Joali Being Maldivas

Joali Being: o primeiro wellness retreat das Maldivas

Talvez não tenha outro destino do planeta em que a escolha do hotel é decisiva para sua viagem como as Maldivas. Ali, como o turista dificilmente sai dos domínios do resort escolhido, cada hotel do arquipélago é o destino. Com a discutível política de quase zero restrições desde o começo da pandemia, se converteram em um case maior ainda, batendo recordes históricos de visitantes – e, claro, somando ao já imenso portfólio de opções novas propriedades recentemente inauguradas. Incluindo o belo Joali Being, o primeiro wellness retreat das Maldivas.

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Inteiramente dedicado ao turismo de bem-estar e ao nicho do chamado ultra luxo, o novo hotel, inaugurado no finalzinho do ano passado, ocupa sozinho uma ilha do arquipélago de Raa. São cerca de 40 minutos de voo em hidroavião – muitas vezes, em belas aeronaves personalizadas para o hotel – que o separam da capital Malé. O incrível píer de chegada, cuja enorme estrutura de entrada foi inspirada no movimento dos dervixes em transe, já avisa que o resort tem profundas raízes turcas, assim como seus proprietários – mas fez também questão de ter diversos funcionários naturais das próprias Maldivas, uma raridade no destino.

Acabo de passar uma semana todinha por lá fazendo um de seus programas de imersão iniciais e acompanhando o gerente geral Özgur Cengiz, ex-One&Only Maldives conduzir com maestria a enorme equipe de funcionários do resort. E posso afirmar categoricamente: o Joali Being é mesmo diferente – e bastante – de qualquer outro hotel das Maldivas.

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Como funciona o Joali Being, o primeiro wellness retreat das Maldivas

É possível que o viajante escolha se hospedar ali apenas pela beleza natural da ilha ou pela arquitetura de estilo realmente sem igual no arquipélago. Mas esqueça o “barzinho” da noite, os cafés da manhã flutuantes, as renovações de casamento em jardins ou bancos de areia idílicos. A proposta do Joali Being é trabalhar com programas completos de imersão personalizados para seus hóspedes. Estabeleceu “quatro pilares transformadores” – mente, microbioma, pele e energia – que orientam todos os tratamentos, terapias e refeições oferecidos na propriedade. A ideia principal é que seja visto como um wellness retreat no qual hóspedes cuidem bem da saúde física e mental com o “plus” de estar nas Maldivas.

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Seus programas de imersão estão disponíveis para hóspedes que fiquem por pelo menos cinco noites no resort e são personalizados, segundo os mais diversos propósitos pessoais e/ou médicos. Mudar antigos hábitos acaba sendo uma consequência natural de todos eles.

As atividades disponíveis incluem uma mistura interessante de princípios da ciência moderna e das tradições antigas, incluindo muita naturopatia, medicina ayurvédica, medicina oriental e herbologia. Há tênis, yoga, aerial yoga, pilates, core, arco e flecha, snorkeling e mais uma série de aulas diariamente – muitas delas incluídas na diária de qualquer hóspede. E esportes aquáticos, massagens, watsu, terapia dos sons, crioterapia e outras práticas pagas à parte. O espetacular café da manhã – com direito a um enorme buffet e amplo menu de pratos à la carte – está sempre incluído; as outras refeições dependerão do programa escolhido pelo hóspede.

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Apontado pela Travel&Leisure como um dos melhores novos hotéis de 2022, possui apenas 68 acomodações, todas em estilo villa e muito espaçosas. São 33 na praia e 35 sobre o mar, todas com living separado do quarto, enormes banheiros e piscina privativa. Com água, café e chás – e fartamente disponíveis – dentre uma louvável seleção de amenidades cortesia (que inclui também nécessaires, material de leitura e diversos outros mimos. Há wifi de ótima qualidade – mas apenas nas villas. A ideia é todo mundo desconectar enquanto estiver fazendo suas atividades no resort.

