Joali Being Maldivas

Joali Being: o primeiro wellness retreat das Maldivas

Talvez não tenha outro destino do planeta em que a escolha do hotel é decisiva para sua viagem como as Maldivas. Ali, como o turista dificilmente sai dos domínios do resort escolhido, cada hotel do arquipélago é o destino. Com a discutível política de quase zero restrições desde o começo da pandemia, se converteram em um case maior ainda, batendo recordes históricos de visitantes – e, claro, somando ao já imenso portfólio de opções novas propriedades recentemente inauguradas. Incluindo o belo Joali Being, o primeiro wellness retreat das Maldivas.

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Inteiramente dedicado ao turismo de bem-estar e ao nicho do chamado ultra luxo, o novo hotel, inaugurado no finalzinho do ano passado, ocupa sozinho uma ilha do arquipélago de Raa. São cerca de 40 minutos de voo em hidroavião – muitas vezes, em belas aeronaves personalizadas para o hotel – que o separam da capital Malé. O incrível píer de chegada, cuja enorme estrutura de entrada foi inspirada no movimento dos dervixes em transe, já avisa que o resort tem profundas raízes turcas, assim como seus proprietários – mas fez também questão de ter diversos funcionários naturais das próprias Maldivas, uma raridade no destino.

Acabo de passar uma semana todinha por lá fazendo um de seus programas de imersão iniciais e acompanhando o gerente geral Özgur Cengiz, ex-One&Only Maldives conduzir com maestria a enorme equipe de funcionários do resort. E posso afirmar categoricamente: o Joali Being é mesmo diferente – e bastante – de qualquer outro hotel das Maldivas.

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Como funciona o Joali Being, o primeiro wellness retreat das Maldivas

É possível que o viajante escolha se hospedar ali apenas pela beleza natural da ilha ou pela arquitetura de estilo realmente sem igual no arquipélago. Mas esqueça o “barzinho” da noite, os cafés da manhã flutuantes, as renovações de casamento em jardins ou bancos de areia idílicos. A proposta do Joali Being é trabalhar com programas completos de imersão personalizados para seus hóspedes. Estabeleceu “quatro pilares transformadores” – mente, microbioma, pele e energia – que orientam todos os tratamentos, terapias e refeições oferecidos na propriedade. A ideia principal é que seja visto como um wellness retreat no qual hóspedes cuidem bem da saúde física e mental com o “plus” de estar nas Maldivas.

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Seus programas de imersão estão disponíveis para hóspedes que fiquem por pelo menos cinco noites no resort e são personalizados, segundo os mais diversos propósitos pessoais e/ou médicos. Mudar antigos hábitos acaba sendo uma consequência natural de todos eles.

As atividades disponíveis incluem uma mistura interessante de princípios da ciência moderna e das tradições antigas, incluindo muita naturopatia, medicina ayurvédica, medicina oriental e herbologia. Há tênis, yoga, aerial yoga, pilates, core, arco e flecha, snorkeling e mais uma série de aulas diariamente – muitas delas incluídas na diária de qualquer hóspede. E esportes aquáticos, massagens, watsu, terapia dos sons, crioterapia e outras práticas pagas à parte. O espetacular café da manhã – com direito a um enorme buffet e amplo menu de pratos à la carte – está sempre incluído; as outras refeições dependerão do programa escolhido pelo hóspede.

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Apontado pela Travel&Leisure como um dos melhores novos hotéis de 2022, possui apenas 68 acomodações, todas em estilo villa e muito espaçosas. São 33 na praia e 35 sobre o mar, todas com living separado do quarto, enormes banheiros e piscina privativa. Com água, café e chás – e fartamente disponíveis – dentre uma louvável seleção de amenidades cortesia (que inclui também nécessaires, material de leitura e diversos outros mimos. Há wifi de ótima qualidade – mas apenas nas villas. A ideia é todo mundo desconectar enquanto estiver fazendo suas atividades no resort.

