Tráfego aéreo global aumenta, mas ritmo de crescimento é lento

No Brasil mercado doméstico está aquecido

Em comparação ao mês de julho de 2011 o tráfego aéreo global cresceu 3,4% em julho deste ano. Mesmo assim, em relação aos anos anteriores o ritmo de crescimento ainda é considerado lento pelos especialistas. Segundo os dados divulgados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), essa desaceleração é consequência das incertezas econômicas em vários mercados.

“As companhias aéreas estão reagindo a este momento com a redução da capacidade, que tem estabilizado as taxas de ocupação, que estão relativamente altas, e apoiado os resultados positivos”, apontou o estudo da IATA, que também citou o alto preço dos combustíveis como um fator prejudicial ao crescimento.

A IATA informou que a capacidade global cresceu 3,6% em julho, e que a taxa de ocupação teve uma média de 83,1%.  “Com exceção de África, Oriente Médio e o mercado doméstico chinês, os principais destinos viram a procura cair entre Junho e Julho. No geral, o índice de procura foi superior ao registrado no ano passado, mas a tendência de crescimento ainda está abaixo do esperado. O fato, junto com o aumento dos preços do combustível, pode fazer deste segundo semestre um período difícil para a indústria do transporte aéreo”, diz a análise da associação.

Já no Brasil o mercado doméstico de passageiros transportados por quilômetros pagos, em comparação com o mesmo período de 2011, cresceu 7,86% em julho de 2012, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil, (Anac). A oferta aumentou 2,06% no mês, e no acumulado do ano (de janeiro a julho e 2012) a demanda e a oferta subiram: 7,39% e 7,47%, respectivamente. A taxa de ocupação dos voos domésticos foi de 79,45 em julho deste ano, o que representou um crescimento de 5,67% em relação aos 75,18% alcançados no mesmo mês do ano passado.

Rio está entre as tarifas hoteleiras mais altas do mundo

O índice global de preços de hotéis medido pelo Hoteles.com, da Espanha, apontou que no primeiro semestre deste ano as tarifas hoteleiras tiveram um aumento médio de 4% em todo o mundo. Do total de 74 países incluídos na pesquisa, 48 tiveram alta, 22 reduziram os preços e quatro se mantiveram estáveis.

A pesquisa indica que o Rio de Janeiro está entre os destinos com as tarifas hoteleiras mais caras, só perdendo para Capri, na Itália, 239 euros. Na capital fluminense o preço médio dos hotéis cresceu 24% no período e está em torno de 210 euros, quando a média global está entre 110 e 150 euros.  O tema é polêmico,  mas deve ser discutido de forma correta e responsável porque tem grande influência na imagem do destino e do próprio Brasil. O debate também deve envolver qualidade de serviços e relação entre o produto e o seu custo, já que vivemos num mercado global e altamente competitivo, e a comparação de produtos e preços é uma realidade entre os viajantes na hora de escolher um destino.

Na classificação por país estão Seychelles, com uma média de 249 euros por quarto – um aumento 10% em relação a 2011, a Ilha Maurício, 178 euros, mais 17%, e Brasil, 166 euros, mais 11%.

Os maiores aumentos por país foram registrados na Arábia Saudita, 34% (115 euros), Emirados Árabes, 29% (153 euros), Taiwan, 25% (110 euros), Chile, 23% (114 euros) e Montenegro, 22% (82 euros).

O Camboja foi o país com os preços mais baixos, 50 euros, que representam um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. A Bósnia, 53 euros, menos 1%, a Bulgária, 55 euros, mais 3%, o Vietnã, 58 euros, menos 7%,  a Lituânia, 61 euros, mais 5%, a Sérvia, 75 euros, menos 6%, e a Turquia, menos 6%, 91 euros.

Centros de convenções aumentam receitas dos hotéis

De acordo com a edição de 2012 das Tendências na Indústria de Centros de Convenções, a média de receita dos centros dos Estados Unidos que participaram da pesquisa aumentou em 5,5% em 2011, enquanto o aumento operacional líquido foi de 8% no ano.

