‘Uma bolha que explodirá’, foi a frase de Saurabh Mukhopadhyay, para descrever sua ex empresa Oyo Rooms, onde trabalhou como gerente de operações no norte da Índia até Setembro/19.
“Esta é a única empresa que se tornou global nessa escala na Índia. Mas, a partir de agora, existem sérias dúvidas sobre o modelo de negócios.” Satish Meena, analista sênior da empresa de pesquisa Forrester em Nova Délhi, sobre a Oyo.
Entre frases bombásticas como essa, e o silêncio do SoftBank (seu principal investidor), que não quer comentar o assunto, vale a pena analisar um pouco mais a fundo as últimas notícias da empresa que quer se tornar a maior empresa de hospitalidade do mundo até 2023. A startup unicórnio (recebe investimento de mais de USD 1 Bi), que está mais para Drogon (o dragão de Game of Thrones) está dando o que falar.
O Brasil ainda vive um caso de amor com a empresa, onde só lemos notícias positivas, e uma conversão frenética de hotéis. Entretanto, não passa uma semana sem que eu receba várias mensagens pelas redes sociais com pessoas perguntando se vale a pena trabalhar na OYO e/ou hoteleiros questionando se assinam o contrato com a marca. Ou seja, ainda existe muita falta de informação sobre o modelo de negócios e pouca referência.
Pensando nisso, em Maio/19 gravei um vídeo com Paulo Salvador, meu parceiro no canal do Youtube ‘Depois das 6’, falando como funciona a OYO Rooms. Esse vídeo (assista abaixo ou clique aqui) já tem quase 8.000 visualizações e muuuuitos comentários.
Mas são tantas as notícias recentes falando sobre o lado obscuro da empresa, depoimentos impressionantes de funcionários e proprietários, que gravamos um novo vídeo atualizando os fatos e passando algumas recomendações aos hoteleiros. Assista abaixo ou clique AQUI.
Mesmo assim, temos assunto suficiente para um artigo (ou vários). Então vamos lá…
Primeiro vale lembrar que a SoftBank, mesma investidora da WeWork, possui 46% da OYO. Como característica, ela investe fortunas, mas também cobra resultados rápidos e gigantes. Com base nisso, a grande pergunta as suas ‘apadrinhadas’ é: VOCÊ VAI CRESCER RÁPIDO OU VAI CRESCER CERTO? Imagino que você já saiba a resposta…e suas consequências.
Exemplo: WeWork demitiu 15.000 pessoas (13% da força de trabalho), parou seu IPO para compensar perda de 1,9 Bi, e demitiu seu CEO no final de 2019. Depois do fiasco do IPO fracassado, o plano de recuperação do novo CEO prevê corte de até 25% dos seus funcionários, pedido de empréstimos, e outras ações drásticas para retomar o interesse dos investidores. E adicione a isso a frase do novo gestor: ‘O que nos falta é foco e responsabilidade ‘!
Morgan Stanley diz que o IPO fracassado da WeWork marca o fim de uma era para unicórnios não rentáveis.
Deu para entender com a ‘banda toca’ no mundo das startups de crescimento rápido, certo? Então vamos a nossa amiga OYO.
É compreensível um hoteleiro de hotel super econômico ficar tentado ao ‘pacotão’ OYO de dinheiro na mão e resultado rápido. Que outra marca hoteleira oferece isso?
- Pagam até 18% de juros caso o proprietário atrase o arrendamento.
- Negocia com bancos.
- Oferece o app OYO para os GGs acompanharem operação e sugestão de melhoria de desempenho.
- Compromisso de performance garantida.
- Adianta $$ para o hoteleiro endividado.
- Afirma que tem retenção de 99,5% de seus clientes na Índia.
- Garante que seus hotéis aumentaram 3 vezes a ocupação e 2,5 vezes o RevPar.
Veja um dos ‘approachs’ da marca abaixo. Só não fique se sentindo assim tão especial. ‘Estamos selecionando algum hotel em...’ na verdade significa ‘vamos converter todo mundo que aceitar nossas condições‘:
Na Índia, as principais reclamações de proprietários, e reforçados por associações/federações hoteleiras e comissões de competitividade, são:
- Milhares de quartos são de hotéis e pousadas não licenciados.
- Imposição de taxas extras – Argumento Oyo: ‘desacordo é sobre as multas que cobramos pela falha no atendimento ao cliente’.
- Problemas Operacionais – Importante lembrar: seguem sendo hotéis 2 estrelas e/ou super econômicos.
- Retenção de taxas
- Comissões excessivas
- Denúncias de quartos usados para prostituição.
- Preços predatórios, com descontos beirando ao ‘dumping’ de mercado.
- Equipe não é hoteleira e muitos sem nenhuma experiência – Argumento Oyo: ‘Nossa equipe tem menos de 1 ano na empresa e treinamento tem sido um desafio.’
Curiosidade: um hoteleiro indiano fez o representante da OYO de refém na Índia alegando que só o soltaria quando a empresa lhe pagasse o que devia.