O complexo de spa, Areka, tem 39 salas de tratamentos privativas – a maioria remotamente entre a vegetação local e algumas poucas sobre o mar. Tem a maior academia das Maldivas, diferentes espaços para prática de yoga e quadras esportivas. O centro de herbologia do hotel, Aktar, cria chás customizados para os hóspedes e oferece ainda diferentes ateliês e workshops, ensinando inclusive como preparar seu próprio óleo essencial perfumado.

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A natureza dá sempre o tom

Dos restaurantes à arquitetura, é a natureza quem comanda tudo no Joali Being, primeiro wellness retreat das Maldivas. Biofílica, a arquitetura impressiona em qualquer ambiente: materiais naturais, texturas diversas e pés-direito altíssimos, criando espaços muito ventilados. Priorizaram também cores pouco usuais na hotelaria das Maldivas, como rosa e verde-água nos quartos, que definitivamente transmitem uma sensação constante de tranquilidade.

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São apenas dois restaurantes na propriedade toda, Flow e Mojo. Mas o primeiro vale por três: tem, separadas, uma cozinha apenas para peixes e frutos do mar, outra para vegetais e outra para carnes. E cada refeição apresenta menus distintos para cada uma delas (como em qualquer resort das Maldivas, fundamental reservar a estadia com pelo menos meia pensão; as refeições avulsas ficam facilmente em US$250,00 para um casal, sem bebidas.

Os menus oferecidos focam no local, no orgânico, no saudável. Nada em linha xiita, é claro. Porque obviamente há pizza, hamburguer e batatas fritas no menu. E carnes de todo tipo. Mas os menus mais extensos são os de peixes e frutos do mar e vegetais – e há diversas opções para veganos. E os pratos são sempre muito, muito leves, mesmo nas porções mais bem-servidas.

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No Joali Being não há qualquer estímulo ao consumo do álcool; pelo contrário. A frase clássica do staff é “muitos hotéis se orgulham de suas adegas; nós nos orgulhamos dos nosso chás”. O resort conta com um dos bares exclusivamente dedicados à milenar bebida, com mais de 60 tipos de chá oriundos de 17 países (Brasil incluído) à disposição. Oferece não apenas um vasto menu como degustações especiais e workshops inteiramente dedicados a esse universo.

Nos restaurantes e no bar principal, há oferta alcoólica mas bastante limitada. O destaque fica por conta de bons vinhos orgânicos e biodinâmicos. Mas a grande estrela da casa são seus sucos, vitaminas e deliciosos (mesmo!) healthy mocktails, sempre à disposição – e com impressionante variedade.

Os carrinhos elétricos estão sempre à disposição dos hóspedes, dia e noite. Mas todos são incentivados a fazerem bom uso de caminhas e das bicicletas e triciclos existentes em toda villa – e a adesão é altíssima.

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Um resort que já nasceu sustentável

O Joali Being já nasceu 100% comprometido com a sustentabilidade. Faz compostagem de todo resíduo orgânico, utiliza somente sacos de lixo biodegradáveis, baniu o uso de plástico (tem embalagens criativas que incluem até folhas de bananeira), faz reciclagem constante de materiais (inclusive vidros quebrados, com esmagadora própria) e adotou uma política zero waste até na cozinha (vegetais inutilizados são transformados em picles, cascas das frutas são desidratadas, ervas que sobram aromatizam azeites etc).

Seus restaurantes trabalham com o conceito “earth to table“ e os peixes e frutos do mar servidos ali são comprados apenas de pescadores locais com práticas sustentáveis de pesca. Associado ao Olive Ridley Project, está finalizando dois tanques para recuperação de tartarugas que ficarão instalados no próprio resort.  A arquitetura biofílica, privilegiando a iluminação e a ventilação naturais, garante também eficiência energética. Irriga o resort em sistema “drip” e faz uso de BioGuy para remover resíduos biológicos de maneira sustentável.

