De férias na Síria

Comentei, em setembro de 2016, as tentativas do Ministério do Turismo da Síria de promover o setor no país apesar do cenário caótico gerado pelo conflito no país desde janeiro de 2011. Hoje, a dois dias do início do conflito completar 7 anos, com edifícios em ruína, patrimônios históricos destruídos e milhões de sírios espalhados pelo continente, o país permanece investindo em Turismo e as autoridades sírias esperam que visitantes estrangeiros visitem o lugar.

É certo que o país recuperou controle de boa parte de seu território, mas as investidas para o turismo tornam-se suscetíveis a críticas quando o governo sírio praticamente ignora as consequências de uma guerra longa, que devastou marcos importantes da Síria.

O setor do Turismo, antes dos conflitos começarem no país, era uma parcela importante da economia síria. O país estava desenvolvendo sua indústria e possuía grandes marcos turísticos, mas uma parte significativa destes foi danificada ou inteiramente destruída. A constante sensação de insegurança no país provocada pela guerra afastou milhares de turistas, como previsível.

A mesma afirmação que fiz há alguns meses ainda é aplicável hoje: a tentativa do Ministério do Turismo Sírio de mostrar uma outra imagem da Síria é coerente e perfeitamente compreensível, porém os convites para férias no destino podem ser interpretados ainda como uma ideia insólita, principalmente após a repercussão do vídeo “Syria always beautiful”, publicado no YouTube pelo Ministério do Turismo sírio, enquanto o derramamento de sangue assolava o país em larga escala.

Acertadamente, o país tenta reconstruir sua história e seu Turismo; erroneamente, o governo não prioriza a reconstrução de seus marcos e de sua segurança. Investir em projetos que tragam resultados a longo prazo pode ser mais efetivo do que impulsionar o país enquanto a ordem não foi totalmente restabelecida. Enquanto isso, convidar turistas para visitarem a Síria logo após o um período turbulento pode não ser tão eficaz e gerar críticas duras ao país.

Continuamos acompanhando.

52 lugares para visitar, segundo NY Times

The New York Times fez elaborou lista de destinos para visitar em 2018

Tido como o jornal mais influente do mundo, o americano The New York Times divulgou sua lista anual de 52 destinos que estão em alta para visitar em 2018.

A lista é formulada a partir de centenas de contribuições de colaboradores do tablóide, dos quais muitos são residentes dos países indicados. Além da diversidade cultural e geográfica, importantes pontos para seleção dos lugares, a escolha para 2018 também levou em conta grandes eventos como os Jogos Olímpicos de Inverno (na Coreia do Sul) e inauguração de grandes redes hotéis ou empreendimentos em destinos (como a estreia do Six Senses no Butão).

A América do Sul aparece 3 vezes na lista, com indicações para Colômbia, parques e reservas nacionais do Chile (Route of Parks) e La Paz, na Bolívia. A última vez que o Brasil apareceu na lista foi em 2014, com a recomendação de Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Confira os dez primeiros colocados da versão de 2018:

  1. New Orleans, EUA
  2. Colombia
  3. Basilicata, Itália
  4. Caribe
  5. Vierwaldstättersee, Suíça
  6. Route of Parks, Chile
  7. Gangwon, Coréia do Sul
  8. Cincinnati, EUA
  9. Butão
  10. Glasgow, Escócia

O viajante da lista

Pela primeira vez, o The New York Times também selecionou um viajante para receber o trabalho dos sonhos: passar por todos os destinos da lista relatando para o jornal a sua vivência. O periódico recebeu mais de 13 mil currículos para a seleção, especialmente de jornalistas interessados no trabalho.

A viajante escolhida, a americana Jada Yuan, passará por todos os 52 destinos durante o ano de 2018, começando pelo primeira cidade da lista, New Orleans.

Para ver a lista completa acesse 52 Places to go 2018.

Veja também a matéria completa do The New York Times.

