W Sao Paulo

Como é o novo W São Paulo

O arranha-céus envidraçado do novo W São Paulo, na Vila Olímpia, chama a atenção de longe entre as copas das árvores e o emaranhado de edifícios da Faria Lima – mas a entrada para carros é tão discreta que muita gente nem vê direito.

ACOMPANHE AS VIAGENS DA MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

Primeiro W Hotel do Brasil, o W São Paulo, recentemente inaugurado, é mais um ótimo exemplo desta nova safra de hotéis da marca de lifestyle da Marriott, com ambientes mais discretos, serviço mais caprichado e décor mais sofisticado.

W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

Com muita pedra e madeira brasileiras e um design quase modernista das áreas comuns às acomodações (com móveis majoritariamente criados por designers brasileiros), o W São Paulo ocupa a metade superior do edifício de quarenta andares em uma das áreas mais movimentadas da capital paulista (a metade inferior é tomada por residências), garantindo belas vistas urbanas até na academia.

Para o viajante a lazer, além da estrutura do próprio hotel (que deve abrir seu spa nos próximos meses), há belos parques nos arredores, vários restaurantes nas proximidades e também um dos maiores shoppings da cidade bem pertinho.

LEIA TAMBÉM: O que a gente pode (e o que a gente não pode) levar de um hotel para casa

.

W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

.

Como é se hospedar no novo W São Paulo

O lobby do W São Paulo fica instalado no 24º andar e é acompanhado por um discreto bar de inspiração japonesa (apesar das cadeiras coloridas), com teto mais baixo e farto menu de coquetéis e rye. Embora infelizmente esse bar não funcione todos os dias (não funcionou enquanto estive hospedada ali, por exemplo), o local parece estar investindo em DJs algumas vezes por semana e os drinks têm sido elogiados.

ACOMPANHE AS VIAGENS DA MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

No andar debaixo, através de uma bela escada sinuosa, fica o Baio Cozinha Sulista, o principal restaurante da propriedade, aberto do café da manhã ao jantar. O farto serviço de café da manhã tem amplo buffet, serviço bem atencioso e um delicioso menu à la carte de pratos quentes também incluído.

Recentemente a casa começou a oferecer um excelente brunch dominical das 13 às 17h, com tudo incluído: enorme buffet de saladas, doces e salgados, menu à la carte de pratos quentes, espumantes, sucos, vinhos e gin tonic. Nas demais refeições, o Baio prioriza em seu cardápio a culinária do sul do Brasil.

LEIA TAMBÉM: Tudo sobre o belo Awasi Iguazú

As acomodações do W São Paulo têm entradas USB de distintos tipos estão em ambos os lados da grande cama, enormes TVs de tela plana giratórias, água e café cortesia e mesmo as categorias de entrada têm bastante espaço. Apenas os armários disponíveis são limitados. Os banheiros são bem iluminados, com janelas amplas inclusive nos chuveiros, e com os vasos sanitários separados.

As suítes têm espaço de sobra e vistas incríveis sobre a cidade – vale cacifar os andares mais altos por isso. Têm também banheiras instaladas curiosamente fora da área molhada: ou no quarto ou ainda na sala de estar – o que não tem agradado a todos os hóspedes.

Só estranhei bastante que não houve turndown service / serviço de abertura de camas durante minha estadia. Tampouco a tecla whatever/whenever do telefone da minha suíte funcionou. E pessoalmente achei a welcome amenity, com apenas 3 bombonzinhos artesanais, bastante singela para uma suíte, principalmente em comparação com outros hotéis W nos quais já me hospedei.

LEIA TAMBÉM: Review: Zendaya Resort Búzios.

.

W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

.

Vistas paulistanas como protagonistas

O grande destaque do novo W São Paulo está em seu deck no 40º andar: ali fica uma belíssima piscina de borda infinita, debruçada sobre a cidade, com vistas realmente incríveis de São Paulo. Ouso dizer que tem a vista mais bonita que já vi numa piscina de hotel na capital paulista.

ACOMPANHE AS VIAGENS DA MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

Ao redor da piscina, diversas espreguiçadeiras tipo day bed deliciosamente acolchoadas, perfeitas para descansar ou ler sem perder o horizonte paulistano de vista – nem os aviões que vêm e vão dia e noite, passando bem diante do terraço.

Uma curiosidade: atrás da piscina, existe uma tela gigante de LED que o hóspede não consegue ver direito; mas que os passageiros dos aviões visualizam perfeitamente através de suas janelinhas.

Ao lado da piscina fica o restaurante e lounge L40 do hotel, bom endereço para tomar um drink ao pôr do sol. Em algumas das noites, DJs se apresentam por lá.

Infelizmente não tive a oportunidade de provar o cardápio do restaurante, mas a promessa é que a cozinha do L40 funde pratos brasileiros com receitas de diversos países da latitude 40, como Turquia, China, Coreia, Espanha, Itália, Grécia e outros.

