NAPDC Azay Le Rideau Credit ADT Touraine JC Coutand 2028-71 (Copier)

Natal na terra dos castelos ©

Os Castelos do Vale do Loire, naturalmente lindos em qualquer época do ano, ficam ainda mais bonitos no período de festas. Decorações luxuosas e originais, muita cor e brilho, odores mágicos resultam em uma grande variedade de ambientes encantadores e festivos. São tantas as belezas que o ofício de turismo da região criou o evento Natal na Terra dos Castelos©.

Os Castelos Amboise, Azay-le-Rideau, Chenonceau, Chinon, Langeais, Loches se uniram para apresentar uma temática mais interessante que o outro, fazendo da região do Vale do Rio Loire um destino imperdível para quem passa por Paris nesta época.

Natal nas cores dos Médici

No Castelo de Chenonceau, por exemplo, o tema é Natal nas cores dos Médici. E este ano, uma nova encenação floral inspirou-se diretamente da Rainha Catherine de Medici. A rainha regente que trouxe da Itália seu bom gosto e a moda renascentista.

O ateliê de decorações florais do castelo, sempre muito empenhado em enfeitar quartos e salões, se mobiliza particularmente para reinterpretar toda a magia do castelo com composições de plantas excepcionais, ricamente decoradas para as Festas de Natal.  Além de muitas árvores e decorações,  os aposentos são invadidos diariamente pelo espírito de Natal de Catherine graça à variados arranjos frescos e originais.

Natal em Paris e na França

www.Chenonceau.com

Natal através dos séculos

O Castelo de Amboise apresenta a evolução das tradições de Natal desde a Renascença até os dias de hoje. Para a edição 2018 do “Natal na terra dos castelos”, além de lindos presépios, árvores e enfeites, anjos surgem aqui e ali, durante a visita dos inúmeros quartos do monumento. Figuras tradicionais das festas de fim de ano, eles são os protagonistas principais da trilha cenográfica do Castelo de Amboise.

Natal e Ano Novo em Paris e na França

www.Château-Amboise.com

As origens da árvore de Natal

Na Fortaleza de Chinon: As origens da árvore de Natal da Idade Média até os dias de hoje. Este ano, a fortaleza real de Chinon oferece ao visitante a descoberta da evolução da árvore de Natal. Uma linda exposição desvenda as origens deste objeto decorativo tão importante, desde a Idade Média, ainda em sua fórmula tradicional até os dias de hoje com suas interpretações contemporâneas .

Forteresse Royale Chinon Credit ADT Touraine JC Coutand 2028-12 (Copier)

www.forteressechinon.fr

 Natal Gourmet NO AZAY-LE-RIDEAU

Ceder sem remorso a gula figura certamente entre uma das grandes alegrias do Natal. Isto é fato consumado na ocasião do “Natal na terra dos castelos” durante a visita ao Castelo de Azay le Rideau.Em seus inúmeros aposentos deliciosas decorações de Natal, das quais muitas comestíveis, fazem o visitante mergulhar em uma deliciosa atmosfera festiva.

NAPDC Azay Le Rideau Credit ADT Touraine JC Coutand 2028-37 (Copier)

www.Azay-le-Rideau.fr

Mil luzes de Natal

No Castelo de Langeais a luz é o coração do Natal. As velas de cera que iluminavam os grandes castelos da Idade Média eram verdadeiros objetos de luxo. Para o “Natal na terra dos castelos”, o Castelo de Langeais mergulha os visitantes na magia do Natal reinterpretando esta tradição luminosa.

www.Chateau-de-Langeais.com

Contos de inverno Na Cité Real de Loches

Para a ocasião de festas de fim de ano, a Cité Real de Loches revisita contos folclóricos que moldaram a imaginação contemporânea em torno do Natal. Nesta antiga casa real, o público é convidado a (re) descobrir “A Christmas Carol”  de Charles Dickens, através de encenações e imagens dos momentos marquantes deste conto fantástico e sobrenatural.

Noel Loches Tours Credit ADT Touraine JC Coutand-2 (Copier)

www.Chateau-loches.com

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Como chegar e sugestão de programação

Os passeios de um dia ao Vale do Loire são facilmente encontrados junto aos receptivos locais. Porém eu achei essa oferta conjunta dos castelos da região Loire-Touraine uma iniciativa tão interessante que preparei um roteiro com pernoite para que o visitante não perca nada! Fica a minha sugestão no link a seguir Loire 2 dias, 1 noite. 

Se você achar muito em cima da hora para 2018, lembra-se que em 2019 o Natal na Terra dos Castelos© volta! Os castelos estão em clima de festas entre os dias 1° de dezembro e 6 de janeiro.  Fica a dica!

 

 

 

Paris em chamas? Fomos ver de perto

Eu imagino que todos viram as imagens das manifestações em Paris pela televisão. Difícil é saber se o que ouvimos corresponde mesmo a realidade. Então, aproveitei que estava nas imediações do Champs Elysées neste sábado e fui constatar com meus próprios olhos (e senso crítico) a situação. Paris estava mesmo em chamas?

