O crescimento das estadias prolongadas em 2020

Desde abril passado, quando o mundo todo já tinha entendido que estávamos vivendo uma pandemia e tantas fronteiras permaneciam fechadas em todo o planeta, muitos hoteleiros começaram a ver inesperadamente o crescimento das estadias prolongadas. Hóspedes buscando nos mais diversos destinos acomodação não por duas ou três noites, mas sim por duas semanas, um mês e até dois meses se tornaram cada vez mais frequentes. 

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O crescimento das estadias prolongadas (as chamadas long stays/extended stays) em parte da hotelaria em 2020 tem sido uma ferramenta importantíssima na recuperação do setor nestes tempos de pandemia. Em comum, a maioria destes hóspedes vem de cidades grandes e busca alternativas com maior espaço ao ar livre e maior conexão com a natureza para se manter socialmente distanciado em um endereço fora de seu próprio domicílio. 

Algumas propriedades chegaram a notificar um crescimento de até 300% na procura por estas estadias prolongadas neste ano, sobretudo em hotéis e pousadas à beira-mar ou rodeados por montanhas, desde o começo da pandemia.

Acomodações em estilo villa e chalés estão se tornando cada vez mais disputadas (como já comentamos em textos anteriores por aqui) pela privacidade e isolamento que naturalmente oferecem. Mas diversas propriedades têm visto também com frequência – graças a tantos profissionais em home office por tempo indeterminado e tantas crianças e adolescentes em EAD – famílias inteiras ocupando de dois a cinco quartos de uma vez em um mesmo hotel. 

LEIA TAMBÉM: Pandemia pode transformar o home office em road office.

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Provence Cottage. Foto: Mari Campos

Um novo perfil de hóspede para as estadias prolongadas

Há gente planejando fazer quarentenas voluntárias em um destino diferente do seu e há gente também que, ao invés de planejar muitas pequenas viagens diferentes como fazia antigamente, passou a optar por apenas uma escapada – um único destino, mas por muito mais tempo. 

Propriedades em diferentes países estão apostando neste mercado. Alguns destinos nos EUA e na Espanha, por exemplo, começaram a oferecer pacotes de estadia baseados em pelo menos um mês de hospedagem ainda no primeiro semestre. O movimento foi tão significativo em alguns destinos que há hotéis fazendo mudanças estruturais para conseguir atender esses hóspedes. 

Afinal, muitas propriedades econômicas, por exemplo, acostumadas a receber hóspedes “de passagem” por uma ou duas noites, sequer tinham itens como guarda-roupas, mesas e cadeiras nas acomodações; em pouco tempo, se viram obrigados a transformar seus quartos para acomodar adequadamente os hóspedes com estadias prolongadas que não paravam de chegar. 

E os casos são geralmente muito bem sucedidos. Os hotéis HomeTowne Studios (antigos Red Roof), por exemplo, investiram pesado neste modelo e sua performance em tempos de Covid já se compara em números a 2019, com mais de 80% de ocupação média neste ano. Mesmo que as tarifas praticadas sejam menores, os hóspedes estão ficando por mais tempo, o que tem equilibrado as finanças de muitos hotéis. 

Leia também: A evolução dos hotéis durante a pandemia.

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Foto: Four Seasons Image Library

Um conceito de hospedagem criado há 35 anos

O conceito de estadia prolongada (extended-stay) teria sido criado há cerca de 35 anos por Jack DeBoer e Robert L. Brock, fundadores da rede Residence Inn. A marca deu tão certo que hoje é parte da Marriott International.  Já nos anos 2000, o próprio DeBoer criou uma nova rede similar, mas ainda mais econômica: a Value Place. Anos depois, mudou o nome da rede para WoodSpring Suites para vende-la para a Choice Hotels International há dois anos. 

A Choice Hotels também tem um excelente histórico de redes focadas em estadias prolongadas, como MainStay Suites e Suburban, e agora está lançando mais uma marca, a Everhome Suites, que já vem sendo muito bem recebida pelo mercado. 

