4 Dados e 5 Dicas para o emissivo brasileiro para a europa nesse final de ano.

Hoje falo de tendências de viagens de longa distância para a Europa com origem no Brasil. A base de minhas análises foi o estudo publicado pela Comissão Europeia de Viagens (ETC) e Eurail BV, focando em seis mercados-chave: Austrália, Brasil, Canadá, China, Japão e Estados Unidos. As informações projetam comportamentos de chegadas futuras à Europa entre setembro a dezembro de 2023. Fatores como a intenção de viagem, fatores que influenciam a decisão de viajar, e modos de transporte preferidos são alguns dos temas explorados pelo relatório.  

Trago para você um D2 – DADOS & DICAS relevantes. Se você vende viagens no Brasil com o objetivo de levar brasileiros à Europa esse conteúdo vai lhe interessas. Ao considerar essas informações e dicas, você ajustar suas estratégias para atender melhor às necessidades e preocupações dos viajantes brasileiros, seja para destinos internacionais ou até domésticos. 

D1 – 4 dados

1. Pequena diminuição na Intenção de Viagem para a Europa: Houve uma ligeira queda de 3% na intenção dos brasileiros de viajar para a Europa em comparação com o ano anterior. No entanto, o sentimento geral ainda é forte, com mais da metade (52%) dos respondentes expressando o desejo de viajar para destinos europeus. 

 2. Custo como Fator Desencorajante: Os altos custos são citados como o principal obstáculo para viajar para a Europa, especialmente relevante para o mercado brasileiro. Isso sugere que estratégias de precificação e pacotes acessíveis podem ser cruciais para atrair viajantes brasileiros. 

 3. Interesse em Ofertas Acessíveis: Os brasileiros estão considerando pacotes all-inclusive acessíveis e programas de fidelidade como formas de tornar a viagem mais acessível.  Lembre que com a baixa temporada na Europa podem ser encontrados preços convidativos aos seus clientes.

 4. Transporte Aéreo em Ascensão na Europa: Embora o transporte ferroviário tenha sido tradicionalmente a escolha preferida para brasileiros viajando quando se deslocam dentro do velho continente, o interesse por voos de baixo custo aumentou 13%. 

D2 – 5 DICAS 

1. Pacotes Acessíveis: Dada a sensibilidade ao preço, oferecer pacotes all-inclusive ou descontos em voos e acomodações pode ser uma estratégia eficaz. 

 2. Programas de Fidelidade: Incentivar o uso de programas de fidelidade de grandes cadeias de hotéis ou outros serviços ainda desconhecidos de muitos brasileiros pode não apenas atrair mais clientes, mas também fomentar o engajamento e repetição de vendas. 

 3. Diversificação de Destinos: Com a diminuição do interesse por destinos europeus, pode ser uma boa oportunidade para promover destinos internacionais mais acessíveis na América Latina. 

 4. Informações Claras sobre Custos: Transparência sobre todos os custos envolvidos na viagem pode ajudar a mitigar preocupações sobre acessibilidade financeira, um ponto especialmente importante para o mercado brasileiro. 

5. Tendência de Viagens Domésticas: A queda na intenção de viajar para a Europa pode indicar uma oportunidade constante para o mercado doméstico. Pacotes de viagens nacionais podem ganhar mais interesse no cenário complexo geopolítico e econômico global. 

A resiliência do doméstico

O atual cenário de viagens domésticas e internacionais traz uma série de riscos e oportunidades para nosso setor. As projeções de estudos globais mostram uma queda média da demanda global de viagens em cerca de 57%; sendo as domésticas previstas para voltar aos índices de 2019 em 2022 e as internacionais somente em 2024 (Oxford Economics, Julho 2020). Essas projeções são uma média e existe um passo diferente em cada país e continente, além de uma recuperação geral mais lenta do que os primeiros estudos indicavam. As viagens internacionais devem cair cerca de 64% nas Américas, e no Brasil cerca de 46% esse ano.

Um relatório da Tourism Economics/ Oxford Economics, publicado em junho analisa que a resiliência da demanda por viagens está vinculada à viagens domésticas ou a mercados de curta distância. Os custos dos deslocamentos, as restrições de fronteiras e as opções de transportes, dentre outros fatores, são variáveis que influenciam essa demanda. Trazemos aqui uma análise mais detalhada sobre o Brasil diante dessas perspectivas na busca de entender novas oportunidades e identificar riscos.

