CHECK-IN AFRO

Chegamos!


Olá, aqui é Tânia Neres. Escolhi o Turismo como profissão e nunca me arrependi. Abandonei um emprego aos 19 anos para ser estagiária numa agência de viagem , já perdi muitas noites de sono neste mercado, passei por tudo. Do Telex ao Omnibees, do bilhete físico ao QR Code, e tantas coisas deliciosas que eu vi melhorar com a tecnologia e pude experimentar muitas áreas. Na verdade nunca soube escolher minha área, sempre quis tudo, passei pela aviação, consolidação, agência de viagens, operadoras de turismo, acompanhei crianças no Hopi Hari, viajei com grupos de Formatura, me tornei Professora Acadêmica na área de Turismo. Quanta coisa eu já fiz nestes 32 anos, e quanta coisa ainda tenho por fazer.

Hoje além de pertencer ao Coletivo ao Afroturismo com muitas feras , sou Gerente Comercial da Bahiatravel Operadora e Consolidação do Grupo Salvatur em Salvador. Como não me canso de novidades , agora sou blogueira do Panrotas. E sobre o que vamos falar aqui? Sobre tudo, porque eu não tenho limitações, e muita coisa mudou pra melhor, aliado a todos estes avanços, evoluímos também intelectualmente e precisamos falar de assuntos que afetam o mercado negativamente, assuntos que muita gente prefere não falar mas que vê e ouve o que está acontecendo.

Vou tentar ser algumas vezes leve e outras vezes vou ter que pegar pesado, mas confiem em mim, faremos viagens maravilhosas pelo mundo da Diversidade e o Turismo Antirracista. E não estarei sozinha. Seremos duas. Uma dupla, duas gerações sobre o prisma de um mercado em desconstrução de preconceitos e quebra de paradigmas. Apresento a vocês a Bia Moremi que esteve ao meu lado recebendo o Prêmio dos 100+ Poderosos Panrotas – ou seja, aqui tem duas Poderosas 2021.

Olá leitores, eu sou a Bia Moremi, CEO e Diretora Criativa da Brafrika Viagens e fã da Tânia Neres! O tempo que ela tem de experiência no Turismo é praticamente o tempo que eu tenho de vida e como ela muito bem disse, somos duas gerações unidas pelo mesmo propósito, ter um Turismo mais diverso, inclusivo e antirracista! Para mim é uma honra dividir essa plataforma com alguém tão acolhedora e experiente, de uma generosidade imensa e que não mede esforços para compartilhar o seu saber.


O que esperar de mim neste blog? Vamos conversar sobre tendências de mercado, abordagens inovadoras, empreendedorismo na vida real e diversão! Sim, você não leu errado, eu adoro me divertir enquanto viajo e vou compartilhar com vocês o que tem de
mais novo no Turismo de lazer para pessoas que querem realmente sair do óbvio. Como em todo cenário que dá luz a questões raciais, sociais e ambientais, nem tudo são flores, então também me acompanhe quando subirmos um texto mais crítico ao ambiente em que nos desenvolvemos, faz parte da evolução olhar para as nossas fraquezas enquanto sociedade e entender como podemos melhorar a partir daí.

Estamos ansiosas para dividir isso tudo com vocês e esperamos que vocês também estejam.

Até breve,
Tânia Neres e Bia Moremi.

Existe esperança para a mulher negra viajante?

Quando pensamos em viajar, imaginamos com felicidade momentos ensolarados, sejam em cidades pitorescas ou em praias que parecem ter saído de um sonho encantado. Certo? Mas para mulheres negras infelizmente é diferente.

São Jacys, Luandas, Samanthas e Títis que ao viajarem dão de cara com situações racistas e machistas que quebram parte da experiência encantadora que deveria ser viajar. Antes mesmo de sair de casa, essas mulheres negras tiveram que enfrentar processos inimagináveis de luta, ansiedade, força, solidão e muito trabalho duro para que as tão sonhadas viagens se realizassem. Ai quando chega o momento tão aguardado, um homem estranho a persegue no aeroporto te importunado enquanto aguarda a conexão, uma equipe de comissários de bordo chamam a polícia federal para te retirar de dentro do avião porque você se recusa a despachar uma mala de mão em que há pertences de valor para você (e não estamos falando de joias, estamos falando de aparelhos eletrônicos necessários para o trabalho, mas que são praticamente joias para nós pessoas negras que estamos em acessão profissional e material), ou você está em uma viagem a trabalho e lazer e é hostilizada pela cor da sua pele e toda sua composição estética em uma cidade europeia tida como moderna e cool, ou ainda você não tem nem idade para compreender o porque uma mulher grita com você em um hotel quando tudo que você estava fazendo era brincar a beira de uma piscina.

Sim, todos esses são relatos recentes de como o racismo nacional e internacional pode fazer o sonho de viajar se tornar um capítulo manchado na vida de mulheres negras. E é ai que eu me pergunto, existe esperança para mulheres negras viajantes? Eu quero, eu PRECISO,  acreditar que sim.