Além dos índices satisfatórios de ocupação, muitos hotéis que investiram mais em extended-stays viram também queda nos custos operacionais ao cortar os bufês de café da manhã e diminuir a frequência do serviço de camareira como medidas de segurança na pandemia.

Muitas redes estão usando também estes duros meses de 2020 para reavaliar que padrões e amenidades devem mesmo manter quando a pandemia estiver sob controle. 

LEIA TAMBÉM: A revolução cultural na hotelaria em 2020.

Diversos hóspedes também reavaliaram suas prioridades ao escolher uma acomodação na pandemia e passaram também a considerar cozinhas como uma amenidade muito importante. Hoje, investidores do setor hoteleiro também já consideram acomodações com pequenas cozinhas as melhores alternativas de investimento nestes tempos. 

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Anantara Veli. Foto Divulgação.

O crescimento das estadias prolongadas em 2020 também no mercado de luxo

No começo da pandemia, muitos dos hóspedes procurando estadias prolongadas eram trabalhadores essenciais da saúde, logística e construção. Em pouco tempo, a hotelaria de luxo começou a ver também famílias inteiras buscando estadias prolongadas em hotéis e villas nas Maldivas (destino que, aliás, segue sendo um verdadeiro case de sucesso neste 2020, tema que abordarei em uma próxima coluna). 

A coisa foi levada tão a sério nas Maldivas – testemunhando celebridades se mudando praticamente de mala e cuia para lá, por meses a fio – que o resort Anantara Veli achou por bem criar um pacote de estadia ilimitada por até 365 dias consecutivos.

LEIA MAIS sobre hotelaria nas Maldivas aqui.

Misty Belles, diretora de relações públicas da Virtuoso, disse recentemente que o comportamento do viajante de luxo realmente mudou e a tendência atual são viagens com semanas de duração. Com tanta gente trabalhando remotamente e sem a necessidade de as crianças voltarem para a escola em muitos países, tempo virou o verdadeiro luxo. 

O grupo Auberge Resorts, que possui 19 propriedades focadas no mercado upscale e de luxo, teve dezenas de reservas de estadia prolongada neste outono do hemisfério norte – contra apenas uma no mesmo período do ano passado. 

O Eden Roc Cap Cana, na República Dominicana, foi ainda mais longe no seu programa de estadia prolongada para famílias: a reserva de uma suíte de dois quartos com vista para o mar inclui todas as refeições, uso de escritório para trabalho e atividades ilimitadas para crianças, de aulas de culinária e esportes a aulas de idiomas e instrumentos. 

Os hotéis Hyatt Ziva e Hyatt Zilara, no Caribe, também criaram programas de extended-stay focados em hóspedes que trabalharão remotamente. Os pacotes para quem se hospedar por pelo menos duas semanas incluem estações de trabalho, suporte de TI, serviços educacionais e recreativos para as crianças e até personal trainer três vezes por semana e serviço de lavanderia gratuita. 

Pequenos hotéis e pousadas no Brasil passaram a oferecer a possibilidade de serem reservados por inteiro por um determinado grupo ou família. Mesmo redes hoteleiras tradicionais, como Four Seasons, deram ainda mais prioridade aos seus serviços de villas e residences (com serviço completo) para as estadias prolongadas neste 2020.

LEIA TAMBÉM: O futuro do turismo de luxo no Brasil.

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Foto: Four Seasons/ Divulgação

Crescimento das estadias prolongadas deve seguir em 2021

Ainda assim, vale lembrar: embora a indústria hoteleira esteja testemunhando um crescimento sem precedentes das estadias prolongadas neste 2020, este tipo de acomodação ainda representa apenas 5% da ocupação geral dos hotéis e pousadas. Mas especialistas do setor acreditam que esse número deve crescer ainda mais nos próximos meses, com tantas empresas anunciando que não devem voltar ao trabalho presencial pelo menos até 2022. E mais: alguns acreditam que hóspedes que optem pela estadia prolongada durante a pandemia podem acabar reservando mais extended stays no futuro. 

