Receita do turismo é a maior do semestre

De acordo com os dados fornecidos pelo Banco Central a respeito das despesas e receita do turismo no mês de novembro, os visitantes injetaram aqui a maior cifra do semestre. A receita cambial foi de US$ 485 milhões no mês passado, 2,62% maior do que no mesmo mês em 2016.

Foi o melhor desempenho do semestre e foi o segundo mês consecutivo que superou o valor da receita no mês referente em 2016. Em outubro, o crescimento foi de 6,69%, um dos maiores do ano.

No entanto, no acumulado do ano,o gasto dos turistas internacionais alcançou US$ 5,3 bilhões, o que corresponde a um percentual de 4,75% inferior ao mesmo período de 2016.

Gastos dos brasileiros

Enquanto a receita cambial apresenta um crescimento pequeno, a despesa acumulou alta de 32,51% em novembro, com os brasileiros gastando no exterior US$ 1,59 bilhão. No acumulado do ano, a despesa cambial chega a US$ 17,38 bilhões, 32,6% maior em relação a 2016, segundo os dados do BC.

Atualmente, o déficit da balança comercial do turismo é de US$12 bilhões, o que representa a diferença entre o gasto do brasileiro fora do país e o valor injetado pelos estrangeiros na economia brasileira. É preciso ainda percorrer muito chão para deixar a balança da economia do nosso Turismo um pouco mais equilibrada…

Nos dados do BC de janeiro, teremos um balanço de todo o ano de 2017. Seguimos acompanhando.

OMT classifica 2017 com um dos melhores anos

A Organização Mundial do Turismo (OMT) aumentou o crescimento esperado no número de viagens de turistas internacionais no mundo para 6% para o final deste ano, enquanto as estimativas anteriores estavam em 4,5%. O aumento na previsão tem base nos resultados registrados nos primeiros dez meses desse ano, quando foram contabilizados 70 milhões de pessoas a mais viajando internacionalmente, de janeiro a outubro, um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano de 2016.

Geralmente, o turismo internacional experimenta um crescimento até o mês de agosto, enquanto os últimos meses do ano tendem a registrar um ritmo mais lento do que os anteriores, mas em 2017 a tendência ascendente foi mantida até outubro, impulsionada principalmente pela Europa do Sul e do Mediterrâneo, África do Norte e Oriente Médio.

Segundo a OMT, a melhora na economia global e a recuperação de destinos que sofreram declínios anteriormente são algumas das razões que refletem o bom resultado no Turismo.

Alguns dados do balanço da OMT

O crescimento mundial contribuiu para uma forte recuperação da demanda do Brasil e da Rússia, com aumentos de 33% e 27%, respectivamente.

A Europa liderou o crescimento das chegadas internacionais entre janeiro e outubro, com um aumento de 8%, graças a avanços de 13% na parte sul e mediterrânea.

Nas Américas houve um aumento de 3%, impulsionado pela América do Sul, com aumento de 7%, enquanto a América Central e o Caribe registraram aumentos de 4%. Observando apenas a América do Norte, a região teve um aumento de 2% graças aos resultados positivos do México e do Canadá, que contrastam com a queda nos EUA.

A África registrou aumento de 8% e foi a segunda região de crescimento mais rápido, graças a uma forte recuperação de seus destinos no norte e os sólidos resultados dos sub-saharianos.

Na Ásia e no Pacífico, o aumento foi de 5%, resultado que foi liderado pelo sul da Ásia, com uma recuperação de 10%; Sudeste Asiático (8% a mais) e Oceania (7% a mais).

No norte da África e no Oriente Médio, o Egito, a Tunísia e a Palestina recuperaram fortemente as quedas dos anos anteriores, enquanto Marrocos, Bahrein, Jordânia, Líbano, Omã e Dubai mantiveram um crescimento sustentado.

Seguimos acompanhando as últimas notícias do Turismo em 2017.

Fim do IVA leva brasileiros à Argentina

Em meio aos atrativos arquitetônicos, naturais, gastronômicos e da cultura latino-americana, o turismo na Argentina é muito mais do que Buenos Aires e Bariloche. Dentre os vários motivos que os brasileiros têm para visitar nosso país vizinho, um dos incentivos é a redução do IVA adotada nesse ano, que reduz os custos dos estrangeiros no país e motivam a visita.