Nesse momento, parte da minha esperança tem nome, sobrenome e um sorriso largo e um abraço caloroso, o nome dela é Tânia Neres, minha mentora que trabalha no turismo a mais de 30 anos e acaba de ser anunciada como Coordenadora de Diversidade, Afroturismo e Povos Originários da Embatur. Longe de mim querer colocar todo o peso da minha esperança nas costas da minha amiga, mas confesso que o anuncio dela para esse cargo me trouxe uma noção de que os primeiros passos institucionais estão sendo tomados para que pessoas não brancas, e quem sabe especialmente mulheres negras, possam viajar de forma mais tranquila, sonhadora e segura!

A caminhada será longa, cheia de resistência, altos e baixos, mas ela tem a força, a sabedoria e o carisma para trilhar esse caminho  e construir pontes. Desejo em breve olhar para o turismo e apenas ouvir histórias de Bias, Tânias, Titis, Jacys, Samanthas e Luandas viajando por ai e voltando para casa apenas com ótimas memórias, histórias incríveis e fotos maravilhosas para compartilhar quando estiverem sentadas em um café com suas amigas.

A única saída é pelo coletivo e espero que você leitor compartilhe da mesma esperança ativa que eu.

Até mais.

Com carinho, Bia Moremi.

o brasil está pronto para receber o evento ‘Africa Fashion Week’ ?

Entre os dias 25, 26 e 27 de maio acontece, pela primeira vez no país, o Africa Fashion Week Brasil. O evento, que faz parte do circuito African Fashion Week Londres e African Fashion Week Nigéria, tem o objetivo de projetar a estilização africana, por meio do incentivo e promoção de novos designers que desejam exposição e não têm recursos para fazer a apresentação das suas coleções e do seu trabalho.
E o Brasil está pronto para receber esses maravilhosos sem cometer racismo ?

Fonte : site https://afwb.com.br

Apesar de muitos crimes de racismo serem cometidos dentro de hotéis não vemos muitos deles fazendo investimento em inclusão e diversidade principalmente para o seus gestores , afinal são os líderes que precisam se desconstruir e automaticamente toda a equipe fará o mesmo . O mais complicado é que mais de 80% das lideranças são homens e brancos e isso também abre discussões que devem ser pautadas pelas redes hoteleiras.

Quanto aos aeroportos me lembro quando fui para a África do Sul e como todos nós ficamos apaixonados pela cena que vimos, um movimento de embarque e desembarque de pessoas pretas , cartazes com pessoas pretas . Enquanto isso no Brasil com população de 56,2% de negros , meus amigos africanos ficam confusos ao desembarcar a ponto de achar que chegaram na Europa e não no Brasil .

Não tem como falar de moda sem falar de turismo , e se a moda é afro então é Afroturismo, onde há movimento de negros viajando é Afroturismo .

Moda como instrumentO ANTIRRACISTA

O evento também vai reunir designers consagrados e aptos a promover a interação entre gerações, ativação de marcas, workshops de inovação do setor, nos segmentos B2B e B2C, exportação, importação e encontro privado com investidores.
“A estratégia e o foco principal do evento é lançar mão da moda como um instrumento de sustentabilidade e de mudança social. AFWB é uma ferramenta de combate ao racismo estrutural, responsável pela manutenção de um mercado da moda eurocentrado”, enfatiza Silvana Saraiva.
No âmbito do circuito AFW, 90% da força de trabalho é composto por pretos, mulheres, LGBTQI+, estudantes de moda e comunidades marginalizadas. Oferece uma experiência singular de trabalho, projetada em um evento de grande porte.
A essência do AFW demonstra que incluir também é apoiar, fomentar e provocar as mudanças dos padrões de estilo do setor têxtil. Busca tornar acessível ao consumidor que deseja uma moda mais em sinergia com sua cultura, seu estilo de vida e seu bem estar.
Em síntese, o espírito do AFW, que chega ao Brasil em um momento ungido pela esperança, envolve moda, música, dança, gastronomia, arte têxtil, design, receptivo de luxo em quilombos, artesanatos e outras expressões. É intimamente relacionado com a cultura dos povos originários (o Brasil possui mais de 350 etnias indígenas) e presente na raiz da maioria da população brasileira (preta e parda). E esses são valores que compõem diferenciais turísticos valorizados no mercado internacional. ( fonte site https://afwb.com.br/imprensa)

salvador cria o primeiro guia impresso de roteiros afrocentrados

Quero apresentar a vocês o primeiro Guia de Roteiros Afro feito para a Ação do Salvador Capital Afro e lançado na Collab com o Salvador Shopping , este guia foi criado devido a necessidade dos turistas não saberem onde e como consumir experiências afroturísticas na Capital Baiana . Durante a Fase 1 ( 10 a 26/02) e agora na Fase 2 (15 a 31/03) possuímos um Lounge exclusivo para receber todas as pessoas interessadas em novas experiências. Importante dizer que devido o curto tempo para se confeccionar o Guia de Roteiros contemplamos algumas experiências que pudessem mostrar a pluralidade da cidade , esperamos ter vários outros deste Guia com muito mais opções espalhadas por todos os postos de informações da Prefeitura e também Hotéis , Agências de Viagens etc . Na verdade o que nós queremos criar é algo igual o Guia Michelin para Salvador com a inclusão de Experiências de Afroturismo .