A questão agora é que a empresa entrou nos Estados Unidos, um mercado maduro e com uma comercialização mais estratégica. E aí, meus amigos, o ‘bixo pegou’…
Reclamações dos proprietários americanos:
- Baixa tecnologia (sistema de gerenciamento de propriedades da Oyo frequentemente não funciona ou tem pouca funcionalidade)
- Alterações arbitrárias de contrato.
- Tarifas muito baixas, chegando a desacelerar o crescimento no médio prazo.
- Hotéis 2 ou 3 estrelas sendo vendidos como 4.
- Falta de controle de preços pela unidade. Essa é uma das grandes brigas. Como o hotel não pode alterar e administrar reservas, acontecem overbookings e mau atendimento ao cliente. Só que, se o hotel tiver muitas reclamações, a OYO cobra taxas (palavra bonita para ‘multas’), e eleva a taxação do hoteleiro.
Curiosidade: Um cliente americano, afetado por um desses overbookings ano passado, criou uma página que ganhou repercussão mundial chamada ‘Como OYO arruinou meu aniversário’. Não se brinca mesmo com clientes, principalmente em um mundo online. Assista AQUI.
Os problemas da Oyo nos USA são bem similares aos da Índia. Ou seja, vale a pena sim aprender com quem já tem mais experiência com a marca.
Mas o Fundador da OYO, Ritesh Agarwal, tem resposta para tudo. Bem, quando você recebe USD 2,5 Bi de investimento, é o mínimo que deve ter, certo? Se você assistiu a palestra dele na última Phocuswright Conference (vídeo AQUI), em Nov/19, dá para ver claramente que são palavras minuciosamente pensadas para investidores. Provavelmente, na situação dele, eu e você teríamos o mesmo discurso.
Providências que ele diz estar tomando para minimizar a insatisfação dos proprietários:
- Saída mais flexível do contrato, com período pré determinado na negociação.
- Conexão com OTAs bem mais interativa.
- Autorização para o hotel mexer nas suas tarifas tarifas 40% para cima ou para baixo, dando mais autonomia para o hoteleiro decidir.
Dicas para Hoteleiros Brasileiros:
- Respire! Não feche nada na empolgação e sem falar com pelo menos 3 proprietários que já estão com a marca a pelo menos 6 meses.
- Negocie os itens do contrato. Não caia na armadilha de assinar aquelas cláusulas rígidas
- Mantenha o controle do seu hotel. Lembre-se que você está ‘terceirizando’ sua estratégia, e ficará sem autonomia da sua comercialização.
- O negócio é SEU!
- Não existe almoço de graça!
Tenho uma proposta completa da OYO para um hotel. Destaquei 2 slides. Segue abaixo (passa para o lado):
Em resumo, existem proprietários satisfeitos, e outros nem tanto. Assim como alguns hoteleiros acham o sistema de distribuição o máximo, e outros instruem seus recepcionistas a falar para o hóspede cancelar sua reserva no aplicativo e fazer de novo no próprio check-in.
Ou seja, ainda é um negócio em ebulição. Como disse o Paulo Salvador no nosso último vídeo, é legítimo que uma empresa que cresce 1 milhão de quartos em 1 ano (hoje já tem 35 mil hotéis e 1,3 milhões de quartos), sofra as dores do crescimento como eles estão sofrendo hoje. Obs.: Ela foi avaliada em USD 5 Bi. Hyatt vale USD 8 Bi para ter uma comparação.
Provável que esse papo tenha ‘cenas de próximos capítulos’, até porque a OYO já ganhou concorrentes como a Zuzu Hospitality Solutions.
Então fique ligado e acompanhe as notícias, pois o mercado continuará caminhando…com você, sem você ou apesar de você!
Deixe seu comentário, complemento de informações (com fonte) e depoimentos sobre a marca. E não esqueça de responder: Esse é o início do fim para a Oyo ou realmente foi uma empresa criada para durar?
Fontes:
- Business Insider
- New York Times
- Business Today
- CNBC
- Skift
- The New India Express
- Economic Times (India Times)
- Reclame Aqui para OYO Rooms Brasil
Dica: Quando ler uma notícia sobre a marca, não deixe de ler os comentários. Você vai encontrar de tudo, mas a maioria são incontáveis proprietários Oyo ao redor do mundo sem o filtro do ‘politicamente correto’.
Cuidado: tivemos dezenas de pessoas colocando seus ‘códigos de desconto’ da Oyo (assim como faz a Uber e outros serviços online) nos comentários (todos deletados elegantemente). E assim também vem acontecendo com muitos blogs de viagens que falam só maravilhas da marca. Se você for até o final, encontrará, muitas vezes, o ‘código de desconto’ que a Oyo deu para ele e seus leitores usarem.
