Extra 12 milhões de viajantes

Esse foi o número de viajantes pelo mundo nos quatro primeiros meses desse ano.

O cenário econômico mundial tem trazido diferentes comportamentos de viagens internacionais nas economias chamadas “maduras” e nas “emergentes”, tendo estas últimas resultados mais positivos. De janeiro a abril de 2013, cerca de 298 milhões de pessoas realizaram viagens internacionais, e nos próximos meses de maio até agosto ( alta temporada no hemisfério norte ), mais 435 milhões de pessoas devem sair em viagens. Nesse período, o crescimento médio foi de 4,3% no planeta, segundo informações da OMT – Organização Mundial de Turismo.

As regiões que mais cresceram foram a Ásia/Pacifico (+6%), a Europa (+5%) e o Oriente Médio (+5%). Mesmo com um cenário de crise, a Europa continua sendo a região que recebe o maior número de visitantes no mundo, o que mostra a importância da indústria de viagens e turismo para a economia regional. A sub-região da América do Sul manteve o mesmo número de viagens de 2012.

Não temos dados disponíveis para conhecer mais de perto o volume de viagens dos brasileiros para o exterior ou dos estrangeiros para o Brasil, mas pelo comportamento de gastos e as informações disponíveis no mercado, estima-se que as viagens dos brasileiros ao exterior diminuíram em relação ao ano passado, e as viagens dos estrangeiros ao Brasil permanecem nos mesmos níveis do ano anterior.

Ano passado, segundo o IPK World Travel Monitor, o número de viagens no mundo cresceu 4% e os gastos 7%.Para todo o ano de 2013, as projeções da OMT trazem um crescimento entre 3 e 4%, e o IPK World Travel Monitor fala em 3% de aumento das viagens no mundo.

Voltei

Amigos, conforme nota veiculada no Panrotas  estou de volta às atividades no turismo.
Alguns meses aprendendo na área de cultura reforçaram ainda mais minha convicção sobre a importância do setor de viagens e turismo para a economia brasileira, para aproximar nosso Brasil do mundo e também confirmaram minha paixão por esse setor.
Quero também retomar a participação aqui no time de blogueiros do Panrotas e contribuir para o debate de idéias e opiniões de nosso setor.

O que diz o WTTC para 2013

O WTTC – Conselho Mundial de Viagens e Turismo, apresenta anualmente seus dados para o crescimento da economia do turismo no mundo e em diversos países.

Fui dar uma olhada nas quatro variáveis estratégicas avaliadas, o que está projetado para o Brasil e para o mundo, confira:

PIB DIRETO DO TURISMO

O turismo brasileiro contribuiu com R$ 150,6 bilhões para o PIB do país em 2012, 3,4% do total.

Para 2013 a previsão de crescimento para o Brasil é de 5%, e para o mundo 3,1%

EMPREGOS DIRETOS

O turismo brasileiro empregou diretamente 2.950.000 pessoas em 2012, isso representa 3% do total de empregos no País.

Para 2013 a previsão de crescimento é de 3,4% dos empregos diretos no Brasil e 1,2% no mundo.

GASTOS DOS ESTRANGEIROS

O total de gastos dos estrangeiros no Brasil em 2012 foi de R$ 14,6 bilhões, o que representa 2,7% do total das exportações.

Para 2013 a projeção de crescimento para nosso país é de 7,6% e para o mundo de 3,1%.

INVESTIMENTOS

No ano passado foram investidos pelo setor público e privado R$ 43,5 bilhões em turismo, o que significou 5,4% dos investimentos realizados no Brasil.

Para 2013 a projeção é de que os investimentos em turismo cresçam 8,4% no Brasil e 4,2% no mundo.

 

FONTE: WTTC

2013… 3 X 0

A contagem regressiva já marca um ano para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014.

A seleção começa com bons sinais colocando 3 X 0 sobre o Japão. É apenas o começo, muito trabalho pela frente, mas é um ótimo começo.

A realização dos jogos nas seis cidades que realizam os jogos devem apontar aquilo que está afinado, o que precisa de melhorias e o aprendizado para que daqui há um ano os preparativos possam ser aprimorados.

Os estádios estão entregues, mesmo com ajustes a fazer e outros a finalizar até 2014.

O importante seria desde já começar a pensar em setembro de 2014, ou seja, um trabalho de captação de eventos, de planejamento para a utilização das arenas multiuso para diversos tipos de atividades depois do mundial. O turismo pode colaborar e se beneficiar nessa área, já tem mecanismos, políticas de Convention Bureaux e de alguns Estados e Municípios para a busca de todo tipo de evento.

