Oceania Vista

A hospitalidade em alto mar da Oceania Cruises

2023 está sendo um ano bastante fértil para a indústria de cruzeiros. Além da retomada definitiva do segmento internacionalmente, são diversos novos navios inaugurados ao longo do ano, aumentando ainda mais a oferta de leitos e itinerários pelos sete mares. Foi com muita alegria que em maio último atendi ao convite para revisitar a hospitalidade em alto mar da Oceania Cruises na inauguração do Oceania Vista, o mais premium de todos os seus navios – e a primeira grande inauguração da companhia em mais de dez anos.

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Oceania Vista
Oceania Vista. Foto: Mari Campos

Fisicamente ligeiramente maior mas com menor capacidade de hóspedes, o belo Oceania Vista é a primeira embarcação da nova série Allura da frota da armadora. O novo navio para até 1200 passageiros possui 100% cabines com varanda, espaços públicos mais sofisticados, décor irrepreensível nas cabines concierge, novas cabines para solo travellers, novidades gastronômicas e é, sem dúvidas, o passo definitivo da companhia para entrar no mercado de luxo das navegações.

A chegada do Vista foi tão aguardada por cruzeiristas que seus itinerários pelo Mediterrâneo durante o verão europeu já estão quase todos esgotados. Depois, o novo navio seguirá também para Canadá, México e Caribe, e terá itinerários nos mares Egeu e Adriático, incluindo Turquia, Grécia e Terra Santa, no ano que vem. Mais detalhes e informações no site da Oceania Cruises.

Em tempo: vale reservar viagens com a armadora um tico mais mais adiante. A Oceania Cruises deve anunciar em breve que as reservas efetuadas a partir de 1/7/2023 em seus navios virão com seus ótimos pacotes de bebidas e outros benefícios extras já incluídos em todas as tarifas. A ideia é que, como eles mesmos definem, seus navios não sejam all inclusive, mas cada vez more inclusive.

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A HOSPITALIDADE EM ALTO MAR DA OCEANIA CRUISES: laços de família

A Oceania Cruises é uma armadora de cruzeiros diferente de qualquer outra do mercado. Hoje parte da gigante NCL (holding que inclui também a Regent Seven Seas), a Oceania é e sempre foi antes de mais nada uma empresa familiar, fundada em 2002 por Frank Del Rio (de origem cubana e com base em Miami), associado a Joe Watters e Bob Binder. A madrinha de seu primeiro navio foi a própria esposa de Del Rio e Frank Del Rio Jr., filho do casal que desde o começo da armadora trabalhou ligado a ela, é quem assume a companhia a partir de agora.

A viagem inaugural pelo Mediterrâneo e a cerimônia de batismo do Oceania Vista em Valetta, Malta, deixaram essa paixão familiar bem clara, com discursos extremamente pessoais e emocionados de membros da família no palco – entre atrações especiais que incluíram performances teatrais, queima de fogos e até um pocket show de Harry Connick Jr.

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Mas nem por isso o profissionalismo de toda a equipe é menos evidente. A Oceania Cruises é hoje a maior linha de cruzeiros premium do mundo (e famosa por seu apreço e dedicação às ofertas gastronômicas a bordo). Com foco no serviço personalizado, oferece a impressionante marca de dois funcionários para cada três passageiros e um chef para cada dez viajantes em seus navios. “Não conheço nenhum hotel no mundo tão bom quanto este navio”, entusiasmou-se Harry Sommer, CEO da NCL, durante o batismo da nova embarcação.

Harry comentou também, durante a coletiva de imprensa na véspera do evento, sobre o ritmo acelerado de reservas nos navios da armadora. “Desde agosto passado, e principalmente de novembro de 2022 para cá, o ritmo de reservas tem sido impressionante”, declarou. E foi apoiado por Frank Jr: “Para ser honesto, não imaginávamos que os negócios fossem se recuperar tão rapidamente quanto aconteceu”. Os negócios andam tão bem que em 2025 deve ser inaugurado o novo navio Allura, que já está sendo construído em Gênova.

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Como é o novo Oceania VISTA

A viagem inaugural do Oceania Vista apenas para convidados foi um belo cruzeiro pelo Mediterrâneo com escalas em destinos da Itália, França e Malta. O novo navio, o primeiro da nova classe Allura, marca os 20 anos de fundação da armadora e marca sua entrada em um novo nicho de cruzeiros.

O design contemporâneo trouxe apenas cabines externas, todas com varanda mobiliada e com ampla iluminação natural. Há mais gavetas e espaços para acomodação de pertences, mais entradas de tomadas e portas usb e usb-c, camas incrivelmente confortáveis (7a. geração do “ultra tranquility mattress”), carpetes de lã natural sem tingimentos e o feature mais elogiado a bordo: banheiros muito espaçosos, com box impressionantemente grandes para esta categoria de cruzeiro e bem-vindos rain showers. Tudo é automatizado/elétrico, do “do not disturb” à abertura das cortinas.

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As cabines Concierge trouxeram o mais interessante mix de cores das acomodações do navio e mimos extras, como lounge exclusivo 24h no deck 9, menu do restaurante principal no serviço de quarto, lavanderia gratuita (três bolsas por itinerário), itens passados sem custos. De olho nos solo travellers, essa categoria de cabines também traz no Oceania Vista esperadas unidades individuais (ainda que com cama single).

A busca pelo design contemporâneo mas longevo se reflete também nos espaços públicos, com muita madeira e muitas curvas. A piscina é pequena mas conta com amplo deck externo, área molhada com deliciosas espreguiçadeiras “over the water” e duas jacuzzis. Tem ainda um belo Aquamar Spa + Vitality Center (com terraço exclusivo com mais duas jacuzzis, além de saunas, academia, salão de beleza, lounges e salas de tratamento), teatro com performances especiais todas as noites, o maior culinary center da indústria de cruzeiros e um art studio com artista residente.