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Se curtiu esse post, leia também:
A OYO ROOMS contratou aproximadamente 1000 funcionários em 2019. Desses, aproximadamente 700 são BD’s , responsáveis pela captação de pousadas e hotéis parceiros para sua rede. Esse exército tem a função de rapidamente introduzir a marca a nível nacional e garantir o máximo possível de parceiros dentro da cadeia em curtíssimo prazo . Só que uma vez captado, o hoteleiro passa a ser acompanhado pela equipe de operações, que cuida da parceira desde a implantação do sistema, treinamento e assessoria a gestão do hotel durante todo o contrato. Aí já vemos um problema; esses 700 BD’s serão descartados após essa etapa de capilaridade da marca. Na sua maioria, esses comerciais foram atraídos de seus empregos por salários e comissões acima do mercado e por estarem indo para uma multinacional que cresce a níveis vertiginosos. A OYO não está nem um pouco preocupada com o pós para esse profissionais que serão dispensados.
Além desse desastre a nível de RH, temos que ficar de olho na performance que a parceria vai oferecer para seus credenciados. Uma vez que a OYO assume o controle das tarifas do hoteleiro, resta saber se vai, realmente, entregar maior rentabilidade ao owner, como promete em sua abordagem. A dica é: muita cautela. Tanto para hoteleiros como para os profissionais assediados.
Cometi o erro de entrar na OYO, estou desesperada, sem dormir. Baixaram os valores das diárias absurdamente não paga o café e as despesas do mês.
Perdi o controle de tudo mas, não foi isso que me venderam.
Preciso de ajuda pra sair dessa OYO não quero mais.
Eles estão quebrando meu hotel.
Um dos maiores arrependimentos da minha vida foi a oyo, são arrogantes dono da verdade e lhe deixa preso em cláusulas abusivas e absurdas.
Ganhava pouco mais era Feliz, hoje ganho menos e fico sem sono por conta dos problemas.
O executivo de vendas não tem culpa pois ele é vítima como eu fui, rezo muito para que o contrato acabe
Fui entrevistado por videochamada pela manager na Bahia sediada em Porto Seguro para uma vaga na Chapada Diamantina para captar novos hotéis. Vi o perfil dele no Linkedin, estava apenas 2 meses na OYO oriunda de uma outra startup. Isso aconteceu mais ou menos 30 dias. Silêncio sepulcral. Nenhum feedback negativo ou positivo. Será que ela ainda está na OYO?
Boa noite, fiz parte da Oyo como BD (Business Development) no RS. Fiquei 3 meses, e fui demitido após fechar dois hotéis na minha região. A empresa não tem critérios claros, em uma região que 3 pessoas (que fizeram treinamento comigo) já eram muito, foram colocadas mais 8 e 1 supervisora o qual claramente beneficiava uma amiga que entrou como BD na região também, mas por ser amiga da mesma, recebia as melhores indicações e apoio. Como fui me destacando, o medo do protagonismo que eu estava alcançando fez com que ele tivesse medo, e solicitasse a minha não permanência após o contrato. Sendo que eu, em um questionário a respeito da minha gerência direta, relatei o assédio moral que eu estava recebendo da mesma, mas a empresa não deu a mínima.
Se para os funcionário, que são sua linha de frente eles não dão a mínima, e é um oba obá, imagina para os Owners…
Quando comecei a questionar várias situações como está, inclusive a de fazer a avaliação da estrutura do Hotel ser dos BD’s e não dos Engenheiros (que possuem critérios técnicos necessários) recebi minha demissão por alegarem que eu não tinha perfil na empresa.
Em suma, estou a disposição para ajudar se quiserem mais informações sobre este elefante branco que se tornou a OYO para a Hotelaria no Brasil.
Oi boa tarde tudo bem li seu comentário . Tenho uma pousada e o pessoal passou Aki para fecha negócio com migo o que vc poderia me alerta sobre esse negócio se e vantajoso pra min ?
O QUE ME CHOCOU FOI FICAR HOSPEDADA POR 180 DUAS DIARIAS. E EM POUCOS MESES 4 APENAS O OYO BELENZINHO COBRAR 514, SEM CAFE D MANHA NAO TEM FRIGOBAR. ACHO Q A REDE SURTOU. IRIA M HOSPEDAR NAO VOU MAS ESSE HOTEL NAO TEM NADA Q JUSTIFIQUE ESSE VALOR ABSURDO ELE E SUPER SIMPLES
Gostaria muito que você fizesse a mesma análise sobre o Nubank e o Banco Inter, as fintechs bancárias mais populares em nosso país hoje.
Sou correntista do C6, proposta parecida com Nubank, e adoro! Mas realmente nunca fui a fundo na análise!
Sou ex-funcionário da OYO e deixei uma carreira estável em uma multinacional assediado pela proposta excelente que me ofereceram. Já na integração fui alertado que não seria bem o que prometeram mas como já tinha pedido minha conta da outra empresa pensei já me meti aqui então vamos ver no que vai dar. Os processos mudam todos os dias, nova versão, novo formato. Fomos obrigados a realizar auditorias técnicas sem adicional salarial e que a princípio seria trabalho de engenheiros e arquitetos. E após três meses me desligaram alegando falta de aderência ao negócio. Pois algumas vezes questionei o padrão que a OYO vendia que não condizia com a realidade para o hóspede e na minha cidade diversos hoteleiros já estão queimando o negócio e o time de vendas não consegue fechar novos cntratos. OYO foi uma total decepção na minha carreira profissional.