As Experiências vão de Mariscagem , Pedagógico até Roteiro Religioso de Matriz Africana e Católico .

Vale lembrar que o Protagonismo dos Roteiros sempre será de quem o faz , de seus criadores, de suas comunidades , e por isso tivemos o cuidado em colocar todos os contatos dos seus criadores , além de marcar suas redes sociais e para contribuir com a venda rápida e tecnológica, incluímos um QR Code à direita dos roteiros onde levará o interessado para Plataforma da Diaspora.Black e lá ele fará de forma simples e rápida sua compra e agendamento .

Mulheres que fazem o Afroturismo da Cidade de Salvador , da esquerda para a direita ( Nilzete dos Santos , Carina Santos , Sueli Conceição , Hilda Almeida e Tânia Neres )

Outra questão importante é entender , que enquanto as agências de viagens , sejam receptivas ou emissivas não participarem desta atuação nas vendas não teremos saídas garantidas toda a semana , somente com agendamento e com mínimo de 10 pessoas por roteiro.
Venho abordar todas as agências e inclusive a ABAV e Embratur como instituições, que estes roteiros são de extrema relevância ao mercado, e são procurados por todos os turistas , sejam brasileiros ou estrangeiros .

Nossa atendente Joice Santos , Mestranda em Educação Étnico Racial e profissional da Hotelaria
Nossas atendentes foram treinadas por mim para se apaixonar pelo projeto , esta é Sara Ribeiro uma Universitária do Curso de História que tem o maior prazer em contar tudo somos os roteiros


Se você é agente de viagens de qualquer lugar do Brasil e tiver interesse em trabalhar com estes roteiros que inclusive contemplam Ecoturismo e Turismo Pedagógico entre em contato com os gestores de cada Roteiro e na próxima vez que mandar turistas para Salvador inclua um roteiro deste.

Falar de Afroturismo é uma troca , quando damos informações logo se vê pessoas emocionadas pelo projeto ,
aqui uma Turista que mora em Milão com seu irmão que mora em Salvador , e que ficaram muito comovidos com o trabalho .

O projeto Salvador Capital Afro – uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, realizada através do PRODETUR SALVADOR e com a participação de um Grupo de Trabalho de Afroturismo formado por nomes como Tânia Neres, Antonio Pita, Nilzete dos Santos e Sueli Conceição: são conteúdos, eventos e outras ações, visando posicionar a cidade como o maior e principal destino de Afroturismo no Brasil.

Da esquerda para a direita ( Tânia Neres , Hirlene Pereira , Nilzete dos Santos e Antonio Pita)

Agradecemos imensamente a Prefeitura de Salvador , Prodetur , Salvador Capital Afro, Sebrae e BID , por ter nos contemplado com este piloto incrível que com certeza irá servir de inspiração pra outras prefeituras .

LACTE 18 e o Afroturismo, um primeiro passo.

Stand do Movimento Black Money com empresários negros e parceiros atentos a pauta da diversidade.

Olá caro leitor(a), agora que o carnaval acabou e de fato os motores do país estão se aquecendo, quero compartilhar alguns pensamentos que tive ao participar nos dias 27 e 28 de Fevereiro do LACTE 18 evento organizado pela ALAGEV.

A pauta social que tomou conta dos palcos do evento esse ano foi a equidade racial. É muito importante ver um evento voltado ao Turismo e Eventos Corporativos tomar essa iniciativa e trazer ao centro esse tema tão urgente e necessário para o desenvolvimento sustentável da retomada econômica do setor e do país.

O evento acerta ao convidar nomes de peso do Afroturismo como o Hubber Clemente da Afroturismo Hub para que trabalhem na curadoria das experiências e palestras, trouxe nomes super importantes como Andreza Rocha da Afroya.Tech, Samanta Lopes facilitadora e educadora entre tantos outros nomes que enriqueceram os passantes com seus conhecimentos e perspectivas inovadoras, inclusivas e antirracistas sobre diversas pautas relevantes ao mercado do turismo corporativo.

A intencionalidade em fazer com que a pauta de equidade racial não ficasse apenas no discurso fez com que o evento convidasse o conceituado Movimento Black Money para trazer ao stand de exposição empresas pretas como potenciais fornecedores dos gestores de viagens e compradores. Eu fui uma das empresas convidadas e tive a felicidade de dividir o stand com outros empresários que trazem inovação e racialidade ao mercado. (Deixarei a lista das empresas no final desse texto!)

