O Turismo na contramão

Conforme sabemos, em informações divulgadas pelo MTur do Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a respeito do andamento da indústria no País, temos que: o faturamento do setor superou, no último trimestre de 2016, em 37% as estimativas projetadas; o nível de emprego observado nos últimos 3 meses superou em 38% as projeções; o percentual de faturamento das empresas previsto para ser usado como investimento no primeiro trimestre de 2017 supera 11% para 67% dos entrevistados.

São dados que nos confirmam a resistência e a solidez do setor e mais: a confiabilidade de desempenho das empresas que operam no ramo. Vamos às explicações.

2016 se mostrou um ano de queda nas expectativas para diversas áreas de movimentação econômica. Obviamente, para o Turismo também não foi um ano fácil. No entanto, mesmo em meio à oscilação financeira sem fim em todo o país e enquanto as esferas econômicas torciam por um fôlego no último trimestre, o Turismo caminhou na contramão e superou estimativas. O que não ocorreu com o e-commerce ou com o varejo, por exemplo, quando a expectativa de retorno é mais aguardada nos últimos três meses do ano.

O emprego formal fechou dezembro com variação negativa no País, de acordo com divulgação do Ministério do Trabalho. Nas áreas analisadas, as mais afetada com queda de empregos formais são Agricultura, Construção Civil e Indústria de Transformação. Ao todo, o Brasil perdeu 1,3 milhão de vagas de emprego em 2016. Enquanto isso, no Turismo, temos o dado de superação das projeções no nível de emprego no setor.

O quadro de instabilidade política e econômica fez com que grandes empresas recuassem e repensassem os investimentos feitos no Brasil, o que acaba impactando o cálculo do PIB. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados neste mês, o percentual de expectativa de novos investimentos de grandes indústrias em 2017 por aqui foi o mais baixo desde o ano de 2010. Nadando contra a maré, temos o Turismo, que tem se mostrado um setor confiável para investimentos, com estimativas superadas para as empresas que operam e contribuem com a indústria.

O Turismo tem sido ponto de apoio para a economia do país e tem caminhado firme mesmo em um tempo de instabilidade. Há altas expectativas para o ano de 2017, para todos os setores de atividades econômicas e a gente espera que todas sejam superadas. Enquanto isso, continuamos acompanhando (e contribuindo com) o desenvolvimento do setor.

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Jeanine Pires

Apaixonada pela indústria de viagens e turismo, há 31 anos atua como líder do setor no Brasil e no exterior. Já Presidiu e foi Diretora da EMBRATUR entre 2003 e 2010; é Diretora da Pires Inteligência em Destinos e, no final de 2022, entrou para a CVC Corp como Diretora de Alianças e Relações Governamentais. Jeanine foi Co-fundadora da startup ONER Travel em 2020 e já atuou como Presidente do Conselho da Fecomércio São Paulo e da WTM Latin America. Com formação e especialidade em marketing de destinos e economia do turismo, Jeanine faz palestras, cursos e consultorias.

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