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Hotéis para praticar turismo de isolamento

Há quatro meses e meio em casa e sem perspectivas reais de controle efetivo da pandemia no Brasil a curto prazo, alguns brasileiros começam a apostar em hotéis para praticar turismo de isolamento, seja individualmente ou em família.

A ideia principal deste tipo de turismo neste momento de pandemia é seguir em quarentena e zelar pelo distanciamento social, mas mudando de ares para recarregar suas energias. A expectativa de parte do mercado é que ele realmente se fortaleça nestes tempos e mantenha a tendência também no pós-pandemia.

Leia mais sobre o que é turismo de isolamento de fato aqui. 

Sejam campings, residências ou lodges remotos, os hotéis para praticar turismo de isolamento geralmente são rodeados por natureza, bem higienizados e permitem o menor contato possível com funcionários e outros viajantes.

Nós continuamos em casa, é claro; e recomendamos que você também fique em casa neste mês de agosto. Mas listamos aqui alguns hotéis para praticar o turismo de isolamento. Tudo com o máximo de cuidados, segurança e distanciamento social, para quando você puder retomar devagarinho suas viagens.

LEIA MAIS: Dez hotéis remotos para particar turismo de isolamento no Brasil

Etnia Casa Hotel. Foto: Mari Campos

No Brasil

Etnia Casa Hotel

Localizado em Trancoso, na Bahia, o Etnia Casa Hotel ocupa um bosque tropical a meros 350 metros do Quadrado. Ali são apenas sete casas completas, todas elas isoladas umas das outras e completamente independentes. As casas passam agora por extremos protocolos de desinfeção e higienização, incluindo uso da solução de biossegurança Fog In Place (FIP). Cada casa tem autonomia completa, mas tem também direito, é claro, de usufruir de todo o premiado serviço de hotelaria da casa – inclusive o caprichado café da manhã diário à la carte. 

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LEIA TAMBÉM: Cabanas isoladas e casas em árvores para se isolar na pandemia.

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Casana Hotel

Localizado em Jericoacoara, Ceará, o Casana é outra ideia de hotel para praticar turismo de isolamento sem abrir mão do conforto: possui apenas oito bangalôs, todos isolados uns dos outros. A propriedade com acesso bastante restrito fica à beira-mar na praia do Preá e rodeada de verde. 

Leia sobre destinos para fazer turismo de isolamento no Brasil e no mundo.

Cristalino Lodge

Eleito um dos 25 melhores ecolodges do mundo pela National Geographic Traveler, o Cristalino Lodge fica na porção sul da Amazônia, na cidade de Alta Floresta, já no Mato Grosso. Turismo de isolamento é com ele mesmo: ocupa uma reserva particular com com mais de onze mil hectares e rodeado de vida selvagem. 

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Anavilhanas Jungle Lodge. Foto: Mari Campos

Anavilhanas Jungle Lodge 

Uma das melhores opções de selva a partir de Manaus, o Anavilhanas fica em pleno Parque Nacional homônimo, ao lado da cidade de Novo Airão. Tem acesso descomplicado de carro a partir da capital manauara, em viagem de duas horas. Instalado à beira-rio, tem serviço é atencioso, gostosas refeições à la carte e é todo focado em sustentabilidade. Os quartos são em sistema chalé ou bangalô, espaçados e imersos na floresta tropical, e com todos os passeios locais incluídos nas diárias.

LEIA MAIS: como ser um bom hóspede (e ficar seguro) em tempos de pandemia

The Brando Resort. Foto: Mari Campos

No exterior (em destinos abertos para brasileiros)

The Brando, Polinésia Francesa

Na Polinésia Francesa, talvez uma das opções que naturalmente sempre privilegiou o distanciamento social entre seus hóspedes seja o resort The Brando, a única construção de todo o arquipélago de Tetiaroa. Ali todos os quartos são em formato de villa, e todas as villas são isoladas umas das outras, com muita privacidade, espaço e acesso direto à praia privativa. Das refeições aos passeios, está tudo incluído e tudo pode ser feito sem contato. Das refeições entregues sem custos diretamente em cada villa aos passeios, tudo é sempre customizado e individualizado para cada villa. Hotel perfeito para praticar turismo de isolamento em pleno paraíso. 

