A estrutura hoteleira na República Dominicana

Passei a última semana toda na República Dominicana, o destino caribenho mais visitado por turistas de todo o mundo, de acordo com dados do relatório deste ano da Organização Mundial de Turismo.

Neste cenário, sabemos que há anos o Brasil é um mercado extremamente importante para o destino e um dos maiores emissores de turistas do mundo para a República Dominicana. Embora a grande maioria rume diretamente para os grandes resorts tudo incluído de Punta Cana, fiz uma viagem um pouquinho diferente. A convite do Ministério do Turismo da República Dominicana, visitei também outros cantos do país – a começar por sua capital, Santo Domingo – para conhecer um pouco mais da estrutura hoteleira do país e da própria diversidade de seus destinos turísticos.

Voei a Santo Domingo com a Copa Airlines (escala rápida no Panamá), mas o país conta com oito aeroportos internacionais e diversas possibilidades de rotas para chegar lá. A capital dominicana é repleta de belezas arquitetônicas (trata-se da cidade mais antiga das Américas) e realmente vale ao menos um pernoite (se possível, dois) – e a hotelaria local está finalmente sabendo tirar bom proveito disso.

Lá, fiquei hospedada no charmoso Hodelpa Nicolás de Ovando, que ocupa um imenso casarão colonial restaurado em pleno centro histórico. Os quartos e banheiros são espaçosos e confortáveis, há piscina, academia, dois bons restaurantes e os ambientes comuns souberam tirar ótimo proveito da história do edifício. Móveis coloniais com um toque de contemporaneidade, muito verde, belos pisos – e tudo com um serviço bem simpático e eficiente.

Além do charme do hotel em si, o Nicolás de Ovando soube criar um serviço premium dentro do próprio hotel: o Club Imperial, que funciona como um lounge executivo com café da manhã e happy hour gratuitos todos os dias, além de águas, refrigerantes, cafés e peticos à disposição no espaço o tempo todo. Devagarzinho, outras propriedades da cidade começam a investir também nesta vibe hotel-boutique-histórico, que tem tudo para seguir funcionando na cidade.

Para fugir do estereótipo dos imensos hotéis all-inclusive de categoria turística da ilha, algumas regiões da República Dominica, como Samaná e La Romana, se destacam pelas opções luxuosas de hospedagem e pelo fluxo imensamente inferior de turistas em suas areias. La Romana, que vem sendo apontado com um dos pedaços mais luxuosos do país, deve sua aura premium em grande parte ao excelente Casa de Campo, um hotel que faz parte dos seletos portfólios tanto da Leading Hotels of the World quanto da Preferred Hotels.

Trata-se de uma imensa propriedade que mistura hotel e villas privadas entre campos profissionais de golfe, paisagismo caprichado e, claro, a beira-mar. Conta com ótimos quartos, um caprichado beach club, marina, lojas, diferentes complexos de piscina, excelente serviço em geral e ainda uma incrível oferta de bares e restaurantes das mais diversas cozinhas. Ali cada quarto recebe um carrinho de golfe no check in (obrigatória a apresentação da carteira de identidade) para se locomover dia e noite entre os distintos espaços do hotel. A grande sacada do hotel é que ele funciona tanto no modelo tradicional da hotelaria de luxo, com apenas hospedagem, como também em sistema tudo incluído – à escolha do hóspede, inclusive na hora do check in.

A propriedade tem ainda a Altos de Chávon, uma cidadela antiga que reproduz uma vila italiana medieval com direito a igreja, praças, anfiteatro romano e edifícios antigos hoje ocupados por lojas, galerias de arte, cafés, bares e restaurantes – e ainda tem uma vista linda para o rio e as colinas cobertas de verde. A localização é excelente, belas praias quase desertas e ainda é um bom ponto de partida para tomar um dos passeios à Isla Saona.

