As 3.983 reuniões da BNTM 2015

A CTI Nordeste sob a liderança do Ceará realizou na semana passa mais um edição da BNTM.

O principal objetivo da bolsa de negócios foi alcançado: a realização de reuniões entre operadores de turismo brasileiros e estrangeiros com fornecedores do nordeste e de outros lugares do país para gerar novos fluxos turísticos. Foram solicitadas cerca de 420 inscrições de buyers, e selecionados 226 de 26 países; do total de compradores, o Brasil correspondeu por 22,07%, seguido pela Argentina (11,44%), Reino Unido (8,72%), Estados Unidos (7,62%) e Itália (5,72%).

A participação de fornecedores, suppliers, foi de 116 empresas com cerca de 225 profissionais trabalhando; além dos 43 expositores institucionais e governamentais. Cerca de 1.300 pessoas passaram pelo evento nos dois dias de seminários de capacitação e rodadas de negócios.

Nossa tarefa agora é avaliar o evento, ouvir a opinião dos participantes e fazer um amplo debate no âmbito da CTI e dos atores privados para reinventar a bolsa de negócios, adaptá-la às novas necessidades do mercado a fazer com que ela seja um momento importante de uma estratégia anual de promoção do nordeste e do Brasil no mercado interno e internacional.

NE ganha-ganha

Vemos muitas empresas turísticas em nosso país e no mundo trabalhando em fusões, acordos comerciais, alianças e outros mecanismos de complementação e colaboração comercial. Redes ou conexões são formas extremamente antigas que, apesar de apresentarem novas formas tecnológicas ou configurações comerciais, possuem em sua essência a soma de esforços para um resultado melhor para todos os envolvidos.

O famoso ganha-ganha é uma fórmula que funciona até nos relacionamentos pessoais ou na educação das crianças. Por isso, essa semana, com o apoio dos Secretários de Turismo do nordeste do Brasil, aceitamos junto com a Bahia e o Piauí o desafio de liderar um novo momento para a CTI Nordeste. Num ano de dificuldades econômicas, dúvidas e desafios de grandes proporções para o Brasil e para o turismo, acredito que os nove estados da região podem somar-se num grande esforço conjunto.

Vejo três linhas básicas de atuação:

1- a melhoria dos roteiros integrados e das viagens dentro da região

2- a inteligência comercial que proporcione mais dados e trocas de experiências entre os estados no campo do desenvolvimento de produtos, serviços e informações para o setor

3- a estratégia e o foco na promoção nacional e internacional que possa promover a imagem do Nordeste do Brasil com destaque para suas semelhanças e para seus diferenciais competitivos, especialmente com novas ferramentas de comunicação e marketing

Deu “forró” no NYT

A matéria com chamada de capa do NYT de hoje fala do forró como ritmo quente, brasileiro e que faz as pessoas dançarem.

O texto foi escrito por Larry Rohter, o famoso jornalista que disse que o Presidente Lula bebia demais em 2004 e que tive a oportunidade de participar de um debate do Miami Herald sobre o Brasil em Miami. A matéria, agora em tom favorável,  diz que o forró está invadindo as danceterias de Nova Iorque nesse verão. O texto mostra em destaque o nordeste do Brasil como origem do ritmo, conhecido como o preferido das “empregadas domésticas e dos motoristas de taxi”.

Além da presença constante no rol de músicas das discotecas de Nova Iorque, shows de forró e o Brasil Summerfest que acontece entre 21 e 28 de julho serão oportunidades para a disseminação do ritmo na cidade.

A relação da música com o turismo é um dos aspectos fortes que podem agregar valor à promoção do Brasil, especialmente do nordeste. O conhecimento de nosso país por meio da música é mencionado em todas as pesquisas realizadas com estrangeiros, mas sempre muito ligado ao samba e à MPB. Trazer o forró para a promoção é diversificar o produto turístico, mostrar mais do Brasil e de sua diversidade. Hoje, os vôos que ligam o nordeste aos EUA e as diversas ações promocionais podem ser uma de muitas opções para atrair visitantes a lazer ou ainda amplicar a permanência e o gasto de visitantes a negócios e eventos.