Dá para ler mais sobre o The Brando aqui. 

Private Retreats

Em diferentes destinos mundo afora, o grupo Four Seasons criou a Private Retreats, uma coleção com mais 750 casas, villas e apartamentos que reúnem a segurança do isolamento social aos protocolos sanitários da John Hopkins Medicine International. Tudo isso associado, é claro, ao serviço premiado da rede, com o mínimo possível de contato. O aplicativo Four Seasons App permite solicitar qualquer serviço, em qualquer propriedade, sem nenhum tipo de interação. Alguns dos destinos abertos a brasileiros que contam com estas residências são México, Maldivas e Polinésia Francesa. 

Saiba mais sobre o Four Seasons App aqui. 

Anantara Kihavah. Foto: Mari Campos

Anantara Kihavah

Localizado no Baa Atol, nas Maldivas, o Anantara Kihavah garante privacidade e distanciamento em qualquer modelo de acomodação. O pavilhão dos bangalôs sobre o mar tem mesmo acomodações um pouco mais próximas umas das outras, mas dispostas de maneira que evite contato com outros hóspedes. As isoladas e completíssimas vilas pé na areia, com piscina privativa e cercadas de verde, são pretexto perfeito para praticar turismo de isolamento. 

Leia mais sobre hotelaria nas Maldivas aqui.

Soneva Fushi

Também nas Maldivas e também no Baa Atol, o Soneva Fushi já praticava distanciamento social desde antes da pandemia. Inteiramente composto de villas à beira-mar, o resort tem cada uma de suas poucas acomodações bem distante das demais, com total privacidade e infra-estrutura para quem nem quiser sair dela. Bicicletas são o meio de transporte oficial na ilha, para percorrer os deliciosos bosques e hortas do resort, e há também gostosas trilhas bastante fáceis. Todas as villas têm acesso direto ao mar e à incrível barreira de corais a poucos passos da areia.

Leia mais sobre hotéis nas Maldivas aqui.

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LEIA MAIS: 10 hotéis remotos para turismo de isolamento no Brasil.

Confira mais destinos para praticar o turismo de isolamento aqui. 

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Como é o novo Juma Ópera em Manaus

Foram dez longos anos de espera, entre o começo do projeto e a abertura oficial das portas (ainda em soft opening) no último dia 2 de fevereiro. Mas, enfim, podemos contar aqui como é o novo hotel Juma Ópera, em Manaus, que está finalmente inaugurado – e nós fomos os primeiros a conhecer a nova propriedade!

Localizado na avenida 10 de Julho, o novo Juma Ópera fica bem diante do Teatro Amazonas, e é um hotel boutique de apenas 41 quartos que deve transformar de vez o cenário da hotelaria da cidade. Os bons ventos hoteleiros já tinham começado a soprar sobre a cidade desde a inauguração do ótimo Villa Amazonia, também no centro histórico (falaremos dele aqui na coluna mais adiante), mas a verdade é que o Opera trouxe um padrão hoteleiro para Manaus.

A convite do hotel, fiquei hospedada no novo Juma Ópera, em Manaus, ainda em fevereiro, durante seu período de soft opening. O complexo do hotel-boutique é formado por dois casarões tombados e restaurados, somados a dois outros prédios construídos do zero no mesmo estilo, com total harmonia externa entre eles. Boa parte dos quartos, o restaurante e também o imperdível rooftop têm vista desobstruída para o genial Teatro Amazonas, inaugurado durante o Ciclo da Borracha. 

CONFIRA AQUI A REVIEW COMPLETA DO NOVO JUMA OPERA, em Manaus.

O ousado projeto foi comandado pelo arquiteto Roberto Vinograd e incluiu fiação toda estruturada de forma subterrânea para que a fachada ficasse livre para ser devidamente apreciada.  A decoração tem projeto assinado pela arquiteta Debora Aguiar, especialista no conceito eco-luxury, com tons suaves nos móveis e objetos e muitos quadros e objetos indígenas pelas paredes e ambientes, como os balaios Baniwa, confeccionados artesanalmente pelos índios desta etnia a partir das folhas de arumã tingidas com urucum e trançadas uma a uma.