5 razões para observar de perto o turismo gastronômico

Falei recentemente aqui no blog, no post Conquistando o turista pelo estômago, da inegável importância da comida na experiência da viagem e em como essa vem sendo uma tendência crescente nos últimos tempos.

A gastronomia acaba por se relacionar com diversas esferas econômicas e sociais de um lugar: agricultura, turismo rural, produção de alimentos, cultura, exportação etc. É interessante que o Turismo aborde o tema com estudos e estratégia. Retomando o assunto, que agora está sendo observado com mais foco do que antes, mas ainda sem o entusiasmo e empenho necessários, trago aqui alguns dados do setor que reforçam a indispensabilidade de atenção a esse segmento:

1. A gastronomia ocupa a terceira posição entre as principais motivações que levam turistas a viajar: seguida das razões “compras” e “lazer”,  foi o que afirmou o Informe Mundial de Turismo Gastronômico, apresentado pela Organização Mundial de Turismo (OMT). 

2. 80% dos viajantes acreditam que comer e beber ajudam na compreensão da cultura local de um destino: o dado é da World Food Travel Association (WFTA), em seu relatório Food Travel Monitor.

3. 93% dos viajantes podem ser considerados “food travellers”:  outra consideração da World Food Travel Association (WFTA) que tem por participantes do grupo todos os viajantes que participaram de uma experiência de consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos durante uma viagem.

4. Cerca de 70% dos viajantes que tiveram experiências gastronômicas em viagens, compram os produtos para levar pra casa: outro dado da WFTA. Para rememorar a experiência gastronômica, turistas compram itens de comida ou bebida pra levar pra casa. Mais de 60% compra com intenção de dar de presente a parentes ou amigos.

5. Um turista gasta, em média, 25% do seu orçamento em alimentação e bebida: estimar o impacto econômico do turismo de alimentos e bebidas é, sem dúvidas, uma tarefa difícil. Entretanto, de acordo com pesquisas da WFTA, um turista gasta, em média 25% do seu orçamento em alimentação e bebida (porcentagem que pode variar entre 35% em destinos onde esses itens são mais caros e 15% onde são mais baratos).

Com essa amplitude, estando relacionado a tantos outros mecanismos e diante de uma força motivadora nesse nível, por que o turismo gastronômico recebe um incentivo que não condiz à sua importância? O food travel foi bastante discutido na WTM London e o assunto carece de mais repercussão aqui no Brasil. Temos um potencial incrível de autenticidade e variedade capaz de desenvolver bastante o setor através da gastronomia.

Seguimos acompanhando.

Alguns frutos de São João até agora

No início do mês de junho, comentei aqui no blog (como faço frequentemente) a respeito da oportunidade do calendário junino, com festas tradicionais e únicas em diversos destinos do País, para o nosso Turismo. Principalmente, pelo mês de junho ser marcado por um período de chuva em que o Turismo tende a dar uma desacelerada.

Alguns estados do Nordeste já divulgaram os resultados trazidos pelo período junino. Pernambuco, por exemplo, alcançou bons resultados com a programação do mês: foram 591.679 visitantes no total (2,5% a mais do que no ano passado), com 92% de ocupação hoteleira. Em dados de receita turística, a movimentação foi de R$ 260 milhões (R$ 15 milhões a mais se comparada à de 2016).

Em Sergipe, estado cuja capital é uma das 30 cidades menos violentas do Brasil ainda não divulgou números do balanço de São João, mas apresentou o resultado da pesquisa de satisfação. As atrações da festa junina de Sergipe, chamada Arraiá do Povo, obtiveram 89,6% de satisfação do público total, que era constituído em 26% de visitantes nacionais e internacionais. Com relação à segurança, ponto forte do estado, mais de 90% das pessoas que responderam a pesquisa a consideraram ótima ou boa.

Festas até julho no Brasil

A maioria dos estados ainda não divulgou dados do balanço turístico dos festejos juninos, e em uma parte isso ocorre pois as festas tradicionais se estendem até esse mês de julho, como no Distrito Federal, Goiás, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Paraíba. Assim, os resultados do mês só serão divulgados posteriormente. Continuamos acompanhando.