As chaves das acomodações são todas de madeira, as amenidades são embaladas em papel ou colocadas em grandes displays reutilizáveis e até as cápsulas de café dos quartos são 100% biodegradáveis. Produz sua própria “água da casa” com sistema Sewage Treatment, farta e gratuitamente distribuída em todas as acomodações e restaurantes. Eventuais plásticos encontrados no resort (trazidos pelo mar ou pelos hóspedes) são separados e enviados para a Parley, uma organização não governamental de proteção aos oceanos.

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Importante: como é focado em bem-estar, é um hotel pensado para adultos. Famílias com crianças são bem-vindas apenas na super low season (julho e agosto). Já no Joali Maldives, dos mesmos donos e localizado a meros 15 minutos de lancha do Joali Being, são bem-vindas – e muito mimadas – o ano todo.

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Loft Bom Jardim

7 tendências para a hospitalidade em 2022

Começando o ano 3 da pandemia, já sabemos o quanto a Covid-19 impactou e mudou a indústria da hospitalidade para sempre. O comportamento dessa nova safra de viajantes da pandemia está em constante evolução, mas diversos estudos já começaram a traçar perspectivas bastante significativas para o ano que chega. E é disso que trata a coluna de hoje: 7 tendências para a hospitalidade em 2022 apontadas pelo mercado doméstico e internacional.

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De 2020 para cá, o segmento encontrou respostas inovadoras extraordinárias para as situações que se desenrolaram ao longo da pandemia. Após o aperto do ano anterior, muitas propriedades brasileiras bateram recordes históricos de ocupação em 2021. E hotéis, pousadas e imóveis de temporada que abriram suas portas durante a pandemia, já plenamente adaptados às necessidades dos novos tempos, também tiveram, em geral, enorme sucesso no ano passado.

Ainda não sabemos quando será o esperado fim destes tempos pandêmicos, mas já sabemos que parte importante dos viajantes – e, consequentemente, do próprio mercado também – está mudando de maneira definitiva.  O viajante hoje tem muito mais consciência sobre tópicos como sustentabilidade, bem-estar, comunidade, propósito. Novos valores, novas necessidades, novas expectativas surgiram e modificaram de maneira indelével o funcionamento cotidiano dos negócios da hospitalidade.

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Casa Floresta. Foto: Mari Campos

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7 tendências para a hospitalidade em 2022

Algumas tendências importantes de 2021 se manterão firmes no ano que começa, e novas tendências estão emergindo neste mercado, face às mudanças de comportamento de viajantes. Confira abaixo sete tendências para a hospitalidade em 2022.

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* SUSTENTABILIDADE

Mais do que nunca, o hóspede está ganhando conhecimento sobre o quanto uma propriedade da indústria da hospitalidade pode impactar positiva ou negativamente um destino. Responsabilidade social já é visto como obrigação moral e econômica; e diversos estudos do setor prevêem um aumento ainda mais significativo de viajantes querendo investir seu dinheiro com sabedoria, fazendo escolhas responsáveis também na hora de decidir suas férias.  

A pandemia felizmente trouxe muito mais consciência a uma parcela significativa dos viajantes sobre a necessidade de tornar o turismo uma atividade essencialmente sustentável – com impacto direto na hotelaria. Hóspedes buscam cada vez mais propriedades que maximizem impactos positivos junto às comunidades, ambientes e aspectos culturais dos destinos visitados.