Apesar do tamanho e da capacidade para tantos passageiros, a sábia arquitetura do Oceania Vista não deixa transparecer em nenhum momento a sensação de “lotado” – mesmo que todas as cabines estivessem utilizadas durante a viagem inaugural. Ao contrário dos navios maiores, o próprio deck da piscina do Vista estava sempre tranquilo e era sempre possível encontrar uma cabana ou espreguiçadeira disponível com facilidade.

Embarques e desembarques também ocorreram todos sem filas, atrasos ou estresse em todos os portos de escala, em grande parte graças também à excelente tecnologia de reconhecimento facial de passageiros e tripulantes, que funcionou perfeitamente durante toda a viagem.

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Paixão pela gastronomia – e pelos bons drinks

Com proporção inédita no nicho de um chef para cada dez hóspedes, o Oceania Vista deixa mais claro do que nunca a paixão da armadora pela gastronomia. Com a chancela The Finest Cuisine at Sea®, o novo navio oferece onze opções gastronômicas diferentes, incluindo três novidades em toda a frota: o delicioso Aquamar Kitchen, com menu de pegada “healthy” cheios de sabor e servido sempre à la carte; a padaria The Bakery, anexa ao Baristas, com eclairs, beignets e outras delícias doces e salgadas servidas ao longo do dia; e o restaurante Ember, inspirado em pratos clássicos norte-americanos, do mac&cheese ao NY Steak. Os restaurantes mais tradicionais ganharam “private rooms” que podem ser 100% privatizados.

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Assim como nos demais navios da frota, todos os restaurantes estão incluídos na tarifa dos cruzeiros, sem qualquer cobrança extra ou taxa de reserva para as refeições. Além dos restaurantes citados acima, o Oceania Vista traz ainda o belo Grand Dining Room, cujo refinado menu sempre à la carte muda todos os dias; o Polo Grill, com grelhados em cortes nobres de carne (inclusive Wagyu), peixes, lagosta e outros frutos do mar; o adorável Toscana, com caprichado menu italiano e um imperdível “carrinho de azeites”, com duas dezenas de variedades extra virgem; delicioso Red Ginger, com impecável menu asiático que inclui também menu exclusivo de hashis; o descompromissado Waves Grill, para saladas e lanches ao lado da piscina (e com ótima estação de sorvetes artesanais); o buffet Terrace Café, aberto em todas as refeições e chá da tarde à inglesa e finger food no simpático Horizons. Além disso, o café da manhã servido na cabine também está sempre incluído.

Águas, refrigerantes, sucos, cafés e chás estão sempre incluídos em todos os itinerários e navios da armadora. Mas uma novidade importante do Oceania Vista é o novo programa de mixologia, focado em coquetéis mais elaborados e experiências exclusivas para fãs de rótulos raros. A mudança de approach neste setor é tão significativa que deve migrar em breve para todos os navios da armadora.

O pacote Premium de bebidas (hoje opcional pago à parte, mas que deve passar a ser incluído em todos os itinerários nas reservas efetuadas a partir de julho) inclui não apenas vinhos e todos os drinks regulares de todos os bares do navio como também todas as criações exclusivas do excelente Founders Bar – craque também em smoked cocktails. Embora o Martinis, o Pool Bar e o Horizons sejam os bares principais do navio, recomendo muito (mesmo!) fazer do Founders Bar o endereço certeiro do drink pre/post dinner; a qualidade dos coquetéis elaborados ali é realmente bastante superior.

O Oceania Vista traz também – embora infelizmente não os tenha utilizado durante a viagem inaugural – os “carrinhos” The Bubbly Bar, com coquetéis que têm champagne ou espumantes como base, e Casino Bar, com seleção especial de bourbons e ryes, para preparação de drinks na própria mesa do hóspede.

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Oceania Vista
Oceania Vista. Foto: Mari Campos

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Boas novas Em sustentabilidade

O Oceania Vista chega mais focado em sustentabilidade, com abolição de plásticos de uso único, motores mais eficientes e parcerias importantes com pequenos e médios fornecedores em diferentes partes do mundo para conseguir ingredientes frescos e de primeira linha. Além disso, tentam trabalhar nos portos de escala com receptivos menores e/ou familiares.

Todas as cabines e restaurantes têm água com e sem gás produzida pelo próprio navio e acondicionada em grandes garrafas de vidro; e todos os hóspedes recebem garrafas reutilizáveis para utilizarem durante os passeios.

A Oceania Cruises criou também um plano de metas que espera ter zero emissões em 2050. Ainda é pouco, sabemos; mas é um passo importante no segmento, sobretudo em uma armadora em franca expansão.

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Azamara Pursuit

A hospitalidade em alto mar dos cruzeiros AZAMARA

Sou e sempre fui fã de cruzeiros de pequeno e médio porte. Cada nova oportunidade de viajar por alguma região do planeta por via marítima me agrada profundamente, seja conhecendo destinos pela primeira vez ou revisitando destinos queridos. E cada chance de conhecer novos navios e novas armadoras também me é extremamente prazeroso. Em fevereiro último, pude finalmente conhecer a hospitalidade em alto mar dos cruzeiros Azamara, navegando em um de seus quatro navios: o Azamara Pursuit.

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Foi com o Azamara Pursuit que naveguei por 16 dias em um itinerário Buenos Aires-Buenos Aires, visitando destinos da Argentina, Uruguai e, majoritariamente, Brasil. A Azamara Cruises é uma operadora de cruzeiros upscale bastante informais, que tem navios de médio porte, para cerca de 700 passageiros (neste meu cruzeiro éramos exatamente 639 viajantes a bordo).

Seus navios são mais antigos, construídos ainda na década de 1990. Mas são bastante confortáveis em geral, com alta proporção de staff por hóspede e com boa relação espaço por passageiro. A companhia é famosa também por sempre incluir pernoites em alguns portos de escala de suas viagens e por suas “AzAmazing Evenings”, um grande evento externo em um dos destinos do cruzeiro (um por viagem) para o qual todos os passageiros são convidados. 

Na minha viagem, um cruzeiro cuja grande estrela era uma longa escala de 3 dias no Rio de Janeiro em pleno Carnaval, a Azamazing Evening foi um excelente espetáculo sobre a história do Carnaval no belo Teatro Solís, em Montevidéu, numa deliciosa noite de verão.

