Você não vai encontrá-lo em nenhum site de reservas de hotéis, nem conseguirá reservá-lo no próprio site do Fasano. Lá, encontrará um endereço eletrônico para tentar uma vaga na luxuosa propriedade, que este ano foi eleita uma das oito melhores de Nova York pela revista Vogue América.
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O Fasano Fifth Avenue está em um dos endereços mais badalados de Nova York. Fica na Quinta Avenida, entre as ruas 62 e 63, no bairro de Upper East Side. As vistas nos apartamentos e suítes são para o Central Park, logo em frente.
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Badalado e concorrido
Não é fácil conseguir uma reserva no Fasano Fifth Avenue. O hotel funciona como um clube, e os membros são todos convidados pelo próprio time do hotel brasileiro – cuja filial de Nova York é a segunda internacional (a primeira fica em Punta del Este, no Uruguai). São apenas oito suítes dedicadas a não membros.
Quem estiver interessado em ocupar uma delas deve procurar o serviço de concierge do Fasano. Quando tentei, não havia vagas para os próximos dois meses.
E os preços? O Fasano não os divulga, mas não ficam abaixo de US$ 1.500 (quase R$ 8.000) por dia. Isso na suíte mais simples, com 30 metros quadrados. Além dessas acomodações, que estão divididas em diversas categorias e podem chegar a 42 metros quadrados, há ainda dois apartamentos, com 330 m² cada um.
Esses apartamentos são mais usados por pessoas que querem passar não apenas um período curto de hospedagem, mas uma longa temporada no Fasano. “Há pessoas da própria cidade, que estão reformando seus apartamentos, e optam por ficar por aqui”, explica a diretora do Fasano Fifth Avenue, Andrea Natal.
Andrea me recebeu para um pequeno tour pela propriedade. Ela, antes de se transferir para o Fasano, comandava o lendário Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Durante a visita, fotos não foram permitidas (por isso, as que você vê aqui são de divulgação).
Privacidade é assinatura do Fasano Nova York
A razão do pedido para não produzir fotos é a privacidade, um dos destaques do Fasano Fifth Avenue. Na noite anterior à minha visita ao hotel, eu tinha um jantar agendado no restarurante Fasano Nova York. Nem me dei ao trabalho de fazer a pesquisa: fui diretamente ao hotel.
Afinal, é tradição do Fasano ter um restaurante badalado integrado ao hotel. Isso desde a inauguração da primeira empreitada do grupo no ramo da hotelaria, com a propriedade de São Paulo – hoje, há filiais no Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Feliz e Trancoso.
Foi só ao chegar lá que descobri que o restaurante fica em outro endereço, nas imediações da Park Avenue, em Midtown. Mas há um pequeno restaurante no hotel, apenas para hóspedes. É pequeno, com decoração clássica e sofisticada.
Fui informada de que poderia jantar lá, se preferisse, mas a recomendação era de que eu fosse à Park Avenue, para desfrutar de um cardápio mais elaborado (o que acabei fazendo). E só fui bem-vinda no restaurante do hotel por ser convidada. O local não está aberto ao público.
Aliás, não é permitida a entrada de não-hóspedes em nenhuma área do Fasano Fifth Avenue. Isso para garantir da privacidade dos clientes, um apelo que poucos hotéis, seja em Nova York ou em qualquer outra grande metrópole do mundo, oferecem atualmente,
O que o Fasano Fifth Avenue oferece
Além de privacidade, um sofisticado restaurante e vistas para o Central Park, os hóspedes do Fasano Fifth Avenue também contam com saune e sala de ginástica. Há ainda um jardim com área para leitura, meditação e outros passatempos. O atendimento é outro destaque.
Durante minha visita guiada por Andrea Natal, ela parou duas vezes para falar com hóspedes recém-chegados, procurando saber quais eram suas necessidades – e providenciando para que fossem atendidas. Entre esses clientes, estava um casal de alemães que não eram membros do clube, mas foram indicados por um integrante para a hospedagem no hotel.
Os outros hóspedes eram uma famosa influenciadora digital brasileira e seu marido. A recepcionista do hotel agendava para eles diversos programas que queriam fazer em Nova York, conseguindo sem dificuldades reservas em restaurantes badalados – e quase impossíveis de conseguir normalmente, da noite para o dia.
Aliás, há sempre recepcionistas que ou são brasileiros, ou falam português. Afinal, estamos falando de um hotel que, apesar do DNA italiano, é nascido e criado no Brasil.
Eu pude ver também um dos grandes apartamentos, que tem quatro quartos, e algumas suítes. Essas acomodações podem ou não ter uma sala separada, dependendo de sua área. A decoração é sóbria, mas com toques contemporâneos.
Há mimos como máquina de café e chá, minibar completo com produtos premium e controle da iluminação. Em alguns banheiros, uma janela permite ao hóspede observar o Central Park enquanto toma banho.
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