Série “Típico da Toscana” – 1

Durante três dias pertinho de Pisa para participar do IPK’s World Travel Monitor® Forum 2013 in Pisa: World Travel Trends e fazer uma palestra, aproveito para compartilhar assuntos que muitos já conhecem, mas vale a pena recordar ou saber um pouco mais.

Super interessante no quarto do hotel que estou Bagni di Pisa, eles mencionam as especialidades da Toscana, na Província de Pisa: VINHO, TRUFAS, ALABASTRO (fui ver o que era…), CERÂMICAS, AZEITE DE OLIVA, ARTIGOS DE COURO e ÁGUA TERMAL.

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Interessante não ? Bem o VINHO todos conhecem, mas os da região de Pisa têm os nomes associados a estradas e colinas, onde as famílias já produzem com DOC ( Designação de Origem Controlada ) dos vinhos italianos. Os principais são: Chianti delle Colline Pisane, Bianco Pisano di San Torpé, Vino MOntescudaio, Vino dei Colli dell’Etruria Centrale.

Os ARTIGOS DE COURO vêm do século 13, uma tradição artesanal que perdura até hoje. O couro vai direto para a fabricação de sapatos, bolsas e outros produtos de alta qualidade. Os lugares mais tradicionais são Santa Croce sull’Arno, Castelfranco di Sotto e San Miniato.

Viajando em 2013

Os gastos dos estrangeiros no Brasil apresentam grande recuperação em setembro (+14,3%), o mês com maior aumento percentual em relação ao ano passado; no entanto, o ano ainda continua com pequenos crescimento de +0,8%.

O mês de setembro também foi recorde nos gastos dos brasileiros no exterior (+27,3%), consolidando um ano com aumento de quase 16% de despesas no exterior. Segundo a OMT, os brasileiros estão entre as nacionalidades que mais aumentaram seus gastos em viagens internacionais depois da China e da Rússia.

Quanto ao volume de viajantes, enquanto o crescimento médio mundial segundo a OMT é de 5%, as Américas crescem 4% e a sub-região da América do Sul apresenta uma estabilidade em relação a 2012, sem crescimento.

Para os próximos seis meses, a pesquisa do MTur sobre intenção de viagens dos brasileiros mostra que 32,1% pretendem realizar viagens, deste, 74% desejam viajar no Brasil e 23,4% para o exterior.

 

Performance turismo no Brasil

O turismo mundial teve crescimento de 5% nos primeiros oito meses de 2013. O resultado se deve ao ótimo desempenho da Europa na alta temporada desse verão, da Ásia e do Oriente Médio. ( Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo ).

Nas Américas, o bom desempenho ficou por conta da América do Norte, que cresceu 4%. Os EUA também estão entre os países que aumentaram suas receitas com a chegada de estrangeiros (+11%). As receitas também cresceram na Tailândia (+27%), Hong Kong (China) (+25%), Turquia(+22%), Japão (+19%) e Reino Unido (+18%).

Para os emergentes ficou mais uma vez o recorde de gastos em viagens ao exterior. Os chineses gastaram +31% e os russos +28%. Os brasileiros não aumentaram em número de viajantes mas tiveram gastos de +15% em suas viagens ao exterior em 2013. Os gastos dos estrangeiros em nosso país não apresentam crescimento entre janeiro e agosto.

As chegadas de estrangeiros por via aérea nos primeiros oito meses do ano no Brasil registraram diminuição de -9,5%; os primeiros quatro meses registraram grande queda, por exemplo de -28,3% em abril; já a recuperação veio à partir de maio, com destaque para julho que teve crescimento de +27,7%.

Os principais portões aéreas de entrada de turistas registram crescimento nos oito primeiros meses de 28% em Recife, +13,3% em São Paulo (Guarulhos + Viracopos),+6% em Fortaleza e de +2,3% no Rio de Janeiro. Já uma quede de -15% em Belo Horizonte, -5,7% na Bahia (Salvador e Porto Seguro) e -1,2% em Brasília ( Fonte: EMBRATUR/ Polícia Federal ).