Paris em chamas?  quem são os manifestantes

Aqui, quando vemos pela televisão, temos a impressão que grande parte dos manifestantes são vândalos e marginais, quando na realidade pude constatar que não era essa a situação.

Enquanto esperava para tomar um chocolate na Angelina, assistia o vai e vem de manifestantes

Pela manhã, enquanto aguardava para entrar na casa de chá Angelina da Rua Rivoli, pude observar a população passando, andando de lá para cá, aguardando a chegada de mais manifestantes. Pessoas comuns, pais de família, aposentados, trabalhadores (ou não) e jovens transitavam ainda calmamente.

A diversidade entre os participantes do movimento denominado Gilet Jaune se explica pelo fato do governo Macron ter imposto austeridade para toda população, com exceção das pessoas que fazem parte de sua classe social. E a lista é longa:

  • Retirou benefícios históricos da classe de ferroviários
  • Diminuiu o valor de aposentadoria de milhares de idosos
  • Modificou o sistema de acesso às escolas
  • Retirou a privacidade do cidadão, interligando sistemas informáticos administrativos
  • Fez reforma da previdência
  • Aumentou impostos prediais
  • Diminuiu impostos sobre investimentos em ações
  • Tratou os desempregados de preguiçosos em discurso oficial
  • Aumentou a gasolina e o diesel, diminuindo o poder aquisitivo das populações urbanas e rurais.
  • E por ai vai…

Paris em chamas? O ocorrido

Assim, em torno de duas horas da tarde, hora prevista para a manifestação, as tentativas de acesso à Avenida Champs Elysées pela população heterogênia se intensificaram. Encontrando obviamente maior resistência por parte das “forças da ordem”.

Para você ter uma idéia, no total 10 000 bombas de gás lacrimogênio foram utilizadas sábado dia 1° de dezembro em Paris.

Neste mesmo momento, um cenário parecido se repetia em volta do Arco do Triunfo. Porém lá, não uma, mas doze ruas convergem para a entrada da Avenida Champs Elysées. Ali os manifestantes parecem ter vindo em maior número munidos de máscaras anti-lacrimogênio e, além disso, a situação geográfica permitia a união daqueles com intensões menos pacíficas.

O que era para ser uma manifestação pacífica no Champs Elysées, sob a recusa de acesso e chuva de bombas de gás lacrimogênio, tomou ares de insurreição. Os “confrontos” fizeram 133 feridos, incluindo 23 membros das forças de segurança e levou à prisão  412  pessoas , de acordo com um relatório fornecido pela prefeitura de polícia neste domingo.

Tanto na região da Rua Rivoli, onde eu estava, como nas proximidades do Arco do Triunfo, uma minoria atacou janelas de bancos e o mobiliário urbano (como abrigos de ônibus e alguma decoração). Construíram barricadas usando o que encontravam à frente. Na luxuosa Avenida Foch, incendiaram vários veículos e entraram em confronto com a polícia. Pixaram o Arco do Triunfo.

Então quem viu horrores na telinha pode ficar na dúvida se pode ou não confirmar ou vender Paris.

Manifestantes se dirigem a Praça Vendôme, que ficou intacta.

Paris em Chamas? A verdade

Por essa razão achei importante lembrar que os danos anunciados como o fim do mundo pela imprensa e inaceitáveis pelos governantes foram, no entanto, limitados a um perímetro de 2,0 km em volta de uma avenida e ocorreram precisamente entre 14h e 18h30.

Meu amigo Denison, vindo dos EUA como turista, achou interessante participar do evento e registrar presença com selfie

 

Diga-se de passagem, os manifestantes estavam em situação de superioridade e teriam capacidade de devastar muito mais se fossem todos vândalos. Vi muita gente, entre os mais agitados, ali presente para “fazer número” e acalmando situações de tensão.

Vi idiotas depredando? Vi sim. Para um deles gritei evitando que quebrasse a vitrine de uma joalheria “- Não faça isso, é um comerciante, um trabalhador”  O jovem de cabelos loiros e cacheados como um anjo me dirigiu seu olhar sorrindo e respondeu “ – Queremos tocar as grandes empresas , ele tem seguro.” Insisti: “- É um trabalhador, eu sei o que é isso.” E assim, em um segundo, olhou à sua volta com ares de revolucionário buscando outro jeito de expressar sua frustração e se foi…

 

Paris em chamas? O que fazer

Simultaneamente, meu amigo Denison, que estava hospedado no Westin Vendôme, em plena região de “confrontos” não pode deixar de ser turista e ir fotografando as belezas que encontrava.

Enquanto isso o Champs Elysées, vázio, numa imagem surreal, brilhava impávido, na maior calma se resguardando para acolher parisienses e visitantes.

Então para aqueles que já estão com viagem marcada ou se questionando fica a dica: se houver movimento Gilet Jaune durante o período da estadia ( o que é pouco provável) o mais simples é evitar o perímetro das manifestações durante as 4 horas em que elas acontecem. E no mais aproveitem!