Nos primeiros oito meses de 2017, mais de 650 mil brasileiros estiveram na Argentina (número que implica em um crescimento de 19,7% por via aérea e de 5,4% na rota terrestre) e a redução do imposto pode ser colocada como um fator motivador para esse aumento. A maior parte desses visitantes vai em busca de entretenimento e vida cultural, ou de atrativos naturais, como a neve presente na Cordilheira dos Andes.

O desconto é resultado de um decreto que determina a isenção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) da hotelaria para os turistas estrangeiros que pagarem a conta com cartão internacional. A alíquota do IVA, ao ser excluída, deixa a conta 17% mais barata. Entenda:

 

Como contratar os serviços com o benefício da devolução?

É possível contratar os serviços de maneira direta com o lugar de hospedagem ou por meio de agências de viagens. Não é necessário fazer trâmites nem há devoluções posteriores: a devolução é realizada de forma direta e automática no momento em que o serviço for faturado e cobrado. Caso você compre um pacote ou serviço turístico de hospedagem em uma agência de viagens do exterior, o preço já está livre de IVA. Não é necessário fazer nenhum pedido posterior.

O que inclui?

O IVA correspondente ao alojamento e ao café da manhã, se este estiver incluído no preço da hospedagem. Outros serviços, bens ou prestações comprados, serão faturados de forma separada e não estão sujeitos à devolução. Também não será feita a devolução se o serviço for cancelado ou não utilizado.

Que hospedagens estão incluídas?

Hotéis, albergues, pensões, hospedagens, motéis, campings, apart hotéis e similares, que forem responsáveis inscritos no IVA perante a AFIP como alojamento.

O que é necessário:

Ter passaporte ou documento de identidade que comprove sua residência fora da Argentina. Caso o pagamento seja realizado de forma direta a um hotel ou a uma agência de viagens da Argentina, o mesmo deve ser feito por meio de um cartão de crédito/débito emitido no exterior ou por transferência bancária originada fora dos limites da Argentina. Além disso, você deve exigir sua nota fiscal com tal devolução. Tendo cumprido estes requisitos, é seu direito ter a devolução do IVA.

A redução no imposto é um diferencial que pode ser tomado como exemplo para o Brasil, já que há um interesse dos profissionais da indústria em manter os turistas informados a respeito de vantagens do setor e medidas que aumentam a competitividade junto aos operadores de turismo. Seguimos acompanhando.

 

*Conteúdo com contribuição de Argentina.travel

Os 10 lugares mais presentes no Instagram

Sabemos que o Instagram pode ser, de maneira geral, uma ferramenta poderosa de posicionamento de mercado e, no Turismo, a força que ele exerce é ainda mais notável devido ao compartilhamento digital de imagens de destinos pelos turistas.

O Instagram revelou uma lista dos lugares mais “Instagramados” de 2017 ao redor do mundo. Os resultados não surpreendem tanto, afinal desde 2010 estamos dando double tapping em registros de lugares na rede social.  Confira os 10 locais mais geotagged no planeta:

1. Disneyland, Anaheim, EUA
“O lugar mais feliz na Terra” está no topo da lista como a localização mais geotagged de 2017.. Com 89 atrações clássicas, a Disneyland é relativamente menor do que a sua homóloga da Flórida, porém tem a distinção de ser o único parque temático Disney construído e projetado pelo próprio Walt Disney.

2.Times Square, New York, EUA
No que diz respeito à fotografia Insta-travel, New York é o destino dos destinos. No coração da grande cidade no cruzamento da Broadway e Seventh Avenue, você encontraa famosa Times Square. Com as luzes brilhantes, letreiros enormes e grandes atrações, não é nenhuma surpresa que a Times Square esteja na lista.

3. Central Park, New York, EUA
Outra localização muito instagramada da cidade de Nova York é o Central Park. O trecho de vegetação de 843 acres fornece o cenário ideal de estátuas, lagos e monumentos para a postagem perfeita do Instagram.