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Azamara: cruzeiros upscale com ótimas inclusões

A Azamara Cruises tem roteiros por quase todo o mundo, anualmente tem navios viajando pela América do Sul e é representada no Brasil pela R11 Travel. No começo da pandemia, a armadora foi vendida pelo Royal Caribbean Group para a Sycamore Partners. Seus outros navios são Azamara Quest, Azamara Journey e Azamara Onward.

A armadora, distante tanto dos cruzeiros de luxo quanto dos cruzeiros de massa, foca muito num nicho de passageiros que costumam ser viajantes frequentes e preferem cruzeiros em navios menores, ambiente bastante informal e com maior foco nos destinos visitados – e majoritariamente over 60s.

Suas escalas costumam ser bastante longas, mesmo quando não incluem pernoite, com o navio chegando cedo e frequentemente partindo apenas no comecinho da noite. No meu itinerário tivemos um pernoite em Montevidéu e dois no Rio, e escalas também em Santos, Ilhabela, Paraty, Búzios e Punta del Este.

Os cruzeiros upscale da Azamara não operam com tudo incluído nem se assemelham aos cruzeiros de alto luxo do mercado; mas todas as suas saídas têm algumas inclusões importantes, que dão bom balanço à relação custoXbenefício de seus itinerários. Seus navios possuem cabines internas, externas, externas com varanda e algumas suítes mais completas. Em todas elas, há banheiro privativo, quarto e uma pequena saleta com poltrona, mesinha e área de trabalho.

As cabines em geral são enxutas, com o básico, e com banheiros bastante pequenos. Então é altamente recomendável reservar uma cabine com varanda, o que faz bastante diferença na sensação de espaço ao longo da viagem. As varandas são simpáticas, com mesa e um par de cadeiras, excelentes para café da manhã e outras refeições in-room.

Não há minibar (mas o camareiro consegue agua com e sem gas e refrigerantes, se o passageiro pedir) nem facilidades de café/chá nas cabines; e somente as suítes mais luxuosas têm serviço de mordomo.

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Destaque para a gastronomia

Estão incluídas todas as refeições à bordo, exceto as realizadas nos chamados “restaurantes de especialidades” (Aqualina e Prime C, um italiano e uma steakhouse, que cobram US$35 de taxa de reserva por passageiro, por refeição). Não há noites formais a bordo e o código de vestimentas, mesmo para o jantar, é extremamente casual.

As inclusões se limitam a um restaurante formal à la carte, o Discoveries, cujo menu muda todo jantar; um grill à beira da piscina, o The Patio, cujo menu é sempre o mesmo e tem apenas pratos rápidos e sanduíches; e um restaurante buffet, o Windows Cafe, que tem parte do menu modificada a cada refeição.

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O Discoveries abre para café da manhã e jantar à la carte, o The Patio abre para almoço e jantar com apenas snacks e pratos rápidos, e o Windows Café abre para café, almoço e jantar com buffet temático. Há ainda um gostoso e providencial café – o Mosaic Café – que serve o dia todo espressos, lattes, capuccinos e petiscos doces e salgados no deck 5, aproveitando o entorno da escadaria que leva à recepção. E o The Living Room também tem um micro buffet de “bites” praticamente o dia todo.

Há um providencial serviço de quarto incluído, disponível 24h por dia. Mas vale saber que o serviço de toalha de mesa no room service estranhamente funciona apenas para o café da manhã; no almoço e no jantar não é entregue nem jogo americano para a refeição.

A hora do jantar é quando encontramos o serviço mais caprichado a bordo, tanto no restaurante principal quanto, principalmente, nos restaurantes de especialidades. Os jantares foram todos realmente muito bons, há boa oferta de opções vegetarianas e o restaurante principal tem alguns pratos que estão disponíveis todas as noites, inclusive escargots.

Importante saber que o restaurante principal, Discoveries, é sempre bastante cheio e disputado (e às vezes um tanto barulhento) no jantar. Como não existem turnos para o jantar e funciona em sistema first come, first served, toda noite costuma ter filas bastante grandes em parte do horário – o ideal é ir logo que abre ou já mais próximo do final do horário de admissão. Já os dois restaurantes de especialidades, que trabalham obrigatoriamente com reservas prévias com hora marcada, encontrei sempre bastante tranquilos, pouco cheios e silenciosos.

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Vários ambientes pensados para a socialização

Há diferentes bares a bordo (o Spirits, no deck 5, é de longe o melhor de todos eles, inclusive com os melhores bartenders), um pequeno mas satisfatório menu de room service gratuito e disponível durante todo o dia, e o menu de café da manhã na cabine é bastante completo e variado.

Estão incluídas para todos os passageiros, em qualquer tipo de cabine, diferentes bebidas durante as refeições e também ao longo do dia todo, mas limitadas a tipos e rótulos específicos de vinhos (8), espumante (1), destilados (9), coquetéis (20), cervejas (5), refrigerantes, água com e sem gás e cafés. As gorjetas estão sempre incluídas. 

Para o entretenimento, a clássica Trivia acontece todos os dias, mas não há cassino a bordo. O Cabaret Lounge recebe em algumas noites performances musicais e em outras vira cinema. Há uma pequena piscina com duas jacuzzis ao ar livre no deck 9, com uma grande área de solário. O navio conta também com academia e spa próprio, com tratamentos e serviços cobrados à parte, mediante agendamento. Eventuais jogos de bingo e degustações de vinhos, uísques etc são sempre cobrados à parte.

À noite, há diferentes ambientes com música ao vivo e todos os itinerários contam com uma White Night Party, um evento realizado no deck da piscina para apresentação da tripulação aos passageiros. É sugerido que todos usem branco, há banda ao vivo e um buffet especial para quem quiser jantar ali, al fresco.