“Achismo” não dá

Acredito muito que deveríamos entender melhor os benefícios e riscos de sediar os grandes eventos esportivos de forma a sair das análises genéricas e dos “achismos”.

Um dos assuntos que merece especial atenção é o SETOR DE EVENTOS. O que acontece com esse segmento de mercado depois da realização dos grandes eventos ? Como os resultados e desempenho dos negócios é analisado ?

Comento aqui um relatório – 2013 London Venues Business Report, feito por organizações inglesas sobre a ocupação dos espaços de eventos depois de Londres 2012. Foram feitos levantamentos em 110 atrações turísticas, espaços de eventos e hotéis na cidade de Londres, chegando-se a algumas conclusões:

– existe um otimismo em 94% dos equipamentos depois dos Jogos Londres 2012;

– 63% dos espaços prevêm crescimento positivo em 2013

– 73% dos espaços vão investir recursos para ampliar e melhorar suas áreas em 2013

– 40% dos equipamentos revelam que não mudam preços em períodos de baixa ou alta temporada de eventos

– 80% das empresas oferecem wireless aos público de eventos sem cobrar pelo serviço

– a comunicação online é uma das ferramentas de venda e relacionamento mais importante, tanto para vendas diretas como para divulgação boca-a-boca

E me pergunto: quais os dados temos sobre nossa indústria no Brasil HOJE ? Qual a capacidade de negócios instalada e quais os investimentos futuros, seu retorno econômico e as tendências do mercado ? Como estamos preparando e divulgando nossa capacidade para realizar congressos, feiras e eventos de diversos perfis depois dos eventos esportivos ? Temos alguma estratégia em andamento ?

Indústria de Eventos 2: Brasil

O estudo da ICCA – International Congress & Convention Association, “A Modern History of International Association Meetings” foi alvo de um post aqui no blog semana passada INDÚSTRIA DE EVENTOS. Vamos agora dar uma olhada no crescimento do Brasil nesse cenário, que ao lado da China apresentou um dos maiores índices de crescimento.

A América Latina saiu de 4,2% do total de eventos realizados em 1963 para 10% em 2012. Veja abaixo o market-share atual dos continentes:

Europa: 54%

Ásia: 18,2%

América Norte: 12%

América Latina: 10%

África: 3,3%

Oceania: 2,5%

Cabe destacar, que os eventos latinoamericanos também aumentaram em quantidade, representavam menos de 1% dos eventos mundias e hoje chegam a 4%.

No início dos anos 60, o Brasil realizava em média 15 eventos a cada cinco anos, atualmente, realiza quase mil eventos a cada cinco anos. Isso significa sair de um market-share de 0,8% para 2,8% e também receber a cada cinco anos cerca de 536 mi turistas estrangeiros para participar de eventos internacionais pelo critério da ICCA.Um olhar mais detalhado para os últimos 10 anos, mostra a evolução do número de eventos que o Brasil recebeu, veja no link: EVENTOS ICCA BRASIL

Muitos desafios pela frente. Creio que o fato de recebermos os grandes eventos esportivos em 2014 e 2016 devem ser motivo de muita ação para mostrar a capacidade de receber e realizar eventos com profissionalismo. Lembrando que poderíamos estar recebendo muito mais eventos, em muitas cidades brasileiras, e para isso é preciso um trabalho focado e direcionado para as entidades de classe mundiais, instituições e organizadores de eventos espalhados pelo planeta.

Indústria de Eventos

Um relatório da ICCA – International Congress & Convention Association traz um perfil da evolução da indústria de eventos no mundo entre os anos de 1963 a 2o12.

Nos últimos 50 anos, o segmento que representa quase 55 mil eventos anuais mostra a diminuição market share da Europa, que tinha 72% dos eventos e hoje tem um participação de 54%. As regiões que cresceram neste período são a Ásia, que tem hoje 18% do mercado e a América Latina com 10%. Pelos critérios da entidade, a América do Norte permanece com cerca de 12% dos eventos mundiais, mesmo tendo os EUA como o primeiro país em números absolutos de eventos anuais.