E como não dava para deixar Punta Cana de lado, passei os últimos dias da viagem por lá. A cidade ganhou novos e charmosos beach clubs e investe cada vez mais pesado em hotelaria de luxo para fugir um pouco do estigma dos resorts all inclusive de qualidade duvidosa. O destaque da hotelaria ali fica por conta do premiado Tortuga Bay, com design de Oscar de la Renta, mas vale dizer que mesmo all inclusives mais tradicionais estão dando um jeitinho de tirar uma fatia deste mercado.

É o caso do hotel Dreams Punta Cana, com mais de 600 quartos, que acrescentou um serviço “Preferred” a alguns deles. O hotel é antigo e poderia passar por uma bem-vinda reforma nos edifícios onde os quartos estão localizados. Mas os quartos são extremamente espaçosos (a maioria com jacuzzis nas grandes varandas) e há mais de 10 opções diferentes para gastronomia. Quem paga pelo suplemento Preffered leva amenidades diferenciadas, bebidas premium, frigobar incluído nas diárias, consumo em sem restrições em todos os restaurantes da propriedade, serviço de concierge exclusivo para reservas e passeios, lounge dedicado dentro do hotel e também um beach lounge exclusivo, bem caprichado, em área específica e controlada da praia, com cabanas e serviço diferenciado.

Uma inciativa simples que faz profunda diferença no dia-a-dia dos hóspedes que optam por este suplemento – a começar pelo sossego do café da manhã. A estratégia vem dando tão certo que outros grandes resorts da região já estão planejando implantar medidas similares a partir do segundo semestre do ano que vem.

Dá para conferir mais informações sobre o país aqui e mais informações sobre a hotelaria testada e aprovada na minha viagem pela República Dominicana aqui.

Onde ficar em Cartagena, no Caribe colombiano

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The Beaumont: jóia da hotelaria londrina

A hotelaria de luxo londrina prima pelos altos padrões de serviço e não é de hoje. Hospedar-se em um hotel de luxo em Londres, assim como em Paris, é praticamente garantia de se deparar não apenas com instalações cheias de conforto mas, sobretudo, com staff de postura e serviços impecáveis, da recepção aos bares e restaurantes. Connaught, Mandarin Oriental Hyde Park (que, aliás, acaba de reabrir e muito em breve falaremos mais dele aqui), The Marylebone e Shangri-la Hotel London at The Shard são apenas alguns dos hotéis da cidade cujo serviço eu pessoalmente endosso integralmente.

Em março passado, mal eu desci do meu transfer da Blacklane em frente ao The Beaumont e a hostess à porta me olhou atentamente, com um sorriso no rosto, e emendou: “seja muito bem-vinda, senhora Campos. Como foi sua viagem?”. Eu nunca tinha me hospedado antes no hotel, nem tampouco o taxista sabia meu sobrenome.

O reconhecimento facial no hotel foi dos mais impressionantes que eu já vi, não se restringindo apenas à recepção. No restaurante, na conciergerie e por três vezes nos próprios corredores do hotel fui cumprimentada por diferentes funcionários que sabiam exatamente quem eu era e me saudavam fazendo uso do meu sobrenome. Sem afetações, sem exageros; tudo rápido, simpático e polido.

Até porque, veja a contradição, discrição é uma das características mais marcantes deste charmoso hotel de luxo no coração de Mayfair. Membro da excelente coleção L.V.X. da Preferred Hotels, o hotel ocupa um edifício recuado em uma rua estreita, de pouco movimento – mas a apenas duas quadras do agito da Oxford Street.

Fui convidada a me hospedar no The Beaumont esses dias e constatei que o o hotel realmente tem um padrão geral de serviços que não consegui comparar com nenhum outro da capital inglesa – por mais que eu seja fã declarada de vários deles! A discrição, antecipação de necessidades e desejos e eficiência em providenciar retorno (como diria George Clooney, what else?!) realmente me impressionaram. Com o detalhe da uniformidade e da constância: não importava o horário do dia, o dia da semana ou a hierarquia do funcionário, a postura era sempre a mesma – o que, pessoalmente, acho que faz toda a diferença em uma estadia.