4. Torre Eiffel, Paris, França
É muito certo dizer que a Torre Eiffel é o marco mais reconhecível em Paris. Este farol grande e brilhante tem 303 metros de altura e tem vista para a Cidade das Luzes e todas as suas maravilhas. À noite, as luzes da torre estão ligadas, tornando-se instantaneamente um local incrível, ideal para que viajantes capturem a beleza do monumento.

5. Tokyo Disney Resort, Tóquio, Japão
Mesmo com outros cinco parques temáticos da Disney, este Tokyo Disney Resort ainda atrai milhões de visitantes de todo o mundo e eles certamente publicam suas fotos. O resort, que abriu de volta em 1983, é tão mágico quanto os outros parques Disney, por isso é impossível não tirar uma foto para o Instagram

6. Disney’s Magic Kingdom, Orlando, EUA
A magia instagramada continua com o Disney Magic Kingdom em Orlando, na Flórida. Este parque recebe mais de 20 milhões de visitantes e certamente vale a pena visitar e registrar o passeio. É um dos preferidos dos usuários da rede social por alguns motivos e um deles é o Castelo de Cinderela.

7. Musée du Louvre, Paris, França
Embora muitas das imagens postadas sejam de obras de arte famosas no Museu do Louvre, também há muita apreciação pela pirâmide e palácio. Entre a Monalisa, Vênus de Milo e os Jardin des Tuileries nas proximidades, não é de admirar que o Louvre tenha sido marcado por turistas de todo o mundo.

8. Brooklyn Bridge, Brooklyn, EUA
Apontada como a “Oitava Maravilha do Mundo”, quando fez sua estréia em 1883, a Ponte do Brooklyn é o local perfeito para ocupar a paisagem do centro de Manhattan e do Brooklyn. Esta ponte histórica foi a primeira ponte suspensa de fio de aço no mundo.

9. Disney California Adventure Park, Anaheim, EUA
Parece que nenhuma viagem para a Califórnia está completa sem uma visita à Disneyland. O Disney California Adventure Park abriu em 2001 e, desde então, recebeu mais 17 milhões de visitantes mundiais e um lugar nesta lista. Neste parque, os visitantes comumente estão postando fotos com amigos na frente da Mickey’s Fun Wheel ou aderindo a tiros do Red Car Trolley.

10. Las Vegas Strip, Las Vegas, EUA
Graças à abundância de hotéis e cassinos, a Strip de Las Vegas completa a lista dos 10 lugares mais presentes no Instagram, em toda a sua vibrante glória e luzes infinitas.

*Conteúdo adaptado de The Points Guy

Os países que mais influenciam positivamente

O World Economic Forum (WEF) divulgou em sua conta do Twitter, a lista mais recente dos 12 países com maior influência positiva no mundo. O estudo de 2017, elaborado pela Ipsos Mori (especialista em pesquisas de opinião e marketing), entrevistou 18 mil pessoas em 25 nações.

O Canadá é visto como o melhor exemplo, com 81% dos entrevistados afirmando que o país tem uma influência positiva nos assuntos mundiais. Austrália e Alemanha completam os três primeiros.

A classificação de “aprovação” dos EUA caiu 24 pontos percentuais desde a pesquisa do ano passado, indo para a 9ª posição, tendo a afirmação de 40% dos entrevistados de que a influência exercida pelo país é positiva.

Na Europa, UE e o Reino Unido são vistos como tendo uma influência positiva para 57% dos entrevistados. Israel e Irã estão na parte inferior do ranking, com apenas 32% e 21% das pessoas, respectivamente, observando sua influência global de forma positiva.

 

O Brasil não aparece na lista divulgada pelo WEF, porém uma pesquisa deste ano da GlobeScan, da BBC, com objetivo de analisar a percepção global a respeito de países, constatou que 38% dos entrevistados considera o nosso País como uma influência positiva, 6 pontos percentuais a menos do que a última versão do mesmo estudo, em 2014.

Muito provavelmente a queda no percentual está associada ao momento de fragilidade política que o Brasil tem atravessado.