Algumas características dos eventos chamam a atenção e podem colaborar com estudos para espaços de eventos em hotéis ou centros de convenções:

1. Número de participantes: cai progressivamente o número de pessoas por evento, hoje a média de participantes é de 424 pessoas; há 50 anos essa média era de 1.253 participantes. Espaços para eventos que agrupam até 500 pessoas podem realizar a grande maioria dos eventos do critério ICCA. Isso se justifica porque as áreas que mais realizam eventos com a médica, de tecnologia e ciências, se agrupam em sub temas, e portanto realizam eventos mais específicos.

2. Local de realização: Os centros de convenções são substituídos pelos espaços em hotéis, pois o tamanho dos eventos diminui e o conforto e facilidades de hospedagem, alimentação e espaços reunidos em hotéis agrupa 44% dos eventos realizados no mundo. Centros de Convenções e Universidades abrigam respectivamente 24% e 22% dos eventos realizados.

3. Duranção dos eventos: As mudanças nas relações de trabalho, tipos de eventos também fazem com que a média de dias de duração dos eventos seja atualmente de 4 dias. Essa média chegava a 6 dias, mas hoje, um melhor aproveitamento do lazer e conhecimento da região aonde o evento é realizado pode ser uma grande oportunidades para a indústria de viagens e turismo.

4. Gastos: Aumentaram os gastos dos participantes em eventos mundiais. Atualmente, a média de gasto diário com a taxa de inscrição, por pessoa é de USD 149,00 e os demais gastos, que variam de acordo com o evento, destino e outras variáveis, é de USD 678,00 por delegado, por dia. Inovação, mudanças rápidas e necessidade de atualização levam os profissionais a participar de eventos de sua categoria profissional e também contribuem para o conhecimento e a ciência.

Voltaremos com uma análise da evolução do Brasil nesse cenário.

FONTE: ICCA – A Modern History of International Association Meetings 1963-2012.

Viagens dos brasileiros ao exterior 2013

Um olhar sobre o comportamento de viagens dos brasileiros ao exterior esse ano, comparando com o que ocorreu no ano passado.

Provavelmente a grande mudança que podemos observar é a alteração cambial. Em janeiro de 2012 o dólar estava em R$ 1,87 e chegou a R$ 2,03 no final de agosto. Esse ano de 2013, começamos o ano com a moeda a R$ 2,04 e chegamos ao final de agosto em R$ 2,38 para cada dólar (Fonte: UOL). Lá no início de 2013, a pesquisa de janeiro do MTur/ FGV sobre a intenção de viajar do brasileiros no primeiro semestre mostrava que 23,3% queriam ir ao exterior, percentual menor do que no início de 2012, quando 27,1% mostravam esse desejo.

O que aconteceu de janeiro a agosto, levando em consideração somente as viagens aéreas dos brasileiros ao exterior ? Diminuiu em 1% o volume de saídas. Os meses com crescimento foram fevereiro (+2,3%), maio (+12,6%) e agosto (+8,7%). Meses de férias apresentaram pequena queda: janeiro (-3,3%) e julho (-0,3%). No total, segundo os dados da Polícia Federal, de janeiro a agosto desse ano, 4.063.883 brasileiros saíram do país por via aérea. É claro que nem todos eles por motivação de férias. No mesmo período, só por curiosidade, foram 3.168.605 estrangeiros chegando no Brasil por via aérea.

Economistas falam em fechamento do ano do dólar na casa dos R$ 2,40, isso pode trazer um cenário de certa forma previsível, mas considerado alto quando trata-se de fazer gastos no exterior.Para o segundo semestre, os dados do MTur/FGV apontam um pequeno crescimento na intenção de viajar ao exterior em relação à intenção demonstrada no segundo semestre de 2012 e àquela apresentada no início desse ano: 24,7% dos brasileiros disseram ter vontade de viajar para fora do país nos próximos seis meses.