Enquanto a maior parte da indústria do turismo gasta boa parte de sua energia, orçamento e tempo direcionando suas ações para casais e famílias com crianças, um outro grupo demográfico cresce vertigionosamente nos últimos anos neste setor: o de quem viaja sozinho. A hotelaria e os solo travelers estão, enfim, desenvolvendo uma relação saudável.
As pessoas viajam sozinhas pelas mais diferentes razões – inclusive pela simples vontade de passar mais tempo em sua própria companhia. E o turismo de luxo – operadores, travel advisors, hotéis – é quem tem experimentado o crescimento mais significativo neste setor nos últimos anos.
Os números de viajantes das mais diferentes faixas etárias mas munidos de poder aquisitivo não param de crescer. E, na hotelaria, propriedades com ênfase em experiências acima de tudo saem na frente no segmento dos solo travelers. Se souberem conectar os viajantes não só ao destino como também a outros viajantes, melhor ainda.
É por isso mesmo que hotéis “de exploração” têm se destacado tanto neste mercado. No segmento do turismo de aventura de luxo, os solo travelers tiveram crescimento muito mais significativo que qualquer outro grupo. Com bala na agulha, buscam hotéis que misturem com maestria o conforto e aventura, que sejam carregados de experiências dos mais diversos tipos.
A hotelaria e os solo travelers se entendem com maestria no estilo dos sul-americanos explora e Tierra, ou dos africanos Singita e similares: belíssimas acomodações, gastronomia de primeira, paisagens e experiências de viagem arrebatadoras e a chance diária de se conectar com outros viajantes, de outras partes do planeta, seja durante um tour ou safári ou nas grandes mesas comunais das refeições.
Hotéis que façam esforços para receber bem e promover a socialização de quem viaja sozinho ganham pontos. Os hotéis da rede Kimpton, por exemplo, promovem diariamente a “social hour” no final da tarde, para que hóspedes confraternizem no lobby em torno de taças de vinho e copos de cerveja artesanal. Espaços comuns que convidem à socialização também são muito bem vindos – o adorável The Maven Hotel, em Denver, faz isso com maestria, com restaurante, bar e café com mesas comunais abertos para o sempre animado lobby. Entrosar hóspedes em aulas de yoga e spinning e até tours em bike ou de corrida pela cidade despontam cada vez mais na hotelaria em grandes redes como Four Seasons e Shangri-la.
E mais importante ainda para o mercado: a taxa de retorno de solo travelers é geralmente altíssima – quando encontram um operador, agente de viagens ou hotel (ou rede de hotéis) que lhe dê o tipo de experiência que procuram, os viajantes solo geralmente pedem bis. Hoteleiro que não abrir os olhos para esse segmento está perdendo (bastante) mercado.
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