Efeito Trump no Paris Plage

Após 15 anos de colaboração fornecendo a Paris Plage em média 3 000 toneladas de areia a cada ano, Lafarge Cimentos será “desligada” do evento.

De fato, Lafarge se propôs a vender ao governo Trump cimento para construção do muro (da vergonha, ou ainda, da falta de vergonha) na fronteira mexicana. Considerando que a população de Paris tem direito a uma postura engajada em prol da Igualdade por parte de seus gestores, a prefeitura anunciou o fim da parceria.

Se para o grupo Lafarge ( e demasiados outros infelizes nesta terra), a máxima da Sra. Latrina* dita as normas de seus negócios, o mesmo não pode ser dito da postura de Anne Hidalgo, prefeita de Paris e sua equipe. Postura esta que, mais uma vez, reitera a posição que conserva Paris através da história de (como costumo dizer) capital mundial do modernismo e das luzes.

Paris Plage de 20 de julho até 21 de agosto

Feliz Páscoa e até a semana que vêm!

POST SCRIPTUM  

“A máxima da Sra. Latrina” (ou ainda “Uma filosofia comercial de M. “)

*Conta a lenda que durante os tempos áureos da civilização greco-romana, na cidade de Éfeso, na atual Turquia, senhora Latrina mantinha um lucrativo negócio de toaletes privadas com ajuda de seu filho, que na saída do recinto recolhia o pagamento pela utilização das confortáveis e modernas instalações.

Certo dia Latrina foi interpelada pelo jovem sobre o valor social e a salubridade de seu encargo. Diante do insurgente questionamento a mãe não titubeou: Filho, se queres manter o alto padrão de vida que tens hoje aprenda de uma vez: dinheiro não tem cheiro.

 

 

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

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