Ouça o podcast comentando os resultados da Sondagem de Intenção de Viagens dos Brasileiros nos primeiros seis meses de janeiro de 2012
Ouça o podcast comentando os resultados da Sondagem de Intenção de Viagens dos Brasileiros nos primeiros seis meses de janeiro de 2012
Ouça o podcast do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio sobre os possíveis impactos das medidas em análise pelo governo americano para a facilitação dos vistos aos brasileiros.
Os dados divulgados hoje pelo Banco Central e pela EMBRATUR mostram o fechamento do ano de 2011 para além das expectativas iniciais. Os gastos dos estrangeiros em viagens ao Brasil ano passado chegaram a USD6,775 bilhões, um recorde histórico.
O aumento representa 14,4% a mais que os gastos de 2010 e ainda mais do que três vezes a média de crescimento mundial. De acordo com a OMT, a média de entrada de divisas no turismo mundial foi de 4% em 2011, e já assinalava que a América Latina e o Brasil haviam alcançado os melhores resultados.
A evolução desse dados nos últimos dez anos mostra que o gasto dos estrangeiros salta de USD 1,7 para USD 6,7 ano passado.
Veja o gráfico:
Quanto tempo vai demorar para que mais empregos e divisas venham para o Brasil das viagens dos norte-americanos com a flexibilização do visto ? Será que é preciso ainda dizer que o turismo é o QUINTO item de nossa pauta de exportações? Que os americanos são quase 1 milhão de visitantes e nosso segundo mercado ?
Precisamos dar maior impulso ao Programa Visa Waiver e reinvindicar do Governo brasileiro que o tema tenha prioridade na agenda econômica.
O fenômeno global em que se transformou o turismo avança de forma significativa no Brasil. A indústria de viagens e turismo representa hoje 6% do comércio mundial e contribui com 5% do PIB do planeta.
Os resultados do desempenho do turismo em 2011 divulgados pela OMT – Organização Mundial de turismo mostram que não há outro setor com tanta capacidade de contribuir com a geração de postos de trabalho, principalmente para jovens e mulheres. No mundo o turismo é responsável por 1 em cada 12 empregos.
Um crescimento de 4,4%, em média, levou 980 milhões de pessoas a cruzar fronteiras ano passado. A Europa, que cresceu 6% reebeu a metade das pessoas que fizeram viagens internacionais. E a América do Sul foi a sub-região que mais cresceu (+10%), enquanto toda a região das Américas cresceu em média 4% e os países emergentes como um todo cresceram em média 3,8%. O Brasil saltou de 5,2 para 5,5 milhões de visitantes.
No campo das receitas com gastos de visitantes, a média de crescimento foi de 4%, e, alguns países registraram resultados muito superiores à essa média. Estados Unidos cresceram 12%, China 25% e Espanha 9%. O Brasil saltou de 5,9 bilhões de dólares em divisas em 2010 para 6,7 bilhões ano passado.
Os visitantes que mais gastaram em suas viagens vemos que os emergentes entraram de fato para o rol dos mais “gastadores”: China +38%, Brasil + 32%, Índia + 32% e Rússia + 21%.
Para 2012 a expectativa é de continuidade de crescimento do turismo no mundo, mesmo que em menor ritmo, entre 3 a 4 %, em média. As regiões emergentes mais uma vez devem continuar a receber muitos visitantes e a viajar bastante no ano que começa.
A Organização Nacional de Turismo da China divulgou dados sobre os resultados do turismo naquela país. Segundo a entidade, nos últimos 5 anos as receitas do turismo chegaram a 738.400 milhões de euros, o que coloca a China à frente da Espanha e Itália.
Os turistas estrangeiros e chineses em visita ao país chegaram a 9.300 milhões nos últimos 5 anos. É claro que os chineses são os principais visitantes de seu próprio país, o que está levando ao incremento das viagens domésticas, sobretudo ao interior do país.
Os dados apresentados pelo governo chinês também estão de acordo com as informações da OMT – Organização Mundial de Turismo, que afirma que à partir de 2015 as economias emergentes terão 58% do mercado mundial de viagens, com destaque para a Ásia.
Isso significa que as regiões do sudeste europeu e mediterrâneo, as mais visitadas do planeta, serão provavelmente substituídas pelo nordeste da Ásia.
Os gastos dos brasileiros nos EUA, especialmente na Flórida foram motivo de reportagem especial do The New York Times de hoje, 28/12/11.
Com o título “Brasileiros mão aberta são cortejados na Flórida” a matéria disse que na terra onde muitos latinos são encontrados nunca um cliente foi tão cortejado como o brasileiro. Desde roupas de grife, eletrônicos até carros, barcos e casas são comprados pelos brazucas. Sem falar, é claro, dos dólares deixados em hotéis, restaurantes e atrações turísticas.