Sabemos que a pauta racial é um processo de reeducação da população brasileira e que desaprender os comportamentos racistas que reproduzimos por muito tempo sem pensar é um processo longo que requer intencionalidade, tempo e escuta. Dito isso, eu gostaria de dizer que o evento deu um primeiro passo importante, mas que a jornada é extensa e cheia de desafios.

Acredito que um dos desafios enfrentado pelo evento foi o desentendimento dos participantes quanto ao papel deles com a pauta, ouvimos comentários do tipo ” Mas essa questão de raça e inclusão não é papel do RH?” “Legal esse assunto, mas não acho que o evento seja para tratar disso”. Percebe a desconexão? Percebemos também que as pessoas passavam pelo nosso stand e não se sentiam confortáveis em falar conosco, eu com meus anos de prática de trabalho em feiras, abordava as pessoas e poucas davam passos além do “bom dia”. O primeiro dia foi bem morno e sentimos que o público estava “frio” para a pauta, a movimentação só aumentou após anunciarem que um determinado sorteio iria requerer todos os QR Codes registrados pelos participantes, ai foi uma chuva de ” me da um licencinha pra eu registrar o QR Code de vcs aqui rapidinho, é só isso mesmo, obrigada”.

O segundo dia teve uma melhora, graças aos palestrantes que citaram as nossas empresas e iniciativas, que orientaram os ouvintes a agir de forma intencional, assim recebemos mais visitas e presenciamos falas como “uma coisa eu aprendi hoje, que eu posso criar conexões, toma aqui o meu cartão”. Conversei com empresas aéreas que estão preocupadas com o posicionamento da marca, com trabalhadores na área de diversidade e inclusão de grandes corporações, mas posso contar nos dedos de uma mão quem foram os gestores de viagens que conversaram comigo. Talvez eles ainda estejam se questionando “o que eu tenho a ver com isso”.

E porque eu estou falando tudo isso? O evento presenciou um desafio que nós pessoas negras enfrentamos toda vez que falamos sobre racismo estrutural! A sociedade brasileira não vê o racismo como um problema SEU, é sempre um problema do outro, ou ainda pior, um problema do passado. Nós brasileiros só vamos vencer a mazela do racismo quando isso se tornar um compromisso da sociedade! Quando todos entenderem que fazem parte do problema e também da solução. O negacionismo ou o distanciamento da pauta apenas atrasa mais esse processo que é fundamental para o crescimento da economia e do bem estar do país.

Para finalizar, eu expresso aqui o meu desejo para que a ALAGEV continue nessa jornada de aproximação do setor de viagens e eventos corporativos com as pautas raciais e desejo que você caro leitor(a) se perceba como parte da solução para termos uma sociedade menos racista, mais inclusiva e justa.

Sigam, comprem e divulguem os fornecedores abaixo:

@freesoulfood ; @awafeitosdeplantas ; @afroperifa_ ; @brafrika_viagens

blocos afrO, TURISMO E O APAGAMENTO DAS TRADIÇÕES

Bailarina do Malê de Balê fotografia by @vitumourthe_

Olá amigos do Trade , o primeiro Carnaval depois de 2 anos de Pandemia foi um sucesso, hotéis e aeroportos lotados , sem contar que os serviços de Guias de Turismo também foram bem aproveitados , os turistas aproveitaram para ficar mais tempo nas cidades para curtir além do Carnaval , conhecer o destino, se contabilizarmos tudo é só comemoração.
Sou uma cidadã de Salvador , moradora da cidade desde 2005 , nem era apaixonada por Carnaval , achava chato assistir aos desfiles de escolas de samba pela TV, daí surgiu uma TV que colocava o dia inteiro o Carnaval de Salvador onde era uma loucura de gente , vários trios passando um atrás do outro e eu pensando um dia vou estar ali com aquelas pessoas curtindo . Uns 10 anos depois lá estava eu morando em Salvador num mês frio de Agosto aguardando a maior festa democrática do Brasil acontecer , mas antes eu conheci as festas de Largo , as famosas festas que misturam o Sagrado e o Profano , como Santa Barbara ( 04/12) , Lavagem do Bomfim ( 2 semana de Janeiro) , Festa de Yemanjá (02/02) , e daí por diante fui descobrindo Bloco Palhaços do Rio Vermelho , Lavagem de Itapuã , Banho de Mar a Fantasia , Bloco de Hoje a 08 e só aí que o Carnaval surge . Loucura né ? Confesso que essas experiências foram acontecendo ao longo dos meus 17 anos de vivência em Salvador , fui aos poucos conhecendo tudo e tem muito mais que eu ainda não conheço .
Os turistas que vem a Salvador já sabem que encontrarão praias lindas , gastronomia de qualidade com ótimos preços , mas o real foco da maioria dos turistas ( brasileiros e principalmente estrangeiros) é conhecer a história das pessoas , lembrei de Gloria Maria que disse que as viagens dela eram pra conhecer gente , que se ela não fizesse parte do lugar , se não tivesse a experiência de conhecer a fundo as histórias do lugar ela nem iria . E é isso Turismo é feito de gente , e essas pessoas quem vem ao Carnaval querem exatamente isso , os Monumentos são importantes para cartão postal e sinalizar por onde andaram, no entanto conhecer pessoas é o que irá fazer eles voltarem para casa com uma bagagem cultural muito maior e muitas vezes ela pode mudar conceitos e compartilhar estas mudanças com outras pessoas .