Conhecer bem a infraestrutura de cada arena, as possibilidades de atividades e um plano de ação do turismo pode ser estratégico para as cidades e sobretudo para o setor de viagens e negócios.

Inspiração de 2016

Na agenda da cultura e do turismo brasileiro estão os grandes eventos esportivos. A integração do esporte com a cultura e o turismo irá colaborar para a geração de projetos comuns e para a internacionalização da cultura brasileira.

Em especial, a realização dos Jogos Rio 2016 traz em seu programa oficial as Olimpíadas Culturais: período que se inicia em 2013 e vai até 2016. Para termos uma idéia, o Festival Londres 2012 reuniu quase 20 milhões de pessoas em 12 semanas de eventos com cerca de 25 mil artistas se apresentando.

Eventos como o Revezamento da Tocha e a Cerimônia de Abertura trazem imensa visibilidade e um impacto de imagem imensuráveis.

Essa semana no Rio de Janeiro, damos seguimento a um projeto de intercâmbio com Londres. O Fórum Cultural Olímpico trará as experiências de Londres com a participação de líderes culturais e produtores ingleses, assim como de lideranças brasileiras. Queremos nos inspirar no espírito de transformação que lidera o espírito olímpico internacional.

Quer saber mais ? Veja: http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/forum-cultural-olimpico-e-paraolimpico

 

 

E a competitividade ?

Mais uma vez ela está ligada à infraestrutura e serviços de qualidade. Temos que melhorar e perseguir melhores condições de viagens no Brasil. Fui buscar no “The Travel & Tourism Competitiveness Report 2013 do WEF – World Economic Forum os principais pilares dos países que estão no topo da lista de competividade.

A Alemanha está em segundo lugar, tem abundante lista de recursos culturais ligada ao sítios históricos Patrimônio Mundial e recebe grande número de feiras e eventos anualmente. Os preços de hotéis são muito competitvos. Não precisa lembrar que recebeu a Copa do Mundo em 2006.

A Áustria que está em terceiro lugar tem melhorado seu posicionamento devido à melhorias na infraestrutura turística, por sua atitude de grande hospitalidade em relação aos visitantes e, o mais importante segundo o relatório, por sua rica base de recursos culturais.

A Espanha lidera o pilar de recursos culturais porque tem grande número de sítios Patrimônio Mundial, recursos culturais diversos e atrai grande número de feiras e exposições. O país também tem numerosos espaços esportivos em arenas e estádios.

E para citar mais um país, busquei dados do Reino Unido. Seu posicionamento está baseado nos excelentes recursos culturais, nos numerosos sítios históricos e também pela realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2012, além do Jubileu de Diamante da Rainha Elisabeth I.

 

Intangível ?

Quanto temos aproveitado de nosso patrimônio natural e cultural para diversificar a oferta de produtos e serviços no turismo ? Muitas vezes fica claro que o diferencial competitivo de uma país, além da infraestrutura ou da qualidade dos serviços, está nos atributos que o diferenciam. Natureza e cultura do Brasil, são as motivações de viagens a lazer ou um complemento importante aos negócios e eventos.

Para compartilhar algumas impressões sobre a cultura, já que sol e praia ou mesmo ecoturismo têm se tornado grandes atrativos do Brasil, faço alguns comentários.

O patrimônio nacional tangível, ou seja, prédios, sítios históricos, artesanato ou mesmo a gastronomia constituiem uma parte importante e mais visível daquilo que podemos oferecer como experiência aos visitantes. Lembramos das cidades mineiras, de Salvador, das Missões no Rio Grande do Sul. Lugares como Bonito ou a Amazônia se destacam na experiência sustentável e de aventura. Temos um artesanato regional cheio de surpresas e que atrai os visitantes; e uma gastronomia cada vez mais elaborada, saborosa e que começa a se tornar conhecida pela criatividade e utilização de produtos locais.

O que me parece cada vez mais evidente e necessário a conhecer e utilizar de forma objetiva é o patrimônio intagível. Estou falando daquilo que constitui a alma do Brasil. Valores, estilo de vida, tradições, pessoas observando pessoas no seu dia a dia. Emoções e jeito de ser e viver. Os eventos regionais, festas religiosas e atividades cotidianas que compõem nosso “viver” e proporcionam uma compreensão de elementos intangíveis da vida das pessoas e de nossa cultura.

Qual é o atributo intangível de destaque em seu destino ou produto ?