Nessa pesquisa, o Canadá também puxa a fila, com 61% dos entrevistados considerando o país como influência positiva no planeta. No ranking geral da GlobeScan, o Brasil ficou em oitavo lugar em termos de percepções positivas, perdendo uma posição em relação a 2014.

Seguimos acompanhando.

True York City

A agência de turismo de Nova York, NYC & Company, lançou na semana passada a nova campanha de marketing da cidade, chamada “True York City”.

Projetada para promover atrações icônicas do lugar, bairros, e negócios locais e experiências tipicamente nova-iorquinas, a campanha custou US$ 15 milhões e irá promover a cidade nos EUA e em 16 outros países através da frase “Famous Original New York City”, que estará estampada em outdoors, anúncios e redes sociais.

A ideia base é dar ao turista uma experiência genuína na cidade e fazê-lo ir além da “selfie em NY”: explorando, se envolvendo com o ritmo da cidade descobrindo Nova York. Alguns atrativos pouco conhecidos da cidade ganharão algum destaque como pontos de visita da cidade, como “Koreatown” área próxima ao Empire State Building que possui diversos restaurantes coreanos e karaokes muito conhecidos pelo moradores da cidade, mas não por turistas. Os visitantes também são encorajados a conhecer lojas e restaurantes da vizinhança, onde a experiência da cidade pode ser mais autêntica.

A campanha também engaja residentes da cidade, além de visitantes, a compartilharem a vista com a hashtag #TrueYorkCity.

O Turismo em NY

A cidade de Nova York hospedou 60,5 milhões de visitantes em 2016, e o turismo é um enorme motor da economia local, resultando em gastos diretos de US $ 43 bilhões e apoiando cerca de 383 mil empregos. Encorajar os visitantes a explorar os vários bairros da cidade e os bairros fora de Manhattan ajuda a alavancar os benefícios econômicos do turismo ao espalhar os gastos dos visitantes pela cidade.

Overtourism

O fenômeno em que os turistas dominam o destino e atrapalha a vida cotidiana dos locais (um problema sérios em alguns destinos como Veneza, Barcelona e Amsterdã, como já mencionado aqui no blog) não é motivo atual de preocupação na cidade de NY. Porém o incentivo da campanha de marketing para que turistas fujam do comum e explorem a cidade pode ser tido como prevenção, já que ajuda a dispersar o fluxo de turistas, é o que acredita o CEO da NYC & Company.

Seguimos acompanhando o marketing de destinos.

Rio de Janeiro no Top 3 da America Latina

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) divulgou um relatório inédito a respeito do impacto socioeconômico da indústria de Viagens e Turismo em cidades-destino, segmentado por continentes.

De acordo com o City Travel & Tourism Impact 2017, o Rio de Janeiro está entre as Top 3 destinos da América Latina (juntamente com Buenos Aires e Lima), fazendo parte das cidades com melhores chegadas e gastos de visitantes. Segundo o relatório, o Turismo foi responsável por 4,9% do PIB direto da cidade maravilhosa em 2016.

Com demanda doméstica altamente significativa, o turismo na cidade contribuiu com mais de US$ 7 bilhões para a economia nos anos de 2013 e 2014. O relatório prevê aumento nas chegadas de turistas e gastos dos visitantes na cidade, à medida em que a economia do País se recupera.

A WTTC afirma ainda que hospedar a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016 trouxe um impacto direto limitado no PIB e  no setor. Em 2014, houve um aumento no volume de visitas e turistas que passam mais de um dia.  Em 2016, como normalmente é previsto em mega-eventos, houve também um grande deslocamento para outros destinos.

Brasília

A capital do País também aparece no relatório sendo uma das 6 cidades com maior crescimento do setor na América Latina. Sua taxa de crescimento na indústria é de 8,3% (supera a do Brasil). Em destaque na cidade, está o turismo de negócios, incluindo os grandes volumes de viagens governamentais.

O fluxo de Brasília de demanda doméstica é o maior das 65 cidades do estudo global completo: os visitantes brasileiros geraram 96% de todas as atividades de Viagens e Turismo em 2016. A previsão da WTTC de crescimento do setor é 5,9% até 2026 na capital brasileira.

