Tasca Mandarin Oriental Jumeira Beach Dubai

EXPO2020 movimenta A CENA HOTELEIRA em Dubai

Até março de 2022, Dubai está praticamente “recebendo o mundo todo” na EXPO2020. Adiada em função da pandemia, a exposição universal acontece pela primeira vez no Oriente Médio, e pela primeira vez dividida em dois anos. E, desde outubro passado, a EXPO2020 movimenta a cena hoteleira em Dubai mais ainda, gerando recordes de reservas em diversas propriedades.

Em novembro último, estive novamente em Dubai. Desta vez, a convite da Emirates, que se responsabilizou pelas minhas primeiras quatro noites de hospedagem no emirado e me levou à EXPO. Dá pra conferir detalhes da classe executiva da companhia, que retorna com o A380 ao Brasil, aqui.

Depois, estiquei minha viagem por conta própria por mais alguns dias (dá pra conferir todos os detalhes no feed e nos destaques do Stories do Instagram @maricampos) e aproveitei para conferir não apenas as principais novidades turísticas do destino, como também como anda a sempre fértil (e expansiva!) cena hoteleira no emirado.

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case do turismo e da hotelaria internacional

Dubai segue sendo um grande case da indústria turística e também da indústria hoteleira. Um destino “inventado” que não deixa nunca de se reinventar e que, com investimentos acertados e constantes no setor, vem tendo retorno bastante satisfatório mesmo em plena pandemia. 

Na alta temporada 21/22, iniciada em novembro passado, as reservas em hotéis do emirado de diferentes estilos e budgets estão batendo recordes – mesmo com aumento considerável nas tarifas, dado o movimento gerado pela EXPO.

Novas atrações e, obviamente, também novos hotéis estão constantemente abrindo suas portas no Emirado que mais cresce e mais cativa turistas internacionais (em grande parte por ser também majoritariamente um destino de expatriados). E a EXPO, aberta em outubro e em cartaz até março do ano que vem, definitivamente está contribuindo mais ainda para esse movimento. 

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O curioso caso da Curio Collection em Dubai

Desta vez, visitei muitos hotéis de diferentes estilos e com diferentes propósitos, mas dividi toda a minha estadia no Emirado em apenas dois deles: o V Hotel Dubai (a convite da Emirates) e o Al Seef Heritage Hotel (inteiramente por minha conta). 

Por acaso (só soube do V Hotel pouco antes da viagem), ambos hotéis são membros da Curio Collection, da Hilton Hotels. E dois hotéis que não podiam ser mais diferentes e antagônicos entre si, bem como o são as diferentes regiões de Dubai nas quais estão localizados. 

O “case” da Curio Collection no destino é mesmo curioso. Para ambos hotéis tenho algumas ressalvas importantes ao serviço, principalmente no que se refere à ausência de compliance com o programa Safe Clean, criado e implantado pela Hilton durante a pandemia. Buffets de café da manhã com hóspedes se servindo normalmente sem máscaras e muitos funcionários com o nariz para fora da máscara ou máscara no queixo foram figurinha constante durante minhas estadias.

Mas, mesmo sem considerar a (tão necessária) segurança pandêmica que estes tempos exigem, há um outro fato que chama a atenção: enquanto o simpático e old fashioned Al Seef, em Old Dubai, vai bem de encontro ao perfil de boa parte das propriedades que geralmente integram a marca Curio Collection, o V Hotel, por outro lado, destoa completamente. Vibe festeira em todos os ambientes, áreas comuns sempre muito movimentadas, barulho nos corredores. E o mais curioso: ocupa o prédio antes ocupado pelo W Dubai em Business Bay (há um novo e lindo W Hotel em Dubai, instalado na “palmeira”) sem mudar uma vírgula, um abajur, no imóvel do antigo hotel da Marriott.

Apesar da mudança de nome e mesmo de rede hoteleira, o rebranding da propriedade não incluiu uma única mudança estrutural ou visual do antigo W. Mesmos quartos, mesmas cores, mesmo décor, tudo absolutamente igual. A única mudança, acredite, foi transformar o clássico W do lobby dos W Hotels em um V vermelho. 

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Cresce a procura também para ver Dubai do alto dos hotéis

Um programão em Dubai é ver o emirado do alto, dia e noite. E boa parte dos hotéis por ali tem tirado proveito disso, instalando bares e restaurantes em seus rooftops que andam cada vez mais concorridos. Afinal, a EXPO2020 movimenta a cena hoteleira em Dubai ainda mais neste final de ano.

