Líderes de eventos

Em palestra em João Pessoa, para o curso de Empreendedores em Eventos do SEBRAE, uma ótima oportunidade para falar do perfil dos profissionais, do que o mercado espera desses profissionais e das tendências do setor de eventos no mundo.

Líder em eventos porque um profissional não é somente um gestor, um organizador, ele deve ser um líder com todas as características que construam um evento de sucesso, onde pessoas se sentem muito especiais e onde a celebração é o ponto máximo em qualquer acontecimento.

Eventos são momentos em que o normal, o cotidiano, se torna Extraordinário. Podemos estar falando de um casamento, uma feira de negócios, uma conferência ou um encontro de negócios. Pode ser uma Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos também!

As habilidades são infinitas, sempre em construção. Comunicação escrita e oral, trabalho em equipe, capacidade de julgar qualidade, gerenciamento de stress e crises, saber improvisar, fazer negociações, solucionar conflitos, vendas, relacionamento interpessoal, e tantas outras questões poderiam compor uma ampla gama de perfil de um líder em eventos.

Da mesma forma, os clientes, entidades de classe, empresas e organizações esperam dos gestores de eventos a capacidade de articulação, profissionalismo, atitudes pró-ativas, ética, integridade, soluções, criatividade e paixão, além de outras muitas qualidades.

As tendências do mercado mundial de eventos mudam rapidamente e acompanham as alterações econômicas, demográficas e tecnológicas. Os líderes de eventos devem estar cada vez mais preparados para gerenciar riscos, trabalhar em cenários de instabilidade, mais foco em agregar entretenimento e educação, elaboração de custos, adaptabilidade cultural, à convivência entre diferentes gerações e ainda tantas outras mudanças.

A única certeza é de que planejamento é fundamental, pós-evento é muito importante e que mudanças são uma variável permanente no setor.

Desastres naturais, turismo e o WEF

O Fórum Econômico Mundial América Latina que acontece no Rio hoje e amanhã ( 27 e 28/04/2011) acabou de publicar um relatório de grande importância para o planeta e que pode trazer grandes benefícios ao turismo, em especial do Brasil.

Os desastres naturais que acontecerem em 2010 e 2011 como furacões, tsunamis, enchentes, causaram grandes danos e perdas físicas e humanas. Esses eventos, além do impacto no cotidiano das pessoas, também altera comportamento de visitantes, pode modificar fortemente paisagens e destinos turísticos, trazendo perda de empregos, redução de benefícios econômicos e resultados negativos para toda a cadeira produtiva da indústria de viagens e turismo.

O relatório “Vision for Managing Natural Disarter Risk”, publicado hoje, traz recomendações para melhorar a gestão de riscos e reduzir o impacto de desastres naturais. O documento foca três áreas para atenção dos países:

  1. elevação do nível de conhecimento e entendimento;
  2. melhorar a capacidade de resistência;
  3. estimular iniciativas de alertas.

Clique aqui para conhecer o relatório

A parte do déficit que pode nos pertencer

Vamos lá!

O Artur vai adorar minha provocação!

O que a indústria do turismo do Brasil pode fazer para reduzir o déficit da balança de seu negócio? Somente criticar o câmbio, a promoção, reclamar do gasto dos brasileiros ?

Acredito muito que além da melhoria dos produtos e serviços, sejam eles públicos ou privados, uma ousadia maior pode nos ajudar.

Quando fizemos a pesquisa com os estrangeiros que vem a eventos internacionais no Brasil, assim como outras pesquisas, o que descobrimos ? Pouco oferecemos aos estrangeiros além do hotel, gastronomia, passeios e paisagens. Não oferecemos pós-eventos de forma agressiva para viajantes a negócios e eventos.

Quais os produtos novos que nossos destinos estão oferecendo, qual a oferta de entretenimento, de compras, de cultura, que nossos destinos oferecem? Como as renovamos? Como aproveitamos recursos naturais, culturais para ir mais fundo na curiosidade dos visitantes para que suas experiências sejam realmente diferentes em nosso país? Como podemos vender mais ? O que querem nossos visitantes além daquilo que já oferecemos?

Essas podem ser algumas das perguntas que podemos tentar responder, na prática, pra agir naquilo que é o papel da indústria de viagens e turismo. Seja por parte dos governos como por parte dos empresários.

They have a Royal opportunity !

É claro que você sabe que nesta sexta vai haver um casamento real com uma previsão de 2 bilhões de pessoas assistindo! E que muitas matérias estão sendo vistas há algum tempo na mídia mundial sobre o casamento, a realeza, as histórias, o Reino Unido…

Diz um estudo que a cada 10 segundos é postada uma matéria sobre o assunto.

Bem, e como o turismo do Reino Unido está transformando o casamento numa oportunidade de promoção e visita a Londres? Com muita criatividade e novidades.