Sobre o City Travel & Tourism Impact 2017

O estudo analisa 65 cidades globais, escolhidas por estar entre as melhores para as chegadas e as despesas dos visitantes. Em todas as cidades do estudo existem níveis de importância diferentes, todos expressando o tremendo impacto que o setor exerce sobre a riqueza da cidade e, portanto, sobre seus cidadãos e visitantes.

A indústria de Viagens e Turismo é um dos maiores setores do globo, apoiando mais de 10% da atividade econômica global e 292 milhões de empregos: 1 em cada 10 empregos em todo o mundo.

Estes dados são uma fonte chave de informação para definição de estratégias e decisão dentro dos governos, bancos de investimento, academia e organizações multilaterais em todo o mundo, particularmente nos 185 países para os quais a WTTC fornece relatórios detalhados.  

Acesse o relatório completo: LA City Travel & Tourism Impact 2017

Brasileiros gastam 32% a mais em compras no exterior

A alta de despesas dos brasileiros em terras estrangeiras permanece em alta a cada mês, foi o que confirmou o relatório do Banco Central a respeito do último mês outubro, divulgado hoje (quinta-feira 23).

Até o mês passado, o brasileiro já gastou mais de US$ 15 bilhões em terras estrangeiras, o que corresponde a 32% a mais do que os números do mesmo período em 2016. Seguindo a mesma linha dos últimos meses, a despesa cambial de outubro foi teve alta 15% em relação a outubro do ano passado.

Receita cambial

Já os turistas internacionais injetaram no País US$ 463 milhões em outubro deste ano, 6% a mais do que o mesmo mês em 2016. Porém, no acumulado do ano, a receita fica em queda, sendo de US$ 4,82 bilhões, 5% a menos do que o mesmo período do ano passado.

Dólar estável

O aumento de gastos dos brasileiros em viagens internacionais tem sido previsto mediante a estabilidade do dólar, que segue girando em torno de R$ 3,15 e não deverá sofrer muitas alterações nos próximos meses.

5 razões para observar de perto o turismo gastronômico

Falei recentemente aqui no blog, no post Conquistando o turista pelo estômago, da inegável importância da comida na experiência da viagem e em como essa vem sendo uma tendência crescente nos últimos tempos.

A gastronomia acaba por se relacionar com diversas esferas econômicas e sociais de um lugar: agricultura, turismo rural, produção de alimentos, cultura, exportação etc. É interessante que o Turismo aborde o tema com estudos e estratégia. Retomando o assunto, que agora está sendo observado com mais foco do que antes, mas ainda sem o entusiasmo e empenho necessários, trago aqui alguns dados do setor que reforçam a indispensabilidade de atenção a esse segmento:

1. A gastronomia ocupa a terceira posição entre as principais motivações que levam turistas a viajar: seguida das razões “compras” e “lazer”,  foi o que afirmou o Informe Mundial de Turismo Gastronômico, apresentado pela Organização Mundial de Turismo (OMT). 

2. 80% dos viajantes acreditam que comer e beber ajudam na compreensão da cultura local de um destino: o dado é da World Food Travel Association (WFTA), em seu relatório Food Travel Monitor.

3. 93% dos viajantes podem ser considerados “food travellers”:  outra consideração da World Food Travel Association (WFTA) que tem por participantes do grupo todos os viajantes que participaram de uma experiência de consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos durante uma viagem.

4. Cerca de 70% dos viajantes que tiveram experiências gastronômicas em viagens, compram os produtos para levar pra casa: outro dado da WFTA. Para rememorar a experiência gastronômica, turistas compram itens de comida ou bebida pra levar pra casa. Mais de 60% compra com intenção de dar de presente a parentes ou amigos.

5. Um turista gasta, em média, 25% do seu orçamento em alimentação e bebida: estimar o impacto econômico do turismo de alimentos e bebidas é, sem dúvidas, uma tarefa difícil. Entretanto, de acordo com pesquisas da WFTA, um turista gasta, em média 25% do seu orçamento em alimentação e bebida (porcentagem que pode variar entre 35% em destinos onde esses itens são mais caros e 15% onde são mais baratos).