Restaurantes como os excelentes (e imperdíveis!) Fi’lia, no (lindo!) SLS Dubai, e Tasca by José Avillez, no Mandarin Oriental Jumeira Beach, têm vistas incríveis para diferentes pontos do emirado – Burj Khalifa incluído no horizonte. A casa do sempre ótimo José Avillez no Mandarin Oriental, aliás, tem menu excelente, ótima trilha sonora, serviço super cuidadoso e uma imbatível sangria da casa. Super bem ventilado com os tempos atuais exigem, deixa a vista à escolha do cliente: o inconfundível skyline futurista do emirado de um lado e a praia de Jumeira do outro.

Rooftop bars em hotéis por lá também são cada vez mais fartos e disputados. Em muitos deles, reservas são mandatórias em qualquer dia da semana, dada a procura crescente por esses espaços. Do alto de (muitas, às vezes) dezenas de andares, as vistas enquanto se saboreia um bom drink definitivamente valem os coquetéis de valores inflacionados. Considere seriamente conhecer Cielo Sky Lounge no Park Hyatt, Treehouse no Taj Dubai, SoBe do W Dubai The Palm e CéLaVi no Address Sky View. Até o Sol Sky Bar, o mais baixinho deles, no sétimo andar do Canopy By Hilton, tem seu charme e uma vista bem interessante a partir de Old Dubai. 

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EXPO2020 MOVIMENTA A CENA HOTELEIRA EM DUBAI

Além do bling-bling das áreas mais contemporâneas (ou seriam futuristas? rs) de Dubai e do clima nostálgico da parte antiga do emirado, muitos dos bons hotéis do destino estão localizados à beira-mar. Fazem sucesso sobretudo entre europeus, que viajam para lá também em busca de escapada pouco convencional de praia. 

Propriedades como Mandarin Oriental Jumeira Beach, One&Only Royal Mirage Resort, Address Dubai Marina, Jumeirah Al Qasr, Anantara The Palm Dubai Resort, Fairmont The Palm e Four Seasons at Jumeirah Beach têm todos excelente estrutura de resort de praia, com ótimos serviços à beira-mar. 

Mesmo o viajante que não se hospeda em um resort “pé na areia” tem a chance de curtir pelo menos um bom dia de praia em Dubai – e dar um belo mergulho no Golfo Pérsico – optando pelo sistema de day use que várias propriedades por ali oferecem. É esse o caso, por exemplo, do Ritz-Carlton Dubai, instalado em plena marina, com vista privilegiada da Ain Dubai (uma das mais novas atrações do destino e mais alta roda-gigante do mundo) de toda sua extensão de praia. E tem tido bastante sucesso no serviço nestes tempos de EXPO.

Ocupando o coração da JBR Beach, o resort conta com um parque aquático com diversas piscinas para adultos e crianças, ampla faixa de areia com serviço de praia e um gostoso restaurante à beira-mar, o La Baie, que serve ótimos drinks e gostosos ceviches, saladas, tostas e outros pratos levinhos, bem bom para o almoço. O day use do hotel vale desde AED150 e inclui serviço de praia com toalhas, água mineral, cadeiras e espeguiçadeiras; dependendo da época do ano, parte do valor do day use pode ser usado como crédito no consumo de alimentos e bebidas no hotel também. 

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Four Seasons Madrid

Madri quer ser polo da hotelaria de luxo

Nos últimos doze meses, a capital espanhola testemunhou a (esperada!) inauguração de propriedades de três das mais luxuosas redes hoteleiras do mundo: Four Seasons Madrid, Mandarin Oriental Ritz Madrid e Rosewood Villa Magna Madrid. E isso parece ser só o começo de uma nova era: Madri quer ser polo da hotelaria de luxo.

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Isso mesmo: em plena pandemia, três das principais redes de hotéis de luxo abriram unidades em Madri, impulsionando um novo projeto da cidade de ser um novo pólo do turismo de luxo na Europa. Primeiro, a rede canadense Four Seasons abriu seu primeiro hotel na Espanha, o Four Seasons Madri, em pleno centro da cidade, começando uma transformação importante na região. Depois, agora em 2021, as duas reaberturas hoteleiras mais esperadas do país aconteceram: os agora Mandarin Oriental Ritz Madrid  (antigo e icônico Ritz Madrid) e Rosewood Villa Magna Madrid (antes Villa Magna, então parte do portfólio da Leading Hotels of the World).

Passei o último mês em viagem pela Espanha e, nos meus vários dias madrileños, fiz questão de me hospedar por alguns dias nas três propriedades recém abertas. Você pode conferir detalhes de todas elas também no meu Instagram @maricampos

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Four Seasons Madrid reestrutura turismo de luxo no centro de Madri

Inaugurado há cerca de um ano no número 3 da Plaza Canalejas, em pleno centro de Madri, a passos da Puerta del Sol, o Four Seasons Madrid (diárias desde 615 euros, mais detalhes sobre valores aqui) ganhou logo ao lado um gigante centro comercial de luxo, as Galerías Canalejas, e uma loja da Hermès no próprio lobby do hotel.