Ao todo, são apenas 41 suítes de diferentes categorias e tamanhos (entre 23m² e 66m², com pé-direito alto), no novo Juma Ópera, em Manaus. Todas elas contam com charmosos balcões, e a maioria tem vista para o Teatro. Os quartos têm decoração primorosa, em tons claros e aconchegantes, sempre com elementos amazônicos nas paredes – fotos e objetos em cestaria. Roupa de cama e banho são de excelente qualidade. De alguns dos quartos, é possível ver a cúpula do Teatro Amazonas até mesmo da cabeceira da cama.

Clique aqui para ler sete dicas para tornar suas viagens mais sustentáveis a partir de agora.

Não há água nem café/chá cortesia (tudo é cobrado no minibar e não há máquinas de café nos quartos) e a maioria dos quartos não é exatamente espaçosa; mas há boa funcionalidade em móveis acessórios, mesa de trabalho e armários. A internet grátis é de ótima qualidade, há bom isolamento acústico e os banheiros são bonitos, espaçosos e com bons secadores de cabelo. E a diferença de qualidade de serviço e conforto para o lodge do mesmo grupo na floresta é gritante.

A piscina instalada no rooftop do novo hotel Juma Ópera, com vista panorâmica de Manaus que chega até o rio e com o Teatro bem em frente, é realmente imperdível. Por enquanto restrita unicamente a hóspedes, é deliciosa, discreta, quietinha e com uma vista panorâmica realmente deslumbrante. Só não dá para esperar privacidade, já que o edifício mais alto do centro de Manaus fica logo atrás do hotel, com vista desobstruída para a piscina.

Conheça também o Juma Amazon Lodge, na floresta amazônica.

Foto: Mari Campos

Seu bar e restaurante Ópera, sob comando da chef Sofia Bandelak, já ficaram badalados na cidade: manauaras e turistas se encontram do café da manhã ao jantar no belíssimo restaurante de pé direito alto, com cúpula de vidro e vista para o teatro. O café da manhã ainda era bastante simples durante o soft opening, mas a ideia é passar a servir em breve (de acordo com a gerência do hotel) um bom serviço de buffet com pratos quentes à la carte.

O bar, anexo à recepção, criou uma carta bem empolgante, com drinks exclusivos voltados para ingredientes e sabores amazônicos – mas todos os clássicos estão também disponíveis, é claro. O bar atende também no charmoso terraço à frente do hotel, com petiscos e pratos rápidos, e a equipe de barmen (e barwoman!) é um encanto.

LEIA TAMBÉM: Os desafios da hotelaria na Amazônia durante a pandemia

O menu do restaurante Ópera, ainda que não definitivo nesta fase de abertura, ficou realmente excelente. Há pratos internacionais, mas a maioria deles reflete bem a riqueza e complexidade dos ingredientes e sabores locais. Tive a chance de, durante meus vários dias no hotel, provar diferentes pratos do cardápio e gostei muito de tudo que comi, de entradinhas à sobremesa. Os pratos mais inesquecíveis para mim foram o irretocável risoto de tacacá e o suculento pirarucu.

Há também uma academia e o hotel deve ganhar em breve nova recepção e entrada e também área de convenções. O hotel usa parcialmente energia solar no sistema de aquecimento e tem vários espaços revestidos por cerâmicas de vidro reciclado.

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Um hotel-spa cinco estrelas em Bordeaux

Bordeaux é terra de excelentes bistrôs e grandes rios. Terra muito boa para explorar também em um cruzeiro fluvial, como o que fiz com a Uniworld ao longo de uma semana, visitando as principais vinícolas e vilarejos da região. E Bordeaux é também terra de um premiado hotel-spa cinco estrelas.