A abertura do novo W São Paulo é parte importante do novo plano de expansão das marcas de luxo da Marriott International, sobretudo na América Latina e Caribe.

Para a hotelaria brasileira, é um marco importante também. Nos próximos meses, o Westin São Paulo abrirá suas portas e um novo W Gramado tem por enquanto abertura confirmada para 2028.

Além disso, um grande projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro, promete reunir propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection numa mesma área. E a Marriott confirmou também o projeto para um Westin João Pessoa. 

LEIA TAMBÉM: Hotelaria anuncia novidades na ILTM Latin America

ACOMPANHE AS VIAGENS DA MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

.

.

W Mexico City

Review: W Mexico City

Os hotéis W são conhecidos pela atmosfera sempre festeira e bastante dedicada ao universo das artes – e não seria diferente na colorida capital mexicana. Em minha mais recente viagem à Cidade do México, me hospedei por alguns dias no badalado W Mexico City , que ocupa um grande edifício no comecinho do elegante bairro de Polanco (um dos mais gostosos e arborizados da cidade), próximo a ótimos bares, restaurantes e lojas dos arredores.

ACOMPANHE A MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

A marca de hotéis de alto padrão da Marriott, aliás, frequentemente (e discutivelmente) associada às propriedades do portfólio MILUX do grupo, deverá inaugurar em breve sua primeira propriedade no Brasil, na cidade de São Paulo, ampliando sua presença na América Latina.

Criada em homenagem à mistura de culturas e os vibrantes cenários de Nova York, a marca W Hotels está hoje presente em destinos de quatro continentes, com propriedades sempre associadas aos cenários de música, moda e design locais. O lobby do W Mexico City não foge à regra e recebe constantemente mostras e exposições de distintos gêneros.

LEIA TAMBÉM: Review: St Regis Mexico City

.

.

Como é se hospedar no W Mexico City

Bastante informal, sempre tomado por algum exposição com obras multicoloridas e com impactantes poltronas futurísticas no centro: é assim que o pequeno lobby do W Mexico City recebe seus hóspedes e visitantes.

Logo ao lado, fica o principal bar do hotel, o Living Room Bar, bastante acanhado e silencioso durante a semana e muito movimentado às sextas e sábados. No primeiro andar ficam os dois restaurantes do W Mexico City, acessíveis também a não hóspedes.

O 25DOS e o Trivvu ficam curiosamente separados por uma máquina de venda automática de garrafinhas individuais de espumante. O 25DOS, com apenas um ambiente interno e paredes de vidro, funciona exclusivamente para o excelente café da manhã. Com diversas estações de buffet, inclui também no serviço uma ótima carta de pratos quentes, bastante superiores à oferta de marcas mais luxuosas da Marriott na cidade, como o próprio St Regis Mexico City.

O Trivvu, aberto o dia todo com o mesmo menu, foi uma ótima surpresa. Com jeito de rooftop bar – a maior parte do restaurante fica ao ar livre, num terraço com vista para Polanco – tem ótimo serviço, boa playlist dia e noite e um menu bastante interessante de petiscos, pratos e coquetéis de inspiração mexicana. Aliás, oferece coquetéis muito melhores e mais criativos que o bar do hotel no térreo.

LEIA TAMBÉM: A bossa do novo JW Marriott São Paulo

.

.

Quartos espaçosos e hospitalidade latina

Os 237 quartos do W Mexico City, completamente reformados em 2016, são bastante espaçosos e com ótima iluminação natural. Mesmo utilizando acabamentos simples, cores claras e branco e preto nas zonas de impacto, têm o décor impactante típico dos hotéis da marca.  

Há vista para a cidade dos quartos e também dos banheiros – e vale insistir em um dos andares mais altos para aproveitar as melhores vistas. As acomodações corner, de “esquina”, estão entre as mais espaçosas, com uma boa área de living, grande mesa de trabalho, banheira com vista e pequenas varandas laterais.

LEIA TAMBÉM: Sete tendências de viagem para 2024

As instalações do W Mexico City incluem ainda academia 24 horas e um bom spa com um típico temazcal mexicano, grande banheira de hidromassagem em área semi-coberta e saunas seca e a vapor.

Embora o serviço ali esteja longe de ser impecável, há algo muito bem vindo no W Mexico City: a tradicional “soberba” comum a funcionários de outros hotéis da marca ali não existe; a amabilidade da hospitalidade essencialmente latina dá o tom o tempo todo, do check in ao check out, do café da manhã ao jantar. Uma bela surpresa.

Confira disponibilidade, datas e valores do W Mexico City aqui.

ACOMPANHE A MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

.