Paris não está em chamas! Paris está linda sob as luzes de Natal, reivindicações aqui fazem parte das tradições e assim, a vida continua normalmente.

A poucos minutos da região dos Champs Elysées, a vida continuava normalmente em Paris

 

 

O Louvre- prepare sua visita

O Louvre: uma fortaleza

Muitos não sabem que antes de se tornar o museu mais visitado da Europa, o Louvre teve outra vida.

Edificado no século XII, o Louvre era uma fortaleza. O rei Phillipe Auguste desejou proteger a cidade antes de partir para a primeira Cruzada francesa, que tinha como objetivo abrir os caminhos aos peregrinos da França até o sepulcro do Cristo em Jerusalém.

O Louvre: o maior palácio da Europa

Foi a partir do século XIV que a fortaleza tornou-se moradia real. O Rei Charles V, após uma invasão e rebelião de mercadores navegantes, decidiu mudar-se da Conciergerie para o Louvre, onde se sentia mais seguro.  A partir deste momento até a mudança de Louis XIV para Versalhes no século XVII a construção foi submetida a inúmeras melhorias, obras monumentais, caprichos reais.

Assim, com uma área construída de 135 000 m2, o Palácio do Louvre se tornou o maior palácio da Europa.

Durante oito séculos de existência, o Louvre foi marcado por muitos movimentos arquitetônicos, desde a fortaleza medieval do século XII até a polêmica pirâmide de vidro do século XX.

O Louvre: o museu

Inaugurado em 1793 pelos revolucionários franceses a fim de mostrar ao povo as jóias e fastos da coroa, o antigo palácio, recebe atualmente entorno de 9,2 milhões de visitantes ao ano, sendo o museu mais visitado do mundo. É também o monumento e lugar cultural mais visitado na França, com um número maior de visitantes que a própria Torre Eiffel.

Sua coleção atual inclui 554 731 obras, das quais somente 35 000 expostas. O acervo do museu compreende obras das antigas civilizações orientais, egípcia, grega, etrusca, romana e obras de arte ocidentais desde a Idade Média até 1848. Uma nova ala, recentemente inaugurada expõe artes gráficas e artes do Islã. Na ala Denos, minha preferida, encontramos obras notórias como a Mona Lisa, a Balsa da Medusa,  A Liberdade guiando o Povo, o Sacramento de Napoleão .

O Louvre: a visita

Quanto tempo demora uma visita ao Louvre? Se você passar 40 segundos diante de cada obra, irá precisar de 15 dias, 24h/24h para realizar uma visita completa. Sendo assim, para aqueles que não querem perder o essencial fica a dica: prepare sua visita.

Mais de 20 quilômetros de galerias

Os bilhetes podem ser comprados a partir do site do Louvre. “Mas isso nao é tudo”.

Uma visita guiada pode ser uma excelente opção para quem deseja descobrir as obras mais importantes, seus detalhes históricos e ligações com a cultura francesa. A visita guiada em português é realizada em pequenos grupos todas as quintas-feiras pela tarde ou aos sábados pela manhã. Ou ainda, uma visita guiada com guia habilitado pode ser realizada em caráter privativo no momento de sua conveniência.

Le Louvre Michal Barkovski
Graça e Michel Barkowski optaram por uma visita guiada com a guia Valéria

Para aqueles que querem as informações relevantes, mas prezam pela sua liberdade é possível adquirir um áudio-guia na hora da compra das entradas ou até mesmo antes solicitando o sistema Guidedvox a seu receptivo.

Além disso, o Louvre coloca ao dispor do visitante, em seu site, percursos temáticos e oferece igualmente um aplicativo utilizável em seu telefone.

O Louvre e os brasileiros

Os visitantes mais representados em 2017 foram oriundos dos Estados Unidos apresentando um aumento de 23% em relação ao ano anterior (1 milhão ou 13% dos visitantes), da China (626 000 visitantes ou 8%), do Brasil (289 000 visitantes ou 3,5%), do Reino Unido (280 000), da Alemanha ( 259 000) e da Espanha (224 000).

Os maiores aumentos em termos de freqüentação devem-se aos russos (+ 92% em relação a 2016), aos visitantes brasileiros (+ 82%) .

Fiquei feliz em ver como a freqüentação de brasileiros vem aumentando. Porém não fiquei surpresa, afinal com tanta beleza, talento e expressão artística em um só lugar ninguém consegue ficar indiferente.

Horários:

Segunda-feira : 9 h – 18 h
Terça-feira: Fermé
Quarta-feira : 9 h – 21h45*
Quinta-feira: 9 h – 18 h
Sexta-feira : 9 h – 21h45*
Sábado : 9 h – 18 h
Domingo : 9 h – 18 h

Gratuito de outubro a março todo primeiro domingo do mês e para menores de 18 anos com identificação.

*Os dias com horários prolongados  ou visitas noturnas são excelentes para quem busca  desfrutar do passeio com mais calma.

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