Mas a cidade de Bordeaux também é incrível, e vale estadias cada vez maiores para a gente dar conta de visitar todas suas atrações e bairros cheios de personalidade, e ainda ter tempo para provar muitos wine bars e bistrôs. O que pouca gente sabe é que a região de Bordeaux também pode ser destino certeiro para pausa, sossego, relax absoluto. É essa a receita vencedora do belo Les Sources de Caudalie, um hotel de luxo com um premiado spa Caudalie que foi um dos grandes pioneiros do enoturismo da região.

São apenas vinte minutos de carro que separam o hotel-spa cinco estrelas do centro de Bordeaux. O aeroporto da cidade fica também à mesma distância, fazendo do hotel também uma escapada possível para quem tem poucos dias disponíveis.

Inteiramente rodeado pelos belos vinhedos da vinícola Château Smith Haut Lafitte, com mais de 600 anos de história, tem diferentes opções de acomodação dispostas horizontalmente, de quartos convencionais a cottages de sonho, que parecem saídos de um filme de época, repletos de carvalho e pedras calcárias. 

Clique aqui para ler como deixar a sua casa com jeito de hotel.

No hotel-spa cinco estrelas em Bordeaux há também quartos tipo cottage, todos enormes e extremamente recomendáveis. Chalés completos, com hall, sala de estar, quarto, varanda mobiliada, closet e um enorme banheiro (com amenidades da Caudalie, é claro).

Além disso, a propriedade – imensa!, com direito a bosque, fazendinha, lagos etc – é também repleta de obras e instalações de arte espalhadas por toda parte.

Seus excelentes restaurantes fazem todos bom uso do conceito farm-to-table de seus restaurantes, utilizando em seus pratos algumas frutas, ervas e vegetais cultivados ali mesmo. Além disso, os produtos do terroir do sudoeste francês são coisa seríssima para todos eles, por mais distintos que sejam entre si.

O La Grand’Vigne, do chef Nicolas Masse, tem duas estrelas Michelin – e é ali mesmo que é servido diariamente um impecável café da manhã. O La Table de Lavoir é um bistrô tipicamente francês e o descolado Rouge funciona mais com um tapas bar, para refeições mais rápida.

O spa vale o quanto pesa, com vinte diferentes salas de tratamento, duas piscinas, saunas e jacuzzi. Foi ali mesmo que foi inventada a vinhoterapia, que consiste em tratamentos de beleza e relaxamento à base de vinho (as sementes da uva são ricas em polifenóis, poderosos aliados nos tratamentos anti-idade, entre outros benefícios). 

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A estrutura do hotel-spa em Bordeaux e de seus múltiplos e tão variados espaços fazem da propriedade um local perfeito tanto para casais como para famílias com crianças pequenas (a infra para os pequenos, aliás, é impressionante). Há também bicicletas disponíveis para empréstimo, trilhas, piscinas, fazendinha, salas de jogos, espaços lúdicos, biblioteca e academia.  Atividades como visitas à vinícola, piqueniques entre os vinhedos, aulas de culinária e degustações podem ser arranjadas, mediante pagamento extra.

Seja para pré ou pós cruzeiro, o premiado hotel-spa cinco estrelas Les Sources de Caudalie, em Bordeaux, é perfeito para descansar após explorar Bordeaux ou mesmo para escapar de Paris por dois ou três dias.

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Como é o novo safári camp Nimali Mara, na Tanzânia

A rede de camps de safári sustentáveis e focados em conservação e preservação da vida selvagem Nimali Africa tem um novo camp na Tanzânia. A rede, que possui também outros dois safári camps na Tanzânia (o Nimali Tarangire, no Parque Nacional Tarangire, a 4h de carro do aeroporto internacional Kilimanjaro, e o Nimali Central, na região central do Serengeti, e que passará por um super upgrade neste 2020), abriu na porção norte do Serengeti o Nimali Mara.

LEIA MAIS sobre o incrível Nimali Mara e safáris na Tanzânia aqui

O novo camp, localizado no parque nacional classificado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, quase na divisa com Maasai Mara (no Quênia), é o primeiro camp de luxo do grupo, com tendas, áreas comuns e serviço impecáveis. Tudo ali foi instalado de maneira 100% sustentável (da “construção” do camp ao dia-a-dia sem plásticos, sem desperdícios, energia solar, tratamento de água etc), respeitando a paisagem espetacular e tão pecuiiar da região. Ali as savanas são repletas de rochas e, das áreas comuns às tendas, tudo no camp levou a geografia local em consideração.