Quartos discretos, charmosos e muito funcionais. Foto: Mari Campos

Fora isso, as instalações do hotel também são de primeira linha. Quartos sóbrios mas muito elegantes, cheios de madeira e obras de arte. Mesmo os menores deles têm excelentes banheiros, muito espaçosos e com detalhes muito bem-vindos, como piso aquecido. As facilidades eletrônicas estão todas ali, incluindo fartura em tomadas e entradas usb. E todas as diárias incluem mini-bar não alcoolico e deliciosos chocolates caseiros na abertura de cama.

O restaurante The Colony Grill Room serve excelentes opções de café da manhã cobradas à parte, mas o charmoso The Club Room, anexo ao lobby, tem diariamente um “corner” gratuito com café, chá e pastisseries todas as manhãs.

O décor inspirado nos anos 20 inclui diversos móveis e objetos vintage, livros raros numa charmosa biblioteca e uma coleção de mais de 1500 obras de arte espalhada pelo hotel todo. O hotel conta ainda com academia, um discreto spa, uma charmosa barbearia à moda antiga e Vintage Daimler para levar os hóspedes sem custos a diferentes pontos de Mayfair.

Dá pra ler mais sobre o The Beaumont London também aqui.

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O novo 9Confidentiel Paris e o peso de Philippe Starck na hotelaria

É inegável que Philippe Starck seja uma espécie de mago no design da hotelaria contemporânea. Foram os projetos de Starck que alçaram à fama imediata hotéis como o red&hot Faena de Buenos Aires ou mesmo o Fasano Rio com sua indefectível piscina. 

O nome mais intimamente ligado ao eclético mundo do design hoteleiro desde os anos 80, Starck agrega valor imediato a qualquer projeto do qual faça parte, de Nova York à Singapura. Craque em mesclar em seus ambientes conforto e excitação, espaços cheios de enigmas com surpresas emocionais, Starck sempre apostou na harmonia entre o funcional e o emocional. Aos 69 anos, o francês foi o responsável por duas das mais esperadas inaugurações hoteleiras de Paris do último ano: os geniais 9Confidentiel e Brach Paris.

Participei do soft opening do 9Confidentiel Paris dias antes de sua abertura oficial em dezembro útlimo. Apesar das opulentas portas do lado de fora, o ambiente interno é pequeno, discreto e extremamente aconchegante. Parte da coleção L.V.X da Preferred Hotels, o hotel fica localizado no artsy Marais, rodeado por galerias, boutiques e infinitas opções para comer e beber. 

São apenas 29 exclusivos quartos decorados com cores pastéis e os inconfundíveis jogos de espelhos de Starck por toda parte – muito rosa e bronze e oscilações entre o neoclassicismo e a modernidade. Segundo ele, cada quarto e suíte foi desenhado como uma “candy box para cortesãos”, inspirado na elegância dos anos 20, 30 e 40 e fazendo uma verdadeira ode ao charme parisiense e sua atmosfera romântica. Os quartos são pequenos, mas incluem belíssimas vistas para os inconfundíveis telhados de Paris – e os jogos de espelhos conferem ótimo senso de amplitude ao banheiro. 

Apesar de em uma das noites ter sido literalmente a única hóspede do hotel todo, pude constatar que a excelência em serviço foi uma constante durante toda minha hospedagem – incluindo staff que fala português fluentemente.  Vale ficar ao menos um dia para o simpático café da manhã à la carte do pequeno restaurante do hotel e para um drink no discreto (porém vibrante) bar com menu exclusivo do premiado mixologista Nico de Soto. 

O discreto bar com menu by Nico de Soto do 9Confidentiel. Foto: Divulgação

Mais Starck em Paris

Inaugurado alguns meses antes, o Brach Hotel fica no 16o arrondissement e, apesar de afastado do circuito turístico da cidade, tem em seu delicioso restaurante ao menos um indiscutível pretexto para se explorar seus arredores (aposte sem medo no brunch dominical da brasserie). 

