Você tem medo de frio? Saiba o que está perdendo!

Meu amigo Virgílio Carvalho um dia afirmou sabiamente: “- Pessoas que fazem escolhas motivadas pelo medo perdem as melhores coisas da vida”. Disse isso em resposta a minha afirmação de que jamais voltaria a voar em um Foker bimotor russo alegremente pilotado por um turista alemão bêbado e um gentil meio G.O., meio copiloto cubano, como fiz no passado. O Virgílio estava ali, em uma conversa banal, afirmando uma destas grandes verdades da vida, destas verdades que quando você entende, sua vida muda para melhor e para sempre!

Chegou a hora onde muita gente se pergunta se virá à Paris para as festas de fim de ano ou não. Quem tem medo de frio pensa duas vezes. No entanto somente no inverno os “Champs Elysées” estão iluminados, os mercadinhos de inverno oferecem produtos tradicionais franceses apresentados por seus produtores em cada esquina, a iluminação hivernal dá um tom especial aos monumentos, permitindo assim uma viagem dentro da viagem. Enfim resumindo: além da conhecida imagem das luzes do Champs Elysées, há uma Paris MARAVILHOSA que só existe nesta época do ano e que merece ser descoberta.

Tendo vivido no Canadá 23 anos, aonde temperaturas chegam a menos 20 graus Celsius, não reclamo da temperatura local, que me parece uma eterna primavera. Porém para quem vem do Brasil a coisa é diferente. Conheço pessoalmente gente que deixou de vir por medo de frio. Por esta razão compartilho aqui os truques básicos de todo canadense para que o brasileiro possa vir desfrutar das belezas desta linda estação que é o inverno em Paris sem passar frio.

É imprescindível lembrar que quando se vai enfrentar temperaturas baixas, sejam estas de outono ou inverno, (entre 15 e 5 graus centigrados, raramente abaixo de zero ) saber que o calor do corpo se perde pelas suas extremidades. Pés, mãos e cabeça devem estar protegidos. O pescoço também. Aproveite que está em Paris e abuse das luvas, das echarpes e boinas que podem ser encontrados em quaisquer barraquinhas de rua ou ainda nas grandes lojas de grifes (mais caras, porém de melhor qualidade é claro!) No outono echarpes de algodão são suficientes e no inverno, lã. Tênis com solas espessas ou botas com uma sola de borracha mantém seus pés longe do solo frio. Várias camadas como camiseta, camisa, pulôver e um casaco, esquentam o necessário e podem ser retiradas como uma casca de cebola de acordo com o lugar onde você estiver. Os interiores e transportes são aquecidos. Em ambientes fechados é necessário retirar o casaco se ficar algum tempo no interior e abrir tudo, tirar o chapéu e lacear a echarpe se estiver de passagem rápida. Quem fica vestido com casaco em ambientes fechado passa frio quando vai para o exterior.

Eu pessoalmente evito jeans no inverno por que não acho que esquenta o suficiente, mas se você ou seu passageiro é daqueles que não sabe viver sem seu jeans melhor favorizar casacos abaixo dos quadris ao invés de blusões curtos ainda que de couro.

E para finalizar, the last but not the least: não adianta trazer o guarda-roupa inteiro, nem sequer uma mala de 35 quilos esturricada de roupas que não serão usadas. Segue minha dica para uma semana:

Seis camisetas sem manga e/ ou mangas curtas. Seis Camisas de mangas compridas (ou ainda três camisetas de mangas longas e três camisas, por exemplo) para vestir abaixo do pulôver; três pulôveres de lã (1 para cada 2 dias); três Calças ( 2 jeans e uma calça esporte fino por exemplo ou ainda 1 jeans, 1 veludo, 1 esporte fino) todas combinando com os três pulôveres. Para a noite complete a mala com um sapato social e blazer para os homens.

E para as mulheres duas camisas e duas saias que combinem com os pulôveres e calças acima. E um sapato alto para aquele restaurante ou cabaré. Traga também um sapato baixo de que goste para sair a noite, caso seus pés estejam muito cansados. Enfim com exceção dos acessórios, todos têm estas peças no armário. É só saber como usar e “vir a Paris ficar feliz” .

Não precisa ter medo de frio!