Festa de Yemanjá – Rio Vermelho ( arquivo pessoal)

E quanto a população , estas mesmas pessoas que animam o Carnaval dos turistas , e que fazem os turistas vir conhecê-los , como é o Carnaval delas ?
Agora é que são elas , estas pessoas que estão sempre sorrindo e brincando e dando o seu melhor pro turista, são as que tem a menor remuneração durante o Carnaval , na sua grande maioria não curtem a festa pois estão trabalhando arduamente para dar ao visitante a melhor experiência já vivida . Ambulantes são pessoas importantes para o sucesso em vendas das empresas de cerveja que patrocinam o Carnaval , segundo a Associação Brasileira da Indústria de Cerveja (Cervbrasil) é consumido uma média de 80 milhões de litros . E quanto aos Cordeiros , aquelas pessoas que são contratadas para manter a corda e proteger ( separar) os foliões da pipoca ? O valor da diária destas pessoas este ano de 2023 foi de R$65,00 por pessoa incluindo transporte , só pra você ter uma ideia eles caminham vários km acompanhando os trios , e são vários trios , e depois precisam ter forças para caminhar novamente a mesma distância ou mais para conseguirem um ônibus para irem para casa , correndo riscos de violências , assaltos até chegar em suas casas , isso quando vão pra casa , muitos ficam por lá mesmo , por dias . Com os ambulantes não é muito diferente , hoje a Prefeitura de Salvador colocou um apoio aos filhos dos ambulantes onde espaços se tornaram abrigos para as crianças de colo até 17 anos tendo alimentação , diversão , e acompanhamento 24 horas de assistentes sociais e cuidadores , antes disso elas dormiam nas ruas , em barracas e eu já até vi bebês dentro de caixas de Isopor porque os pais não tinham com quem deixar , porque a família toda vai trabalhar no Carnaval , é a garantia de ter um bom lucro , porque depois as festas acabam.

A cor dessa cidade sou Eu ?
Tive a melhor experiência de todas neste Carnaval , saí dois dias em Blocos Afros , um deles o Afoxé Filhos do Congo e o outro Afoxé Filhas de Gandhy para mostrar o empoderamento feminino no Carnaval na contramão do Bloco Filhos de Gandhy que sempre foi 100% masculino.

Desfile do Bloco Afoxé Filhas de Gandhy – Circuito Campo Grande ( arquivo pessoal)
Concentração na Praça Castro Alves – Bloco Afoxé Filhos do Congo (arquivo pessoal)


Salvador tem mais de 80% da População Negra , o Carnaval teve uma virada de chave com o surgimento dos Blocos Afros , segundo Tainara Ferreira “O primeiro bloco afro que surgiu em Salvador, chamava-se Embaixada Africana, em 1885. No ano seguinte, em 1886, surgiu os Pândegos da África, os dois blocos tinham em comum sua criação, feita por negros livres alforriados que faziam do carnaval um espaço de ironia, critica e valorização da cultura de origem africana no Brasil” A partir daí muitos e muitos Blocos Afros surgiram , os mais famosos são Olodum , Ilê Ayê , Apaches , Afoxé Filhos de Gandhy , Muzenza , Timbalada, Cortejo Afro , Bloco da Capoeira , Afoxé Filhos do Congo, Malê de Balê o maior Bloco de Balé do Mundo , e tantos outros importantíssimos. Os Blocos Afros são diretamente responsáveis pelo surgimento do Axé Music , Pagode e até no Rap e foram perdendo seu espaço nas Avenidas , foram sendo colocados em horários onde as ruas estão mais vazias , onde as coberturas de Imprensa já foram embora e com tudo isso vai surgindo um apagamento desta história da população que é a Alegria da Cidade e que sempre contou a história e suas tradições . Enquanto isso suas músicas se tornam famosas em vozes de pessoas não negras e que repercute o Brasil afora . Isso sem falar nas Fantasias que a grande maioria tem Designer , Artista Plástico , Estilistas para que possamos ressignificar as fantasias transformando em roupas para o dia a dia .