A proximidade com Maasai Mara garante muitos animais à vista e garante ter avistamentos ainda mais espetaculares durante a grande migração, que acontece de julho a setembro com literalmente milhões de animais passando por ali. Outra vantagem da localização é que a parte norte do Serengeti conta com pouquíssimos lodges e camps. Passei dias ali sem praticamente ver outros carros com turistas.

A equipe também merece destaque: das mais afinadas (em todos os sentidos) que já vi em lodges e camps africanos. Chama a atenção que a jovem gerente é a única mulher do grupo – mas lidera com muito carinho e doçura e dá pra ver que todos ali se tornaram uma grande família. E sabem manter os hóspedes satisfeitos e entretidos mesmo nos dias mais chuvosos (peguei muita chuva durante parte da minha estadia ali).

VEJA MAIS detalhes do Nimali Mara e dos safáris na Tanzânia aqui.

A deliciosa área externa das tendas. Foto: Mari Campos.

A beleza do camp chama mesmo a atenção. A arquitetura caprichosa criou dez tendas muito espaçosas, todas elas com uma das faces feita inteiramente de vidro, garantindo vista panorâmica para o Serengeti de absolutamente todos os cômodos. Cada tenda conta com saleta, closet, quarto, imensos banheiros (chuveiro duplo, pia duplo, banheiras de cobre abertas) e uma deliciosa varanda externa com lounge, mesa e cadeiras e uma deliciosa swing bed perfeita para descansar, namorar, ler, meditar.

Além da área de trabalho e das muitas tomadas e entradas USB, todas as tendas contam com wifi de ótima qualidade e – raridade nos camps de luxo similares – telefone e serviço de quarto. A cada manhã os hóspedes são despertados pessoalmente com café ou chá e cookies caseiros. Mas é possível também pedir para jantar no próprio quarto ou mesmo um rosé geladinho à tarde. E mais: como nos demais camps da Nimali, serviços de lavanderia estão sempre incluídos nas diárias.

LEIA AQUI TAMBÉM sobre o incrível Nimali Mara e safáris na Tanzânia

Nas áreas comuns, há living, um delicioso bar, piscina e restaurante, tudo com vista panorâmica para o parque. Os detalhes muito africanos incluem tecidos mil, muita madeira e muito cobre. A gastronomia é caprichadíssima (foram as melhores refeições de toda a minha última viagem à África). Mas eles vão além: ao invés de servir todas as refeições sempre no restaurante, a cada dia o staff do hotel vai criando também cenários diferentes ao longo da estadia de cada hóspede. Sempre uma surpresa diferente (e tudo ali dependendo do clima, é claro). Almoço em plena savana, jantar à luz de velas à beira da piscina, café da manhã no alto de uma das enormes rochas dos arredores… e sempre com capricho: mesas, cadeiras, copos, talheres, toalhas, e um serviço irretocável. Mas até nos dias mais chuvosos foram criativos.

A criatividade, verdade seja dita, parece ser marca registrada do grupo: as outras duas propriedades Nimali (Nimali Tarangire e Nimali Central) também se encarregaram de escolher as “locações” mais incríveis e bem decoradas para os meus sundowners enquanto estive com eles. De fato, dos mais bonitos que já vi (e olha que já fiz MUITO safári na vida).

SAIBA TUDO sobre safáris na África aqui.

Ponto importante na hora de reservar: ao contrário de outros camps similares, o Nimali Mara opera sempre com pensão completa (bebidas incluídas), mas game drives, sundowners e open bar só estão incluídos no sistema “game package”.  

Dá para ler mais sobre minhas aventuras africanas e os melhores camps e lodges de safári aqui.

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A jornalista Mari Campos viajou a convite da Gamewatchers Safaris (que cuidou de todo o itinerário e logística da viagem), da Sariri Terra e da South African Airways.

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