O mesmo aconteceu comigo em Petrópolis. A oyo surtou
Bom dia, achei muito legal esta sua análise, vim pesquisar aqui justamente devido a uma abordagem que recebi desta empresa, gostaria de saber se você tem também análises sobre este tema da UBER e 99 falando sobre a concorrência sobre os táxis quando chegaram ao Brasil?
Muito obrigado.
Não tenho, Antonio, mas deve ser interessante também!
A Oyo deve ir muito bem obrigado.
Já os hoteleiros, que são os donos do negócio, ficam com os problemas.
Dureza…
A Oyo mesmo com uma margem miudinha mas multiplicado por milhares de hoteis, faz uma fortuna.
Mas como é que o hoteleiro sobrevive com diárias de 49 reais, num hotel pequeno que não tem escala pra isso?
E tem o SELINA hotel , startup entrando no Brasil. Seguindo esta mesma linha de crescimento acelerado, em várias capitais sem nenhuma estrutura de gerenciamento hoteleiro.
É outro modelo de negócio. Dê uma olhada nesse vídeo onde explicamos como funciona a Selina: https://www.youtube.com/watch?v=X2d1oQeBs98&t=510s Abs,
Bem explicado o artigo…vou acompanhar vocês mais de perto
Que bom que gostou! Sempre bem-vindo por aqui! Mais infos: http://www.gabrielaotto.com.br // Também no blog: http://www.gabrielaotto.com.br/blog
Os hotéis são maneiros, achei no tinder e sarrei aqui pertinho por 54 conto com café, melhor motel
Sou dono de um hotel no Brasil e entrei nesta fria. São completamente despreparados, é exatamente o que você descreve. Querem números e crescimento acelerado. O pós venda é terrível. A gestão mal feita, o sistema defeituoso. A equipe é completamente dependente da Índia. Tudo demora dias. Diárias vendidas a preços que não pagam metade dos custos. Pelo visto a casa está começando a cair no Brasil também. Eles prometem mil coisas no momento da contratação e na prática você come o pão que o diabo amassou. Se arrependimento matasse estaria morto.
Não acredito que vá acabar, mas devem se reestruturar para recuperar a credibilidade dos hoteleiros, investidores e do mercado como um todo.
Em Brasília eles são muito insistentes em marcar reunião, chegam com um time enorme apenas para marcar espaço, que a maioria ali não tem informação. Solicitei o contrato para que pudesse analisar as cláusulas antes de continuarmos a negociação e me forneceram. Quando comecei a questionar as cláusulas, foram bastante prepotentes, eles tentam diminuir o que você tem para poder fechar negócio. Questionei que alguns hotéis que haviam fechado contrato forneciam serviço de MOTEL, me falaram que não tinham conhecimento e que não era permitido. Em uma segunda reunião, eu havia informado que visitei esses hotéis/motéis e constatei que continuam trabalhando oferecendo serviço de aluguel por horas igual motel. Eles falaram que consultaram o “escritório geral” em São Paulo e conseguiram essa liberação.
Pela falta de clareza nas informações, mudanças repentinas, a forma que abordaram e pela qualidade dos hotéis que fecharam a parceria, preferi não aderir o modelo Oyo.
Preferi não “queimar” a reputação dos 6 hotéis que gerimos em Brasília.
Boa noite,
Sou ex-funcionário do time de “transformação”, o time de “engenharia” composto por engenheiros e arquitetos. Para a minha surpresa, logo na integração, quando questionando sobre alvarás de prefeitura e do corpo de bombeiros dos hotéis, me responderam que não deveríamos tocar neste assunto, que essa responsabilidade seria do hoteleiro. Contra-argumentei falando que estávamos auditando os hotéis, colocando nossa marca, mudando o nome e pegando participação nas vendas, portanto assumindo corresponsabilidade… porém logo mudaram a pauta. Fui forçado a negligenciar estes requisitos que garantem minimamente a segurança dos hóspedes.
A maioria dos hotéis não são licenciados pelas prefeituras, muitos são locados (alguns sofrendo ação de despejo por inadimplência junto ao proprietário do imóvel), com sistemas de água insalubre pela falta de manutenção/higienização das caixas d´água e a grande maioria não possui nenhuma segurança técnica contra incêndio (Alvará de bombeiro é raro) ou sobre os circuitos elétricos(lembrando que a OYO impõe aos hoteleiros a instalação de ar condicionados em todos os quartos, aumentando a demanda elétrica).
Optei por me desligar da OYO por não concordar com estas condições, pois estão lotando hotéis, através de diárias baixíssimas, que provavelmente nunca haviam operado com lotação máxima. Isso aumenta exponencialmente os riscos de incêndios acidentais ou por curto-circuitos.
Foi uma decepção profissional enorme, achava que estava entrando em uma empresa disruptiva porém trata-se apenas de uma fraude para mostrar números de crescimento para o investidor.
Espero que a OYO mude de postura antes de que alguma tragédia ocorra.
As demissões em massa começaram, faço parte!
Fiz parte do time de BDs (comercial e apresentação da OYO) e tive o desligamento efetuado por não estar de acordo com as métricas entregues.