A Tourism Economics mapeia dois índices e os cruza para obter uma análise, são eles: de Resiliência Doméstica (1) e o de Resiliência de Viagens Curtas (2). Baseando-se nos dados de demanda de 2019 é identificado o percentual de viagens domésticas (1) frente ao total de viagens da população, depois o percentual de viagens entre países vizinhos (2) e os dois são combinados e somados outros fatores, gerando o Índice Potencial de Viagens. No caso do Brasil, para o item 1 somos o país mais resiliente junto com EUA, China e Japão; no item 2 também estamos acima da média mundial, o que nos leva a um índice bastante alto, acima da média mundial.

O estudo cruza ainda diversas informações e mostra, com base em dados, que o Brasil tem uma grande capacidade de resiliência. Esses indicadores são, também, avaliados com os fatores que mencionamos acima, como restrições de viagens, fronteiras fechadas ou até substituição de mercados emissores devido ao cenário ainda nebuloso (aqui alguns dados sobre a situação em alguns países da América Latina).

O Brasil tem hoje uma grande oportunidade de crescer no mercado doméstico, e tem alta resiliência no próprio doméstico e nas viagens de curta distância

Transformar essas oportunidades em realidade por aqui, além de muito trabalho e cooperação, deve considerar fatores externos como a própria situação da pandemia, a crise econômica e as dificuldades por que passa o setor de turismo para enfrentar o atual momento com um longo período de recuperação pela frente. Monitorar e acompanhar a evolução de diversos fatores macro-econômicos será fundamental para seguir no caminho de estímulo a viagens.

Muitos estudos já comprovam a preferência dos brasileiros pelas viagens dentro do país no momento atual e pós-pandemia, e uma pequena parcela que mantém a vontade de ir ao exterior. As projeções de pequenas viagens regionais já iniciam em algumas regiões do país, e as empresas de turismo seguem firmes nos cuidados para viagens seguras conforme regras e protocolos bastante rígidos. Vamos acompanhando.

Melhores cidades para viajar em 2019

Temos falado bastante sobre o turismo de cidades por aqui. Por esse motivo, resolvemos trazer a lista das dez melhores cidades para viajar em 2019, de acordo com a Lonely Planet. Você pode conferir a lista abaixo:

  1. Copenhague (Dinamarca)
    Capital da Dinamarca, Copenhague é considerada uma cidade bastante agradável. Repleta de arte, tem em sua arquitetura um de seus pontos fortes. Além de contar com uma infraestrutura de transportes moderna e uma gastronomia de excelência.
  1. Shenzhen (China)
    Considerada uma das cidades mais inovadoras da China, Shenzhen é um modelo de cidade planejada e inteligente. Preocupada em investir em um desenvolvimento sustentável, ela também tem uma vasta oferta culinária e de entretenimento. E é palco para diversos festivais de música.
  1. Novi Sad (Sérvia)
    A segunda cidade da Sérvia é uma cidade jovem e de ambiente mediterrâneo. Possuidora de uma zona de cultura alternativa, será Capital Europeia da Juventude em 2019.
  1. Miami (EUA)
    Entre as cidades mais populares do mundo, Miami pode ser a combinação perfeita de descanso com diversão. Local de acontecimento de um dos maiores eventos de arte contemporânea da América, também tem uma gastronomia diversificada e uma vida noturna intensa; além das famosas praias, claro.
  1. Katmandu (Nepal)
    Capital do Nepal, Katmandu se recupera do terrível terremoto de 2015 e hoje volta ao seu ritmo habitual, com uma agitada vida urbana e seus cafés e restaurantes exóticos. Em março de 2019 a cidade acolherá os Jogos Sul-Asiáticos.
  1. Cidade do México (México)
    A cidade é uma das maiores metrópoles do mundo. Possui mais de 150 museus e uma arquitetura diversa, que mistura construções históricas e contemporâneas. Com uma culinária reconhecida como patrimônio mundial pela Unesco, lá é também onde se encontra a famosa Casa Azul de Frida Kahlo.
  1. Dakar (Senegal)
    Considerada como um novo foco turístico da África Ocidental, tem praias de beleza singular e um cenário que esbanja criatividade. É uma das quatro cidades históricas do Senegal.
  1. Seattle (EUA)
    A cidade é um grande centro financeiro, comercial, industrial e turístico. Considerada elegante, ela é uma “cidade global”. É também uma cidade portuária e que possui bons museus e diversas propostas culturais.
  1. Zadar (Croácia)
    Com mais de 3 mil anos de história, é recheada de atrações culturais e belezas naturais. O novo se equilibra com o antigo em um cenário que dá lugar para antigas ruínas e projetos inovadores.
  1. Mequinez (Marrocos)
    Mequinez ainda não está entre as cidades mais conhecidas mundialmente, mas tem vários atrativos turísticos. É uma das maiores cidades do Marrocos e uma das mais importantes historicamente, para além disso ainda é financeiramente acessível.