Embora o crescimento em receita e do lucro tenha sido uma boa notícia, o segmento de centro de conferências do setor de hospedagem continua sendo desafiado por uma série de fatores, como a dificuldade de financiamento e de capital de investimento. Além disso, o corte de gastos de governos com reuniões externas também tem sido prejudicial.

Mas no geral, há muito otimismo em relação à recuperação contínua da indústria de centros de conferências. E a expectativa é que os resultados sejam de sucesso em diferentes mercados, incluindo o Brasil.

Voluntários fazem a diferença em grandes eventos

Já está claro para os organizadores de grandes eventos, principalmente dos esportivos, que a ajuda dos voluntários é fundamental para o sucesso da empreitada. Em Londres, onde 70 mil voluntários participaram do evento, assim como em outros países que sediaram os Jogos Olímpicos, o reconhecimento a este tipo de trabalho é unânime.

E no Brasil não poderia ser diferente. A Fifa divulgou que o programa de cadastro de voluntários para a Copa do Mundo do Brasil em 2014 já recebeu mais de 30 mil inscrições, vindas de 69 países. E tudo isso nas primeiras 24 horas. No período foram registrados inscritos em 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O estado com maior número de candidatos é São Paulo, em segundo vem o Rio de Janeiro e em terceiro Minas Gerais.

O trabalho é interessante não só para os jovens, como a maioria acredita, mas para pessoas de todas as idades. O importante é querer fazer parte de um grande evento, ter disposição para conhecer gente de diferentes nacionalidades, entender outras culturas e, principalmente, gostar de ajudar.

Para se cadastrar o interessado deve acessar o site da Fifa – https://ems.fifa.com/Volunteer/Brazil/Login/. A expectativa da organização é conseguir sete mil voluntários para a Copa das Confederações (de 15 a 30 de junho de 2013) e 15 mil para a Copa do Mundo (começa dia 12 de junho de 2014).  Dê uma olhada e veja as regras.

Por que há poucas mulheres em cargos de liderança?

O Boston Consulting Group conduziu um estudo para responder a pergunta acima, e determinar ações que estimulem a presença feminina na liderança de empresas. Como sabemos, em comparação há alguns anos, as coisas mudaram significativamente. Mesmo que lentamente, as mulheres estão assumindo cargos importantes não só em empresas, mas na política e em vários setores. No Brasil temos o exemplo da presidente Dilma R0usseff, a primeira mulher a assumir a presidência do país.

Em outros países há mais exemplos: nos EUA tem a Sheryl Sandberg, CEO do Facebook, na Austrália tem Gail Kelly, CEO da Westpac Group, entre outros. Mas apesar das mudanças, esses casos ainda são exceção à regra, pois são poucas as executivas que chegam lá. Para o Boston Consulting Group, que realizou entrevistas com 44 empresas multinacionais espalhadas ao redor do mundo, há obstáculos individuas e sociais que impedem o progresso da carreira de mulheres. Segundo o estudo, deve haver um programa que estimule o equilíbrio entre homens e mulheres nos cargos de liderança. “É preciso criar uma base de pensamento, e uma política organizacional que facilite o acesso das mulheres”, explica o estudo.

Aproximadamente 60% das empresas consultadas estão investindo em ações para promover este equilíbrio, cerca de 70% estimulam o network de mulheres e em torno de 50% oferecem programas de treinamento para que as mulheres participem de atividades específicas, que ajudem o desenvolvimento de suas capacidades de liderança. Entre os setores que mais avançam neste incentivo às mulheres, destaca-se o financeiro. E o turismo e as outras indústrias, estão incentivando também?

Mês de julho atípico?

Os dados divulgados pelo Banco Central e pela INFRAERO, apontaram que as receitas, as despesas cambiais e os desembarques de passageiros trouxeram algumas novidades para o mês de julho de 2012.