Hoje a empresa prima pelo número de quartos, independente se a proposta comercial e análise feita previamente mostrem que o crescimento dentro daquele hotel seria nula. Exemplificando: com a parceria da OYO em um hotel com uma ocupação média de 60% é projetado um crescimento de 20% em troca de um comissionamento em torno de 30% (12% de taxa vindo do app OYO e o restante proveniente da operação, transformação e suporte). Funcionários que acabem fazendo essa curadoria prévia e visualizando que essa matemática nítida, não faz sentido ao hotel, acabam sendo desvinculados do quadro funcional. Pois é claro que uma proposta de crescimento de 20% por 30% do faturamento de diárias totais do hoteleiro, chega ser ofensivo e até mesmo golpista.
Hoje são a maior rede de hotéis, mas a que custo?! Não está sendo rentavél ao hoteleiro e muito menos a empresa. Estão primando pelo número de quartos e não pela receita que podem fornecer aos parceiros.
São diversos pontos preocupantes. A “cara” da OYO, são profissionais provenientes de áreas que não são da hotelaria e que acabam tendo um pitch de vendas completamente diferente e que acabam omitindo e muitas vezes enganando propriedades, por terem um pressão absurda de entrega de números absolutos. Fazendo-os ignorar REVPAR (inclusive a grande maioria dos vendedores OYO não sabem nem o significado…) e demais informações importantes do hotel.
Pode evoluir, a proposta é interessante. Mas acredito que rever esses pontos será primordial.
Fiz parte do time de BDs (comercial e apresentação da OYO) e tive o desligamento efetuado por não estar de acordo com as métricas entregues.
Hoje a empresa prima pelo número de quartos, independente se a proposta comercial e análise feita previamente mostrem que o crescimento dentro daquele hotel seria nula. Exemplificando: com a parceria da OYO em um hotel com uma ocupação média de 60% é projetado um crescimento de 20% em troca de um comissionamento em torno de 30% (12% de taxa vindo do app OYO e o restante proveniente da operação, transformação e suporte). Funcionários que acabem fazendo essa curadoria prévia e visualizando que essa matemática nítida, não faz sentido ao hotel, acabam sendo desvinculados do quadro funcional. Pois é claro que uma proposta de crescimento de 20% por 30% do faturamento de diárias totais do hoteleiro, chega ser ofensivo e até mesmo golpista.
Hoje são a maior rede de hotéis, mas a que custo?! Não está sendo rentavél ao hoteleiro e muito menos a empresa. Estão primando pelo número de quartos e não pela receita que podem fornecer aos parceiros.
São diversos pontos preocupantes. A “cara” da OYO, são profissionais provenientes de áreas que não são da hotelaria e que acabam tendo um pitch de vendas completamente diferente e que acabam omitindo e muitas vezes enganando propriedades, por terem um pressão absurda de entrega de números absolutos. Fazendo-os ignorar REVPAR (inclusive a grande maioria dos vendedores OYO não sabem nem o significado…) e demais informações importantes do hotel.
Pode evoluir, a proposta é interessante. Mas acredito que rever esses pontos será primordial.
Já ouvir falar a história da pomba preta? No começo da narrativa a protagonista é descrita como sendo uma pomba bem branquinha com apenas uma pena preta e a história vai passando de boca em boca e uma pena se torna: “uma asa inteira era preta”. E quando ela volta ao seu interlocutor original, a nossa amiguinha é descrita como uma pomba preta que tinha uma única pena branca. É exatamente assim todo o falatório da OYO.
Me permita contar a minha face da história.
OYO é uma empresa de consultoria que procura os melhores profissionais do mercado, e com isso ela joga baixo, oferece condições incríveis e cumpre com elas, ninguém te promete que sua jornada será longa. Em sua maioria não são profissionais de ramo da hotelaria, o que não é um problema devido a quantidade absurda de treinamentos e atualizações diárias dos processos. Existe uma coisa muito legal na filosofia da empresa: você não é crucificado se errar, estamos aqui para crescer e aprender juntos. Os processos são acompanhados do início ao fim e se você acha que só o crescimento em números é absurdamente rápido, você precisa ver como é rápida a mudança de diretriz quando uma coisa não esta dando certo. Eles estão 25 horas por dia preocupados em entregar o que prometem. Sim, eles não dormem!
Apesar de alguns acharem que não, existem padrões mínimos estruturais para um hotel se tornar OYO. Sugestão: busque por alguém que não se tornou OYO por critérios de rejeição da empresa. Existe uma lista enorme.
A OYO muda a vida do hoteleiro, em sua maioria são hotéis familiares que estavam respirando com a ajuda de aparelhos. Alguns hotéis operados pelo “primo do vizinho do dono”, mofados, com problemas elétricos, colchões e enxovais velhos e sem nenhuma luz no fim do túnel, muito desses hotéis estavam a venda (mas sem generalizar, ok?!). Vá nesses hotéis e veja o que a OYO levou pra eles. Os funcionários são treinados, uma equipe técnica de engenheiros e arquitetos fica a disposição apoiando a solução de situações relacionadas a estrutura e isso sem contar o restante do time por trás da engrenagem para entregar resultados.