Wifi, tours, transfers e quaisquer outros serviços são todos cobrados à parte. No entanto, há uma lavanderia self-service no Deck 7, de uso liberado e bastante bem-vinda (e disputada). O wifi a bordo é razoável, mas tem um custo alto: US$29.95 por dia (avulso) ou US$19,95 por dia para quem comprar o pacote para todos os dias da viagem.

Crianças são bem-vindas a bordo e havia algumas delas na minha viagem, sim; mas vale saber que não há kids club nem qualquer tipo de programação especial para elas.

Para embarcar em um cruzeiro da Azamara Cruises, é obrigatório estar 100% vacinado contra a Covid-19; além desse, não existem outros protocolos especiais a bordo e nem passageiros nem tripulantes utilizam máscaras em nenhum momento. Na minha viagem, o valor por passageiro com todas as inclusões acima descritas era a partir de US$2.990,00.

LEIA MAIS sobre hospitalidade em alto mar.

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Scenic Eclipse

A hospitalidade do iate Scenic Eclipse

Armadora de cruzeiro séria entende que seu principal negócio é a hospitalidade e não o entretenimento. Não é por acaso que navios de cruzeiros são frequentemente descritos pelo clichê “hotéis flutuantes”. Apesar das armadoras dos grandes cruzeiros comerciais de massa infelizmente se esquecerem disso hoje em dia, é sempre recompensador ver que as armadoras de luxo e embarcações de pequeno porte mantêm vivo o princípio de seus negócios. Por isso mesmo, foi um prazer descobrir a hospitalidade do iate Scenic Eclipse.

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Idealizado pelo casal australiano Glen e Karen Moroney, o Scenic Eclipse (representado no Brasil pela Velle Representações) foi o primeiro super iate do mercado que nasceu 100% destinado a cruzeiros comerciais (hoje, diversas redes hoteleiras estão seguindo essa onda, como Ritz-Carlton, Four Seasons e Aman). Donos da Scenic Luxury Cruises, famosa por cruzeiros fluviais, em 2019 decidiram lançar o Eclipse, um super iate para apenas 228 passageiros (200 nas regiões mais remotas), focado principalmente em cruzeiros de luxo pelos pólos – com direito a submarino e dois helicópteros próprios para algumas das expedições.

Mesmo com o baque da pandemia logo após o lançamento, o Eclipse deu tão certo que nesse 2023 Moroney lança o Scenic Eclipse II, uma versão ainda melhor do primeiro iate. Juntas, as duas embarcações chegarão a 50 países diferentes com seus itinerários – e abrirão caminho para o lançamento de outros iates da Scenic no futuro próximo.

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A hospitalidade do iate Scenic Eclipse

Em outubro do ano passado, tive o prazer de finalmente embarcar no Scenic Eclipse e fazer uma de suas premiadas viagens de expedição. Apesar do meu roteiro ser mais um itinerário de reposicionamento da embarcação rumo à Antártica que um cruzeiro de expedição de fato, tive a chance de conhecer a fundo os serviços, acomodações, espaços públicos, inclusões e, claro, a elogiada gastronomia do Eclipse ao longo da minha viagem.

Em um itinerário de Lima, no Peru, a Valparaíso, no Chile, foram oito deliciosas noites a bordo – mais duas em terra, com hospedagem também incluída no valor do cruzeiro -, com um adendo muito particular e especial: éramos menos de cinquenta passageiros a bordo no total, criando uma relação staff x hóspede sem precedentes na indústria.

E o serviço é mesmo caprichado e afinado, incluindo mordomo dedicado para todas as acomodações. O excelente staff, dos camareiros aos garçons, das recepcionistas aos guias (chamados ali de “discovery team”), é rápido em memorizar nomes e preferências e muitos deles são realmente capazes de antecipar desejos e necessidades dos hóspedes.

O staff, grande responsável pela boa hospitalidade do iate Scenic Eclipse, parece realmente contente com a proposta de trabalho a bordo – inclusive pelos contratos de duração mais curta que o habitual do mercado e pelo fato de 75% das cabines de tripulação serem single, uma raridade na indústria.

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Cruzeiros tudo incluído

Todos os cruzeiros do Scenic Eclipse operam em sistema “super all inclusive”. E está mesmo quase tudo incluído no valor da tarifa, sem pegadinhas ou surpresas – apenas tratamentos no spa e os passeios de submarino e helicóptero são cobrados à parte.

Isso quer dizer que, no valor divulgado e pago pelo hóspede, estão incluídas todas as refeições em qualquer restaurante da embarcação (sem taxa de reserva para nenhum deles), bar aberto (inclusive para os 135 rótulos de uísque orgulhosamente ostentados pela embarcação), minibar personalizado, room service 24h, todas as atividades a bordo, todas as gorjetas, passeios em todas as escalas, todos os transfers e wifi a bordo.

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Em alguns dos itinerários, voos domésticos e noites de hotel pré e pós cruzeiro estão incluídos também (na minha viagem, tínhamos todos uma noite de hotel incluída com café da manhã tanto em Lima quanto em Santiago). E o iate tem ainda um delicioso spa de 550m2 com ótimas saunas, uma pequena piscina (esteve interditada durante a minha viagem), duas jacuzzis ao ar livre, academia, sala de yoga e pilates e mud room para as expedições polares.

Há lavanderia self-service a bordo aberta para todos os passageiros e as suítes têm serviço completo de lavanderia incluído. O super confortável teatro a bordo, palco das palestras diárias e eventual entretenimento noturno protagonizado pelo jovem diretor do cruzeiro e sua assistente, é equipado grandes poltronas de couro giratórias (algumas delas têm providenciais controles extras para pés e cabeceira).

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Cabines cheias de conforto

O Scenic Eclipse funciona como um belíssimo hotel boutique sobre as águas. Curiosamente não há nenhum tipo de amenidade de boas vindas aos hóspedes; mas as cabines, com decoração minimalista, são extremamente confortáveis e aconchegantes, mesmo com os tons mais escuros, incomuns ao mercado.

Espaçosas e subdivididas em diversas categorias (ali apenas as categorias mais altas são chamadas de suítes), todas elas contam com varandas mobiliadas, mordomo, quarto e living separados, minibar customizado (incluindo destilados), máquina de café espresso, secadores Dyson e amenidades ESPA dispostas de maneira sustentável, em grandes displays. 