E isso não se refere apenas a grandes redes internacionais, não. Até mesmo imóveis para aluguel de temporada nascidos na pandemia já entenderam essa necessidade, como os excelentes Sítio Alto da Cascavel, em Córrego do Bom Jesus (MG), e Casa Floresta, em Bragança Paulista (SP). Duas propriedades que são fruto direto do aumento da procura pelo turismo de isolamento na pandemia e que entenderam que aliar conforto, segurança e sustentabilidade é uma necessidade absoluta. Dá pra ver detalhes de ambas propriedades no meu Instagram @maricampos

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Loft Bom Jardim
Loft Bom Jardim. Foto: Mari Campos

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* BUBBLE TRAVEL

O conceito de “bubble travel” se espalhou mundo afora em 2021 e deve trazer ainda mais procura por buyouts de hotéis e pousadas, além de aumentar a procura por villas com serviço. Famílias, amigos, grupos multi-geração têm investido de maneira consistente em produtos que valorizem a exclusividade e a hiper-personalização de espaços e serviços em tempos pandêmicos. 

Antes mais restrito ao mercado de luxo, a demanda por buyouts e propriedades de aluguel exclusivo, sem dividir espaço nem atenção com outros hóspedes, vive seu maior boom da história também em outros nichos do turismo. Mesmo hotéis maiores já estão oferecendo possibilidade de buyouts para grupos maiores, que busquem mais privacidade e segurança.

Há cada vez mais viajantes buscando a segurança de ambientes sem contato com outros viajantes  – e no mercado de luxo eles estão dispostos a investir bastante nisso. Não à toa, a procura por estadias em ilhas privativas aumentou exponencialmente de 2020 pra cá, no Brasil e no mundo.  

Os investimentos em propriedades de temporada com serviço incluído aumentaram na mesma proporção. É o caso, por exemplo, do complexo da Villa Bom Jardim, em Paraty (RJ), inaugurado no ano passado pelos proprietários da Pousada do Sandi. Uma villa de sete quartos e um adorável loft de 3 suítes, ambos localizados em uma baía idílica e isolada, para serem alugados independentemente, com serviço de governanta, caseiro, marinheiro, arrumadeira e cozinheira incluído nas estadias. O hóspede tem todos os benefícios do buyout de um hotel ou pousada, sem precisar arcar com os custos de cômodos que não ocupará. Dá pra ver vários detalhes da minha estadia no belo Loft Bom Jardim também no meu Instagram @maricampos

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A bela fachada do Palácio que faz parte do Ananda in the Himalayas. Foto: Mari Campos.

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* BEM-ESTAR/WELLNESS

É mesmo natural que, em tempos de doença, isolamento social e tanto luto, a preocupação com saúde e bem-estar se tornasse maior para parte importante dos viajantes. 

Muito além de cumprir plenamente protocolos de saúde rigorosos para proteger seus hóspedes da Covid-19, a indústria da hospitalidade seguirá enfrentando forte demanda para cuidar também do bem-estar geral de seus clientes.  Medicina preventiva e autocuidado seguem em alta em 2022, transformando a indústria do bem-estar em um mercado de trilhões de dólares, em constante expansão, aqui e lá fora.  

E o hoteleiro atento já entendeu a essa altura que cuidar do bem-estar de seus hóspedes vai muito além de simplesmente ter instalações de spa na propriedade. Experiências individuais e personalizadas focadas em desenvolver vitalidade e equilíbrio emocional, controlar o estresse e dormir bem são cada vez mais bem-vindas, nos mais distintos nichos do setor. 

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Four Seasons chat. Foto: Mari Campos

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* MENOS CONTATO, MESMA CALIDEZ

Check in e check out virtual, cardápios e manuais em QR codes, pagamentos sem contato, concierges e room service via chat são apenas algumas das mudanças tecnológicas estabelecidas de maneira maciça em boa parte do mercado durante a pandemia. O grande desafio para hotéis e pousadas, assim como bons anfitriões da hospitalidade não convencional, tem sido entender que a necessidade de menos contato físico com o hóspede não pode interferir na calidez nem na qualidade do serviço prestado. 