O lobby impressiona, com pé direito gigante, concierge e recepção discretos, bar de canto, uma imponente escadaria e a adorável escultura de KAWS em frente ao hall dos elevadores (parte da imensa coleção de arte espalhada por todo o hotel). Os house cars são inconfundíveis Porsche Panamera estampados com o logo del hotel, que chamam a atenção de todo turista que passa pela região.

Do lado de dentro, quartos espaçosos e muito confortáveis, com luxuosas amenidades Hermès. Os hóspedes todos recebem um safety kit com máscaras cirúrgicas e álcool em gel – e há fartura de displays de álcool em gel em todos os ambientes do hotel.

Os grandes destaques ficam por conta do belo spa na cobertura, com direito a piscina climatizada coberta e deliciosos lounges ao ar livre com vista panorâmica para Madri, e a imperdível Dani Brasserie, o mais gostoso rooftop da cidade, com bar e restaurante. A Dani Brasserie, do chef Dani Garcia, abre para todas as refeições também para não hóspedes e serve um excelente café da manhã com pratos à la carte e buffet assistido (com tudo devidamente protegido e individualizado) incluídos. O serviço ali é irretocável: eficiente e cálido na medida, para fazer jus às vistas espetaculares do local.

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Mandarin Oriental Ritz Madrid dá novo twist ao grande ícone hoteleiro da cidade

O novo Mandarin Oriental Ritz, Madrid (diárias desde 850 euros, mais detalhes sobre valores aqui), reaberto neste 2021 após três anos e 99 milhões de euros de reforma, conseguiu manter todo o charme e a história do hotel mais icônico da cidade, aliado agora a uma vibe contemporânea e cosmopolita. 

Até hoje ligado à realeza espanhola (rei e rainha estiveram por lá durante minha estadia no hotel em outubro, por sinal), o novo Ritz foi inteiramente reformado e remodelado e ganhou espaços incrivelmente convidativos – a começar pelo próprio lobby, que ganhou um balcão de canto e uma impressionante instalação de arte no teto que provoca reflexos lindos conforme a luz do dia e da noite vai mudando.

Os quartos todos contam com vista externa, amenidades da Natura Bissé e uma adorável maleta de couro com secador, difusor e chapinha. As suítes têm também serviço de mordomo incluído e impecáveis (nada mini) minibar e room service. O novo spa tem uma imperdível área de piscinas climatizada e aquecida (ambas cobertas), cujo décor foi pensado para ser uma extensão dos novos banheiros dos quartos de hóspedes. 

A gastronomia todinha do hotel está à cargo do chef Quique Dacosta – inclusive o room service, de longe o melhor de toda minha viagem. O restaurante Palm Court, com décor bastante clássico, mas agora sob uma encantadora cúpula de vidro, recebendo muita luz natural o dia todo (funciona o dia todo e ali é servido também o delicioso café da manhã). Tem um minúsculo Champagne Bar ao fundo, para jantares especiais. Ao lado do Palm Court fica o luxuoso Deessa, o restaurante gourmet de Quique Dacosta, com direito a muito dourado e décor bem contemporâneo. Com tempo bom e temperaturas mais quentes, abrem o El Jardín del Ritz, todinho ao ar livre, no delicioso jardim do hotel.

O maior destaque fica por conta do Pictura, o novíssimo e imperdível bar do hotel. Acessível através de uma porta espelhada ao lado da recepção, o visual do bar impressiona, com quadros de artistas contemporâneos espanhóis retratados como se fossem pinturas expostas no vizinho Museo del Prado. Os barmen parecem saídos de um filme de James Bond e são excelentes; e os drinks, divinos, vêm sempre acompanhados de deliciosas castanhas e amêndoas tostadas e temperadas. 

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Rosewood Madrid Villa Magna consolida a vocação para o luxo do bairro Salamanca

O Rosewood Madrid Villa Magna (diárias a partir de 700 euros, mais detalhes sobre valores aqui) acaba (literalmente) de abrir suas portas em Madri. Após a esperada remodelação dos últimos 15 meses, quando o grupo Rosewood assumiu de fato a propriedade, o hotel foi inaugurado no último dia 22 de outubro – e, menos de uma semana depois, lá estava eu, a primeira jornalista brasileira a se hospedar no hotel. 