Parte da Evok Hotels Collection, no Brach o design de Starck foi pontuado pelo romantismo modernista com influências multiculturais da África, da Ásia e da América do Sul. Com muito concreto e vidro, o edifício foi originalmente uma das sedes do serviço postal parisiense nos anos 70. Os 52 quartos trazem muita luz natural com impressões dadaístas misturadas a imagens em preto e branco, máscaras e cerâmicas de diferentes estilos.“É o encontro do modernismo Bahaus com as maravilhas africanas”, diz Starck. O hotel tem ainda um rooftop garden exclusivo de seu restaurante, com vista panorâmica para Paris.

Para 2020, Philippe Starck abre também em Paris a esperada Maison Heler Metz, parte da Curio Collection by Hilton, e o Rosewood São Paulo, que promete ser um verdadeiro “parque vertical” em sua fachada. A conferir.

O bom uso do valentine’s day pela hotelaria internacional

Enquanto no Brasil a hotelaria ainda se mexe muito pouco para celebrar o Dia dos Namorados além de meramente oferecer espumante e chocolates no check in nos quartos, lá fora o mercado hoteleiro já entendeu, há tempos, que a data pode movimentar quantias substanciais para propriedades que souberem investir direitinho.

Capitalizar o Valentine’s Day – celebrado internacionalmente no próximo dia 14 de fevereiro – é possível, sim, sem cair necessariamente nos estereótipos. Acreditar na data como um pretexto para casais investirem em experiências românticas inesquecíveis e na qualidade do tempo que passam juntos está, felizmente, cada vez mais em moda no hemisfério norte. A estratégia do “creating memories” dá certo – tanto que algumas propriedades já estão vendo casais que celebraram um Valentine’s Day no hotel em um ano voltarem em outra data – ou mesmo repetindo a dose da celebração no ano seguinte. 

É o caso, por exemplo, do Acqualina Resort & Spa, em Miami, sobre o qual já falei aqui. O hotel, que tem uma das mais altas taxas de returning guests da cidade, investe em experiências diferentes a cada ano. Não cria experiências fora da caixinha, mas aposta na “criação de memórias” para convencer os hóspedes a repetirem o hotel em outro ano ou outras circunstâncias. Para este 2019, o Valentine’s Day “padrão” vai contar com um jantar exclusivo harmonizado com champagne no AQ Chop House by Il Mulino, mas o menu de possibilidades customizadas para o próprio hóspede é imenso. Vai de tratamentos a dois no ESPA spa da propriedade a românticos jantares à luz de vela, totalmente sob medida, tanto na praia quanto no próprio quarto. 

A hotelaria internacional já descobriu que, com criatividade, o Dia dos Namorados pode ser uma data altamente rentável para o mercado
Experiências exclusivas a dois é a proposta do Four Seasons New York Downtown. Foto: Divulgação

Também nos EUA, o Four Seasons Hotel New York Downtown vai além e está lançando para este Valentine’s Day o Soak Service for Two. Criado pela diretora do spa do hotel Tara Cruz, o serviço inclui um ritual de banho customizado na própria banheira do quarto, com sais do Himalaia, tuberosa e capim limão – com direito a espumante rosé e doces para acompanhar. O Soak Service vai passar a fazer parte do menu regular do hotel, mas no pacote de Valentine’s Day inclui, além da experiência de banho, a estadia por uma noite no hotel e um jantar de cinco passos no restaurante CUT by Wolfgang Puck – e custa desde USD599.

Também em Nova York, o hotel  The Mark , no Upper East Side, membro da coleção Legend da Preferred Hotels & Resorts, resolveu ousar mais esse ano e lançou um “Cardápio Afrodisíaco” como parte do programa do dia 14 de fevereiro.  Por US$290, o casal é brindado com coquetéis elaborados com ingredientes naturalmente afrodisíacos, uma dúzia de ostras frescas, salmão com molho picante de gengibre como prato principal e Red Velvet como sobremesa. Quem quiser, ainda pode customizar o pacote de Valentine’s Day, adicionando a ele itens como lingeries da marca inglesa Agent Provocateur.