Além da visibilidade de mídia (que antecede quase 1 ano dos Jogos Londres 2012 !), muitas opções de viagem e curiosidades sobre o casamento da década.

Tour temático à pé, prêmios, recepções e festas para celebrar o “Royal Wedding”, exposições de arte inspiradas na família real, festas na rua. Pacotes especiais, peças de teatro e uma extensa agenda de eventos fazem a oportunidade real do turismo britânico.

Quando os CVBs dão certo ?

Essa semana na posse da nova diretoria do Recife CVB alguns pensamentos logo pularam à mente: já se passaram 10 anos e, o RCVB é uma entidade de sucesso !

Tenho acompanhado a trajetória do RCVB, minha rápida passagem de quase 2 anos sempre me fez ficar com os dedos cruzados para que a entidade tivesse sucesso e se superasse sempre.

Essa semana, fiquei muito feliz e minha reflexão combina com a fala do querido amigo José Otávio Meira Lins, que deixou a Presidência para dar lugar ao Paulo Menezes:

Quando os Convention & Visitors Bureaux dão certo ? (só 5 razões)

  • representam todos os setores da cadeia produtiva
  • renovam suas lideranças e trabalham em equipe
  • planejam, trazem resultados e prestam contas a seus associados
  • estão sempre ousando e inovando tanto nas estratégias de lazer como de eventos
  • trabalham em parceria ( e não dependência ) com o setor público

Como riquezas naturais podem gerar negócios de longo prazo?

O segundo vídeo sobre a participação do Brasil no World Tourism Forum de Lucerne na Suiça. Vocês acham que é possível adotar medidas sustentáveis que ajudem a reduzir custo ou esses modelos podem ser mais pesados para os empresários ? Como líderes da indústria de viagens e lazer e, dependentes de recursos naturais que são nosso primeiro fator de competitividade. podem contribuir no Brasil com o debate global? Quais são as práticas de sua empresa ou organização ?

Veja o vídeo

Modelos inteligentes e sustentáveis em turismo

Amigos, cheguei hoje a Luzern, na Suiça, onde participo do World Tourism Forum Lucerne 2011. O tema do evento que vai até sexta é “Sustentabilidade em Turismo: desafios, caminhos e modelos inteligentes de negócios”.

Lideranças empresariais, entidades mundiais e estudiosos participam de diversos painéis que estarei compartilhando com vocês a partir de amanhã. Vamos começar com os desafios do setor no planeta, como ter retorno financeiro e manter a preocupação ambiental?

Lembrando que sustentabilidade tem suas dimensões ambiental, social, cultural, econômica; ou seja, trata-se de entender o turismo como uma atividade que deve ser rentável para aqueles que nele investem e trabalham, para as comunidades locais e com preservação e valorização da cultural material e imaterial dos destinos. O primeiro painel será com o novo Presidente do WTTC – World Travel & Tourism Council David Scowsill.

Convido-os a acompanhar e mais, a me enviar pequenos exemplos de práticas sustentáveis em empresas e destinos brasileiros para que eu possa compartilhar no painel que participo na sexta.

Mais receita com cliente feliz

Falamos em recente post sobre a “obstinação pelo valor”, o que também podemos chamar de excelência em serviços, ou ainda em competitividade. Esse é o grande desafio do Brasil, em especial do setor de viagens e lazer.

Volto ao tema, porque além do Relatório do Fórum Econômico Mundial, também uma recente pesquisa da Deloitte e outras análises tem sido recorrentes sobre talentos, qualidade e também sobre o potencial de crescimento do faturamento das empresas aliado ao melhor atendimento aos clientes em viagens.

Mas alguns dos novos e interessantes ingredientes que quero listar hoje vêm de um estudo da Oxford Economics (que sou admiradora pelo trabalho em turismo), buscando mostrar de onde deverão vir novas receitas e crescimento inovador no setor de viagens. E nesse caso, não só no Brasil, mas no mundo:

  • crescimento de serviços complementares ou auxiliares entre as companhias aéreas
  • aéreas e agentes de viagens devem encontrar novas tecnologias e formas de melhor interligar e agregar mais valor à experiência dos consumidores
  • agentes podem estar mais perto dos viajantes para que sua experiência seja mais customizada e suas necessidades sejam atendidas durante toda a viagem, particularmente naqueles pontos que podem ser mais vulneráveis ( e isso dependo do tipo de cliente, de seu nível de experiência e especifcidades )
  • novos tipos de consumidores serão incorporados aos milhões de viajantes, fruto das mudanças demográficas e nos mercados emergentes. Esses clientes podem ter novos comportamentos, como viajar por mais tempo, ou ainda mais tempo livre; novos serviços deverão ser incorporados à experiência da viagem
  • os novos viajantes dos mercados emergentes serão clientes com hábitos pouco conhecidos, o que vai exigir dos agentes de mercado entender e atender a esses clientes na medida que seus hábitos se tornarem mais conhecidos