Vejo owners satisfeitos com seu faturamento triplicado. “Vamos ter que aumentar o enxoval, nunca pensei que fosse ter esse tipo de problema que todo mundo quer ter”, “obrigado por terem insistido tanto”, “precisei contratar mais pessoas”.
Concordo que muitas coisas não funcionam, muitas coisas não estão como deveriam estar, mas esse pessoal aí é comprometido, eles trabalham muito para acertar as coisas.
Hotel OYO não é um hotel de 5 estrelas, não se engane procurando essas coisas. Hotel OYO é um hotel bom com uma estrutura sem luxos, coisa simples mesmo. Mas ele é assistido, tem gente muito boa ali fazendo de tudo para deixar o hóspede satisfeito e cuidando do sonho de um proprietário.
Ela é uma empresa de resultados, não tenha dúvida disso!
Esse é um dos lados da moeda, o lado de dentro!
Excelente….Todos torcemos pelo longevidade da empresa! Obrigada pelo comentário!
Puxa Gabriela, como a imparcialidade muda de lado rapidamente né, o tom mudou o espaço foi aberto a empresa e comentários dos funcionários censurados, estamos printando como, subitamente, tudo mudou por aqui. Espero que seja apenas falta de tempo em liberar os comentários,
Abs
Caro ‘anônimo@oyorooms.com’, sim, não entro todo dia no blog, mas dê uma lida novamente, e verá todos publicados, exceto 3 (2 a pedido da assessoria da Oyo, por serem emails anônimos mencionando nomes de profissionais da marca, e outro que, sem argumentos, esqueceu a educação em casa…rsrs).
Recomendo também os comentários no Linkedin, Facebook, Instagram, etc, assim como todas as fontes indicadas no texto, de onde provêm as informações.
Obrigada pelo seu comentário e volte sempre por aqui. Abs,
É exatamente isso!!
São pessoas incansáveis para fazer o melhor trabalho possível.
Obviamente nunca será possível agradar a todos, mas se tem algo que tenho orgulho é de ver que a empresa o tempo inteiro revisa o processo olha pros erros, aprende para corrigir o mais rápido possível. Algumas coisas são fáceis de resolver, outras nem tanto mas 24h os times trabalham para atender os hotéis, fornecedores, funcionários entre outras necessidades.
E assim seguimos e seguirão crescendo com as pessoas que fizerem parte desse perfil.
A OYO é uma empresa com uma cultura linda, com muita responsabilidade em suas negociações e de muitos resultados.
Prezados, seguem algumas dicas aos hoteleiros que estão fechando contrato com a OYO:
Exigir que todas as promessas feitas verbalmente estejam em contrato, MUITO cuidado com as promessas que não estão descritas. Por exemplo: Fornecimento de amenidades pela OYO sem custo ao hotel, não cobrança de taxa sobre reservas vinda do aplicativo da própria OYO, não cobrança da sessão de fotos profissionais, treinamento e acompanhamento por consultor de operações presencialmente, prévia aprovação e envio de notas fiscais e comprovantes de compras sobre as compras realizadas em nome do hotel… Pois a OYO, em meio à crise global que está enfrentando, está se aproveitando de brechas contratuais para “diminuir” o nível de serviço e com isso reduzir seu custo operacional.
Além disso, assegurar que esteja no contrato também que a OYO fornecerá Notas Fiscais sobre os serviços prestados e pagos pelo hotel nas reconciliações, pois a OYO tem sonegado isto.
Falando agora sobre a parte operacional: Precisa ter MUITA paciência perante ao defeituoso sistema da OYO, que enfrenta instabilidades diárias, sumiço de diárias, overbooking com diárias falsas, e também com o suporte do call center, que não possui autonomia para resolver a maioria dos problemas… Ao que me parece a sincronização entre os diferentes canais (Booking, Expedia, Decolar, etc..) é feita manualmente por uma equipe na Índia, o que gera muitos erros e atrasos… Complementando, toda alteração necessária na descrição dos quartos passa por pelo menos 3 setores, o que gera muita demora em resolver problemas em anúncios incorretos.
Por fim, o algoritmo de precificação dinâmica visa exclusivamente encher o hotel, sem se importar com custo mínimo que uma diária gera ao hotel. Existe um limite inferior, em que a receita gerada por uma diária não cobre os gastos como de lavanderia, faxina, água, energia, amenidades e café da manhã. Quando este limite inferior é ultrapassado, o hoteleiro arca com este prejuízo, porém a OYO retêm a sua participação na venda da mesma maneira, pois não tem responsabilidade sobre estes gastos.
Detalhe importante, fora a comissao da OYO ha também a Cobrança do aplicativo da OYO e da Central de atendimebto caso sejam fechados por esses…varia de 12 a 18% e normalmente ninguém da OYO está falando disso, ou sejapode chegar a quase 40% somado à comissão da OYO. Além da cobrança das Aminidades que antes não havia e simplesmente começaram a cobrar assim como essas outras duas taxas informadas acima. Reduzindo os valores da diárias e cobrando isso, não vale a pena entrar no Negócio. Cobrem para de fato colocar tudo em contrato. Eles mudam de hora para outra.