Do outro lado do Atlântico o clima romântico também movimenta a hotelaria. O The One Barcelona, membro da coleção L.V.X. da Preferred Collection, preparou um pacote batizado de “Falling in Love”. Se a escolha do nome não foi das mais criativas (nada é perfeito), o conteúdo do pacote, sim. A ideia é que o casal seja recebido no aeroporto em um carro de luxo para o transfer ao hotel, se hospede em uma das exclusivas suítes da propriedade (como a Barcelona, a Sagrada Família ou a Penthouse), tenha uma garrafa de Perrier Jouet e 24 rosas Baccara esperando por eles no quarto, um tratamento exclusivo para os dois no spa com óleos 100% orgânicos e um jantar sob medida preparado pelo chef Miguel Muñoz do Somni Restaurant e servido no próprio restaurante ou na suíte – à escolha do casal. E não para por aí não: após o jantar, a ideia é que os hóspedes sejam levados até o Mood Rooftop Terrace (que tem vistas incríveis para Barcelona) para degustarem coquetéis criados especialmente para a data ao som de um saxofonista tocando ao vivo.  E, é claro, o café da manhã no quarto no dia seguinte também faz parte do pacote – que vale desde 1975 euros. 

E isso só para dar nome a alguns hotéis – basta rolar o dedo no feed do instagram por esses dias para ver como boa parte da hotelaria internacional investe pesado na data. Com criatividade, a hotelaria brasileira também poderia ir bem além da fórmula “garrafa de espumante e chocolates no check in” e transformar o próximo Dia dos Namorados em uma data altamente rentável para o mercado.

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Nizuc e a hotelaria mexicana de primeira linha

Não dá para negar que Cancun tenha andado em baixa no fluxo de brasileiros nos últimos anos. Depois de tanto tempo como queridinho nacional, recebendo hordas de turistas todos os anos, Cancun testemunhou considerável queda no número de brasileiros que visitam o destino – principalmente no mercado de luxo. A zona hoteleira se massificou, adolescentes americanos bêbados tomaram boa parte do boulevard em alguns períodos do ano e os hotéis de luxo da orla já precisam de remodelação há um tempo. Com razão, ganharam espaço os charmosos hotéis boutique de Playa de Carmen e os novos hotéis do complexo hoteleiro de luxo de Mayakoba.

Mas há esperança para o turismo de luxo em Cancun, sim (o destino, aliás, deve ganhar novo fôlego entre brasileiros a partir de meados de 2019, quando voltaremos a ter voo direto do Brasil para lá). E essa esperança atualmente atende pelo nome NIZUC. Convidada a experimentar e avaliar o hotel em outubro passado, pude comprar que o charmoso hotel, parte do portfólio da Preferred Hotels, enfim trouxe a hotelaria mexicana de primeira linha de volta à cidade.

Localizado a menos de 15 minutos do aeroporto de Cancun, o Nizuc ganha pontos já na largada pro estar instalado com exclusividade na linda Punta Nizuc, sem qualquer grande shopping ou balada na vizinhança. Tem hóspede que mal deixa o hotel durante a estadia, mas vale saber que o “entertainment district” de Cancun está a 20 minutos de carro e o hotel é base excelente para passeios clássicos da Riviera Maya, como as ruínas de Tulum ou Chichén Itzá, as esculturas subaquáticas do MUSA ou um dos muitos cenotes da região.

Foto: Mari Campos

Típico hotel-destino, que já vale a viagem por si só (falo mais sobre isso neste texto aqui), o resort ocupa 29 acres de uma antiga propriedade governamental banhada pelas águas transparentes do Caribe, jardins tropicais e uma imensa área de mangue protegida. Não à toa, o Nizuc foi eleito um dos 10 melhores resorts do México por publicações internacionais como a Travel+Leisure – com o adendo importantíssimo de, na maior parte do ano, ter preços bem mais convidativos que hotéis de mesmo nível em outros cantos do país.

