Por mais eventos internacionais

Não estamos nada bem no ranking da ICCA, nem em relação aos demais concorrentes nem em relação à nossa evolução.

A ICCA diz que a cada 10 anos o numero de eventos no mundo duplica, o que não foi o caso do Brasil. em 2007 tinhamos 223 eventos, hoje 244! Pasmem que já chegamos a realizar 360 eventos no Brasil em 2012 quando ocupamos o sétimo lugar no ranking global.

Se a política de captação de eventos da EMBRATUR iniciada em 2004 tivesse continuidade, hoje deveríamos ainda estar entre os 10 países que mais realizam eventos no mundo, com cerca de 400 eventos. Se existe um programa de trabalho que pode ser realizado a muito baixo custo e que apresenta resultados, definitivamente é o de captação de eventos internacionais.

Não dá para acreditar que depois de realizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos nosso país ficou sem uma nova estratégia e um posicionamento global que pudesse nos colocar em outro patamar no ranking de eventos. E ainda teríamos os eventos esportivos mundiais para captar.

Só temos hoje os Convention Bureaux que fazem um trabalho de captação, e as cidades que se esforçam para trazer esse turista que gasta mais e fica com uma outra imagem de nosso país.

Para retomar o trabalho no mínimo 3 a 5 anos para dar resultados.

Balanço olímpico do turismo

parque-olimpicoEm pouco menos de duas semanas, os Jogos Paralímpicos Rio 2016, movimentaram a cidade maravilhosa: de acordo com dados preliminares de pesquisa oficial, aproximadamente 243 mil turistas estiveram no Rio de Janeiro durante a realização da Paralimpíada. O gasto médio desses visitantes foi de R$ 271,20 por dia, o que equivale a uma renda gerada de R$ 410 milhões para o País.

Apesar do número de turistas no evento ser bem menor do que na Olimpíada e, ao contrário do que muitos poderiam prever, foi durante as Paralimpíadas que o Parque Olímpico da Barra, em todo o evento da Rio 2016 (incluindo Jogos Olímpicos), teve seu recorde de visitação, o que ocorreu no primeiro sábado dos Jogos Paralímpicos (10 de setembro), com público de 172 mil pessoas.

A pesquisa também revelou que muitos vieram ao Brasil pela primeira vez: o dado é de quase 60% dos turistas internacionais entrevistados entre o período da Paralimpíada. Medindo o índice de satisfação dos turistas, para 87,8% dos entrevistados a viagem correspondeu ou superou as expectativas e 90,5% tem intenção de retornar ao país, este último dado, maior que o correspondente nos Jogos Olímpicos comentado aqui.

Expectativa x Realidade

Durante a Olimpíada, o Rio de Janeiro recebeu 1,17 milhão de turistas que gastaram, em média, R$ 424,62 diários, gerando, no total, uma renda de R$ 4 bilhões; números que superaram com folga as expectativas divulgadas pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No entanto, na Paralimpíada, os dados, até agora, estão abaixo do esperado pelo setor comercial. O número de turistas ficou um pouco maior que a metade do previsto, de 468,5 mil visitantes, e a renda gerada ficou bem abaixo da projeção de R$912,4 milhões de faturamento.

Ainda assim, o Brasil teve renda gerada significativa e dados bastante expressivos de índice de satisfação e intenção de viagem, o que coloca os resultados do turismo como um dos grandes legados dos eventos Rio 2016. Agora é ainda maior o desafio, tirar o máximo de proveito das oportunidades geradas pela passagem dos Jogos por aqui e da visibilidade que ganhamos mundo afora.

Um estratégia ousada e diferente da promoção do Rio e do Brasil, uma nova política de captação de eventos associativos e esportivos já passou da hora de ser planejada e executada.

e-books para eventos

e-books piresConteúdo para o setor de eventos, esse é o principal objetivo da série de e-books que a Pires e Associados está colocando no mercado; já são quatro arquivos que estão disponíveis para baixar gratuitamente.

O primeiro e-book lançado pela Pires traz informações para um hotel ou resort começar a estruturar ou incrementar uma estratégia de captação de eventos. O Guia de Captação de Eventos para Hotéis e Resorts destaca a importância da coleta e organização de informações no processo de captação de eventos, apresenta orientações para os empreendimentos prepararem propostas competitivas e conquistarem mais eventos, além de incluir dicas para unir criatividade com poder de observação do mercado para superar as expectativas. O Guia traz ainda o “Check-list da captação”, com uma lista das boas práticas apresentadas no guia para facilitar o acompanhamento das ações.

Também voltado para o público da hotelaria que atua com eventos, o ebook Como os eventos podem melhorar a rentabilidade de hotéis e resorts aborda possibilidades para geração de negócios com eventos nos meios de hospedagem, ressaltando como congressos, eventos corporativos e de outros tipos contribuem para proporcionar novas fontes de receitas.  O ebook abrange também o que pode ser feito para alcançar melhores resultados. Nesse sentido, são indicados oito passos a fim de ajudar a criar as condições necessárias para aumentar as perspectivas de crescimento e continuidade de atração de eventos.

Já o ebook Boas práticas para escolher o destino-sede de eventos científicos é direcionado a diretores e executivos de sociedades científicas e entidades associativas que promovem eventos regularmente. Contem orientações para que estas entidade estruturem o processo de escolha do destino de seus eventos, com regras e cronograma.  Para evitar prejuízos, existem boas práticas para que a seleção do local certo contribua para o sucesso do evento. Determinar o que os destinos-candidatos devem apresentar e quais as regras de participação no processo, além de definir o cronograma de todas as etapas do evento são exemplos detalhados no ebook.