O complexo de spa, Areka, tem 39 salas de tratamentos privativas – a maioria remotamente entre a vegetação local e algumas poucas sobre o mar. Tem a maior academia das Maldivas, diferentes espaços para prática de yoga e quadras esportivas. O centro de herbologia do hotel, Aktar, cria chás customizados para os hóspedes e oferece ainda diferentes ateliês e workshops, ensinando inclusive como preparar seu próprio óleo essencial perfumado.

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A natureza dá sempre o tom

Dos restaurantes à arquitetura, é a natureza quem comanda tudo no Joali Being, primeiro wellness retreat das Maldivas. Biofílica, a arquitetura impressiona em qualquer ambiente: materiais naturais, texturas diversas e pés-direito altíssimos, criando espaços muito ventilados. Priorizaram também cores pouco usuais na hotelaria das Maldivas, como rosa e verde-água nos quartos, que definitivamente transmitem uma sensação constante de tranquilidade.

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São apenas dois restaurantes na propriedade toda, Flow e Mojo. Mas o primeiro vale por três: tem, separadas, uma cozinha apenas para peixes e frutos do mar, outra para vegetais e outra para carnes. E cada refeição apresenta menus distintos para cada uma delas (como em qualquer resort das Maldivas, fundamental reservar a estadia com pelo menos meia pensão; as refeições avulsas ficam facilmente em US$250,00 para um casal, sem bebidas.

Os menus oferecidos focam no local, no orgânico, no saudável. Nada em linha xiita, é claro. Porque obviamente há pizza, hamburguer e batatas fritas no menu. E carnes de todo tipo. Mas os menus mais extensos são os de peixes e frutos do mar e vegetais – e há diversas opções para veganos. E os pratos são sempre muito, muito leves, mesmo nas porções mais bem-servidas.

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No Joali Being não há qualquer estímulo ao consumo do álcool; pelo contrário. A frase clássica do staff é “muitos hotéis se orgulham de suas adegas; nós nos orgulhamos dos nosso chás”. O resort conta com um dos bares exclusivamente dedicados à milenar bebida, com mais de 60 tipos de chá oriundos de 17 países (Brasil incluído) à disposição. Oferece não apenas um vasto menu como degustações especiais e workshops inteiramente dedicados a esse universo.

Nos restaurantes e no bar principal, há oferta alcoólica mas bastante limitada. O destaque fica por conta de bons vinhos orgânicos e biodinâmicos. Mas a grande estrela da casa são seus sucos, vitaminas e deliciosos (mesmo!) healthy mocktails, sempre à disposição – e com impressionante variedade.

Os carrinhos elétricos estão sempre à disposição dos hóspedes, dia e noite. Mas todos são incentivados a fazerem bom uso de caminhas e das bicicletas e triciclos existentes em toda villa – e a adesão é altíssima.

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Um resort que já nasceu sustentável

O Joali Being já nasceu 100% comprometido com a sustentabilidade. Faz compostagem de todo resíduo orgânico, utiliza somente sacos de lixo biodegradáveis, baniu o uso de plástico (tem embalagens criativas que incluem até folhas de bananeira), faz reciclagem constante de materiais (inclusive vidros quebrados, com esmagadora própria) e adotou uma política zero waste até na cozinha (vegetais inutilizados são transformados em picles, cascas das frutas são desidratadas, ervas que sobram aromatizam azeites etc).

Seus restaurantes trabalham com o conceito “earth to table“ e os peixes e frutos do mar servidos ali são comprados apenas de pescadores locais com práticas sustentáveis de pesca. Associado ao Olive Ridley Project, está finalizando dois tanques para recuperação de tartarugas que ficarão instalados no próprio resort.  A arquitetura biofílica, privilegiando a iluminação e a ventilação naturais, garante também eficiência energética. Irriga o resort em sistema “drip” e faz uso de BioGuy para remover resíduos biológicos de maneira sustentável.

As chaves das acomodações são todas de madeira, as amenidades são embaladas em papel ou colocadas em grandes displays reutilizáveis e até as cápsulas de café dos quartos são 100% biodegradáveis. Produz sua própria “água da casa” com sistema Sewage Treatment, farta e gratuitamente distribuída em todas as acomodações e restaurantes. Eventuais plásticos encontrados no resort (trazidos pelo mar ou pelos hóspedes) são separados e enviados para a Parley, uma organização não governamental de proteção aos oceanos.