O design premiado conta com uma entrada super imponente, com direito a muita madeira e pedra em todo o resort, mesclando com perfeição o design contemporâneo mexicano com o minimalismo asiático. O paisagismo tropical, do manguezal à beira-mar, também merece destaque.  No total, são 274 acomodações distribuídas entre suítes e vilas – sempre com muito espaço e luz natural, e contando com incríveis banheiras, serviço de mordomo e piscinas privativas na maior parte delas. O resort também é totalmente “access-friendly”.

Detalhe do belo lobby do Nizuc. Foto: Mari Campos

A maior vantagem é que a propriedade é tão grande e tão bem planejada (com tantos espaços diferentes) que, apesar das quase três centenas de quartos, não passa a ideia de “lotada” nem mesmo quando está em sua ocupação máxima. Além de duas prainhas privativas simplesmente deliciosas, com direito a bancos de areia, água turquesa e esportes aquáticos como snorkel e kayak incluídos, o Nizuc conta com cinco piscinas, sendo uma exclusiva para adultos. Aliás, o hotel é family friendly, com excelente kids club incluído, mas consegue muito bem manter uma aura de romance na maior parte do hotel (o menu de atividades românticas, aliás, é extenso, incluindo jantares privativos à beira-mar, pé na areia).

Somem-se a isso duas quadras de tênis, 3 lounge bars com vistas perfeitas para o por do sol (incluindo um com música cubana da melhor qualidade ao vivo) e seis restaurantes caprichadíssimos: Ramona, para autêntica comida Mexicana com twist contemporâneo; Indochine, um asiático irretocável, perfeito para o jantar; Terra Nostra, de cozinha mediterrânea com óbvio destaque para pratos italianos, tudo feito lá mesmo, que serve também um famoso brunch de domingo; Ni, o adorável restaurante peruano do hotel, de ambiente super casual e ceviches simplesmente irretocáveis, perfeitos para os dias quentes da Riviera; Café de la Playa,  o restaurante do café da manhã de todo dia, com gigantesco bufê cheio de “corners” diferentes (e mimosas incluídas todos os dias); e o La Punta Grill & Lounge, à beira da piscina exclusiva para adultos, é ótima opção para pratos leves e grelhados, dia e noite.

As espetaculares banheiras “soak in” do quartos do Nizuc. Foto: Mari Campos

Além das muitas atividades incluídas diariamente na programação “oficial do resort” (incluindo degustação de vinhos mexicanos semanalmente), diversos outros programas podem ser organizados privadamente, de cooking classes e “tequila journeys” a passeios privativos em barcos que saem do próprio píer do hotel.  E é recomendadíssima ao menos uma visita ao seu ESPA-spa durante a estadia: além do excelente menu de massagens com produtos naturais e diversas terapias de raízes mexicanas, o spa conta também com uma incrível área de hidroterapia, imensa e incrivelmente bem coordenada (incluindo uma mini massagem de 10 minutos no final!), como nunca vi em nenhuma outra propriedade.

Mas o maior patrimônio do Nizuc, a meu ver, fica por conta de seu numeroso e sempre cálido staff. Todo hóspede, visitante ou outro membro do staff é sempre saudado com o icônico cumprimento da mão pousada sobre o coração em semi-reverência, que já virou marca registrada do resort.  Exceto pelo serviço de praia (que poderia ser mais caprichado, com funcionários mais atentos e mimos como água mineral gelada cortesia, como tantos outros resorts similares fazem), o serviço em geral é consistente, simpático, afável e antecipador de vontades e necessidades. Belo hotel.

Dá para ler mais sobre minha estadia no Nizuc aqui.

Dá para ler mais sobre resorts no México aqui.

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