Preocupante esse modelo da OYO, parece ser realmente insustentável. Para os proprietários, para os funcionários e para a própria empresa.
Cheguei a ser contatado para participar de um “processo seletivo”, e de início a proposta me animou muito. Sou hoteleiro e esta seria a chance de mudar e fazer parte de algo novo, moderno e ainda continuaria trabalhando na minha área, que também é comercial. A vaga era de BD.
Fiz uma imersão na história e proposta da empresa e fiquei super empolgado, era como se já fizesse parte da equipe.
O primeiro contato foi feito por uma empresa de RH, em seguida entraram em contato do próprio RH da OYO, e marcaram uma entrevista com o gestor, via Google Hangouts. Já comecei a estranhar aí: o entrevistador me deu “bolo”. Fiquei uma hora esperando e nada. Tentei contato, sem sucesso.
No dia seguinte o entrevistador, um gestor da área de revenue (???) me liga pedindo desculpas, que passou mal e teve que ir ao hospital. OK!
Ao final da entrevista (somente por voz, aparentemente o entrevistador estava fazendo outras atividades enquanto falava comigo) ele disse que a equipe de recrutamento deveria fazer contato na semana seguinte. Bom, essa semana tornou-se meses! Cheguei a cobrar um feedback, que é o mínimo que uma empresa séria deve fazer quando chama alguém pra uma seleção. Me senti bastante desrespeitado e fiquei bem chateado. No meio tempo (eu já tinha me informado bastante sobre a empresa) comecei a ver comentários de clientes e proprietários na página indiana da OYO: não consegui achar UM comentário positivo. Como consumidor e como hoteleiro, acho inadmissível uma “rede hoteleira” não dar a mínima para seus parceiros e clientes (fazem o mesmo com os funcionários, pelo jeito). Prezo pela hospitalidade genuína, qualidade, profissionalismo, então aquilo me preocupou, mas disse pra mim mesmo que deveria ser algo “isolado”.
O feeback finalmente chegou e foi negativo. Sinceramente fiquei surpreso, mas aceitei e segui em frente, tomei isso como algo que não era para ser.
Felizmente (graças a Deus!) não tenho o perfil da OYO (não sei qual é) e não passei no “processo”, pois teria largado um emprego de 6 anos.
Sinto muitíssimo pelos funcionários que foram iludidos, pelos proprietários e pelos clientes.
Obrigado Gabriela por trazer informação e ceder este espaço para comentários.
Essa foi a melhor escolha com certeza.
As demissões estão em massa no Mundo todo, descontentamento dos Hoteleiros e Hóspedes, mudanças de negociaçãoapós ja terem entrado, mudanças em meio a negociações.
O RH é horrível mesmo, se foi assim na sua entrevista, imagine conosco desligados, descaso total.
A OYO é um lixo para os proprietários de Hotéis.Sao extremamente desorganizados.
Não sabem o que estão fazendo. A irresponsabilidade para com os proprietários que assinam contratos e veem seu hotel despencar de preço , é enorme.
A empresa não vai durar mais 1 ano no mercado, tendo em vista que a cada mês demite 400 funcionários, atraídos pelas falsas propostas de. Salário e comissão ilimitada além de estabilidade.
Quando na verdade, estão brincando com a vida de profissionais e famílias. Digno de retratação.
Para qualquer pousada ou hotel, a dica é: FUJAM da OYO enquanto há tempo…
Depois de ler o contrato , desisti de fechar o negócio. Eles apertam os parafusos de tal forma que o dono do Hotel fica sufocado e totalmente a mercê deles.
E como se a oyo alugasse o hotel e colocasse o próprio dono como empregado, em uma condição de gerente. Com o agravante de o gerente ter que se virar para fazer o próprio salário.
Conheço uma pessoa qque assinou o contrato com a oyo e depois quando veio o engenheiro e depois uma moça do operacional explicar os preços a pessoa desistiu e quis revogar o contato. Ao meu ver isso é uma fria, eu não assinaria, os representantes tem um nível de persuasão elevado, e por falar de lucros e uma quantia alta acabada enchendo os olhos.
Sou proprietário de um pequeno hotel na região metropolitana de Porto Alegre e tentei a parceria com a oyo, pois a ideia a principio era boa e muito bem vendida. Eles mal te dão tempo de pensar e te ofertam o que é carente em nosso meio: suporte tecnico, dinheiro para investimento sem burocracias aparentes e a promessa segundo avaliação de mercado feita por eles de aumento na rentabilidade e menos esforço. Claro que tudo isso se fosse realmente executado seria ótimo mas (NADA) disso aconteceu ao contrario ,tem falhas primarias desde a implantação de um simples softer que tinha falhas catastróficas as quais não davam suporte a tempo e quem tinha o ônus era o hoteleiro e o cliente. Segundo a precificação 100% fora da realidade do mercado literalmente uma prostituição com valores praticados que sequer cobrem o custo operacional, não se atentando com o mercado local e desrespeitando a experiência do proprietário do hotel que fica 100% engessado dentro das falhas do mesmo. Tudo é resolvido no final através da Índia onde fica a matriz o que torna lenta qualquer definição. Tudo que o vendedor da oyo te prometeu esqueça se quer cumprem os prazos de acerto de contas além de ser um fechamento obscuro porque se comprometem também em arcar com parte dos valores das diárias promocionais, mas vc não sabe quanto ai tem diárias com café da manha ar condicionado para uma pessoa até $28,00 reais até eu quero morar no meu hotel com este custo diário. Se você não léu o contrato se prepare esta ferrado companheiro porque são 100% Leonino os mesmos não se responsabilizam nem pelas próprias falhas e elegem fórum de mediação em SP o que te ferra mais ainda. Depois que vi pede pra sair seguram vi meses trancado na internet sem poder ofertar teus quartos e não dão sequer satisfação. Enfim a oyo este ai mostrando uma boa ideia mal executada.