Mulheres no Turismo

Hoje, como sabemos, é Dia Internacional da Mulher. Dia de todas, de qualquer lugar do mundo, de todos os continentes, todas as culturas, todas as religiões. No turismo, as mulheres possuem papel fundamental tanto no exercício das atividades da indústria, quanto como viajantes.

O turismo, inclusive, é um dos setores de destaque quando o assunto é a participação do gênero feminino em atuação: está na lista das 10 áreas com maior participação das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com pesquisa da Catho, dos profissionais diretos do setor no Brasil, aproximadamente 56% são mulheres.

Uma pesquisa do Ministério do Turismo de sondagem do consumidor, realizada em fevereiro deste ano, revelou que 21,2% das mulheres entrevistadas têm intenção de viajar nos próximos seis meses. Dessas, 62,4% irá viajar pelo Brasil. Um dado importante da pesquisa é que 17,8% das que pretendem viajar, irão desacompanhadas. O número é 50% maior quando comparado aos homens tem intenção de viajar sozinhos.

A mulherada é maioria no Brasil, somos 103,5 milhões, 51,4% da população do país. De acordo com levantamento feito pela Airbnb, o Brasil está entre os cinco países com mais mulheres que viajam por conta própria. Apesar de uma viagem sozinha para uma mulher caracterizar ainda um desafio, principalmente quando levamos em consideração a cultura e costumes de alguns destinos, a tendência é que o número de viajantes desacompanhadas cresça ainda mais nos próximos anos.

Além disso, as viagens de mulheres, solo ou entre amigas, também são uma tendência de mercado. Já existem pacotes específicos e destinos especializados neste tipo turismo, onde as atrações e atividades são voltadas ao público feminino, desacompanhado ou não.

O imensurável o papel da mulher na sociedade e o mesmo vale para a contribuição do gênero na indústria de Viagens e Turismo. Que possamos encontrar, cada vez mais, ânimo para cumprir nossos papéis e permanecer atuando em prol do Turismo, enquanto profissionais ou como viajantes. Parabéns a todas nós, mulheres do Turismo!

O brasileiro quer viajar, sim!

Enquanto a estimativa, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), de receita do turismo para o Carnaval é a pior dos últimos três anos, uma boa notícia: a intenção de viagem do brasileiro para os próximos meses cresceu.  De acordo com a primeira edição de 2017 da Sondagem do Consumidor em Intenção de Viagem,  a vontade do brasileiro em viajar nos próximos 6 meses aumentou de 19,1% para 22,7%. Os dados são do Mtur e da FGV e foram coletados levando em consideração o período de fevereiro a junho e o crescimento é referente ao mesmo período em 2016.

Durante esses meses, estão três grandes feriados (21 de abril, 1 de maio e 15 de junho) e a expectativa é que essas folgas gerem 4,8 milhões de viagens e movimentação de R$ 9,7 bilhões.

É um número que nos deixa mais otimistas em relação à receita do turismo e o que ele revela é que, mesmo diante do momento econômico fragilizado, viajar continua nos planos da família brasileira, porém com algumas adequações: de acordo com a pesquisa, o número de turistas em potencial irá optar por viajar de ônibus, opção que apresentou crescimento de 11,9% para 18,7%, em relação a 2016. A intenção de trocar a hospedagem paga por casas de parentes ou amigos também subiu de 36,3% em 2016 para 40,5% nesse ano.

São ajustes que a família brasileira está fazendo para não deixar de viajar nos próximos feriados por motivos de crise econômica. Viajar de avião continua sendo a opção mais almejada (é a escolha de 50,8% dos turistas em potencial) e os hotéis e pousadas ainda lideram a escolha na hospedagem (com 45,3% de intenção).

Para o Nordeste do país

A região Nordeste permanece sendo a escolha favorita dos brasileiros. Entre os que querem viajar, 79,9% preferem destinos nacionais e, desses, 48% pretendem visitar a região.