 

Brasileiros gastam mais lá fora, e estrangeiros gastam mais aqui

O Banco Central divulgou hoje que os gastos dos turistas brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,4 bilhão em agosto, o que representa um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, a cifra já chega a US$ 14,6 bilhões e representa crescimento de 1,7% em comparação com o mesmo período de 2011 (US$ 14,3 bilhões).

Os dados apresentados pela Embratur mostraram que entre janeiro e agosto deste ano os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil também aumentaram. Em comparação ao mesmo período de 2011 o aumento foi de 5,2%. De acordo com o Banco Central, o acumulado foi de US$ 4,55 milhões, contra os US$ 4,33 milhões deixados pelos estrangeiros nos primeiros oito meses do ano passado.

As divisas que ingressaram no país por meio de viagens internacionais, no entanto, tiveram uma queda de 7,5% em agosto – de US$ 586 milhões em 2011 para US$ 542 milhões em 2012. Mas a Embratur ressaltou que é importante lembrar a evolução da entrada de divisas por meio de viagens internacionais. De 2003 a 2011 houve um crescimento significativo, de 173% – de US$ 2,479 bilhões para US$ 6,775.

Quando comparados com os números da Organização Mundial do Turismo, OMT, que no período de 2003 a 2011 registrou um crescimento de 9,6% no fluxo de dólares do segmento de turismo, os números do Brasil se mostram bem superiores à média mundial.

O segundo semestre de 2012

O Ministério do Turismo divulgou dados da Infraero com o número de desembarques nacionais e internacionais nos aeroportos do Brasil em agosto de 2012. E os resultados mostraram que, em comparação com o mesmo mês de 2011, houve um aumento de 6,96% na movimentação doméstica, que manteve a linha de crescimento, também registrado nos outros meses deste ano.

Já os desembarques internacionais tiveram uma redução de 3,87% em comparação a agosto de 2011. As chegadas internacionais têm oscilado em 2012, com taxas de crescimento nos meses de janeiro, fevereiro, março, maio e junho, e de redução nos meses de abril, julho e agosto. Um segundo semestre que registra diminuição das viagens dos brasileiros ao exterior e também de seus gastos.

Os números mostram que é preciso continuar investindo na promoção do Brasil no exterior, promovendo não só o turismo como também a infraestrutura do país para eventos e convenções, capaz de combater a sazonalidade e contribuir com o desenvolvimento científico e tecnológico do país.  O potencial de crescimento do segmento internacional é alto, os gastos dos estrangeiros no Brasil seguem crescendo, o maior desafio é ganhar competitividade seja na qualidade de serviços, experiência dos visitantes ou nos preços. Da mesma forma, seguir estimulando o crescimento das viagens dos brasileiros dentro do país, à exemplo do que faz a Braztoa quando lidera o Turismo Week. ( Mais sobre http://www.turismoweek.com.br ).

 

Gastos internacionais: China e Rússia lideram crescimento

Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), entre os países que mais gastam em turismo internacional no primeiro semestre de 2012 estão a China (+30%), a Rússia (+15%), os Estados Unidos (+9%), a Alemanha (+6%) e o Canadá (+6%).

O Japão, que em 2011 teve uma redução de 11,2% em gastos internacionais, por causa do tsunami e da crise nuclear de Fukushima, também elevou seus gastos no exterior nos seis primeiros meses deste ano, registrando um crescimento de 8%. Os dados, segundo a OMT, confirmam a recuperação deste mercado, que é de extrema importância para muitos destinos, principalmente na Europa.

Já nos mercados emissores do Reino Unido, Austrália, Itália e França, o incremento dos gastos com turismo foi lento em 2012.  Em 2011 o Reino Unido, junto com o Japão, teve uma queda de -2% nos gastos em viagens ao exterior, e o fato, segundo a OMT, foi consequência do enfraquecimento da economia e da libra esterlina.

Também em 2011, os países BRIC registraram um incremento substancial nos gastos internacionais. O Brasil, por exemplo, teve um aumento de 30%, o que fez com que o país avançasse seis pontos no ranking mundial e assumisse a 12ª posição. A Índia foi o mercado emissor que mais cresceu entre os 50 países com mais gastos em turismo, com um aumento de 33%. O país avançou duas posições no ranking, ocupando agora o 22º lugar.

Tais dados reforçam a importância das promoções em outros destinos. O potencial dos mercados emissores deve estar no foco das ações de marketing de países como Brasil, que vem ocupando lugar de destaque na lista de viagens de turistas das mais distintas nacionalidades.