A nova entrada inclui um charmoso acesso para os carros e escada e rampa independentes para quem está à pé. A localização no charmoso bairro de Salamanca é excelente, seja para atividades culturais, gastronômicas ou de consumo. Os novos quartos ganharam décor muito elegante e contemporâneo, incluindo belos bar, living e banheiro, com amenidades da Maison Caulières – e kits de segurança sanitária, com máscara e álcool em gel, repostos diariamente. 

O novo hotel ganhou charmosos restaurante e bar – Las Brasas de Castellana e Tarde.O, respectivamente – e deve ganhar um restaurante estrelado até o final do ano. O principal destaque pra mim é a espetacular cafeteria Flor y Nata, o café contemporâneo mais bonito que já vi em Madri.

Também aberta a não hóspedes, a Flor y Nata tem dois charmosos espaços – um sossegado, com poltronas e mesas, e outro com banquetas e mesa alta, para quem quer apenas trabalhar por ali. Cafés e doces excelentes dia e noite, inspirados nas melhores pâtisseries francesas, e atendimento impecável. Das 16 às 19h30 ainda serve diariamente um lauto afternoon tea à la carte, com suas deliciosas pâtisseries incluídas no completíssimo menu (reserva obrigatória). 

O hotel tem também duas charmosas terrazas ao ar livre, um gramado externo para eventos, impactantes recepção e escadaria e inaugurará em breve seu esperado spa.

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As duas suítes mais caras da Espanha

Como Madri quer ser pólo da hotelaria de luxo, seus novos hotéis trouxeram também as suítes mais caras de toda a Espanha. As suítes reais (Royal suite) dos hotéis Four Seasons Hotel Madrid e Mandarin Oriental Ritz, Madrid, podem chegar a impressionantes 20.000 euros mais impostos por noite. 

A do Mandarin Oriental Ritz, situada no primeiro piso e com vista para o Museo del Prado, é opulenta: 228 metros quadrados divididos em sala de jantar, living, studio privado, dormitório circular com closet, banheiro estilo spa (com sauna a vapor e ducha de pedra natural incluídas), dormitório adicional e lavabo. 

A do Four Seasons tem impressionantes 431 metros quadrados e ocupa o que um dia foi o escritório do antigo presidente do Banesto: além de living e espaços quarto e banheiro, tem um imenso closet, escritório, cozinha, dois dormitórios, sua própria academia e até uma curiosa chaminé. 

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Madri quer ser polo da hotelaria de luxo

De fato, Madri quer ser novo polo da hotelaria de luxo e do próprio turismo de luxo na Europa. Em outubro passado, foi lançada a plataforma MDL – Madrid Capital del Lujo, que reune autoridades locais, governo espanhol e diversos empresários e investidores para tentar alavancar o turismo de luxo na capital espanhola. 

Do final de 2021 a meados de 2022, outros hotéis de luxo devem abrir as portas na cidade, incluindo o primeiro hotel da marca W (bem em frente ao Four Seasons Madrid, contribuindo para transformar a Plaza Canalejas em novo hub de luxo madrileño), o primeiro hotel da marca Edition (também da Marriott), o primeiro da rede francesa Evok e ainda o Radisson RED e o CR7 Pestana.  Acompanhe meu instagram @maricampos para conferir mais detalhes sobre o tema e esta viagem.

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Anavilhanas Amazonia

WTM: hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva

Na semana passada, aconteceu a primeira edição 100% virtual da WTM Latin America. Sob o comando de Simon Mayle, a nova edição do evento foi um sucesso e ganhou até um inesperado dia extra. E, dentre discussões frequentes sobre inclusão, equidade de gênero, empregabilidade, tecnologias, reabertura de destinos e sustentabilidade, um alerta constante: a hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva urgentemente.

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Afinal, não basta apenas falarmos constantemente sobre ESGs; é preciso que a indústria hoteleira pratique ações cotidianas realmente condizentes com esse discurso. E que proprietários, gerentes, colaboradores, moradores e hóspedes sejam educados constantemente para o engajamento. 

Novos modelos de negócios, novos produtos e até mesmo novos mercados surgiram em meio à crise gerada pela pandemia. Tudo isso constitui novas possibilidades de se engajar de fato nas transformações necessárias ao setor, desde já, mesmo que resultados mais significativos só apareçam no médio prazo. 

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Foto: Mari Campos

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HOTELARIA PRECISA SER MAIS SUSTENTÁVEL E INCLUSIVA JÁ

A digitalização acelerada, demandas de sustentabilidade e necessidade de inovação constante já são realidade para a maior parte do mercado hoteleiro, seja no Brasil ou no exterior. A pandemia mudou não apenas procedimentos e logísticas, mas também prioridades. 