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Importante: como é focado em bem-estar, é um hotel pensado para adultos. Famílias com crianças são bem-vindas apenas na super low season (julho e agosto). Já no Joali Maldives, dos mesmos donos e localizado a meros 15 minutos de lancha do Joali Being, são bem-vindas – e muito mimadas – o ano todo.

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Pousada do Cedro

Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira paulista

Minha receitinha prática para um par de dias de absoluto descanso ou de um final de semana para recuperar energias é sempre escapar para algum destino da Serra da Mantiqueira. Passei a infância toda indo duas vezes por ano pelo menos para o Vale do Paraíba e só de pegar a estrada para aquelas bandas já me dá certa nostalgia e aconchego. No comecinho do último julho, tive a chance de finalmente me hospedar numa adorável pousada em Santo Antônio do Pinhal. A Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira Paulista, quase ao lado de Campos do Jordão.

São apenas dez acomodações, ali chamadas de lofts, como casinhas ou chalezinhos geminados, todas bastante próximas umas das outras – mas cada uma com algo diferente no design e no décor. Além dos lofts, a Pousada do Cedro tem também uma casa completinha para famílias e grupos de amigos – a Casa da Montanha -, geograficamente em lado oposto às demais acomodações, para garantir ainda mais privacidade e exclusividade.

Já são quase duas décadas desde a inauguração da Pousada do Cedro. Por isso mesmo, a propriedade andou passando por diferentes reformas e ajustes nos últimos anos, justamente para garantir que a pousada e suas acomodações estejam sempre adequadas – e o mais confortável possível – para o hóspede cotidiano. Dá para conferir detalhes dos meus dias todinhos por lá no meu instagram @maricampos.

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Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira Paulista

Os dez lofts da Pousada do Cedro são todos bastante espaçosos, sempre com saleta e quarto separados, grande banheiro e deliciosas varandas. Alguns têm banheiras, outros ofurô; mas todos partilham exatamente da mesma vista panorâmica para a Serra da Mantiqueira.

É boa opção para quem quer apenas escapar e descansar (é muito silenciosa em geral, e a paisagem é sempre arrebatadora), mas também para quem quer praticar o anywhere office – a conexão à internet funcionou muito bem durante toda minha estadia. E cada pedacinho do terreno é muito bem aproveitado, para que a natureza seja sempre protagonista (os cantinhos de contemplação, com cadeiras ou espreguiçadeiras no meio da mata, são charme puro).

As áreas comuns da Pousada do Cedro incluem ainda piscina com vista panorâmica, jacuzzi ao ar livre, saunas, cantinho para massagens em meio à mata, aulas abertas de yoga aos sábados, sala de jogos. apiário, horta própria e até uma trilha que começa no próprio terreno da pousada. Tudo, é claro, com a Mantiqueira sempre à vista.

O público majoritário da pousada são casais, mas recebem também regularmente famílias com crianças a partir de 4 anos. Dos Lofts, o Cedro é o mais procurado, após ser totalmente remodelado pouco antes da pandemia. Paredes de vidro do chão ao teto, amplo living e quarto, banheiro completo com ofurô, varanda e uma deliciosa piscininha privativa.

Além dos lofts, a Pousada do Cedro conta também com uma grande Casa da Montanha, ideal para famílias e grupos de amigos. O Loft Cedro e a Casa da Montanha são os únicos que contam com room service sem custos.

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Serviço cálido e gastronomia caprichada

O serviço muito atencioso e proativo da pousada merece destaque. Check in e check out descomplicados, equipe sempre atenta e bastante flexível aos desejos do hóspede. O staff tem postura super profissional, mas sem afetação; assim a gente já se sente em casa rapidinho.

O restaurante da casa, agora tocado pelo chef Joel Cândido, é delicioso. Conta com mesas tanto no espaço interno quanto no terraço externo. Pratos muito fartos, saborosos e bem apresentados em todas as refeições, com tudo bem fresquinho e a maioria das coisas produzidas ali mesmo ou nos arredores. E está aberto também para não hóspedes, mediante reserva e disponibilidade.