É preciso destacar a qualidade das camas do Eclipse: das cabines mais simples às suítes mais luxuosas, todas são equipadas com a “Eclipse bed”, customizada especialmente para o iate, enorme, com amplo menu de travesseiros e com controles individuais de movimento, cabeceira e pés para cada hóspede.

Os banheiros não são dos maiores, mas são bastante satisfatórios, com excelentes chuveiros. Ainda que tenham espaço para guardar itens e nécessaires, faz bastante falta não ter balcão ao redor da pia nem chinelinhos de quarto. As cabines maiores, chamadas de suítes, têm belas banheiras.

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A enorme TV tem ampla variedade de canais; mas vale saber que fica “escondida” no espelho do living room, tornando tarefa praticamente impossível assisti-la da cama nas cabines mais simples. Nas cabines standard também há espaço reduzido para acomodação de pertences, roupas e afins, já que são apenas duas portas de armário disponíveis por cabine dupla.

Mas, no geral, seguindo a boa hospitalidade do iate Scenic Eclipse, as cabines são tão gostosas que boa parte dos hóspedes decide de bom grado passar um bom tempo nelas, seja lendo, descansando ou tomando um belo drink com vista na varanda. E, como o Eclipse não possui nenhum serviço à la carte completo de café da manhã nos restaurantes, pedir o café de manhã na cabine é definitivamente um must do na viagem toda, seja no confortável living ou nas deliciosas varandas, com vista para o mar o porto.

Um fato curioso: mesmo navegando com menos de 50 passageiros a bordo (ao invés de 228) e tendo boa parte de suas cabines premium e suítes desocupadas, não foi feito nenhum tipo de upgrade para hóspedes das cabines mais simples nem pré nem durante a viagem.

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FOCADO EM AVENTURA E DESCOBERTAS

No itinerário de Lima a Valparaíso tivemos diferentes escalas no Peru e no Chile (perdemos apenas uma, graças a uma greve portuária no país), todas com duas opções de tour (sempre em van) incluídas para todos os passageiros.

Foram em geral visitas breves a pontos diferentes de um mesmo destino contemplando belas paisagens aliadas a algo de natureza e algo cultural da região. Deserto, vinhedos, cidadezinhas, costa, parques nacionais, museus e até destilaria de pisco fizeram parte da programação, liderada sempre por parte do discovery team e alguns guias locais.

Criado para cruzeiros de expedição nos pólos, o Scenic Eclipse opera em diferentes destinos mas seu grande potencial se revela nos itinerários pela Antártica, Ártico e Alasca.  É nesses roteiros de expedição propriamente dita que o iate coloca de fato em uso seus zodiacs, caiaques, pranchas de SUP, submarino e helicópteros (que acabaram ficando todos de fora durante o cruzeiro que fiz). 

Uma bela adição do Eclipse que vale mencionar é sua política de “open bridge”, com a ponte de comando aberta à visitação de hóspedes a qualquer hora do dia ou da noite – algo que nunca vi em nenhuma outra armadora.

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até 10 opções gastronômicas diferentes

A gastronomia no Scenic Eclipse merece mesmo todos os elogios que arrebata de hóspedes e do trade. Aliás, acaba de ser premiada como melhor serviço de gastronomia em cruzeiros de expedição pela Cruise Critics e como melhor navio para jantar pela World Cruises Awards. O ambiente a bordo é sempre bastante informal, dia e noite. Não há restrições de vestimenta nem mesmo para o jantar, nem noites formais a bordo.

As opções são fartas e variadas, com excelente execução de pratos em todos os restaurantes – e não há cobrança de taxa extra para nenhum deles. Como são todos bastante pequenos, em vários deles é preciso fazer a formalidade da reserva prévia, como o francês Lumière, o sushi bar Koko’s Sushi e o teppanyaki Night Market. O Elements e o Koko’s têm política de open seating todas as noites.

Há ainda room service 24h, o gostoso Azure Café para refeições rápidas e cafés (e excelentes pavlovas!) e o buffet Yatch Club. A única opção gastronômica que funciona apenas para convidados (e é geralmente restrita às suítes mais luxuosas) é a Chef’s table, uma mesa alocada ao lado da cozinha, com paredes de vidro, que recebe todas as noites apenas dez comensais para um menu degustação fixo – e cheio de espumas, fumaças e mise-en-scène – elaborado e servido pelo próprio chef executivo, Alexander Parahovnik.

Mas essas opções gastronômicas funcionam mesmo só para o jantar. Durante o dia, as únicas opções disponíveis são o buffet do Yacht Club, os pratos rápidos do Azure Café e o room service; faz bastante falta um restaurante à la carte para café da manhã e almoço, um problema que talvez o Eclipse II solucione.

O iate tem apenas um bar principal, no Scenic Lounge, onde fica também a impressionante coleção de 135 uísques montada pelo próprio CEO da companhia – e disponível por completo aos hóspedes, sem qualquer custo extra. Nos dias de bom tempo, um pequeno bar externo funciona também durante a tarde.

O Scenic Eclipse tem ainda o excelente Épicure, um espaço construído especialmente para ótimos workshops de cozinha e degustações de vinhos e uísques a bordo. E o Observation Lounge tem um delicioso “bar” self service de Kusmi Tea.

Importante: reforce também no check in todas as suas restrições alimentares; no meu cruzeiro, muitas delas não foram repassadas pela equipe de vendas para a equipe a bordo.

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Esforços sustentáveis

Um upside importante é que o Scenic Eclipse tem feito esforços sustentáveis significativos desde sua primeira viagem. O iate utiliza somente combustível limpo, tem sistema de posicionamento dinâmico ao invés de âncoras (que podem danificar o fundo do mar e colocar em risco a vida selvagem), abandonou a maioria dos plásticos de uso único, deixa avisos nas cabines em nanotablets ao invés de papel e tem uma política realmente de zero desperdício na cozinha (alimentos que poderiam ser descartados são transformados em pó e reaproveitados em espumas, coulis, caldos e decoração de pratos).