Novas tecnologias tornaram-se o grande “capacitador”, e é preciso tirar proveito cada vez melhor delas a curto, médio e longo prazo – inclusive como ferramentas de fomento à sustentabilidade e à inclusão real dos estabelecimentos. A inovação foi a chave para qualquer adaptação feita pela indústria da hospitalidade nesse período.

Marília Borges, da Euromonitor, defendeu em sua palestra que é fundamental focar em sustentabilidade, saúde, necessidades do consumidor e tecnologias/digitalização de processos para a própria recuperação do setor. “Vimos os problemas do modo como o turismo funcionava pré-pandemia e hoje temos novas prioridades – e novas necessidades foram criadas também”, disse. 

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Soneva Maldivas
Foto: Soneva Maldivas

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CHEGA DE SUSTENTABILIDADE DE FACHADA

Os conteúdos criados especialmente para a WTM Latin America ressaltaram constantemente a necessidade de ampliar a conscientização sobre todas as esferas da sustentabilidade para hóspedes, staff e investidores. “A hotelaria tem que sair do paradoxo de que sustentabilidade é custo”, afirmou Antonietta Varlese, da Accor Hotels, durante o evento. “A gente ainda tem que insistir muito nisso, infelizmente. Mas fico feliz que hoje a maioria dos nossos parceiros já entende bem isso e apoia”, completou. 

Ela contou que há anos a empresa investe constantemente em educação e engajamento de pessoas, sejam comunidades locais, funcionários ou hóspedes. “Os índices de ESG não podem ser da boca para fora porque são analisados pelo mercado financeiro o tempo todo. Também não adianta falar que tem algo e consumidor chegar lá e não ter, isso é terrível”, alertou. 

O programa Accor Solidarity destina anualmente uma verba global para que seus hotéis apoiem entidades regionais – trabalhando sempre para que os projetos assistidos pelo grupo possam ser autossuficientes com o passar do tempo. Segundo Antonietta, a maioria dos projetos de sustentabilidade apoiados pela Accor foi indicada pelos próprios funcionários da rede, mantendo real engajamento dos mesmos.

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NECESSIDADE DE REGENERAÇÃO É URGENTE

Durante a WTM Latin America, diferentes participantes dos painéis reforçaram também ser essencial investir continuamente em capacitação local para promover sustentabilidade real. Integrar hotel, população local e turistas é fundamental.  Assim, parte significativa da renda permanece de fato no próprio destino da propriedade. A hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva, fazendo a roda da sustentabilidade gerar regenerativamente em seus negócios e destinos. 

Há casos incrivelmente bem sucedidos de sustentabilidade real e regenerativa na indústria da hospitalidade no mundo todo. Inclusive em várias propriedades que já citei em diferentes oportunidades aqui na coluna mesmo, como os brasileiros Anavilhanas Jungle Lodge e Casa Turquesa, os impecáveis lodges africanos da Great Plains Conservation, o resort polinésio The Brando e tantos outros bons exemplos. Também abordo o tema frequentemente em matérias para outros veículos, na minha coluna no Estadão ou no meu Instagram @maricampos

Hotelaria sustentável de fato, que não apele para sustentabilidade de fachada, que não ache que pedir aos hóspedes para “economizar” toalhas durante a estadia é suficiente, é não apenas essencial para a sobrevivência do setor como urgente. Não apenas porque vivemos a pior crise climática da história, com um futuro próximo já trágico (o relatório do IPCC deste mês deixou isso bem evidente), mas também porque o hóspede vai demandar cada vez mais ações concretas da indústria da hospitalidade nesta direção. 

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Foto: Divulgação/Mandarin Oriental

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DIVERSIDADE PRECISA GERAR MAIOR INCLUSÃO 

A necessidade de gerar mais diversidade e inclusão real na hotelaria e em todo o trade turístico também esteve presente nas pautas de muitas das discussões e painéis do evento.  Concluiu-se que ações relacionadas a elas precisam urgentemente sair do escopo do marketing e tornar-se realidade nas empresas que gerem os produtos turísticos. “Diversidade é convidar para o baile; inclusão é quando você convida para dançar”, citou Hubber Clemente, do Afroturismo HUB.  “Podemos ser mais diversos e inclusivos no turismo sim”. 

Afinal, o turismo sempre foi visto como um setor “naturalmente diverso”, mas a diversidade TEM que gerar real inclusão na hospitalidade. “Hotelaria é feita por pessoas, para pessoas. Todas as mudanças sociais têm que ser acompanhadas pelo setor, o tempo todo”, lembrou Antonietta, da Accor. 