O café da manhã, sempre incluído nas diárias, merece destaque. Lautamente servido até 11h da manhã, conta com serviço à la carte, com tudo sendo preparado na hora e entregue diretamente na mesa do hóspede, de acordo com as preferências pessoais. Alguns pratos e opções mudam diariamente e é tudo feito ali – inclusive o mel. Recomendo muito tomar o desjejum nas mesas externas, com a Mantiqueira se esparramando bem à nossa frente.

Para provar e repetir.

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Six Senses Shaharut

Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut

A imensidão de crateras, montanhas, penhascos e formações geográficas espetaculares do deserto do Negev cobrem mais da metade de todo o território de Israel. Fazendo fronteira com a Jordânia, esse fenomenal deserto, tão fértil em belezas naturais e experiências bem autênticas em tours, parques nacionais e kibbutzim da região, carecia há tempos de uma opção realmente confortável e com bom serviço de hospitalidade. O jogo agora virou: a rede Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut.

O hotel, inaugurado no segundo semestre de 2021 mas aberto a turistas internacionais somente em março deste ano, já está mudando o cenário turístico na região. Com proposta 100% focada em bem estar e sustentabilidade, e instalado literalmente em meio ao deserto, o Six Senses Shaharut já começa a atrair hóspedes que nem estão viajando propriamente por Israel. É cada vez mais frequente turistas em viagem pela Jordânia escaparem por alguns dias ao país vizinho para conhecerem todas as belezas do Negev com o conforto e a excelência das propriedades Six Senses (são cerca de 3h de distância do hotel a Petra).

Conhecer o deserto do Negev, em Israel, era um dos meus sonhos de viagem. Tive o prazer de realizá-lo neste junho de 2022, após concluir um roteiro de “Terra Santa para brasileiros” com a agência curitibana Caminhos Viagens. E o sonho do Negev se realizou de maneira ainda melhor que a esperada: tive o prazer de ser a primeira jornalista brasileira a se hospedar no novo Six Senses Shaharut durante minhas aventuras por lá (dá pra acompanhar não só minha estadia no hotel quanto também toda minha bela viagem por Israel no Instagram @maricampos). E na coluna de hoje vou contar em detalhes porque esse belo resort em pleno deserto é tão especial.

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Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut

Faltava mesmo ao deserto do Negev uma propriedade focada no mercado de luxo (hotéis previamente existentes por lá focavam em sua maioria nas fatias mais econômicas do turismo, como o enorme Kfar Hanokdim e o Selina Ramon. O Six Senses Shaharut chegou com 60 acomodações em uma propriedade de 46 acres do deserto.

O hotel está em harmonia com o panorama quase sobrenatural das paisagens da região. Cada suíte foi desenhada para parecer uma mini villa (ou cottage), com enormes portas, relaxantes tons pastéis, muitas texturas diferentes e a cama sempre posicionada bem no meio do quarto, para garantir vista panorâmica do deserto através das janelas que vão do chão ao teto. 

Cada uma delas possui living, varanda e espaçosos banheiros, com banheira e chuveiro bem separados; algumas possuem também pequenas piscinas privativas, chuveiro externo e área de refeições. Há pouco espaço para guardar roupas ou abrir as malas. Tampouco há espaço para guardar as malas, que acabam ficando sempre aparentes no quarto, tolhendo um pouco a passagem.  Por outro lado, há água filtrada, café em cápsulas e biscoitos cortesia no belíssimo minibar embutido.

A decoração é um dos maiores trunfos da propriedade. Tudo no quarto é repleto de texturas, distintos tecidos, aromas naturais. Tudo é inspirado no deserto, com peças, objetos e louças produzidos com exclusividade por uma comunidade próxima. A arquitetura bem bolada garante vista panorâmica para o deserto para todas as acomodações e nenhuma delas fica à vista dos hóspedes que caminham pela propriedade.