Grandes Lojas capricham na decoração
Grandes Lojas capricham na decoração Galeries Lafayette nov 2015
Bairros Iluminados contrastam alegremente com o bucolismo da luminosidade  hivernal
Bairros Iluminados contrastam alegremente com o bucolismo da luminosidade hivernal. Rua Montorgueil 2014
Galeria Vivienne enfeitada para as festas
Galeria Vivienne enfeitada para as festas 2014
Restaurantes Iluminados. Neste a Diane Keaton encontra Jack Nicholson no final de Alguém tem que ceder.
Restaurantes Iluminados. Neste a Diane Keaton encontra Jack Nicholson no final de Alguém Tem que Ceder.
Roda Gigante do Jardim de Tuileries 2014
No final dos Champs Elysées, na Praça da Concordia a Roda Gigante Hivernal do Jardim de Tuileries 2014
Numerosos mercados animam a cidade
Numerosos mercados animam a cidade. Este é o mercado do Trocadero de 2014
Iluminações rua Montorgueil
Iluminações rua Montorgueil 2014
Galerias Lafayette, Árvore de Natal 2015
Galerias Lafayette, Árvore de Natal 2015
Detalhe Preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées.
Detalhe dos preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées.
Preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées.
Preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées. Instalações lembram diferentes lugares e produtos franceses
Preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées
Preparativos para 2015 , Mercado de Natal Champs Elysées
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Riqueza de detalhes nos kiosques. Champs Elysées 2014
Produtos Regionais , Champs Elysées 2014
Produtos Regionais , Champs Elysées 2014
Bem agasalhados pessoas desbravam o frio.
Bem agasalhados pessoas desbravam o frio.
Vinho quente e outros produtos que ajudam a aquecer. Mercado Champs Elysées 2014
Vinho quente e outros produtos que ajudam a aquecer o passeio. Mercado Champs Elysées 2014
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Grande variedade para todos os gostos, sem esqueçer os clássicos.
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Roda Gigante Hivernal, fim de tarde Praça da Concordia 2014
Champs Elysées
Frios e embutidos nacionais, 2014
Frutas Secas, Champs Elysées 2014
Frutas Secas, Champs Elysées 2014
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Champs Elysées, Castanhas Quentinhas 2014
 Champs Elysées
Churrascaria Brasileira na Av. Champs Elysées, presente há dois anos consecutivos, foto 2014
Mercado Trocadero 2014
Mercado Trocadero 2014
Cidra, Vinho Quente, Crépes da Bretanhã
Cidra, Crépes e especialidades da Bretanhã, 2014
Lavanda, Kiosque 2014 Champs Elysées
Lavanda, Kiosque 2014 Champs Elysées
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Muitos brinquedos instalados nas calçadas dão o tom de quermesse, Aqui o Tobbogã dos Champs Elysées 2014
Detalhes enfeites iluminados canteiros Champs Elysées 2014
Detalhes enfeites iluminados canteiros Champs Elysées 2014

França vista pelos parisienses ou Paris Porto Seguro

foto pan rotad

Muita gente escolhe trabalhar no turismo porque gosta de viajar, esperando obviamente que a carreira proporcione muitas viagens. Eu escolhi esta profissão quando trabalhava como assistente social, auxiliando mulheres imigrantes que sofriam problemas de violência familiar. O trabalho era um verdadeiro desafio, pois apesar de todo empenho para inverter situações infelizes, muitas vezes a vitima tinha recaídas e o trabalho se perdia como cinzas ao vento.
Eu queria resultados e por isso resolvi utilizar meus conhecimentos em línguas estrangeiras e minha aptidão à resolver problemas para auxiliar esta magnifica clientela que chamamos de turistas.

Hoje, quando vejo um pretendente a um emprego no ramo e sobretudo para aqueles que desejam integrar minha equipe de trabalho, o primeiro aviso é: enquanto outros viajam, nós trabalhamos! Mas verdade seja dita: adoro viajar! E a cada viagem além de me divertir, aprender, relaxar, também aprimoro minha profissão.
Parti do Brasil para o Canadá aos dezoito anos de idade com essa esperança: correr o mundo. Porém, com o passar de poucos meses outras necessidades tornaram-se prioritárias.

