Desempenho da economia fortalece expectativas positivas para 2020

No último dia 15 de novembro, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que a “Recuperação da economia acelera no terceiro trimestre”. A manchete está baseada na alta de 0,44% do Índice de Atividade Econômica registrado pelo Banco Central no mês de setembro, na comparação com agosto. Trata-se da segunda elevação mensal consecutiva e o melhor desempenho registrado em quatro meses para o dado.

O cenário fortalece expectativas positivas para 2020: alta esperada do PIB passou de 2,1% para 2,32%, segundo projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. A tendência de crescimento da economia brasileira para o próximo ano ganha reforço com as projeções do mercado, que também foram impulsionadas de acordo com a última pesquisa semanal Focus, também influenciadas pelo desempenho apurado junto aos setores de serviços e comércio.

Outros indicadores corroboram. Outubro de 2019 registrou o menor IPCA — Índice de Preço ao Consumidor Amplo, desde 1998, mantendo o índice de inflação acumulado dos últimos 12 meses em 2,54%. Ou seja: bem abaixo do piso da meta de inflação.

Comparados a igual período do ano passado, os dados do BI Abracorp agora revelam que, no terceiro trimestre de 2019, as viagens corporativas avançaram 4,1% em volume de vendas – o que corresponde à oscilação de R$ 2.876.569.709 para R$ 2.993.807.407.

Em termos percentuais, o segmento aéreo nacional cresceu 7,3% e a hotelaria nacional 19,1%. No mesmo recorte, o Seguro Viagem Nacional cresceu 34,0%.

Com a melhora da economia nacional, crescem as expectativas de aumento das viagens corporativas para 2020. Importante, entretanto, a união das forças produtivas em torno da aprovação da reforma administrativa e tributária, com foco na redução das despesas de custeio e no aumento de investimentos que proporcionem melhor qualidade de vida para todos os brasileiros e residentes no país.

Neste sentido, é recomendável que as autoridades públicas reflitam sobre a pertinência de elevar o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), cobrado do setor de viagens e turismo para remessas de dinheiro ao Exterior, de 6% para até 15,5% em 2024. Ainda que a proposta de aumento tributário seja gradual, arrecadar 6% sobre X resulta em mais recursos públicos do que 15% sobre – 3 X.

Além disso, diante de todos os esforços que o governo e a iniciativa privada empreendem para promover maior presença do país no comércio internacional, qualquer medida que possa vir a inibir a demanda por viagens corporativas internacionais não se justifica.

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