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Projeto levou dez anos para ser concluído

O empresário Ronny Douek começou o projeto há dez anos, quando ainda nem imaginava que seria inaugurado como Six Senses Shaharut. O hotel já estava em avançado processo de construção quando a rede Six Senses entrou na jogada. A ideia de Douek sempre foi ter ali um hotel cujas construções (acomodações, áreas comuns etc) parecessem ter estado sempre ali, como uma espécie de vila nabateia – projeto levado a cabo com esmero pela arquiteta Daniella Plesner.

Com seus parceiros comerciais, investiu mais de 100 milhões de dólares na empreitada que realmente criou um hotel que parece parte da paisagem do deserto. E o projeto tinha mesmo tudo para se tornar uma propriedade Six Senses, tão focado em autenticidade e sustentabilidade.  É o primeiro hotel tanto de Israel quanto da própria rede Six Senses a conquistar certificação LEED.

O projeto está dando tão certo que executivos da rede já planejam criar uma espécie de “circuito Six Senses” em Israel, com diferentes propriedades em outros cantos do país. Vale lembrar que a cena hoteleira está em franca expansão no país que, além do Six Senses Shaharut, ganhou esse ano seu primeiro Kempinski em Tel Aviv (o antigo The David, que acaba de reabrir as portas) e tem Mandarin Oriental em franca construção na mesma cidade. 

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Mas nem tudo foi simples: Shaharut, que se traduz como o momento logo antes da alvorada, é também o nome de uma pequena comunidade dos arredores que, então com apenas 160 residentes, viu de repente sua população aumentar com alguns dos funcionários do hotel se mudando para lá.  Inicialmente os moradores não estavam nada satisfeitos com a chegada de um hotel a seu recanto remoto e silencioso; mas parece que agora os ânimos estão finalmente se acalmando por lá. 

Diversos moradores fizeram parte de alguma maneira dos elementos artesanais da construção e manutenção do resort, da madeira esculpida dos tetos e portas aos exclusivos cobertores, colchas e cerâmicas do hotel.  Dizem que Duek supervisionou cada porta, almofada ou lamparina instalada no resort, do qual segue sendo proprietário. 

A administração do resort apostou em um staff muito jovem de israelenses. A maioria veio sem experiência na área, recém saída dos anos no exército de Israel – o que torna o serviço bastante casual em todo o hotel e ainda precisando de ajustes importantes no restaurante, principalmente durante o serviço do café da manhã. Muitos funcionários do hotel estão hoje alojados numa pequena comunidade “kibbutz-style”.

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Para comer, relaxar, Se aventurar

O Six Senses Shaharut conta com três espaços gastronômicos focados em uma fusão da cozinha israelense com a mediterrânea. Há um grill próximo à piscina, o adorável Jamillah Bar para drinks, lanches e pratos leves, e o Midian, o restaurante principal, aberto para café, almoço e jantar.

Em todos eles, a proposta do chef executivo David Bitton (ex- King David) é utilizar ingredientes locais e regionais muito frescos, muitos deles produzidos no próprio hotel ou em algum kibbutz da região. Com mesas internas e externas, a cozinha ao vivo e o fantástico forno taboon se encarregam de produzir pratos étnicos e internacionais.

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O café da manhã servido diariamente no Midian é praticamente um evento – e tudo com vista panorâmica para o vale Arava, as montanhas Edom e até o pequeno vilarejo Shaharut. São inúmeras estações distintas de um imenso buffet de quentes e frios, uma área somente para queijos locais e diferentes tipos de iogurte e uma lista bastante interessante de sucos especiais e pratos à la carte, também incluídos. (aliás, reservar diárias com meia pensão ali é fundamental)

O Six Senses Shaharut tem ainda piscina infinity com vista para o deserto israelense e as montanhas jordanianas, um belíssimo spa ayurvédico com piscina indoor, estábulo com camelos resgatados, um anfiteatro para apresentações musicais e sundowners, e um genial jardim quase tropical que abastece as cozinhas do resort.  Atividades como aulas de yoga, tours pelo jardim, criação do seu próprio scrub e até happy hour ao por do sol três vezes por semana estão incluídas nas diárias, em dias e horários específicos.