O cenário mostra algumas mudanças. Veja abaixo uma breve análise dos números:

– confirma-se a alta redução dos gastos dos brasileiros no exterior. Nos meses de junho e julho se repete uma queda de cerca de 10% em relação a 2011;

– em julho tivemos o maior aumento anual dos gastos dos estrangeiros no Brasil. Os gringos gastaram 14,75% a mais em julho deste ano do que em julho do ano passado. Mas atenção, junho foi um mês ruim, com uma queda de quase 2%. Portanto, não sabemos como será o restante do ano por causa do cenário econômico em diversos países emissores para o Brasil;

– seguem crescendo, mesmo em ritmo mais lento do que no ano passado, os desembarques de passageiros domésticos. Já são 49 milhões de viagens dentro do Brasil (brasileiros e estrangeiros );

– excepcionalmente, o mês de julho registra queda nos desembarques internacionais. Isso mostra que os brasileiros viajaram um pouco menos para o exterior. As chegadas internacionais registraram quedas de 2% em julho e de 6% em abril. Os demais meses do ano foram positivos, chegando a um crescimento anual de 4,77% de janeiro a julho de 2012.

Hotéis da Europa e EUA preferem canais de vendas tradicionais

Num momento em que as redes sociais estão ganhando cada vez mais espaço, o estudo realizado pela Ecole Hoteliere de Lausanne e pela empresa Rate Tiger, chegou a uma conclusão curiosa sobre a impressão que hotéis de três e quatro estrelas da França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos têm destes canais.

Foram consultados 72 hotéis, dos quais 75% pertenciam a grandes cadeias e 35% eram propriedades independentes, e de acordo com o levantamento, a maioria deles está reduzindo o investimento nas redes sociais e apostando nas vendas offline. A ideia é diminuir a dependência das agências online e intensificar as técnicas tradicionais. Os analistas do estudo concluíram que nos últimos anos a estratégia de vendas estava muito concentrada nas ferramentas online, mas que estas, no entanto, não deram os resultados esperados pelos hotéis, especialmente os independentes.

Segundo a pesquisa, os hoteleiros entrevistados reconhecem que as redes sociais como Facebook, Twitter, TripAdvisor e Youtube são novas formas de marketing digital, mas que apesar disso não estão convencidos sobre o impacto desses canais nas reservas. E é por esta razão que a maioria está desistindo das estratégias de curto prazo.

O estudo mostrou que os hotéis estão desenvolvendo estratégias offline para conseguir mais contratos, principalmente no segmento de negócios e MIC (Meetings, Incentives, Congresses & Exhibitions). O que não significa que eles estejam abandonando os canais online, que neste momento estão sendo usados para buscar novas oportunidades de negócios. Isso pode ser que mude, é claro, afinal os canais online estão crescendo significativamente nos mais diferentes mercados.

Crescem as viagens dos BRICs

Um levantamento feito pela ITB Berlin e a IPK International, revelou que a Rússia lidera o ranking de viagens para o exterior entre os países do BRIC (sigla que representa os países com economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China). Em seguida vem a China, e depois a índia e o Brasil.

Em 2006 15,9 milhões de russos e 13 milhões de chineses viajaram para o exterior. Já em 2011, estes números subiram significativamente: 23,8 russos e 18,3 milhões de chineses viajaram. No caso da Índia e do Brasil, em cinco anos o crescimento foi de 30% e 85%, respectivamente. A Índia aumentou o número de viajantes de 5,4 milhões para 7 milhões, e o Brasil de 2,8 milhões para 7,2 milhões.

Com estes dados, conclui-se que o futuro das viagens internacionais dos países do BRIC, em particular a Rússia, é promissor para a indústria de turismo e para os países e destinos que recebem estes visitantes. O que confirma que os países do BRIC estão crescendo não só economicamente, mas também como destinos emissores.

A pesquisa indicou que mesmo todos os países do BRIC tendo economias dinâmicas, as performances são diferentes em relação às viagens.  E na avaliação das empresas que coordenaram a análise, não há correlação entre viagens para o exterior, economia próspera e densidade populacional.  A Rússia, por exemplo, é o país menos populoso do BRIC, sua economia é a terceira do ranking, mas em termos de viagens internacionais os russos são os primeiros. Eles viajam 1,3 vezes mais que os chineses, 3,4 vezes mais que os indianos e 4,6 vezes mais que os brasileiros.

