Enquanto nos EUA a discussão tem girado em torno do estabelecimento de barreiras migratórias, por aqui há algum tempo se discute a descomplicação da vinda de turistas de alguns países ao Brasil. O plano é que o governo brasileiro dispense, durante dois anos, a necessidade de visto para turistas dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão.
Ainda em processo e caminhando para chegar ao congresso, esta é uma das medidas mais aguardadas para o Turismo. Se mostrou eficaz no período das Olimpíadas Rio 2016 (quando 74% dos cidadão desses países entraram no Brasil se beneficiando da isenção) e da Copa do Mundo em 2014, com grandes chances de ajudar a desenvolver a receita do setor neste ano de 2017, caso seja aprovada.
A isenção de vistos para esses países pode injetar R$ 1,4 bilhão na economia nacional e impactar no aumento do fluxo de turistas das quatro nacionalidades para o Brasil. Se aprovada, seria uma força de apoio ao turismo, num tempo em que toda oportunidade deve ser aproveitada ao máximo.
Todo o andamento dos fatos e os posicionamentos diante da medida evidenciam não só a urgência de estabelecimento de providências que desenvolvam o turismo no país, evidencia também a necessidade em trazer o turismo para o eixo de atenção, classificando o setor como uma das prioridades.
Quando o setor for devidamente discutido, acompanhado e considerado, não apenas com objetivo de monetização, ou motivação puramente política ou social, mas com o entendimento da complexidade e da multiplicidade de âmbitos que essa indústria abraça (cultura, economia, sociedade, hábitos de consumo, tecnologia, serviços adjuntos etc.), é que veremos o turismo no Brasil se desenvolver de forma plena. Continuamos acompanhando.
Olá Janine. Esta é uma discussão pertinente e muito importante, especialmente neste momento de crise econômica pela qual passamos. A política de reciprocidade não tem muito sentido num mundo globalizado como o nosso quando se refere a certos países, especialmente os indicados no seu texto. Na verdade, até entendo a necessidade do ingresso de divisa para os cofres da União/MRE com a manutenção de vistos, mas poderíamos então facilitar e desburocratizar a vida do potencial turista estrangeiro. Nosso vizinho e ao mesmo tempo destino concorrente e complementar – a Argentina – já instituiu o visto eletrônico: rápido e eficiente. Se o MRE e/ou outros ministérios não querem abrir mão das taxas consulares cobradas com a emissão de vistos, o Brasil pode muito bem instituir o “e-visa”! Isto por si só já seria um grande incentivador. Claro, o ideal seria a isenção de vistos, mas se este fôr um assunto polêmico, acredito que o sistema de “e-visa” seria a melhor opção. O turista teria a facilidade de fazer tudo muito rapidamente via internet no conforto de sua casa e com pgto via cartão de crédito. Todos sairíamos ganhando.
[…] Por Jeanine Pires, diretora da Pires & Associados – Artigo publicado também no blog Marketing Destinos. […]