Para chegar ao hotel, são cerca de três horas e meio de carro desde Tel Aviv ou Jerusalém, três horas de Petra ou 50 minutos a partir do Aeroporto Internacional Ramon (ETM), próximo a Eliat, no mar Vermelho. Chegadas em helicópteros também podem ser reservadas. O resort recebe apenas hóspedes acima de 12 anos.

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Tartarugas Filha da Lua Pipa

Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Pipa, no Rio Grande do Norte, ficou definitivamente mais charmosa em dezembro de 2020. Em plena pandemia, um casal de estrangeiros apaixonado pelo Brasil resolveu inaugurar ali um hotel de charme, sustentável e cheio de propósito. Foi com prazer que finalmente fui conhecer todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN, uma adorável propriedade instalada na bela Praia das Minas.

Com apenas 17 charmosos bangalôs espalhados por uma enorme área protegida frente ao mar, o Filha da Lua foi ainda mais longe: já abriu de cara com o primeiro restaurante 100% glúten free e lactose free do Rio Grande do Norte. E propõe sustentabilidade real, sem greenwashing ou enrolação, a meros 10 minutos de carro do centro do vilarejo. 

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Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Localizado em área protegida, o Filha da Lua é um ecolodge que nasceu da paixão de um casal belga pelo Brasil. Inga e Frederic D’Ansembourg compraram o terreno hoje ocupado pelo hotel pensando inicialmente em fazer ali residência privada da família. Mas o projeto cresceu e acabaram optando por criar ali uma propriedade sustentável, com restaurante focado em alimentação saudável.

Com diárias desde R$850,00 por pessoa, a propriedade associada à Serandipians/Traveller Made fica de frente para o mar, em uma região bastante sossegada e longe da badalação do balneário, e famosa também pela desova de tartarugas. Dá para ver muitos detalhes e todo o charme do Filha da Lua no feed e nos destaques “Pipa/RN” do meu instagram @maricampos.

As 17 suítes distribuídas em nove bangalôs sobre palafitas são muito espaçosas, extremamente confortáveis, românticas e rodeadas de verde.  As imensas varandas merecem destaque, mobiliadas com esmero, puro convite ao ócio. As que estão instaladas no segundo andar dos bangalôs contam ainda com banheiros ao ar livre, cama com dossel e área para refeições. 

O café da manhã, servido ao redor da piscina e de frente para o mar é um dos pontos altos do Filha da Lua. Servido à la carte, diretamente na mesa do hóspede, traz sempre produtos muito frescos e saborosos, feitos na hora. E tudo sem glúten ou lactose, incluindo pão de queijo, bolos, pães e os “queijos” da casa. Se o hóspede quiser, pode também ser servido na varanda da suíte, com todo o capricho. 

Nas demais refeições, um vasto menu que vai desde porções para compartilhar à beira da piscina a refinados pratos de cozinha local e internacional – mas sempre mantendo a proposta gluten free e lactose free. 

CONFIRA mais detalhes e valores do Filha da Lua aqui

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Sustentabilidade real na hotelaria

Todo construído de maneira sustentável, utiliza madeira de eucalipto de reflorestamento nas acomodações que foram todas erguidas sobre palafitas, para interferir o mínimo possível na delicada geografia local. 

Há uso de energia solar, estação de lixo 100% ecológica e plásticos ou produtos químicos perigosos/danosos de limpeza são sumariamente banidos. Comprando produtos de pequenos produtores locais, todo o menu do hotel é 100% glúten free e 100% lactose free – o primeiro do gênero. Utiliza somente amenidades sustentáveis e está realmente engajada com a comunidade local através de diferentes projetos, com o louvável Hello Pipa/Hello Barra, que fornece alimentação e ensina inglês gratuitamente para crianças, jovens e adultos da região. “Queremos criar uma corrente de consciência ética na hospitalidade”, diz Inga.

Vale destaque também sua Fazenda PachaMamma, que promove cultivo orgânico e regenerativo de ervas, frutas, legumes e verduras diversos através de sistemas agroflorestais e permacultura. Os alimentos produzidos ali abastecem as escolas de inglês, o hotel e também o restaurante Cicchetti Pipa, no centrinho da cidade. 