Se iniciativas públicas podem demorar muito para acontecer nesse setor, da ótica da iniciativa privada é possível – e necessário – começar agora mesmo. Muitas propriedades, de pequenas pousadas a grandes hotéis, felizmente já começaram essa batalha há muito tempo. Esperemos agora que muitas outras se juntem urgentemente a elas. 

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Provence Cottage Monte Verde

Hotelaria precisa conhecer de fato o seu cliente

Julho tem sido um mês extremamente positivo para a hotelaria brasileira, principalmente no segmento lazer. Levantamento do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) e outros relatórios do setor mostraram recentemente que a retomada da atividade hoteleira no Brasil deve acontecer bem antes do que se previa. E, por isso mesmo, a hotelaria precisa conhecer de fato o seu cliente. 

Guto Rocha, VP da Pmweb (empresa com foco em Data Driven Marketing e Hospitalidade), afirmou em um evento corporativo na semana passada que este período, mesmo com os índices sanitários tão piores que no ano passado, já pode ser chamado de “era da abundância” para a hotelaria de lazer brasileira. A primeira quinzena de julho, de acordo com os hotéis de lazer que são clientes da Pmweb, foi simplesmente a melhor da história em vendas e ocupação! Isso mesmo: há hotéis e pousadas brasileiros, de diferentes nichos e estilos, batendo recordes de ocupação em plena pandemia e crise econômica brasileira. 

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Belmond Copacabana Palace
Belmond Copacabana Palace. Foto: Mari Campos

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Manter os olhos no futuro

O desempenho tão além do esperado no último par de meses surpreendeu muitos hoteleiros. O otimismo com a recuperação do setor, que cresce conforme finalmente começa a avançar a vacinação contra a Covid-19 no país, é em boa parte reflexo dos bons dados de desempenho da hotelaria nacional este ano, mesmo com estatísticas sanitárias muito mais graves que ano passado. Estudo do HotelInvest, em parceria com o FOHB, mostrou inclusive que o ritmo de novas aberturas hoteleiras não foi afetado (são 147 novos projetos em andamento hoje, totalizando R$ 6,1 bilhões investidos até 2025).

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Mas, mesmo em cenário nacional tão complicado, é preciso saber aproveitar o bom momento mantendo os olhos no futuro. Nem todo empreendimento hoteleiro, seja novo ou antigo, está sabendo utilizar os dados coletados de seus hóspedes para o benefício de suas próprias operações. Guto Rocha insiste na importância (e na urgência) de hotéis criarem de fato relacionamento com o hóspede (e com o futuro hóspede também) para que a recuperação seja realmente consistente a longo prazo. “A hotelaria precisa ser protagonista nessa guerra pelo cliente. Vai sobreviver quem conhecer melhor seus clientes”, afirmou no evento da Elo na semana passada.

Muitos hoteleiros ainda não sabem exatamente o que fazer com os dados do cadastro preenchido antes do check-in, dados obtidos através dos formulários do site ou mesmo fornecidos através de contatos por mensagem em redes sociais. Alguns sequer explicam realmente aos funcionários da recepção a importância desses dados serem bem coletados. Sabemos que tem sido “tudo-ao-mesmo-tempo-agora”nos últimos meses; muita gente chamando de volta funcionários dispensados nos meses mais duros, outros com dificuldade de encontrar mão de obra qualificada para lidar com tais dados. Mas a hotelaria precisa conhecer de fato o seu cliente, fazer bom uso desses dados coletados e usa-los também para manter sua fidelidade

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Valorização de sites, redes sociais e contatos virtuais

Há anos recebo reclamações de viajantes brasileiros sobre sites pouco amigáveis de hotéis e pousadas no país que os fizeram desistir de potenciais hospedagens. Sites poluídos visualmente, com músicas tocando automaticamente, links falhos, informações faltantes e/ou difíceis de encontrar. Sites que não têm informações explícitas sobre suas instalações, funcionamento da propriedade e valores de estadia/simuladores de reserva práticos. Sem falar em solicitações de contato enviadas que podem levar inacreditáveis semanas para serem respondidas em alguns casos – um erro crasso, ainda mais em período de ciclos curtos de planejamento como agora.

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Tudo isso precisa urgentemente ser encarado como parte do “receber bem” que sempre foi o negócio da indústria da hospitalidade. Sobretudo por estarmos vivendo um período de tantas mudanças e incertezas, o turista precisa de acolhimento e segurança em todas as etapas do processo. Se o possível hóspede não tem uma boa experiência ao chegar no hotel pelo site, se não é estabelecido um elo de confiabilidade ou se não há retorno em tempo hábil a uma abordagem via redes sociais, é possível que o sujeito acabe optando por um concorrente que gere essa primeira experiência de contato/compra de maneira mais eficiente. 