.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

A nova flagship dos W Hotels

Um dos impressionantes murais do W Bellevue. Foto de Mari Campos

Criada a partir da chamada “bold attitude” (ousadia) da cidade de Nova York, a bandeira W Hotels da Marriott International sempre provocou, desde seu surgimento, uma disruptura com o cenário da hospitalidade upscale internacional. Do seu icônico botão de serviço “whatever/whenever” para atender o hóspede em qualquer circunstância (hoje marca registrada na hotelaria) ao design bastante provocativo, ao longo de quase duas décadas (e mais de 80 hotéis depois) a marca continua rompendo regras do luxo tradicional na hotelaria em todos os sentidos.

No comecinho de março estive em Seattle, onde a nova flagship da marca foi lançada: o W Bellevue, inaugurado no segundo semestre de 2017, ficou mesmo um espetáculo – e não poderia ser mais diferente do W Seattle, a meros 20 minutos de distância, perfeitamente localizado no centro de Seattle, mas com alguns quartos precisando urgentemente de um extreme makeover.

Fui convidada a me hospedar no novo hotel e gostei muito do que experimentei. O novo W Bellevue tem 245 quartos e design inspirado em uma lake house do noroeste americano – o que justifica, por exemplo, o repetido uso dos tetos A-frame. Mas o jogo de texturas e formatos nos móveis de design e a combinação de cores nos imensos murais nas paredes em quase todos os cômodos não poderia ser mais iconicamente “W”. Aliás, tudo ali combina muito com a nova bossa de Bellevue, um dos destinos dos arredores de Seattle que mais rápida e charmosamente se desenvolve, virando um novo hub de compras, gastronomia e vida noturna para moradores e turistas que visitam a região.

O design do hotel abraça sem pudores a história regional e as belezas naturais que o rodeiam (inclusive nos imensos murais de artistas renomados como Gaia, Lady Aiko e Zio Ziegler), sem abrir mão das inovações tecnológicas nos quartos e nas áreas comuns (tomadas mil, entradas usb mil, tudo se conecta o tempo todo, uma maravilha). Os murais mesclam backgrounds regionais e internacionais, em ambientes que brincam o tempo todo com a ideia de privado e público, grandes espaços e lounges intimistas.  O staff é super jovem e relax, mas ao mesmo tempo extremamente pontual e profissional (fiz ali um dos mais rápidos check-in e check-outs do últimos tempos).

Da recepção ao chamado Living Room (que é quase um playground para o viajante moderno!), o elemento lúdico está em alguns murais com jeito de cartoon, em uma cabine de DJ e mesas de jogos instaladas em meio aos sofás e pufes do super sexy  lounge bar  (com música animada o tempo todo, é claro). Todo esse lado posh contrasta com a sala chamada de “biblioteca”, de cores claras, poesia nas paredes, sempre silenciosa. E há ainda um imenso terraço externo, com móveis que vão de sofás tradicionais à beira da lareira à adoráveis balanços de vime.

Detalhe do quarto do W Bellevue, vista cidade. Foto de Mari Campos

Os banheiros públicos do primeiro andar, apesar de serem identificados por gênero do lado de fora, se fundem todos no mesmo espaço unissex do lado de dentro.  Os corredores dos quartos são adornados com fotos enquadradas de lake houses da região e o design dos quartos continua misturando o sexy (como nos boxes transparentes em banheiros completamente abertos para os quartos) com o lúdico (como no formato da cômoda, cujas gavetas foram propositalmente construídas como se estivessem sido deixadas abertas) – e vista para o lago ou para o skyline de Bellevue, com direito a sofazinho para contempla-la. A academia é gigante e completíssima, e os hóspedes também recebem fones de ouvido e três mapas de corrida diferentes pelo bairro, com diferentes distâncias a percorrer. Mas não há spa.

Na gastronomia, o The Lakehouse é acessível tanto da recepção do hotel quando do mall adjacente e, sob o comando do chef Jason Wilson (vencedor do James Beard), investe pesado no conceito de “farmhouse” da região Northwest dos EUA. Os pratos vêm sem frescuras, mas bem saborosos, e o ambiente é delicioso. É no Lakehouse também que é servido o café da manhã do hotel (à la carte). O downside fica por conta do serviço de quarto, bastante limitado.

No térreo, e também comandado por Wilson, o interessante e discretíssimo Civility & Unrest é um speakeasy lounge que fica escondido atrás do mural gigante de Gaia à entrada do hotel. Vale entrar sem medo, que a mixologia é assunto seríssimo por lá (e o local ganha ares de balada nos finais de semana).

Sou fã de carteirinha de algumas unidades do W, principalmente as que brincam com essa vibe lúdico+sexy, como Santiago, no Chile, ou Verbier, na Suíça. Mas no W Bellevue mesmo ficou claríssimo, já à primeira vista, porque ele passará a ser o flagship da bandeira – inclusive pelo serviço realmente cinco estrelas que, sejamos bem francos, não é todo W que tem.

Hotel Inspectors é também um perfil no Instagram (@HotelInspectors) e uma página no facebook (@HotelInspectorsBlog).