 

Quando o ‘Tio Sam’ nos chama

visto_euaNós profissionais sabemos bem que fazer o Turismo no Brasil tem sido sinônimo, mais do que nunca, de máximo proveito das oportunidades que surgem. Com um quadro de difícil desenvolvimento, qualquer alternativa que configure um progresso para empresas, colaboradores e para a indústria do turismo deve ser desfrutada. Recentemente, o maior evento da indústria de viagens dos Estados Unidos, a IPW anunciou que irá direcionar atenção especial para o Brasil.

De acordo com Malcolm Smith, gerente geral da IPW a expectativa é de que 2,2 milhões de brasileiros visitem os EUA, ou seja, 9% a menos que no ano passado. Ainda que o esperado seja uma redução, atrair turistas daqui para passear pelo território americano é uma das estratégias que continua em vigor. Smith também informou que a US Travel Association está empenhada em facilitar as viagens dos sul-americanos aos EUA, através de aprimoramentos na política de vistos.

Para 2020, o esperado é que o número de turistas brasileiros em solo americano seja de 2,4 milhões. Parece fácil, mas não é: o número expressa um aumento de 19% em quatro anos. A projeção para 2020 de visitantes da América do Sul é de chegar a 5,1 milhões, o que compreende a 16% de aumento.

O que podemos concluir? Que mesmo em meio à turbulência econômica nacional, ainda somos uma força da América do Sul. Em especial para os Estados Unidos, país disparadamente preferido entre os viajantes brasileiros. Os turistas brasileiros ainda produzem bastante efeito internacional. Naturalmente, manter a relação com o Tio Sam sendo um dos seus “mercados-chave” é muito importante para o turismo brasileiro, assim como a relação com outros mercados. A recuperação da oferta aérea internacional e a vinda de estrangeiros dependem também do aumento das viagens dos brasileiros ao exterior. 

Ficamos de olho. Precisamos de brasileiros indo e estrangeiros vindo. E de facilitação de vistos.

Cambio e o internacional

O câmbio sempre é uma variável que impacta fortemente a indústria de viagens e turismo, cenário que se observou no Brasil em 2015. Até o mês de novembro do ano passado, os gastos dos brasileiros no exterior tinham sido reduzidos em mais de 31% em relação ao mesmo período de 2014 (ano de Copa do Mundo).

Também a pesquisa do Ministério do Turismo de Intenção de Viagem, nota-se uma diminuição geral no desejo de viajar nos próximos 6 meses, mostrando que em dezembro de 2014 cerca de 35% dos brasileiros queriam viajar, e em dezembro de 2015 esse número caiu para 26,7%. Desses, 86,4% disseram preferir destinos nacionais (contra 80,2% em 2014) e 10,9% destinos internacionais (contra 17,7% em 2014).

Os dados mostram claramente os impactos do cambio no mercado doméstico, embora o desejo de viajar ao exterior permaneça no imaginário dos brasileiros. O Instituto Data Popular fez uma pesquisa que mostrou que o maior desejo não realizado em 2015  foi o de uma viagem internacional (para 65% dos pesquisados ) e mais, que 42% desejam realizar esse sonho em 2016.

Mudou o cenário, mudaram os clientes, as empresas buscam adaptar sua oferta e preços para não perder passageiros, seja para o Brasil, seja para o exterior. E os destinos internacionais, que olhavam para os brasileiros viajadores e gastadores, ainda insistem no cliente com promoções e ofertas.

E o doméstico 2015?

Os gastos dos brasileiros no exterior continuam em queda, chegando a -9,11% de janeiro a março, será que essa mudança de comportamento está ligada somente à diminuição de gastos ou também de número de viagens?

As viagens ao exterior estão sendo trocadas pelas viagens domésticas ? A pesquisa de sondagem do Ministério do Turismo/ FGV realizada em março desse ano, que pergunta se há intenção de viajar entre abril a setembro mostra que 21,4% dos entrevistados afirmam o plano de viagem em 2015 contra 27,1% em 2014. Daqueles que desejam viajar, a intenção de viajar no Brasil aumenta de 64,3% (março 2014) para 71% (março 2015) e cai para as viagens internacionais de 23,2% esse ano contra 32% ano passado.

Parece que esses números mostram a preferência pelas viagens domésticas, mas cautela em relação à viajar pelas incertezas econômicas. O fato é que as oportunidades existem e a necessidade de medidas rápidas e eficazes pode se transformar em mais brasileiros pelo Brasil. Vamos acompanhando.

A receita e a despesa em 2014, e as tendências para 2015

Os dados divulgados sobre as receitas e despesas do turismo internacional em 2014 sintetizam um ano bastante atípico.