O quatro documento traz um Check List para escolher o local do próximo eventos técnico-científico. Aqui o profissional encontra uma lista de várias aspectos que devem ser observados para escolher o local de seu evento, com dicas práticas e indicações dos temas fundamentais nessa escolha.

No atual momento que muito se fala em crise, a Pires está investindo neste material educativo para que através da profissionalização o setor continue em crescimento.  Com mais de 20 anos atuando com captação de eventos  a Pires está compartilhando sua experiência com os profissionais do segmento de eventos e de turismo em geral.

Confira os documentos e baixe em nosso site: Pires e Associados

Buenos Aires e marketing de eventos

eventosHá uma semana, mais de cem profissionais dos setores público e privado argentinos reuniram-se a fim de realizar um diagnóstico local a respeito do turismo de eventos. A ideia é unir estratégias para elaborar um plano inovador e colocar a cidade de Buenos Aires na rota do segmento.

Através de uma análise elaborada em conjunto, serão traçadas novas diretrizes de planejamento de marketing para a cidade, que saiu da lista das 20 cidades melhor posicionadas do mundo no Ranking ICCA 2015.

A reunião de esforços e investimentos da Argentina no turismo de negócios nos convoca a considerar ainda mais quais estratégias de marketing para este segmento temos no Brasil e que tipo de iniciativas podemos agregar ou estabelecer em nossas cidades, com objetivo de fomentar essa área.

Por aqui, o turismo de negócios é um dos maiores do setor, trazendo, aproximadamente, 25,3% dos turistas internacionais ao Brasil, de acordo com o Ministério do Turismo. Esta parcela de turistas apresenta um gasto médio diário bem maior do que o do turista de lazer: enquanto os visitantes a passeio gastam, em média, U$$ 73,77, o turista de negócios desembolsam U$$ 329,39 por dia (Mtur, 2015).

De acordo com a ICCA (International Congress and Convention Association), o Brasil estava até 2014 entre os dez primeiros países no mundo que mais sediam eventos associativos; em 2015 perdemos uma posição e estamos em 11° lugar. Apesar de as atividades ligadas a este setor terem crescido, ainda há muito o que ser feito. Receber os Jogos Olímpicos é, sem sombra de dúvidas, uma ocasião ímpar, da qual deveria ter saído uma nova estratégia de atração de eventos.

A criação de estratégias a curto e longo prazo que estimulem o desenvolvimento deste setor deve ser pauta obrigatória dos profissionais da área e das autoridades da indústria de viagens; o turismo de eventos e o de negócios possuem força inegável e são eficazes em trazer resultados positivos para a economia.

Sucesso na estratégia de Buenos Aires e das demais cidades latino-americanas. Fortalecer essas cidades é fortalecer o turismo no Brasil e no continente.

Quer saber mais sobre o que o Brasil poderia fazer para desenhar uma estratégia para o segmento de eventos ? Veja aqui: Eventos, e agora?

Eventos: e agora ?

EventosCreio que já falei sobre o tema algumas vezes aqui no blog, mas o tema é de extrema importância e ao mesmo tempo requer uma reflexão séria, e muitas atitudes.

A resposta que busco é: o que vamos fazer depois de realizar Copa do Mundo FIFA e Jogos Olímpicos em termos de eventos no Brasil ? Todos, ou a maioria dos países que realizaram megaeventos tiveram grande preocupação em estabelecer uma política de captação para eventos esportivos e associativos depois desses eventos. Os melhores eventos recentes, em minha opinião, são o Canadá e Londres.

Em nosso caso, além de não ter conhecimento sobre o que se está fazendo, ou não existir essa política, também temos perdido muito espaço no ranking ICCA e na atração de novos tipos de eventos para o Brasil. As cidades sede da Copa, diversas cidades brasileiras, e especialmente o Rio de Janeiro e São Paulo, podem atrair eventos de várias categorias e segmentos.

A captação de eventos não pode ficar ao acaso, sobretudo quando falamos de políticas federais. Uma política de atração de eventos pode ser mensurada e trazer grandes resultados para a economia do país, para as cidades e ampliar os benefícios na geração de empregos.

Se quiser saber mais sobre o tema veja o artigo publicado na Revista Turismo em Pauta 13 em Pauta da CNC.

2013… 3 X 0

A contagem regressiva já marca um ano para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014.

A seleção começa com bons sinais colocando 3 X 0 sobre o Japão. É apenas o começo, muito trabalho pela frente, mas é um ótimo começo.

A realização dos jogos nas seis cidades que realizam os jogos devem apontar aquilo que está afinado, o que precisa de melhorias e o aprendizado para que daqui há um ano os preparativos possam ser aprimorados.

Os estádios estão entregues, mesmo com ajustes a fazer e outros a finalizar até 2014.

O importante seria desde já começar a pensar em setembro de 2014, ou seja, um trabalho de captação de eventos, de planejamento para a utilização das arenas multiuso para diversos tipos de atividades depois do mundial. O turismo pode colaborar e se beneficiar nessa área, já tem mecanismos, políticas de Convention Bureaux e de alguns Estados e Municípios para a busca de todo tipo de evento.

Conhecer bem a infraestrutura de cada arena, as possibilidades de atividades e um plano de ação do turismo pode ser estratégico para as cidades e sobretudo para o setor de viagens e negócios.