“O ‘receber bem‘ agora inclui também receber bem no site e nos demais diversos canais do hotel. Mesmo antes de fechar uma compra na Booking, esse cliente vai provavelmente entrar no site do hotel; então é preciso investir em experiência de compra em geral também”, afirmou Guto Rocha. Vale lembrar que isso não se restringe a turistas independentes; boa parte dos viajantes que compram suas viagens através de agências e consultores especializados também dá ao menos uma passadinha no site e/ou no Instagram do hotel antes de bater o martelo da compra. 

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Clareza na comunicação e na captação dos dados

Na pandemia, as queixas sobre hotéis e pousadas que não deixam evidente no site quais são exatamente seus protocolos de combate à Covid-19 também são muitas. Como já comentei aqui e no meu instagram anteriormente, não basta apenas escrever “seguimos todos os protocolos contra a Covid-19“; uma parcela dos viajantes hoje quer saber que protocolos exatamente são esses para que a relação de confiança entre as partes aconteça logo de cara. 

A hotelaria precisa conhecer de fato o seu cliente. Os dados dos hóspedes, disponíveis para a hotelaria de forma compulsória (já que o cadastro de ingresso é obrigatório no país), também precisam ser tratados com o valor que têm e merecem. É preciso saber coletar e computar tais dados com eficiência para que estratégias de vendas e comunicação estejam sempre alinhadas com as expectativas pessoais de viajantes

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Manter contato com os hóspedes e potenciais hóspedes, enviar questionários, responder e sanar dúvidas, acolher reclamações e gerar feedback… Tudo isso é essencial para alinhar expectativas e serviço – e para conseguir criar novos produtos também para o cliente que já foi conquistado continuar voltando à propriedade. 

Investir em conteúdo de fato – seja no site ou nas mídias sociais da propriedade – é fundamental tanto para conquistar novos hóspedes quanto para manter o desejo de hóspedes prévios seguirem voltando à propriedade.  A CVC Corp anunciou recentemente investir 70% da verba de marketing nas chamadas mídias de performance (canais pagos com o objetivo de atingir uma meta específica do negócio).

Mas, convenhamos, nem é preciso ir tão longe. Fazer bom uso dos dados coletados de cada hóspede da casa, manter os canais de comunicação com hóspedes prévios e possíveis novos hóspedes sempre abertos de maneira eficiente e criar primeiras experiências de contato satisfatórias são estratégias mais fundamentais do que nunca. 

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Casa Turquesa Paraty

A hospitalidade mais em evidência do que nunca

Depois de tantos e tantos meses olhando para as paredes das nossas próprias casas, agora, com o calendário de vacinação finalmente começando a lentamente avançar no Brasil, mais e mais pessoas estão voltando a programar (ou cogitar) viagens. E a hospitalidade está mais evidência do que nunca.

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No começo do ano, escrevi aqui na coluna sobre como o brasileiro passou a dar muito mais importância para suas acomodações de viagem durante a pandemia. Viajantes estão agora focando menos nos atrativos turísticos dos lugares que visitam e muito mais nos hotéis, pousadas e imóveis de temporada escolhidos para suas viagens. Uma tendência em ascensão, independentemente do nicho e estilo de viagem, confirmada em pesquisas recentes do Airbnb, Booking, Euromonitor e outros.

Tem sido justamente através da indústria da hospitalidade que boa parte das novas experiências de viagem destes tempos têm acontecido. E hotéis, pousadas e imóveis de temporada que entenderam isso estão saindo na frente nessa corrida há meses. 

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A hospitalidade mais em evidência do que nunca

Nos últimos meses, as pessoas têm procurado cada vez mais por algo “diferente” ou “especial” nos lugares nos quais se hospedam. Foi-se o tempo em que hotel era considerado “lugar para tomar banho, dormir e tomar café” pelo brasileiro médio.

Portanto, a hospedagem agora passa a ser aspecto fundamental da viagem de cada vez mais gente, e é preciso atender com excelência e criatividade essa demanda. A tendência tem se refletido na cobertura jornalística de turismo em geral nesse período, que também tem colocado a indústria da hospitalidade mais em evidência do que nunca – gerando uma demanda ainda maior nesse sentido.