A jornalistas Lizette Alvarez do jornal nova-iorquino, relata que é na região de Miami e Fort Lauderdale que os brasileiros mais são vistos, tendo inclusive alguns “mimos” que se transformam em mais negócios, como restaurantes como comida que agradam os brasileiros.
Estudos da USTravel mostram que em 2010 os brasileiros dexiaram US$ 5,9 bilhões nos EUA, uma média de quase US$ 5 mil por visitante.
Com esses números, 5,4 milhões de visitantes estrangeiros e 6,7 bilhões de dólares em entrada de divisas o Brasil deve fechar o ano do turismo receptivo em 2011.
Ambos são recordes históricos, mostrando o crescimento do turismo Brasileiro no cenário internacional conforme as estimativas da OMT – Organização Mundial de Turismo. O Brasil lidera o crescimento da América Latina também na geração de empregos diretos e indiretos, onde o país ocupa o quinta lugar no ranking mundial.
O cenário é de comemoração pelos resultados alcançados, fruto de uma nova realidade do setor no cenário local e nacional e dos resultados gerais da economia nacional; esses últimos condição indispensável para o desenvolvimento do turismo. Para 2012, o setor de viagens e turismo deve continuar crescendo, possivelmente a ritmo um pouco menor devido ao cenário internacional.
Bons resultados do mercado doméstico e internacional também servem para uma reflexão sobre a qualidade de produtos e destinos. Servem para reunir mais esforços no sentido de tornar o Brasil um país mais competitivo e competente no turismo.
Os Jogos Olímpicos Londres 2012 terão 6,6 milhões de ingressos à venda. Desde março as entradas para assistir às competições estão à venda com preços de variam de 20 até 2.012 libras ( algo entre 54 e 5.400 reais ).
Até agora os ingressos já renderam cerca de 527 milhões de libras ( 1,5 milhões de reais ) e outras 130 milhões de libras devem ainda ser arrecadas com a venda dos ingressos disponíveis.
O Diretor Executivo de Londres 2012, Paul Deighton disse que cerca de 25% do orçamento dos jogos deverá ser pago com as vendas de ingressos.
No Brasil, os Jogos Rio 2016 terão 6 milhões de ingressos à venda, ao preço médio de 36 dólares, e existirão valores que variam de 10, 20 ou 30 dólares, dependendo das competições ou do local para assistir às competições.
FALTAM 1.695 dias para os Jogos Rio 2016
Uma decisão importante para empresas e órgãos de turismo: ir às feiras de turismo.
A resposta pode estar em outras perguntas. Quais os objetivos em participar de uma feira? Que tipo de público estará presente? Qual o custo benefício ? O que o evento oferece como diferencial ?
Essa reflexão é importante no cenário de grandes mudanças dos fluxos turísticos mundiais e, sobretudo quando as ferramentas de promoção e comunicação encontram outros meios de relacionamento com agentes de viagens, clientes e imprensa. Também para quem organiza tais eventos, temas como renovação, inovação, tecnologia são importantes para reter expositores e atrair clientes. Talvez a certeza é que nossa indústria não quer mais do mesmo.
A Atout France, agência turística oficial da França anunciou que em 2012 não irá mais participar da FITUR em Madri nem da BIT em Milão. Suas razões são explicadas pelo diretor Christian Mantei, argumentando que os custos de participação aumentam, o público presente diminuiu e que o perfil do evento já não atende mais às necessidades dos empresários do setor. De acordo com ele, outras formas de comercialização trazem retorno mais eficaz. A agência continua a participar de outras feiras como a WTM de Londres e a ITB de Berlim.
Todos de olho no retorno de seus investimentos e no diferencial que as feiras de turismo estão oferecendo a seus expositores e compradores.
De qualquer forma, para um país, estar ausente de alguns eventos pode ser ruim para sua rede de relacionamentos, para empresas ou órgãos de turismo estaduais e municipais vale uma análise mais detalhada.
Minha experiência durante 8 anos de organização e participação nas feiras em diversos países, também leva refletir sobre os pontos mencionados acima, tais como:
– ter muito claro os objetivos e forma de participação;
– analisar o custo-benefício dessa e outras ferramentas de comunicação e relacionamento;
– organizar uma agenda prévia para otimizar contatos e focar nos objetivos traçados;
– agrupar e executar diversas ferramentas como reuniões, agenda de imprensa, participação em seminários, dentre outras;
– e muito importante: manter a rede de relacionamentos durante todo o ano e, não somente no momento da feira.