Com essa amplitude, estando relacionado a tantos outros mecanismos e diante de uma força motivadora nesse nível, por que o turismo gastronômico recebe um incentivo que não condiz à sua importância? O food travel foi bastante discutido na WTM London e o assunto carece de mais repercussão aqui no Brasil. Temos um potencial incrível de autenticidade e variedade capaz de desenvolver bastante o setor através da gastronomia.

Seguimos acompanhando.

5 tendências para o turismo de luxo em 2018

No turismo, a esfera responsável pelas viagens de turistas mais sofisticados e destinos opulentos foi uma das que menos sofreu impactos com o momento econômico fragilizado do país. Em uma pesquisa realizada pela Virtuoso (rede de agências focada em oferecer viagens à classe A, líder no ramo) com consultores do Brasil, foi observado que 21% dos entrevistados afirmaram terem vendido mais em 2017 do que em 2016.

No segmento de luxo, mapas, horários de check-in e check-out e espera por conexão não importam e quase tudo é resolvido pela agência. Com um público alvo exigente e cada vez mais focado na experiência da viagem (tendência crescente em todos os tipos de turistas), a Virtuoso elaborou um relatório onde lista as 5 principais tendências para o segmento em 2018:

O frio é quente: os viajantes de luxo têm concentrado suas viagens em climas mais frios. A Islândia, por exemplo, é um destino que tem ganho popularidade e coloca em ata diversos destinos do segmento. Acompanhando a tendência estão também as redes de cruzeiros, que buscam incluir o Alasca em seus roteiros. Para os viajantes mais aventureiros, destinos como Antártica e Ártico podem ser a melhor aposta.

Explorando novos destinos: uma forte tendência para o próximo ano, pode ser o principal motivador de viagens de luxo em 2018. Assim como os novos destinos, atividades inesperadas como nadar com vida marinha, voar de balão e passear de helicóptero provavelmente serão também um forte atrativo para essa classe de turistas.

Conectando-se com a família através da viagem: abrindo a lista de tendências desde 2010, a viagem multigeracional (quando membros da mesma família, de diferentes gerações, embarcam juntos) estabeleceu-se firmemente como um nicho de viagem. Em seguida, há viagens com familiares imediatos, também uma tendência consistente que será realizada em 2018. Seja alugando uma vila européia para uma festa com entes queridos, cruzando as Ilhas Galápagos ou fazendo mergulhos na Grande Barreira de Corais, viagens familiares seguirão em alta no turismo de luxo.

Experimente a África: da África do Sul, será o principal destino de aventura de 2018 no segmento. De acordo com o relatório da Virtuoso, safaris continuarão sendo parte integrante da experiência africana, em particular com a preservação da vida selvagem, uma prioridade para os viajantes sensivelmente experientes.

Viajante em vez de turista: tendência global, as experiências imersas não encontradas em um guia ou folheto, oportunidades para conhecer os locais, bairros errantes e fazer descobertas espontâneas tornaram-se as melhores maneiras de experimentar um destino e serão uma busca também para os turistas mais sofisticados. Seja em degustação de vinhos, apreciação da culinária local ou aprendizado de artesanato tradicional ou de um novo idioma, os viajantes de luxo também procurarão a verdadeira cultura da área que visitam em 2018.

Desejos genuínos: tendência que já tem sido um motor para os viajantes de hoje. Atividades incomuns e solicitações extravagantes podem ser analisadas e atendidas no segmento de luxo. Viajantes estão pedindo para pastorear gado na Austrália, para hospedar uma festa em uma cápsula privada a bordo do London Eye. Há também a procura por acomodações raras e incomuns, como iglus na Noruega, castelos privados e dormir sob estrelas no deserto. São ideias inusitadas que podem se concretizar serão presentes em 2018 para o segmento.

Além dos 5 pontos principais, as viagens internacionais seguem sendo um foco no turismo de luxo. O interesse em viagens internacionais mais curtas, com duração de menos de uma semana, também deverá aumentar, segundo as previsões da Virtuoso. Os principais destinos globais incluem Itália, Islândia, África do Sul, França, Austrália e Nova Zelândia.

Seguimos acompanhando o Turismo de perto e as tendências para 2018.