Em minha viagem a Paraty, RJ, agora em junho, hospedada na sempre incrível Casa Turquesa (uma das minhas hospedagens preferidas no país e sem dúvidas uma das melhores no Brasil), encontrei diferentes hóspedes (inclusive alguns hóspedes frequentes) que estavam ali pela propriedade em si e não pelo destino. Mostrei detalhes dessa estadia adorável no meu instagram @maricampos

Todos concordaram sobre as belezas naturais e históricas da cidade; mas afirmaram sem rodeios que a escolha da hospedagem tinha sido muito mais importante do que a escolha do destino em si. A capacidade de uma propriedade garantir real segurança nesses tempos, ser sustentável, ampliar seu menu de serviços, informatizar atendimentos (do check in às reservas de serviços sem contato) e seguir antecipando os desejos dos hóspedes foi fator primordial na escolha. Não à toa, a Casa Turquesa tem testemunhado a maior ocupação de seus treze anos de existência.

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Fatores fundamentais para a sobrevivência da indústria da hospitalidade

Um estudo recente da Traveller Made, em parceria com o Glion Institute of Higher Education, elencou dentre os principais fatores para a sobrevivência da indústria da hospitalidade no mundo durante a pandemia o aprimoramento da experiência do hóspede por meio da tecnologia, a criação de novos serviços e produtos, e os constantes treinamentos e apoio físico e mental ao staff (afinal, staff feliz é o melhor caminho para o hóspede satisfeito).

Segundo o estudo, mudar a função de quartos ociosos em tantas propriedades durante o primeiro ano da pandemia (seja como room office, como pop up bares e restaurantes, espaços para experiências gastronômicas privativas etc) foi um dos principais pontos que ajudaram hoteleiros a pensar em outras propostas de novos serviços a serem oferecidos, e também em novas utilizações para espaços pré-existentes. A Traveller Made cita também a importância do crescimento de até 80% das staycations e a implementação de novos espaços funcionais ao ar livre nesse processo. 

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Cinco aspectos INCONTORNÁVEIS

Na hotelaria brasileira, hoteleiros que vêm enfrentando a pandemia com boas taxas de ocupação em suas propriedades têm destacado em geral cinco aspectos que consideram “incontornáveis” para assegurar o bom desempenho nesses tempos duros:

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1. Segurança sanitária

Hóspedes prestam cada vez mais atenção e valorizam cada vez mais os diferentes procedimentos hoteleiros para garantir segurança, higiene e saúde durante a estadia. Mas é fundamental ser extremamente claro na comunicação de tais “protocolos” para inspirar confiabilidade. 

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2. Informatização

É desafio necessário manter a calidez e a eficiência do serviço com distanciamento social, priorizando cada vez mais operações sem contato (a digitalização de operações já é vista como fundamental para boa parte dos hóspedes no quesito “segurança). A digitalização de serviços abriu caminho para novas e bem-vindas maneiras de receber hóspedes com qualidade e respeito absoluto aos protocolos sanitários obrigatórios desses tempos.

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3. Trabalho remoto

O trabalho remoto tem ajudado sobremaneira a hotelaria brasileira a melhorar seus índices de ocupação (inclusive com estadias em média muito mais longas). Há destinos inteiros cada vez mais interessados nesse público, como mostrei recentemente em matéria para o UOL. O nomadismo digital já é uma realidade para parcela significativa dos viajantes, e a hotelaria precisa estar preparada para essa nova necessidade dos hóspedes. 

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4. Sustentabilidade

O real envolvimento de hotéis e pousadas com sustentabilidade (ambiental, econômica, social e cultural) passou a ser um dos critérios prioritários de escolhas de viagem para muito mais gente (71% dos entrevistados em estudo da Booking e 51% em estudo do Airbnb, por exemplo). O viajante está cada vez mais consciente dos impactos que suas decisões de viagem geram.

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5. Bem-estar

Segundo o Global Wellness Tourism Economy Report, o turismo de bem-estar já responde por cerca de 17% de toda a receita da indústria turística – e cresce mais e mais rápido que o turismo em geral. E a indústria da hospitalidade finalmente começa a entender que oferecer opções voltadas para o bem-estar vai muito além de pratos saudáveis no menu e massagens relaxantes no spa. 

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Reinvenção AINDA é a palavra chave

Reinvenção tem sido uma palavra frequentemente proferida pela maioria dos hoteleiros com os quais conversei nos últimos meses. Afinal, hotéis e pousadas perceberam que, com os hóspedes passando cada vez mais tempo nos lugares nos quais se hospedam, é fundamental adaptar operações, ambientes e serviços para tornar esses lugares ainda mais acolhedores e interessantes.

Sejam estas mudanças temporárias ou permanentes, a hotelaria bem-sucedida tem estado extremamente atenta às mudanças de comportamento e de padrão de gastos e consumo dos hóspedes. Portanto, com criatividade, inovação e competitividade, o hoteleiro precisa estar realmente alinhado às necessidades sociais vigentes – para muuuuuito além dos famigerados protocolos sanitários. 

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