Nilzete da Afrotours com o Tecido da Fantasia do Bloco Capoeira criado pelo Artista Plástico Alberto Pita
Lindíssimo tecido da Fantasia do Malê de Balê criado pelo Artista Plástico Ives Eloy


O Turismo deve ser inclusivo e no momento que culturas e tradições se perdem por falta de investimentos , não haverá mais interesse em visitar a região em breve , já que São Paulo , Rio , Belo Horizonte e outras Capitais aprenderam a fazer um belíssimo Carnaval de Rua.

Bloco da Capoeira – Homenagem a Oxum


O Afroturismo vem na contra mão desta história pegar o Verso deste Cartão Postal e colocar na frente , incluir roteiros afrocentrados que possam dialogar com as Tradições Populares , que faça valer o direito de ser a cor dessa cidade , e de poder mostrar que eles são o Ouro Negro , e para isso preciso que todos os esforços sejam feitos para que possamos retomar a essência da história de uma cidade.


Glória maria e a liberdade

Olá leitores! Tomo a liberdade de desejar Feliz 2023 pois esse é meu primeiro texto por aqui esse ano. Adoraria começar falando sobre os muitos feitos do Afroturismo em 2022 mas a passagem de Glória Maria impera e nos leva a muitas reflexões que perpassam os assuntos que pautamos nesse blog.

Glória Maria, primeira repórter negra da televisão brasileira, também foi jornalista e apresentadora, uma das mais em sucedidas do país.

A Glória Maria era a embaixadora das viajantes, era a personificação da liberdade poderosa de uma mulher negra sem amarras, era madrinha de TODAS as pessoas que um dia sonharam em conciliar trabalho à viagens com aventuras inesquecíveis e conexões marcantes.

A partida da Glória Maria nos leva a refletir como é importante bebermos dessa fonte da liberdade em que ela nadava de braçada. Todos aprendemos sobre força, auto cuidado, preservação, liberdade, conexão, auto amor, amor ao próximo e prazer quando ouvimos uma mulher como Glória Maria falar, e quanto eu digo todos, eu estou dizendo TODOS mesmo! Desde meninas, jovens e mulheres negras que se espelhavam nela como uma ancestral em vida até o extremo oposto, homens brancos que não precisam transpor de tantas barreiras para exercer a sua liberdade, e por consequência, possuem mais dificuldade em entender o quão potente é uma mulher como Glória Maria.

Glória nos deixa com muitos símbolos para nos espelharmos, seus 15 passaportes, suas filhas adotadas sendo mãe solo, seus muitos amores em cada porto, sua beleza sempre estonteante, sua carreira brilhante, sua liberdade, sua abertura em expressar o que se pensa e sua entrega em tudo que produzia.

Nesse momento de despedida, me conforta saber que ganhamos uma ancestral e que seu legado ficará ainda mais vivo dentro do coração de cada menina negra viajante, jornalista, trabalhadora, bela, livre e afiada!

Eu tenho uma Glória que vive em mim, e espero que você cultive a Glória que existe em você também.

Odoyâ Glória Maria, que as marés de Mãe Iemanjá te levem a novas aventuras pelo sagrado.

A cultura afro e a queda da violência

Olá amigos leitores , estamos um pouco sumidas da Blogosfera mas é um ótimo motivo , o Afroturismo está em amplo crescimento em todas as frentes e por isso o tempo acaba ficando curto , mas vamos retomar quinzenalmente nossos post´s aqui , pois só queremos mostrar que o futuro é Afro e a gente pode provar .

De 30 /11 a 04/12 aconteceu a nova edição do Salvador o Salvador Capital Afro, onde se pensou em sediar todos os eventos no Centro Histórico ( Pelourinho ) utilizando de espaços novos recém inaugurados como a nova Sede da Vale do Dendê e também um novo e futuro espaço Gastronômico chamado Palacete Tira Chapéu , além do Cine Glauber que já é o lugar mais querido de todos e com muita história . Os show´s tomaram conta da Praça da Sé para que todos que passassem pudessem aproveitar .

Onde quero chegar com isso , que durante todos estes dias o Centro Histórico respirou mais cultura , semanas antes também teve a Flipelô Feira Literária onde vários escritores renomados passaram por lá lançando seus livros trocando ideias com seus leitores, e isso gerou um aumento na frequência de jovens e moradores de toda a cidade que sempre tem a informação que o Pelourinho é perigoso, sim corremos perigos em regiões centrais de todas as cidades do mundo , mas no momento que movimentamos cultura sentimos que a violência com certeza cai de forma visível.

Este resultado foi comprovado por Ana Copete Alvarez que é responsável pelo Festival del Pacífico de Música Petrônio Alvares em Cali , localizada na Colômbia onde mais de 50% da população é negra , o Festival Petrônio Alvarez é um dos eventos mais importantes da região, reunindo os aspectos culturais mais importantes da região; música, comida e tradição. Cali é conhecida como uma das cidades mais violentas do mundo e desde o surgimento do Festival que já tem mais de 26 anos , o índice de violência na cidade tem caído , e nos dias que acontecem o Festival não há um um caso de homicídio .