Infelizmente, nem todos passaram bem por essa fase, sabemos – inclusive muitos grandes resorts brasileiros, que ainda apresentam falhas gigantescas nessa otimização do bom uso das tecnologias. Por outro lado, há diversas propriedades que souberam levar as doses exatas de calidez, cordialidade e excelência também ao atendimento virtual – que seguramente se manterá não apenas como tendência mas obviamente como necessidade também em 2022.

À medida que a inovação tecnológica continua a evoluir, a hospitalidade precisa se adaptar para permanecer à frente da curva. Inclusive na gerência do negócio da hospitalidade através de diferentes aplicativos e sistemas. E é preciso entender que a personalização de serviços é uma forte aliada para a excelência de serviço também nesse sentido. Aproveitar os dados do hóspede através do uso da tecnologia permite criar ofertas e serviços personalizados e realmente relevantes.

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Four Seasons Anguilla
Crédito: Four Seasons Anguilla

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* STAYCATIONS & LONG STAYS

As chamadas “staycations” e as estadias cada vez mais longas (long stays ou extended stays) também já mostraram que não devem ser tendência passageira da pandemia, não. Embora ninguém possa saber ao certo como turistas se comportarão quando a pandemia finalmente acabar, já é fato certo que staycations e long stays seguirão em alta também em 2022. 

Pelas próprias restrições e mudanças constantes provocadas pela pandemia, boa parte dos viajantes se viu forçada a viajar menos, e frequentemente percorrendo distâncias menores, mas por períodos maiores a cada viagem.

Assim, pelas mesmas razões, escapadas em nossa própria cidade, simplesmente para mudar um pouco de ambiente sem precisar de grandes deslocamentos ou polpudos investimentos, também passaram a figurar no menu de possibilidades para muito mais viajantes. No novo cenário gerado pela chegada da ômicron, nacional e internacionalmente, ambas tendências seguramente se manterão. 

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Serra da Mantiqueira
Cabana da Nomad Place. Foto: Mari Campos

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* HOSPITALIDADE TAMBÉM COMO LOCAL DE TRABALHO

O tal do “hotel office” ou “anywhere office” já provou que não era uma onda passageira da quarentena do começo da pandemia. Mesmo com a reabertura do mercado tanto no Brasil quanto no exterior, muita gente ainda está passando pela pandemia em home office

Um levantamento da McKinsey&Co estima que em 2021 o percentual de pessoas no mundo todo trabalhando permanentemente de maneira remota praticamente dobrou. E parte dessas pessoas está usando a indústria da hospitalidade também como escritório alternativo.

Diversas grandes multinacionais e startups já anunciaram que não pretendem voltar ao sistema 100% presencial de trabalho quando a pandemia acabar. O chamado bleisure deve ver sua popularidade crescer ainda mais ao longo de 2022. Combinar lazer e trabalho ou estender viagens a trabalho com dias dedicados ao lazer serão prática ainda mais comum neste ano – e saem na frente as propriedades da hospitalidade que se adaptaram (inclusive fisicamente) para atender bem essa demanda e suas necessidades. 

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Paisagem perfeita para solo travelers se entrosarem no tour do explora Atacama. Foto: Mari Campos

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* O boom DOS ‘SOLO GUESTS

O crescimento do turismo de viajantes solo vem sendo destacado em diferentes estudos do setor desde o começo da reabertura do turismo, ainda em 2020. Com o isolamento imposto pela pandemia, muita gente finalmente se sentiu à vontade para fazer viagens em sua própria companhia. E 2022 deve ver um aumento ainda maior nas viagens individuais.

Enquanto mais viajantes buscam sossego ou aventura à sua própria maneira, a indústria da hospitalidade precisará adaptar e ampliar suas ofertas para esse público. Em tempos de hiperpersonalização de serviços e atenção plena, será preciso entender a vasta diferença de propósitos e perfis de viajantes desse nicho e fazer todo “solo guest” se sentir confortável na propriedade na qual se hospeda – em todos os sentidos.  

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