Dá pra perceber que viajar segue sendo uma opção de lazer procurada pelo brasileiro, que começou recentemente a enxergar o turismo como uma das prioridades. Por atingir todas as faixas de renda, sondagem de intenção de viagem afirma ainda mais a força do setor e a capacidade do turismo em atravessar períodos tenebrosos. Seguimos acompanhando.

Turismo fecha 2016 com números positivos no Brasil


O Banco Central apresentou os percentuais de despesas e receitas cambiais turísticas durante o ano de 2016. No acumulado do ano, de janeiro a dezembro, os turistas estrangeiros gastaram no Brasil US$ 6.024 bilhões, conferindo um aumento de 3,08% na receita cambial de 2016 em relação à 2015.

Este aumento se deve em grande parte pela realização da Olimpíada no Brasil. “Em termos absolutos, a contribuição gerada pela Rio 2016 foi de US$ 166 milhões, valor acrescido à receita durante a realização dos Jogos em relação ao mesmo período em 2015.

São dados que nos dão uma ideia para cálculos da contribuição, mas é impossível calcular o ganho em chegada de visitantes ao Brasil com a visibilidade das Olimpíadas. É impreciso afirmar qual seria essa variação de receita se não fosse a Rio 2016, mas é certo que ter sido sede dos Jogos Olímpicos trouxe ao Brasil um incremento substancial na receita cambial do nosso turismo, contribuindo para um resultado positivo.

Já os gastos dos brasileiros no exterior, ainda segundo dados do BC, foram de US$ 14.497 bilhões, apresentando queda de 16,48% no ano de 2016 em relação a 2015  (mais de US$ 8 bilhões a menos). Isso se deve ao momento desfavorável para o crescimento destes números devido à crise político-econômica e à variação do dólar durante o ano passado, que começou em janeiro com a moeda custando R$4,10 e variou para a faixa de R$ 3,50 apenas depois do primeiro trimestre.

Em meio às dificuldades enfrentadas elo nosso turismo, 2016, no fim das contas foi um ano positivo. O setor permanece se mostrando uma força de apoio para a economia brasileira e possui potencial para fazer mais em prol do desenvolvimento do nosso País. Seguimos fazendo o turismo e lutando pelo seu desenvolvimento: em busca de novas práticas, da melhor maneira que sabemos e sem perder nunca o otimismo.

Entre patrimônios e turistas demais

Conforme sabemos, o Brasil atingiu o número recorde de turistas estrangeiros em 2016: 6,6 milhões de visitantes desembarcaram por aqui no ano passado. O número representa aumento de de 4,8% de aumento em relação a 2015 e corresponde a um incremento de US$ 6,2 bilhões no país. Para esta temporada de verão, a expectativa é de um total de 73,4 milhões de viagens pelo Brasil. Temos números positivos? Temos sim e devemos reconhecer os esforços. Não obstante, vivemos em um país com potencial muito maior de desenvolvimento para a indústria de viagens e turismo.

Por quê?

O Brasil ocupa a décima posição na lista da UNESCO de países com maior número de Patrimônios Culturais e Naturais Mundiais da Humanidade e, em contrapartida, não consta na lista dos países que mais recebem turistas anualmente. Em via de regra, como se tem notificado, os países mais procurados pelos visitantes estrangeiros são também os que possuem maior número de patrimônios registrados. A França, por exemplo, líder dos destinos mais visitados no mundo, ocupa a quarta posição na lista da UNESCO.

São necessários planejamentos específicos de promoção para cada um dos patrimônios em particular. Temos 7 patrimônios naturais, dentre eles o Parque Nacional de Iguaçu, que recebe mais de 2 milhões de turistas anualmente, ficando atrás apenas do Cristo Redentor (declarado Patrimônio da Humanidade também pela Unesco), que recebe aproximadamente 7 milhões de turistas por ano.