Por parte dos gastos dos estrangeiros no Brasil, apesar de recorde anual que chega a 6,9 bilhões de dólares, se não fossem os meses de junho e julho com a Copa do Mundo FIFA, 2014 teria trazido resultados muito negativos na entrada de divisas. Todos os meses foram negativos em relação a 2013, com exceção de maio (+1,8%), junho (+76%) e julho (+46%). O efeito cambial, a realização do Mundial e a baixa competitividade do Brasil ainda mostram um importante caminho a trilhar no acesso aéreo, chegadas terrestres melhor aferidas, produtos de qualidade e ações contínuas e inovadoras para a atração de estrangeiros.

Os gastos dos brasileiros no exterior tiveram um pequeno aumento em relação a 2013, de 1,1%, chegando no entanto a 25,6 bilhões de dólares. Desde o segundo semestre de 2013 que os mercados receptivos internacionais já mostravam preocupações com a chegada e os gastos dos brasileiros. Esse cenário se agrava com a diferença cambial, ainda, provavelmente com menos gastos e a manutenção de algumas viagens. Mas o ano de 2015 não sinaliza muitas mudanças pelo desempenho econômico e os apertos nas contas.

Volta aqui, mais uma vez, a importância do mercado doméstico, que pode ser a opção dos brasileiros, uma ótima noticia, e que deveria vir acompanha de mais qualidade, mais produtos, experiências mais criativas e viagens memoráveis. A pesquisa de sondagem das intenções de viagens dos brasileiros realizada em dezembro de 2014 pelo Ministério do Turismo/ FGV indicou que entre janeiro e junho de 2015 as intenções de viagens diminuíram de 38% em 2013 para 35% em 2014; as viagens domésticas são as opções daqueles que pretendem viajar, diminuindo de 22% para 17% aqueles de teriam a intenção de viajar para o exterior em dezembro de 2013 em comparação com o mesmo ano de 2014. Os destinos preferidos no Brasil  são o nordeste para 36% e o sudeste para 30,7%.

Vamos trabalhar !

Impacto do dólar nas viagens dos brasileiros

Confira entrevista na CBN Revista sobre os impactos do dólar nas viagens dos brasileiros ao exterior e também nas viagens domésticas.

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Gastos diminuem em junho

O mês de junho é considerado como baixa estação para o turismo, mas mesmo assim os dados divulgados ontem pelo Banco Central sobre os gastos de brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil foram surpreendentes para o período. A diminuição dos gastos de viajantes brasileiros foi expressiva: – 9,78% em comparação com junho do ano passado. Mas a expectativa é que em julho, por causa das férias escolares, estes números voltem a subir.

E esta foi a primeira vez no ano que aconteceu uma queda nos gastos dos estrangeiros que viajam para o Brasil, -1,96% em relação ao mesmo período de 2011.  Um dos motivos desta alteração pode ter sido a crise nos principais mercados emissores – Espanha, Portugal, Itália e também a Argentina, onde as viagens para fora do país foram afetadas pelas recentes medidas do governo, que para evitar a fuga de dólares limitou a compra de qualquer moeda estrangeira por parte de pessoa física. Além disso, o alto custo de produtos e serviços no Brasil, uma reclamação da maioria dos visitantes, também pode ter incentivado a redução do consumo por parte de turistas internacionais.

Na média do ano, de janeiro a junho, os estrangeiros gastaram +6% no Brasil do que no mesmo período de 2011. Já os brasileiros investiram +4,5% em gastos durante viagens internacionais realizadas nos seis primeiros meses do ano.

Como ficamos com o câmbio ?

Amigos, essa conversa é uma troca de opiniões sobre um tema que todos estamos acompanhando. Nossa observação conjunta é importante para entender para onde vamos no turismo num cenário de dólar na casa dos dois reais.

O gasto dos brasileiros diminui sensivelmente nos meses de março e abril, inclusive negativos em crescimento comparativo com esses meses de 2011. Mas parece que as viagens ao exterior não tiveram uma diminuição em volume que seja muito expressiva.

O Brasil ficaria mais barato para os estrangeiros, mas existe o tema da competitividade, dos preços e da crise em alguns dos principais países emissores. Os gastos dos estrangeiros no Brasil crescem a ritmo moderado, assim como o volume.

Vamos então ter uma parte das viagens do brasileiros ao exterior substituída pela viagem dentro do Brasil ? Teremos descontos e promoções para os brasileiros que desejam manter as viagens ao exterior ? Será esse câmbio um certo “equilíbrio” para viagens domésticas e internacionais ?

O que está acontecendo no seu negócio ? Qual sua opinião ?