O mobiliário priorizou materiais sustentáveis, há bom aproveitamento de luz natural em muitos dos ambientes, as cabines têm garrafas de vidro com água filtrada e todo hóspede recebe também garrafas reutilizáveis para carregar nos passeios.

Bastante seguro e estável, tem um revolucionário sistema de propulsão Azipod com dois motores capazes de rotar 360 graus de maneira independente e um sistema de monitoramento por câmeras que espalha quase duas centenas delas por todo o iate. Realmente uma beleza de embarcação.

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O wifi do iate é excelente na maior parte do tempo, sem qualquer limite de utilização ou velocidade. Em todas as escalas da viagem, utilizei o chip internacional de celular da O Meu Chip, que também funciou perfeitamente bem, inclusive em reservas naturais afastadas e no meio do deserto. Há chips internacionais para os mais diferentes destinos neste link e o cupom MARICAMPOS dá pelo menos 15% de desconto em qualquer um deles. 

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Scenic Eclipse

O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea

“Com o que eu poderia abastecer seu minibar e qual tipo de travesseiro você geralmente prefere?”, me perguntou o adorável Ravin, ao me receber em minha cabine a bordo do belo iate de expedição de luxo Scenic Eclipse. Ravin, nascido nas Ilhas Maurício, foi meu mordomo e fiel escudeiro ao longo de nove deliciosos dias passados em cruzeiro entre Lima e Santiago do Chile em outubro passado – e cuidou genialmente dos detalhes da minha viagem. Assim como no Eclipse, hoje, são cada vez mais numerosos os hotéis e cruzeiros de luxo que oferecem serviço de mordomo incluído em suas acomodações. Alguns oferecem tal serviço apenas para determinados níveis de suítes. Outros, como o próprio Scenic Eclipse, os cruzeiros da Silversea ou o resort Joali Being, nas Maldivas, incluem o serviço em qualquer tipo de acomodação. Mas o que faz um mordomo na hotelaria contemporânea?

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Eis aí um profissional que é capaz de realmente abrilhantar a nossa experiência com a hospitalidade. Em geral, percebem rapidamente nossos gostos e hábitos e moldam nossa estadia para que sigam de encontro a esses padrões – e, de preferência, que excedam expectativas. Ao longo de nove dias a bordo do Scenic Eclipse, Ravin não apenas serviu com esmero e capricho meu café da manhã todos os dias, pontualmente no horário combinado, como me enchia de mimos e cuidados.

Deixei um dia para fora minhas botas sujas após um passeio e, quando voltei para a cabine, lá estavam elas lustrosas, limpas e engraxadas. Como soube que eu gosto de gin tonic, em um outro dia encontrei uma pequena amostra de gin e duas garrafinhas de água tônica me esperando sobre a mesa no final de tarde. Já tínhamos coincidentemente navegado juntos em duas outras oportunidades na armadora para a qual ele trabalhava antes e foi também divertido relembrar algumas histórias e pessoas.

Como não nascemos em Downton Abbey, nem todo mundo está familiarizado com esse tipo de função na indústria da hospitalidade. Nem sempre é simples ou óbvio saber o que podemos – e o que não podemos – pedir a um mordomo sem cruzar limites minimamente aceitáveis para este profissional. 

Além disso, ao mesmo tempo que é maravilhoso poder contar com alguém cuja prioridade durante toda a sua estadia será melhorar a qualidade da sua viagem, para algumas pessoas pode ser também desconfortável pedir a um estranho que cuide de tarefas e providências (cotidianas ou não) em seu nome.

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O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea?

Ao delegar tarefas aos mordomos, o hóspede terá óbvias economias de tempo e energia, podendo se dedicar mais diretamente ao prazer das suas férias. Por isso, cada vez mais hotéis e armadoras de cruzeiros focados no chamado ultra luxo têm investido na contratação desses profissionais para seu quadro definitivo de funcionários.

O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea varia muito de propriedade para propriedade. Mas, em geral, ele é o funcionário responsável – seja do hotel ou do navio – por supervisionar e personalizar a experiência geral do hóspede. Os serviços básicos podem incluir servir o café da manhã diariamente na acomodação, lembrar sobre compromissos, fazer reservas para restaurantes e serviços, fazer e desfazer malas, ajustar itinerários ou cuidar dos transfers de e para o aeroporto, por exemplo. Em muitos casos, exercem simultaneamente funções de garçom, governanta, concierge, segurança e assistente pessoal, tudo junto e misturado.

Os bons mordomos antecipam as necessidades e desejos do hóspede com eficiência e discrição. Não à toa, muitas propriedades hoje em dia já colocam os mordomos em contato com seus futuros hóspedes antes mesmo deles chegarem ao destino das férias. Em estadias mais longas, a conexão pessoal formada entre hóspede e mordomo, dado o nível extremo de personalização dos serviços, também costuma ser bastante apreciada por ambas partes.

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM MORDOMO E UM CONCIERGE?

O concierge já é uma figura bastante conhecida na hotelaria de luxo – embora em outros nichos da hospitalidade muitos hóspedes ainda não entendam exatamente a função desse profissional, muitas vezes confundindo-o inclusive com o recepcionista. E como diferenciá-lo ainda por cima da figura do mordomo?

Bom, mordomos se dedicam a hóspedes específicos que lhes são determinados previamente, enquanto o concierge pode atender todos os hóspedes de uma mesma propriedade para questões específicas, como reservar um restaurante, conseguir ingressos para um jogo ou espetáculo disputado etc. O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea exatamente é algo difícil de definir hoje em dia. Trata-se de uma função extremamente personalizada, que vai muito além de disponibilizar-se para desfazer e fazer nossas malas no check-in ou check-out.