Então chegamos a um denominador comum , Cultura é o remédio para todos os males , e quando falamos isso , estamos falando da população negra que é a que mais morre no mundo por violência . Inclusão é dar a população espaços para que ela possa mostrar todas as suas potencialidades , e é isso que o Afroturismo faz , apresenta a todos um ponto de vista que ninguém nunca quis mostrar para manter a opressão e o racismo como investimento econômico , mas não é isso que temos visto , a Inclusão e a Diversidade está aumentando o PIB .

Para conhecer mais sobre os Eventos acesse @petronioco e @salvadorcapitalafro

VIOLA DAVIS no Brasil: Ancestralidade, DNA e afroturismo

Ainda estamos impactadas com a passagem de Viola Davis por aqui. A atriz de 57 anos veio juntamente com seu marido Julius divulgar o filme A MULHER REI que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.

Em sua passagem bem animada pelo Brasil, além de entrevistas importantes, Viola aproveitou a viagem para conhecer mais da nossa cultura. Visitou a quadra da escola de samba Mangueira, assistiu  a uma apresentação de dança afro e foi recebida na casa dos amigos Taís Araújo e Lázaro Ramos e mais convidados ilustres como Seu Jorge, Iza, Ícaro Silva, entre outros. 

Ao ser recebida por Maju Coutinho em sua entrevista no Fantástico, Viola falou mais da experiência sobre descobrir sua ancestralidade através do teste de DNA, e iniciou a entrevista dizendo: 

“Toda vez que vou a África, eu sinto como se estivesse indo pra casa”

A atriz também citou que fez o teste de DNA no qual revelou 96% de sua negritude com origens no Quênia, República dos Camarões, Namíbia e Botswana. 

Ela complementa que sente essa conexão entre todos nós (EUA, África e Brasil) e que mesmo distantes, pessoas pretas e suas narrativas se conectam.

Viola Davis passou meses dedicada a aprender sobre a cultura e o treinamento militar das Ahosi, exército feminino africano que fez história entre os séculos XVII e XIX no Reino de Daomé, hoje Benin.

Saber sobre sua ancestralidade com certeza ajudou a atriz a mergulhar ainda mais no mundo das Ahosi. Ela afirma que passou meses pesquisando e estudando e aprendeu muito com as guerreiras sobre empoderamento e espírito feminino.

O filme ainda nos brinda com um elenco majoritariamente preto e mulheres pretas retintas! 

“Muitas mulheres negras não se enxergam como pessoas valiosas e, assim como aconteceu comigo, esse filme as ajudará a verem a sua força e vulnerabilidade. Elas terão uma chance de se enxergarem de um jeito que nunca viram antes.”

                                                                Viola Davis.

A vontade de viajar para o continente africano e conhecer as suas raízes e histórias dos povos originais de lá transpassa Hollywood e entra cada vez mais na mente do viajante negro e negra de classe média. Que o Afroturismo venha como um abraço nesses viajantes que tiveram que esperar tanto para conhecer o continente mãe da maneira como merecem. 

Curtiu esse post? Conta pra gente!

Adupé e até a próxima!

Texto de Cris dos Santos e Bia Moremi.

rolezinho do passaporte

Idealizado por Bia Moremi e Consultoria de Tânia Neres , nós do Blog Check In Afro criamos um projeto ousado e inovador , até 31/12/2022 queremos atingir a meta de fazer 100 pretos/ pretas/pretes de todo o Brasil a terem seu passaporte em mãos.

O Rolezinho do Passaporte é uma Consultoria On Line com duração de 01 hora, para primeiro desmistificar que Passaporte não é para todos , afinal viajar para outros países era um sonho muito alto para a população preta , a ponto de acreditarem que o documento não seria possível.

E como já dizia Barack Obama , Yes We Can !!!!

Nosso pontapé inicial aconteceu em 28/09/2022 atendendo um grupo de mulheres diversas de todo o Brasil , mães , jovens , estudantes , mães solos , e muito mais , o que nos trouxe uma experiência única para este “rolê”.

Nada é mais importante que a inclusão e o empoderamento do nosso povo .

Dentro do Trade Turístico , em empresas que tem como carro chefe vendas de produtos internacionais , a maioria dos funcionários que lá trabalham não possuem passaporte , e por muitas vezes eu vi nestes meus 32 anos de mercado , muita gente perder a GRANDE OPORTUNIDADE de viajar por não tê-lo nas mãos , e isso acontece em muitos outros mercados , como da Moda , da Arte , Música , até mesmo estudantes que ganham bolsas para estudar fora , e para tirar passaporte requer um investimento que muitos nem procuram saber de quanto é e o tempo que demora para ficar pronto o documento.

O Rolezinho do Passaporte só está começando e se você quer fazer parte disto , vem com a gente do Check In Afro , porque depois que conseguirmos atingir nossa Meta, a próxima meta é criar estratégias para fazer esta galera voar longe para onde quiserem.