Taxas médias de 20% do faturamento bruto ( que é o que a OYO cobra) seria o lucro liquido do hoteleiro. Fechar negócio com a OYO é trabalhar de 3 a 5 anos sem capitalizar um tostão, ficando somente com o trabalho mesmo, que aumenta muito.
Financiar um dinheiro no banco para reformar o próprio hotel e pagar por uma acessoria particular de treinamento é muito mais viável, alem de se livrar de uma grande dor de cabeça. (Minha sincera opinião)
Obrigado, Gabriela, pelas informações.
Eu sou proprietário de um hotel em Goiás que recebeu uma visita de um representante da OYO, trazendo uma proposta de adesão.
Eu não fechei com a OYO, mas em meio a três reuniões que tive com o vendedor, acabei foi recebendo uma “aula” sobre o que eu devo fazer para melhorar o meu negócio.
Eu, particularmente falando, decidi não me arriscar por conta da rigidez do contrato, mas, por outro lado, acredito que a OYO seja uma boa opção para hoteleiros que não tenham gestão, ou que não tenham condições próprias para melhorar o seu negócio.
De forma respeitosa, alguém com micro empresa no segmento de hotelaria me explica como nos dias atuais alguem Concorde em passar 15%/20% do Faturamento do seu negocio somente para um fornecedor, Oyo, neste caso? É simples
8% impostos
2% cartão
20% Oyo
10% aluguel (se aplicavel)
De imediato é um aumento de no minimo 20% a 25% em despesas em cima do Faturamento. A cada R$100 reais que entra imediatamente R$ 35,00 é despesa. Não vejo como essa conta fechar.
De acordo com a matéria, infelizmente, a Bolha da OYO explodiu, e muito mais cedo do que poderíamos esperar, em virtude da pandemia.
Eu não entrei ( por pouco) nessa parceria. Contudo , meus amigos hoteleiros que entraram , arrependeram amargamente. E que, em.virtude da Pandemia, a OYO ordenou que seus filiados fechassem as portas até segunda ordem, em uma decisão que parece não andar em consonância, com os decretos estaduais ou municipais locais. O resultado disso é que alguns hotéis estão alugando quartos em “off” para tentar ao menos pagar suas despesas … Enfim, prejuizo gigante , tanto para a OYO, como para seus filiados. Aliás, calamidade até para os hoteleiros independentes, como eu…
Parabéns! O artigo é bem realista e condiz com a situação atual dos hoteleiros no Brasil.
Eu tive três reuniões extensas com o pessoal de venda da OYO. Com isso eu pude chegar a algumas conclusões interessantes, mas que só se aplicam a pequenos empreendimentos ( o meu caso). Para hotéis de médio e grande porte eu não tenho conhecimento suficiente para emitir uma opinião.
Se o seu empreendimento está indo razoavelmente bem, não assine contrato com eles. A sua ocupação aumentará, o seu trabalho aumentará, mas o lucro ficará com eles e você não terá maneira de sair do contrato sem muita dor de cabeça.
Se o seu empreendimento vai mal, eu assinaria um contrato de 3 anos. Durante esse período sua ocupação aumentará, seu trabalho aumentará e seu lucro será desprezível, porém, você vai aprender muito sobre gestão de pousada e depois de 3 anos poderá usar esse conhecimento para funcionar muito melhor.
Ou, depois de 3 anos, poderá vender seu estabelecimento por um preço bem melhor, devido à taxa de ocupação melhor.
Gostei da sua opinião. É exatamente o que penso. O lucro da taxa de ocupação extra fica com eles, sobrando para o dono do empreendimento só o trabalho mesmo.
A parte dificil é vc não poder ser seletivo com os hospedes. Chega uma prostituta com um cliente no hotel que alugou o quarto baratinho pela OYO e voce não pode fazer nada, senão ceder o quarto e escutar a reclamação dos outros hospedes no outro dia. E isso é em muitos casos. Fechar parceria com a OYO é dar a posse do hotel para eles e você se tornar uma espécie de inquilino do seu próprio negócio. Até agora não conheço nenhum hoteleiro satisfeito , mas,claro, toda regra tem exceção. Para aqueles que estavam com o seu comercio perdido, a OYO pode ser uma espécie de faculdade.