Enquanto isso, na Holanda

Já em Amsterdã, os impostos foram elevados a fim de desencorajar a chegada de visitantes. Os moradores da capital holandesa almejam a redução do número de turistas e os responsáveis pelo setor no destino buscam uma maior “qualidade” de visitantes. A cidade possui 800 mil habitantes e recebeu, em 2016, mais 5 milhões de turistas. A busca por um outro perfil de visitantes, um que gaste mais e permaneça na cidade por mais tempo, é motivada não só pelo pedido da população, mas também com objetivo de atrair mais receita através de um turismo de qualidade.

Vem, verão!

PraiaRio
(Foto: Divulgação)

O verão está chegando e, com ele, a otimista estimativa de aumento no fluxo de estrangeiros no Brasil para a temporada, principalmente no destinos de sol e mar. De acordo com análise divulgada pela Embratur, durante a estação (nos meses de dezembro a fevereiro), é esperado um aumento de 11% no número de turistas internacionais no País, chegando a 2.420 milhões, em comparação aos 2.183 recebidos no mesmo período em 2015.

Caso essa projeção se concretize, teremos um novo recorde de fluxo estrangeiro. De acordo com a entidade, o dado estimado também representa um terço do total de visitantes do exterior durante todo o ano de 2015, encerrado em 6,3 milhões.

Dentre as razões para o crescimento de visitantes internacionais no país podemos destacar duas determinantes: o desempenho e visibilidade adquirida através da Olimpíada Rio 2016 e, sem sombra de dúvidas, a taxa de câmbio do dólar.

Para a Rio 2016, após recebermos de forma admirável a Olimpíada, conquistamos uma popularidade global que, em algum nível, se converte em potencial de destino para a viagem dos turistas internacionais.

Já com a cotação atual do dólar girando em torno de R$ 3,35, temos um momento favorável para a vinda de visitantes estrangeiros, que têm passeios e viagens mais acessíveis por aqui.

Outras medidas de incentivo

Apesar do momento favorável para a chegada de estrangeiros, ainda se faz necessária a intensificação e prática de estratégias de promoção do Brasil como destino no mercado internacional. Outra razão de incentivo para o aumento do fluxo estrangeiro no país seria a isenção de vistos estendida para os países Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália, beneficiados por esta política durante o período dos Jogos. A continuidade de suspensão da exigência de vistos para estes países incrementaria ainda mais a receita do turismo no Brasil durante o verão. Muito comentada, mas ainda não definida, a conclusão da política de isenção de vistos também é assunto cuja deliberação a gente aguarda com otimismo, assim como a estação mais quente do ano.

Expectativa versus Realidade

galeaoHá algum tempo, falei aqui no blog sobre as mudanças da intenção de consumo dos brasileiros e como viajar nas férias se tornou uma opção importante de consumo, atrelada a necessidades básicas como acesso a lazer. Fiz o seguinte questionamento: diante do quadro econômico atual, até onde essa intenção sairia do planejamento para se concretizar?

Na contramão do aumento expressivo da intenção de viagens domésticas registrado no decorrer deste segundo semestre de 2016, a demanda por vôos domésticos teve, neste mês de setembro, uma queda de 4,4%, em relação ao mesmo período do ano de 2014. É o que informa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Considerando o acumulado do ano, de janeiro a setembro, 65,4 milhões de passageiros realizaram vôos domésticos e, de acordo com balanço divulgado, o número também expressou queda de 6,07% em relação ao mesmo período em 2015.

Segundo a pesquisa de Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, do MTur, a intenção de viagens pelo Brasil continuou em alta no mês de setembro, tendo a maior porcentagem do ano, 24,3%. Entretanto, em períodos de economia desfavorável, a expectativa pode não se tornar realidade para uma parte dos futuros viajantes, como já pudemos observar.

Mas não dá para desanimar. Ainda assim, o fato de que o brasileiro mantém em alta a expectativa de viagens domésticas é um bom sinal para quem faz o turismo. O interesse demonstrado abre oportunidades de mercado para a indústria do Turismo. Estamos encerrando o mês de outubro, mas ainda há muito o que ser observado no desenvolvimento do setor no Brasil. Vamos acompanhando de perto.