 

A nossa contagem regressiva

Hoje, depois de 16 dias de realização dos Jogos de Londres, tem maior peso a nossa contagem regressiva.

Serão 1453 dias para os Jogos Olímpicos e 1486 dias para os Jogos Paraolímpicos Rio 2016. Aprendizados, comparações, superações, alegrias e frustações marcam a vida de atletas, organizadores, futuros organizadores, torcidas e tantos espectadores pelo mundo afora.

Conhecemos mais sobre Londres e sobre o Reino Unido, presenciamos a realização de Jogos da mais alta qualidade, seja na organização do evento, no belo desempenho da Grã Bretanha com seu “Team GB”, no aprendizado que o programa de observadores trouxe para o Brasil e, sobretudo, na inspiração que nos trazem os atletas.

Podemos comparar essa contagem regressiva com a preparação dos atletas. Anos de dedicação, superação, erros e acertos que levam muitos a medalhas e muitos à busca de forças para 2016, quando será a vez do Brasil. Profissionalismo, dedicação, trabalho em equipe, disciplina, transparência, valores, transformação; essas e tantas outras palavras estarão nas mentes e corações daqueles que lideram a preparação dos Jogos Rio 2016 e dos atletas que estarão nos representando daqui  a quatro anos.

INSPIRAR UMA GERAÇÃO, esse é o lema de Londres !

Estádios e aeroportos: avançamos ?

Algumas notícias recentes nos colocam ao par de alguns dos temas relacionados à preparação do Mundial de 2014 e mesmo ao atendimento do crescimento das viagens dentro do Brasil. Pelos dados apresentados para estádios e aeroportos, parece que uma parte do ceticismo pode ser substituída por resultados objetivos, mesmo num cenário onde não se espera que os eventos esportivos resolvam todos os problemas mas sejam uma referência com data marcada para avanços mais do que urgentes.

Um dos comentados assuntos, os estádios ou arenas de eventos, estão apresentando resultados mais visíveis na metade de 2012.

Segundo levantamento do Portal da Copa do governo federal, cinco dos 12 equipamentos estão com mais da metade das obras concluídas, veja abaixo o status de construção em Julho de 2012.

No caso dos aeroportos, ontem ( 07/08/12 ) o Ministro da Aviação Civil Wagner Bittencourt afirmou que chegaremos em 2014 com aeroportos mais seguros, menos atrasos de vôos, funcionários qualificados e melhor capacidade de atender aos passageiros. Em termos de infraestrutura teremos mais 10,5 mil metros de pistas, 380 mil metros de pátio e 289 mil metros quadrados de terminais de passageiros. Segundo ele, até 2014 teremos um aumento de 53% da capacidade de transporte de passageiros em relação ao volume transportado em 2011: 95 milhões de pessoas.

Com a privatização, Brasília, Campinas e Guarulhos vão ter até 2014 investimentos de 8,4 bilhões de recursos públicos e privados. Guarulhos terá capacidade para atender 12 milhões de passageiros, Campinas 5,5 milhões e Brasília 8 milhões. O Rio, Galeão, saltará de  17 para 44 milhões de passageiros.

Essa nova capacidade para atender nos aeroportos, além de contribuir para receber melhor durante os grandes eventos, deve atender ao crescimento registrado nos últimos anos na aviação civil do Brasil, em média de 12% entre 2003 e 2011.

Em minhas viagens pelo Brasil é possível ver algumas cidades com obras diversas: Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Brasília. O que você tem visto pelas cidades sede do Mundial de 2014 ?

 

OBRAS DOS ESTÁDIOS: o que já está pronto em cada uma das cidades sede.

1. Fortaleza: 83%

2. Belo Horizonte: 70%

3. Brasília: 69%

4. Salvador: 65%

5. Rio de Janeiro: 59%

6. Recife: 49%

7. Cuiabá: 46%

8. Curitiba: 45%

9. São Paulo: 45%

10. Manaus: 42%

11. Porto Alegre: 31%

12. Natal: 30%