Comunicando-se direta e constantemente com o hóspede, sua função geral é fazer todo o possível para que cada passo de nossa estadia seja mais prazeroso – criando uma gama de atribuições gigante, que vai do servir o café da manhã na acomodação a arrumar no closet as roupas trazidas da lavanderia, da organização das atividades do seu dia às reservas do jantar, de zelar para que sua marca preferida de água esteja sempre disponível no minibar a alertar sobre possíveis mudanças no clima – além de tantas outras coisas. Em muitos hotéis e cruzeiros, as funções do concierge são hoje PARTE das funções de um mordomo.

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O que a gente pode – e o que não pode – pedir?

O que os hóspedes pedem aos seus mordomos na hotelaria varia muito de uma propriedade a outra – e também de um hóspede a outro. Afinal, gostos, necessidades e preferências são extremamente pessoais. Mas alguns comportamentos costumam se repetir com frequência, segundo profissionais que atuam na área. Um pedido bastante comum a mordomos de resorts, por exemplo, é reservar e preparar espreguiçadeiras na praia ou à beira das piscinas.

Conversando com os mordomos que me atenderam esse ano em diferentes viagens, eles resumiriam o que pode ou não ser pedido por um hóspede como “tudo que parece dentro dos limites razoáveis”. Dizem também que o melhor raciocínio é o seguinte: se você achar que algo pode ultrapassar essa linha do “razoável”, é porque provavelmente ultrapassa mesmo. E fazem ainda uma ressalva comum: a maneira como o hóspede faz seus pedidos faz toda a diferença no dia-a-dia dos mordomos, independentemente do tipo de pedido – e pode sim interferir no modo como os mesmos são atendidos.

Comunicação clara e eficiente é a chave do bom relacionamento com o mordomo na hotelaria contemporânea. Deixar claro de cara algumas preferências básicas – gosta de dormir até tarde, ou não quer ninguém na acomodação após 19h ou quer ter sempre leite no minibar para tomar com seu café, por exemplo – também ajuda. Quanto mais informações ele tiver sobre você, melhor para sua experiência e mais simplificado o trabalho dele. E, como em muitos hotéis hoje a comunicação entre mordomo e hóspede tem se dado por escrito, via Whatsapp ou aplicativos próprios, é bom redobrar a atenção ao tom utilizado ao se comunicar por escrito. O bom e velho “gentileza gera gentileza” nunca sai de moda, não é mesmo?

É importante notar também que cada hotel e cruzeiro pode ter seus próprios regulamentos internos sobre os horários em que tais profissionais estarão à sua disposição. Normalmente, isso é comunicado pelo próprio mordomo logo no primeiro contato pessoal, logo após o check in. É fundamental estabelecer esses acordos entre partes e respeitar os intervalos de tempo informados. No caso de um mesmo mordomo atender vários quartos, suítes ou cabines, tenha sempre em mente que eles podem não estar disponíveis imediatamente e tudo bem – afinal, você está de férias, relaxe!

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Foto: Mari Campos

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como ficam as gorjetas?

Em alguns casos, sobretudo cruzeiros de alto luxo, é comum ser explícito na reserva que as gorjetas de toda a tripulação também estão incluídas na tarifa da sua acomodação. Mas obviamente nada impede que você gratifique extraordinariamente o seu mordomo, principalmente quando seu trabalho exceder as expectativas – ou realmente fizer toda a diferença em sua experiência de férias. Afinal, gratificar funcionários é sempre a maneira mais direta de mostrar seu apreço e satisfação com o trabalho desempenhado por eles.

Mas quanto deixar? A maioria dos profissionais da área com os quais conversei acreditam ser apropriado deixar algo em torno de 5% da diária do quarto. Alguns propriedades sugerem quantias fixas em USD ou moeda local por dia. Entretanto, como sempre, esse tipo de decisão é extremamente pessoal e vai depender mesmo da eficiência do funcionário, da interferência no saldo final das suas férias e de quaisquer outros fatores que sejam importantes para você.

E vale lembrar: o feedback financeiro não é nem nunca será a única maneira de reconhecer o bom serviço de um mordomo – ou de qualquer outro funcionário da hospitalidade. Lembre-se de agradecer-lhe também verbalmente ou através de um bilhete personalizado. Elogiar o profissional à gerência do hotel ou cruzeiro ou mesmo nos questionários online de satisfação também é sempre uma ótima pedida. Se a pessoa fez a diferença nas suas férias e superou suas expectativas, nada mais justo que seja sempre devidamente recompensada.

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Silversea

Silversea é sinônimo de hospitalidade em alto mar

Prezo muito a real hospitalidade em qualquer esfera da indústria turística – inclusive nos cruzeiros de todo tipo. Esses “hotéis sobre as águas” me fascinam desde muito nova e, contrariando a tendência de viagens da minha geração, sempre foram para mim uma excelente opção de viagem, uma democrática maneira de ter um “tira-gosto” de destinos mundo afora – com o conforto insubstituível de fazer e desfazer as malas uma única vez, mesmo para viagens com mais de um mês de duração. E a Silversea é sinônimo de hospitalidade em alto mar.

Faz mais de 15 anos que sou fã assumida de seus cruzeiros. A armadora vem há tempos, constante e indiscutivelmente, renovando e redefinindo o mercado internacional de cruzeiros de luxo (inclusive com novos navios lançados em plena pandemia, como o belo Silver Dawn e o espetacular Silver Nova chegando aí). A bordo de belas embarcações como Silver Whisper, Silver Wind e Silver Sprit, tive algumas das minhas melhores viagens.

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Um modelo all inclusive em que o serviço é a grande estrela

Essa armadora de cruzeiros de “ultra luxo” oferece sistema verdadeiramente all inclusive, em que tudo já está mesmo incluído nas tarifas anunciadas: hospedagem em acomodações que são todas suítes (a maioria com varanda privativa), serviço de mordomo dedicado, refeições à la carte e bebidas de todo tipo a bordo, serviço de quarto 24h, excursões em todos os portos de escala, entretenimento de qualidade, acesso à internet durante toda a viagem. E zelam verdadeiramente pela segurança sanitária dos passageiros nesses tempos de pandemia.