Maiores informações contate-nos

PRECISAMOS FALAR DE BANCO DE IMAGEM E REPRESENTATIVIDADE

Nigéria se torna primeiro país a banir modelos estrangeiros de anúncios

“Todos os anúncios, publicidade e materiais de comunicação de marketing direcionados ou expostos no espaço publicitário nigeriano devem usar apenas modelos nigerianos e artistas de voz”, diz o texto do órgão regulador de publicidade da Nigéria publicado no Twitter.


Será que precisaremos de uma Lei dessas no Brasil ? Começo minha matéria desta semana levantando esta questão que é muito séria e que só vai se efetivar no Brasil quando afetar financeiramente as empresas. Aliás já afeta , porque onde não nos vemos não consumimos , esta já é a estratégia utilizada por nós no Movimento Black Money.

O Brasil tem a maior população negra fora da África e a segunda maior do planeta. A Nigéria, com uma população estimada de oitenta e cinco milhões, é o único país do mundo com uma população negra maior que a brasileira.
“Se os consumidores negros formassem um país, seria o 11º país do mundo em população, com 114,8 milhões de pessoas, e 17º país em consumo. Apesar disso, os negros são sub-representados na comunicação – mais de 90% das campanhas publicitárias têm protagonistas brancos. ” Pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva em 2018.

Vamos falar de banco de imagem no turismo ? 

Precisamos aumentar nossas opções de imagens para atingir um público que entenda que ele pode e deve viajar para onde quiser
Imagem do meu arquivo na Table Mountain – Cidade do Cabo
Da direita pra esquerda Pedro Borges, Cintia Ramos , Bia Moremi , Guilherme Soares Dias e Tânia Neres (eu)

Minha experiência na África do Sul foi de satisfação com algumas indagações , por onde passava me via como a próxima negra a comprar um apto num condomínio de luxo , a comprar um carro , a usar um perfume , frequentar um shopping e até mesmo consumir margarina com uma família negra feliz ,  e não posso me esquecer dos programas de TV e Comerciais nos Intervalos, eu estava neles . Mas quando era Turismo não aparecia nada , turistas , eram Europeus brancos , mas não era isso que a gente via nas ruas , não era isso que a gente via nos restaurantes , víamos nativos africanos nos espaços , a não ser nos Safaris , lá eu posso dizer que nenhum turista negro.
Nos Estados Unidos a publicidade é tão fraca quanto na America do Sul , na Flórida a publicidade até se esforça pelo menos , e eu vejo muitos turistas negros por lá .

Imagem do site da Universal Parks


No Brasil , quando me vejo até comemoro , me emociono e contemplo como uma vitória , mas realmente isto não está certo . 
Uma certa feita aqui na Bahia na Cidade de Santo Amaro da Purificação no Recôncavo Baiano a Prefeitura promoveu a festa da cidade , a mais tradicional dela com uma imagem que chocou a todos, o banco de imagem escolhido foi de um grupo de jovens brancos , louros modelo escandinavos e foi acusado de Racismo.  De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,4% da população de Santa Amaro é negra e 51,3%  é parda, enquanto apenas 7,6% dos moradores da cidade declararam ser brancos. A população total de Santo Amaro é de 57.800.
Em Salvador não é muito diferente se prestarem atenção no Carnaval durante as passagens dos trios as câmeras focam em quem está dentro das cordas e nos Camarotes , e quem são eles ? Turistas brancos , mas os negros também estão lá , mas não são filmados .  Em alguns DVD´s de de músicos baianos a edição de imagem colabora para isso, não colocando a realidade e sim focando somente em “gente bonita” , para quem é negro entendemos imediatamente essa frase , o lugar tava ótimo , só tinha “gente bonita” .


Quando resolvem usar o banco de imagens , parece que só existe uma única modelo para tudo, e ela não é brasileira , aliás a maioria das imagens de pessoas negras que aparecem na publicidade brasileira não é local , e por que ?  Outro detalhe super importante é colocar uma imagem de negros consumindo nos lugares e até mesmo como empresários , gerentes de bancos e ao chegar nestes lugares não encontrarmos nenhum. A publicidade precisa ser séria e trabalhar com a verdade , não adianta promover lugares usando fotos inclusivas para atrair as maiorias ( negros não são minorias ) e ao chegar lá encontrarem somente negros servindo e ou o turista negro ser tratado com racismo . 

Imagem colhida no site da CVC sobre Turismo na Africa do Sul

Aos departamentos de Marketing do Trade Turístico, peço que repensem suas publicidades, esta semana eu fiquei bem decepcionada com um Resort  que tem escritório na República Dominicana ,onde em todo o seu banco de imagens não encontramos nenhuma diversidade para promover sua promoção .

Algo muito pontual , não adianta contratar negros para trabalhar nesses setores e não deixarem que eles promovam sua narrativa, não estamos falando sobre favores e sim sobre direitos e um mundo mais diverso e inclusivo .