Além disso, algumas das experiências turísticas oferecidas aos hóspedes foram desenvolvidas em parceria com membros das comunidades locais, com destaque para a escola de kitesurf Kitemaster Pipa.

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Um hotel irmão a caminho

Inga e Frederic D’Ansembourg não apenas abriram ali sua primeira investida na indústria da hospitalidade com o Filha da Lua, como também fizeram de Pipa sua residência familiar em parte do ano e estão prestes a abrir o SEMPRE VIVO, seu segundo hotel na região. 

O Sempre Vivo terá o dobro da capacidade de hóspedes do Filha da Lua e terá mais foco em lifestyle, incluindo diferentes tipos de acomodação para distintos perfis de hóspedes. “O Sempre Vivo vai focar em uma audiência mais diversa, com cozinha internacional, sendo um complemento à cena hoteleira de Pipa”, explica Inga.

Visitei pessoalmente as obras e o Sempre Vivo está mesmo ficando lindo! Com design e proposta bem diferentes do Filha da Lua, mas também de cara para o mar. A inauguração do novo hotel está prevista para julho de 2022. 

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Ultima Courchevel

A vanguarda da Ultima Collection

Hospitalidade de luxo com foco em serviço, conforto máximo e arte – mas que rompesse com as noções mais comumente pregadas pelo setor internacionalmente. Assim é a vanguarda da Ultima Collection, um portfólio hoteleiro que com poucos anos de sua fundação já tem propriedades em diferentes destinos de três países distintos (Suíça, França e Grécia). 

Neste março último, tive a chance de conhecer a fundo a impressionante história deste luxuoso grupo de hospitalidade, fundado em 2015 pelos jovens amigos Max-Hervé George e Byron Baciocchi, ambos no começo de seus 30 anos. Dá para acompanhar os detalhes desta viagem toda no meu Instagram @maricampos.

Viajantes de carteirinha com boa experiência no mercado imobiliário, a Ultima Collection foi a primeira investida da dupla de empresários no setor hoteleiro, com a primeira propriedade do grupo, o Ultima Gstaad, na Suíça, abrindo suas portas no final de 2016. Hoje, o grupo é precursor de uma nova geração de propriedades privadas de luxo que tem entre seus clientes de millennials a famílias em viagens multi-geração.

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A vanguarda da Ultima Collection

Propondo ser sempre disruptiva com o mercado, o portfólio da Ultima Collection já conta hoje com propriedades em Genebra, Megève, Gstaad, Crans-Montana, Corfú e Courchevel, inaugurado em dezembro.

“Começamos com um hotel em Gstaad, o Ultima Gstaad, um projeto de paixão que encontrou uma oportunidade incrível em uma propriedade já com alvará de hotel colocada à venda”, contam os proprietários. O Ultima Gstaad deu tão certo que funciona até hoje como uma espécie de “escola” para todas as propriedades do grupo, inclusive no serviço. 

Hoje, a maioria de seus hóspedes chega de jato privado aos destinos visitados, com uma estadia média de impressionantes 33 dias ao ano em propriedades do portfólio da Ultima Collection (a estadia mínima é de 2 noites no hotel em Gstaad e de 7 noites nas residences). Recentemente, firmaram dois contratos de estadia de um ano cada em residências do grupo.

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Paixão pela arte

A vanguarda da Ultima Collection é indissociável de sua evidente conexão coma a arte. Desde o começo, a dupla de proprietários e demais administradores do grupo definiram uma direção artística a seguir, independentemente das obras de arte que seriam (e serão) escolhidas ao longo da história de cada propriedade. 

Afinal, com clientes de origens e culturas tão distintas, eles optam sempre por peças bastante diversas para que todas encontrem seu apelo – mas sempre criando uma sensação de casa e aconchego. A maioria das peças, fotografias e obras exibidas nas propriedades são fruto de uma parceria muito bem sucedida com a Bel-Air

As mudanças constantes, aliás, não se restringem ao décor. Como possui muitos returning guests em algumas propriedades, e hóspedes que se hospedam com frequência em diferentes propriedades do grupo, a Ultima Collection tenta a cada temporada criar não apenas novos aspectos de design e décor mas também desenvolver novos produtos, serviços e experiências, inclusive culinárias, em cada destino. 