A Silversea é sinônimo de hospitalidade em alto mar em um modelo em que a grande estrela é seu serviço e não a quantidade de inclusões que oferece. Ninguém está ali pelos excessos – a qualidade é sempre muito mais importante que a quantidade, em todos os setores. E tudo funciona perfeitamente, como numa orquestra, mesmo nos cenários mais adversos.

Em duas viagens diferentes que fiz com a armadora, as condições climáticas não permitiram o desembarque de passageiros em um dos portos de escala, decisão tomada ali, na hora H, pelo capitão, para garantir a segurança de todos. E a equipe de entretenimento não levou uma hora para estabelecer toda uma nova programação para os hóspedes naquele dia, garantindo que ninguém ficasse “entediado”, nem por um minuto, por passar mais um dia de pura navegação. Ao contrário: nos cruzeiros da Silversea, boa parte dos passageiros quase preza mais os chamados “sea days” que as escalas do itinerário escolhido.

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HOSPITALIDADE LEVADA À SÉRIO

Já naveguei com a Silversea pelo Brasil (uma viagem espetacular de Manaus à costa atlântica), Alasca, Mediterrâneo tradicional, costa africana, travessias oceânicas etc. A última experiência aconteceu neste ano, em um belíssimo roteiro a bordo do Silver Spirit pelo chamado Mediterrâneo Oriental, navegando por duas semanas espetaculares entre destinos da Grécia, Turquia e Israel na primavera europeia. Dá para acompanhar todos os detalhes e o dia-a-dia dessa minha viagem pelo Mediterrâneo Oriental no meu Instagram @maricampos.

O “maior navio” da armadora tem apenas 270 exclusivas cabines/suítes, com uma das mais altas proporções passageiro/espaço do mercado. Éramos 432 passageiros espalhados por onze espaçosos decks, atendidos por uma tripulação em proporção de quase 1 para 1 com os viajantes. Em seus oito belos restaurantes, um adorável café, diversos bares e inúmeras áreas internas e externas mal dava perceber que havia quatro centenas de passageiros a bordo.

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Ali está tudo incluído no valor da tarifa, inclusive serviço de quarto literalmente 24h por dia e frigobar personalizado e reabastecido diariamente. Todas as refeições, todas as bebidas, todos os snacks. Até a lavanderia está incluída (a partir das Silver Suites) e há sempre lavanderias self-service disponíveis aos hóspedes sem custos.

As cabines/suítes têm todas muito espaço, incluindo walk-in closets e banheiros completos (ducha e banheira) com deliciosas amenidades Bulgari ou Ortigia, à escolha do passageiro (há também a possibilidade de escolher produtos hipoalergênicos, se o viajante preferir).

A Silversea é sinônimo de hospitalidade em alto mar pelo serviço impecável e também porque é o próprio passageiro quem escolhe tudo, o tempo todo, sem custos extras: onde, com quem e quando quer jantar; o que, como e onde quer tomar um drink; com o que quer abastecer o minibar; quais as amenidades que deseja; que passeios quer fazer nos desembarques; como quer navegar na internet. Ali, o hóspede tem mesmo sempre razão.

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A fundamental figura do mordomo

Nos cruzeiros da Silversea, todo hóspede tem um mordomo dedicado. Os “butlers” da Silversea são mesmo incomparáveis: eles não apenas organizam as suítes dos passageiros, mas realmente cuidam de cada detalhe da viagem, todos os dias, atuando também como insubstituíveis concierges pessoais.

São eles que organizam as suítes o tempo todo, servem com esmero as refeições feitas na cabine e o serviço de quarto 24h, preparam banhos especiais quando prevêem que os hóspedes chegarão cansados de algum passeio, deixam mimos surpresa na suíte, cuidam para que nunca faltem no minibar seus itens preferidos, aparecem do nada com champagne e canapés antes do jantar, relembram diariamente as informações práticas mais importantes, alertam para qualquer acontecimento a bordo, reforçam a necessidade de determinados documentos para que ninguém esqueça no desembarque, ajudam com as reservas de jantar e passeios, organizam as peças enviadas à lavanderia direto no closet – e muito mais. E, claro, podem fazer e desfazer as malas dos viajantes que assim desejarem.

Não importa se a viagem é de uma semana ou várias delas, é impossível desembarcar de um cruzeiro com a armadora sem desenvolver uma relação de afeto com essas figuras adoráveis, que realmente fazem a diferença (e muita!) nas nossas férias. Também por isso que a Silversea é sinônimo de hospitalidade em alto mar – hospitalidade da melhor qualidade, com H maiúsculo mesmo.

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SERVIÇO

A atual frota da Silversea Cruises contempla navios de cruzeiros marítimos tradicionais no mundo todo e também navios de expedição, com foco em viagens de aventura. Na primeira categoria estão os navios Silver Dawn℠, Silver Shadow®, Silver Whisper®, Silver Spirit®, Silver Muse® e Silver Moon℠, todos de pequeno porte, acomodações 100% suítes, serviço de mordomo para todos os hóspedes e sistema tudo incluído, inclusive excursões, internet, minibar e gorjetas.

Na segunda categoria, são quatro navios de expedição – Silver Origin®, Silver Wind®, Silver Explorer® e Silver Cloud® – fazendo belíssimos itinerários na Antártica, no Ártico e também em Galápagos. E chega agora com o Silver Nova uma nova classe de cruzeiros, chamada de classe Nova, que deve revolucionar ainda mais o mercado de cruzeiros de luxo.

Recentemente, a Silversea criou também a opção “Port-to-port”, que possibilita a inclusão de diversos opcionais ao cruzeiro para que a experiência do hóspede seja mesmo 100% personalizada e customizada, somando às inclusões de sempre também voos, transfers e hospedagens em terra pré e pós cruzeiro.

Vários dos itinerários da Silversea em distintos destinos e regiões contam ainda com o “single supplement waive“, uma raridade na indústria de cruzeiros. Assim, quem viaja sozinho tem a oportunidade de ter uma luxuosa cabine toda para si, sem custos extras, nas saídas selecionadas. Não à toa, seus navios têm sempre diversas pessoas viajando sozinhas, com a programação social feita pensando também nelas, o tempo todo.

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