o baixo aproveitamento da permanência dos visitantes no Brasil para vender mais serviços e produtos turísticos.
Somente 19% dos estrangeiros que vieram ao Brasil compraram serviços avulsos de agência de viagens.
A maioria dos participantes de eventos internacionais também, não fica mais tempo antes ou depois das datas de realização oficial da programação no Brasil, e afirmam que gostariam de voltar para fazer viagem de lazer.
A reflexão: como podemos vender mais opções de passeios, cultura, serviços, eventos, e experiências para os visitantes quando eles já estão no Brasil ?

O que mudou na visão dos estrangeiros desde 2004

Uma análise rápida do perfil dos estrangeiros que vieram ao Brasil em 2010 comparando com 2004, nos leva a algumas constatações das mudanças que ocorreram nos últimos 6 anos.
O Estudo da Demanda Internacional divulgado essa semana nos mostra que o Brasil continua a surpreender estrangeiros, que alguns atributos de nosso país passaram a ser mais motivadores para as viagens e que ainda temos muito a fazer para nos tornarmos mais competitivos, seja nos serviços privados seja na infra-estrutura pública.

OS GRANDES TEMAS

– a maioria dos visitantes ainda vem ao Brasil a lazer
– sol e praia ainda é o maior motivo da viagem, e ecoturismo e natureza se consolidam como atrativo do País
– diminui o número de pessoas que viajam com a família
– o Rio de Janeiro continua lindo e o primeiro destino de lazer, já Florianópolis é a grande novidade
– a internet passa a influenciar mais as visitas do que os comentários sobre o Brasil feito por amigos
– as agências de viagem no exterior possuem mais informações sobre o Brasil e ajudam como fonte de informação para a viagem
– os turistas de primeira viagem ainda são muitos e os que repetem a viagem também são muitos
– continuamos agradando muito, pois 96% de intenção de retorno e mais do que unanimidade é oportunidade sem fim
– aumenta o número de jovens estrangeiros que vem ao nosso País
– a satisfação com a a viagem ao Brasil é cada vez maior, superando expectativas
– melhorou um pouco na avaliação do visitante: a limpeza e a segurança
– continua igual depois desde 2004: serviços de taxi, transporte público, sinalização turística, restaurantes, hotéis, guias de turismo, informação turística, hospitalidade
– está um pouco pior nos últimos seis anos: telecomunicações e aeroportos
– ainda oferecemos poucos serviços aos visitantes, poucas informações e pouca venda quando eles já estão no Brasil

Amanhã é hoje pro turismo

Os novos dados da OMT – Organização Mundial do Turismo com projeções do crescimento mundial do turismo até 2030 mostram que os destinos turísticos de mercados emergentes terão a maior fatia do mercado mundial em 4 anos.
Em 2030, seremos cerca de 1,8 bilhões de viajantes, a média de aumento do número de pessoas viajando pelo planeta será de 43 milhões de pessoas a mais por ano. A tendência observada é um crescimento mais modesto nos destinos chamados “tradicionais” ou “maduros” e um aumento acelerado nas economias emergentes com destaque para a Ásia.
A América Latina, que em 2011 já cresce em média 15% no primeiro semestre, três vezes a média mundial, deverá saltar dos atuais 24 milhões de visitantes para 58 milhões em 2030. Lembrando que crescem todas as motivações de viagens, cresce o transporte aéreo e as viagens entre regiões estarão crescendo de forma gradual e mais rápido que as viagens dentro da mesma região.
Por que temos que ficar atentos?
– já temos um cenário interno de crescimento
– já estamos crescendo quase três vezes a média mundial
– vamos receber mega eventos em 2014 e 2016 que nos darão ainda mais visibilidade
– precisamos melhorar nossa competitividade de forma rápida e eficaz
– precisamos de mais infra-estrutura de aeroportos
– precisamos de estudos e pesquisas que nos ajudem a entender essas mudanças e mazimizar as oportunidades

As coisas andam rápido, mudam rápido e precisamos ser eficazes nesse cenário.

Andam falando da gente

Sim, especialistas, blogueiros com dicas de turismo, sites de turismo pelo mundo afora andam falando do Brasil como destino turístico de uma forma mais frequente.
Seja porque estamos sendo vistos como um mercado emissor em expansão, seja porque novidades de nosso país como destino turístico passam a ser motivo de curiosidade e descoberta pelos “pesquisadores de tendências de viagens”.
As menções mais comuns ao Brasil estão ligadas a atributos já conhecidos do país, mas abordadas de uma forma renovada. Por exemplo, viagens de natureza ou ecoturismo, viagens de luxo, lugares para curtir a vida noturna ou para jovens. Novos negócios motivados pela expansão interna do mercado. Dependendo do país e das possibilidades que se busca explorar, o Brasil passa a ser alvo de maior interesse seja como mercado emissor ou como mercado receptivo.
Essas oportunidades são importantes para identificar novos conteúdos para a promoção internacional, para realizar uma abordagem comercial com mais detalhes sobre as possíveis experiências que estrangeiros podem ter no Brasil e, algo que considero cada vez mais importante: estar ligado nas tendências de comportamento da demanda para mostrar que podemos receber visitantes que buscam experiências especiais, adaptar nossos roteiros e preparar nossos destinos e serviços a esses consumidores que virão.
Isso certamente irá fazer a diferença quando eles voltarem para casa e forem compartilhar o que viveram em nosso país.