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No Ultima Gstaad, uma louvável coleção de livros também se exibe por toda parte. Moda, história, arquitetura, design, arte, viagem, vinhos, carros… está tudo lá, nos mais diversos títulos, dos espaços comuns às suítes e residências. “Queremos sempre que nossos hóspedes tenham tempo para eles, incluindo a oportunidade de sentar e folhear um bom livro com uma xícara de café ou um belo livro. Esse é sempre um break necessário para nosso cérebro, que é constantemente super estimulado nas viagens”, dizem os proprietários. 

O design de cada propriedade é sempre inspirados pelo destino no qual está inserida. É o ambiente externo que orienta a escolha por materiais a serem utilizados. E é visível a preocupação com o uso de materiais duráveis​ como parte da abordagem ecologicamente correta do grupo – não utilizam plásticos e adquirem materiais naturais de fornecedores locais. “Mas mantemos nossas propriedades equipadas com os mais recentes gadgets para facilitar a vida de nossos hóspedes. Desde que seja fácil de usar e prático para os hóspedes, vamos adotá-lo no design sim”, garantem. 

Para garantir a sensação de “casa” e aconchego, nenhuma propriedade do grupo tem um grande lobby – pelo contrário. São sempre pequenos e discretos, adornados com flores frescas, madeira natural e objetos de décor que invoquem a sensação de privacidade e reclusão – e com a paisagem externa sempre à vista em grandes janelas. 

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Ultima Gstaad, o começo de tudo

O Ultima Gstaad, localizado na cidade alpina suíça a cerca de duas horas de carro do aeroporto de Genebra, teve suas onze suítes e seis residências (com até quatro suítes cada) renovadas para esta temporada. 

As residências, em formato apartamento, têm completo serviço de hotelaria completo agregado – incluindo o premiado café da manhã à la carte da casa servido diariamente sem custos extras no restaurante ou na sua própria sala de jantar.  a propriedade funciona ininterruptamente quase todo o ano.

Com ótimo staff na casa (incluindo muitos portugueses), os hóspedes contam ainda com carro à disposição para circular pela cidade; água, chás e café espresso cortesia em todas as acomodações; frigobar incluído nas residências e deliciosos kits de boas-vindas. O excelente restaurante está aberto também para não hóspedes, há sala de jogos privada, Shisha Bar, bar, living e uma bela extensão envidraçada do restaurante. 

Seu imenso (e imperdível!) spa oferece tratamentos estéticos e de relaxamento, clínica anti-idade, piscina térmica, jacuzzis interna e externa, saunas seca e a vapor e crioterapia. Passei dias lindos ali e os detalhes da minha estadia você pode conferir também no meu instagram @maricampos. 

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A badalada novidade em Courchevel

A vanguarda da Ultima Collection ganhou nova evidência em dezembro passado, com a inauguração de sua mais nova propriedade em Courchevel, Alpes Franceses. Fiz parte do seleto grupo de jornalistas a conhecerem em primeira mão o novo Ultima Courchevel Belvedere

Localizado em uma nova altitude na badalada estação de esqui, bem entre Courchevel 1650 e Courchevel 1850, são apenas 13 chalés privativos (com até cinco suítes cada) com acesso ski in/ski out, cozinha equipada, varandas com vista para os Alpes, living, sala de jantar, área de serviço e até elevador.

Cada chalé conta com um mordomo dedicado (os “ultimakers”) e tem direito a traslados para diferentes altitudes de Courchevel, chef privativo à disposição no jantar e café da manhã à la carte completo, servido na sua própria residência. 

A propriedade tem também restaurante de culinária internacional, loja de equipamentos de esqui e spa com produtos Swiss Perfection, piscina aquecida com vista para os Alpes, sauna, academia, salão de beleza e hamman. Também dá para conferir os detalhes desta minha estadia no Ultima Courchevel nos destaques do meu Instagram @maricampos.

A próxima inauguração da Ultima Collection deve acontecer ainda nesta primavera europeia, em Cannes, França. Estamos de olho. 

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