Moro fora do Brasil há 30 anos e nunca imaginei que viver em Paris,onde estou há quase 10 anos, me levaria a viajar tanto. Férias escolares a cada dois meses e habitações exíguas obrigam. Há ofertas de ultimo minuto incríveis, em 2 anos fiz quase todos os cruzeiros oferecidos no Mediterrâneo e Oriente Médio gastando menos do que gastaria se tivesse ficado em Paris, sobretudo com formulas all-inclusive.Sendo assim, aqui de Tenerife, onde estou agora passando estas férias de “Finados” achei apropriado mostrar a França vista pelos parisienses. A imagem diz tudo. Mas não minimizem a nota em vermelho: Plus belle ville du monde! Você sabe o que isso quer dizer?

O porteiro, a Danuza e a cabala- Yud Yud Zayin

escola na franca

 

Há muito tempo li a Danuza dizendo que Paris já não era a mesma: Seu taxista era um chinês e não mais um francês fumando uma “Gitane” bem fedida. Ai que triste!!!

Foi ai que comecei a desconfiar que Danuza não entendia nada de Paris. Depois do polêmico artigo que escreveu na Folha sobre a cidade e o proletariado, fiquei muito feliz que ela tenha decidido ficar em casa lendo. Já que em Paris ela não aprendeu nada sobre a raça humana, igualdade e direitos, quem sabe se lendo em casa aprenderá. Enquanto isso eu ficarei em Paris, dando as boas vindas aos porteiros e qualquer outra pessoa que consiga pagar para vir até aqui…

O artigo da Danuza me interpelou de tal maneira que não pude deixar de pensar: essa mania de brasileiro de se achar o melhor povo do mundo tem que mudar! Sim somos simpáticos, sorridentes e informais, mas quantos são assim somente com pessoas da mesma classe ou de uma classe considerada superior a sua? Quando falamos com as pessoas que nos servem raramente somos solícitos, educados, finos como a Danuza e a classe que ela representa pensam que são.

Mas a Danuza tem razão, é melhor mesmo que o porteiro e sua classe não cheguem a Paris. Já imaginou se todos esses letreiros em todos os edifícios públicos dizendo “liberté, egalité et fraternité” dessem idéias francesas à esse povo? Já imaginou o proletariado brasileiro colocando a cabeça de pessoas que os discriminam em ancinhos para desfilar no Carnaval em uma versão tropical da Revolução? Ou pior ainda Danuza, já imaginou seu porteiro estralando os dedinhos para te chamar com toda a simpatia da classe alta ? Clac clac com os dedos: – Danuzinha deixei uns amigos subir lá no seu apartamento, você será a mais exclusiva das socialites e quem sabe ainda poderá aprender com eles umas coisinhas.

Em vista da antiga afirmação de que Paris havia mudado, há muito tempo queria dizer à Danuza que é justamente este traço que caracteriza Paris. Paris nunca foi a Paris que a Danuza viu. Ela pensou que Paris era aquela cidade que viu nos anos 70/80 e nunca soube que Paris dos parisis , não era Lutecia dos romanos, que  a Paris de Genoveva enterrou Lutécia , que Paris de Felipe o Belo não tinha nada a ver com Paris de Branca de Castilha, e o que dizer de Paris após a passagem do Barão de Haussman? Ah! O Louvre também mudou, tem uma pirâmide de vidro no meio do pátio já ha algum tempo.

Para aqueles que, como a Danuza, não virão a Paris visto que agora todo brasileiro rico ou pobre pode vir, fica aqui a minha dica de leitura:
72 nomes de Deus;
Yud Yud Zayin- Usando as boas palavras
Com este nome eu calo meu ego. Aperto o botão “mudo”. Agora peço para A Luz (divina) falar em meu nome, em todas as ocasiões, assim cada palavra elevará minha alma e toda minha existência.

Lamed Aleph Vav -A grande fuga
Este  NOME traz a melhor de todas as liberdades, escapo dos desejos construídos pelo meu ego,inclinações egoístas e o “eu primeiro” de minha mente que causa tristezas em minha vida. No seu lugar eu ganho os verdadeiros presentes de vida: amigos, família e realização.