Tartarugas Filha da Lua Pipa

Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Pipa, no Rio Grande do Norte, ficou definitivamente mais charmosa em dezembro de 2020. Em plena pandemia, um casal de estrangeiros apaixonado pelo Brasil resolveu inaugurar ali um hotel de charme, sustentável e cheio de propósito. Foi com prazer que finalmente fui conhecer todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN, uma adorável propriedade instalada na bela Praia das Minas.

Com apenas 17 charmosos bangalôs espalhados por uma enorme área protegida frente ao mar, o Filha da Lua foi ainda mais longe: já abriu de cara com o primeiro restaurante 100% glúten free e lactose free do Rio Grande do Norte. E propõe sustentabilidade real, sem greenwashing ou enrolação, a meros 10 minutos de carro do centro do vilarejo. 

LEIA TAMBÉM: Sem glúten e sem lactose, uma vista deslumbrante em Pipa

CONFIRA: Novos hotéis para ficar de olhoa em 2022

.

.

Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Localizado em área protegida, o Filha da Lua é um ecolodge que nasceu da paixão de um casal belga pelo Brasil. Inga e Frederic D’Ansembourg compraram o terreno hoje ocupado pelo hotel pensando inicialmente em fazer ali residência privada da família. Mas o projeto cresceu e acabaram optando por criar ali uma propriedade sustentável, com restaurante focado em alimentação saudável.

Com diárias desde R$850,00 por pessoa, a propriedade associada à Serandipians/Traveller Made fica de frente para o mar, em uma região bastante sossegada e longe da badalação do balneário, e famosa também pela desova de tartarugas. Dá para ver muitos detalhes e todo o charme do Filha da Lua no feed e nos destaques “Pipa/RN” do meu instagram @maricampos.

As 17 suítes distribuídas em nove bangalôs sobre palafitas são muito espaçosas, extremamente confortáveis, românticas e rodeadas de verde.  As imensas varandas merecem destaque, mobiliadas com esmero, puro convite ao ócio. As que estão instaladas no segundo andar dos bangalôs contam ainda com banheiros ao ar livre, cama com dossel e área para refeições. 

O café da manhã, servido ao redor da piscina e de frente para o mar é um dos pontos altos do Filha da Lua. Servido à la carte, diretamente na mesa do hóspede, traz sempre produtos muito frescos e saborosos, feitos na hora. E tudo sem glúten ou lactose, incluindo pão de queijo, bolos, pães e os “queijos” da casa. Se o hóspede quiser, pode também ser servido na varanda da suíte, com todo o capricho. 

Nas demais refeições, um vasto menu que vai desde porções para compartilhar à beira da piscina a refinados pratos de cozinha local e internacional – mas sempre mantendo a proposta gluten free e lactose free. 

CONFIRA mais detalhes e valores do Filha da Lua aqui

LEIA TAMBÉM: Viagens de até US$2 milhões: o novo boom do ultra luxo no turismo.

.

.

Sustentabilidade real na hotelaria

Todo construído de maneira sustentável, utiliza madeira de eucalipto de reflorestamento nas acomodações que foram todas erguidas sobre palafitas, para interferir o mínimo possível na delicada geografia local. 

Há uso de energia solar, estação de lixo 100% ecológica e plásticos ou produtos químicos perigosos/danosos de limpeza são sumariamente banidos. Comprando produtos de pequenos produtores locais, todo o menu do hotel é 100% glúten free e 100% lactose free – o primeiro do gênero. Utiliza somente amenidades sustentáveis e está realmente engajada com a comunidade local através de diferentes projetos, com o louvável Hello Pipa/Hello Barra, que fornece alimentação e ensina inglês gratuitamente para crianças, jovens e adultos da região. “Queremos criar uma corrente de consciência ética na hospitalidade”, diz Inga.

Vale destaque também sua Fazenda PachaMamma, que promove cultivo orgânico e regenerativo de ervas, frutas, legumes e verduras diversos através de sistemas agroflorestais e permacultura. Os alimentos produzidos ali abastecem as escolas de inglês, o hotel e também o restaurante Cicchetti Pipa, no centrinho da cidade. 

Além disso, algumas das experiências turísticas oferecidas aos hóspedes foram desenvolvidas em parceria com membros das comunidades locais, com destaque para a escola de kitesurf Kitemaster Pipa.

LEIA TAMBÉM: 10 mudanças de atitude para sermos turistas mais sustentáveis

.

.

Um hotel irmão a caminho

Inga e Frederic D’Ansembourg não apenas abriram ali sua primeira investida na indústria da hospitalidade com o Filha da Lua, como também fizeram de Pipa sua residência familiar em parte do ano e estão prestes a abrir o SEMPRE VIVO, seu segundo hotel na região. 

O Sempre Vivo terá o dobro da capacidade de hóspedes do Filha da Lua e terá mais foco em lifestyle, incluindo diferentes tipos de acomodação para distintos perfis de hóspedes. “O Sempre Vivo vai focar em uma audiência mais diversa, com cozinha internacional, sendo um complemento à cena hoteleira de Pipa”, explica Inga.

Visitei pessoalmente as obras e o Sempre Vivo está mesmo ficando lindo! Com design e proposta bem diferentes do Filha da Lua, mas também de cara para o mar. A inauguração do novo hotel está prevista para julho de 2022. 

LEIA TAMBÉM: ILTM Latin America comprova o crescimento do turismo de luxo

.

.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

.

Loft Bom Jardim

7 tendências para a hospitalidade em 2022

Começando o ano 3 da pandemia, já sabemos o quanto a Covid-19 impactou e mudou a indústria da hospitalidade para sempre. O comportamento dessa nova safra de viajantes da pandemia está em constante evolução, mas diversos estudos já começaram a traçar perspectivas bastante significativas para o ano que chega. E é disso que trata a coluna de hoje: 7 tendências para a hospitalidade em 2022 apontadas pelo mercado doméstico e internacional.

ACOMPANHE TAMBÉM AS NOVIDADES DO MERCADO HOTELEIRO NO INSTAGRAM @HOTELINSPECTORS

De 2020 para cá, o segmento encontrou respostas inovadoras extraordinárias para as situações que se desenrolaram ao longo da pandemia. Após o aperto do ano anterior, muitas propriedades brasileiras bateram recordes históricos de ocupação em 2021. E hotéis, pousadas e imóveis de temporada que abriram suas portas durante a pandemia, já plenamente adaptados às necessidades dos novos tempos, também tiveram, em geral, enorme sucesso no ano passado.

Ainda não sabemos quando será o esperado fim destes tempos pandêmicos, mas já sabemos que parte importante dos viajantes – e, consequentemente, do próprio mercado também – está mudando de maneira definitiva.  O viajante hoje tem muito mais consciência sobre tópicos como sustentabilidade, bem-estar, comunidade, propósito. Novos valores, novas necessidades, novas expectativas surgiram e modificaram de maneira indelével o funcionamento cotidiano dos negócios da hospitalidade.

LEIA TAMBÉM: Tendências de viagem para 2022 – o turismo redefinido

.

.

Casa Floresta. Foto: Mari Campos

.

7 tendências para a hospitalidade em 2022

Algumas tendências importantes de 2021 se manterão firmes no ano que começa, e novas tendências estão emergindo neste mercado, face às mudanças de comportamento de viajantes. Confira abaixo sete tendências para a hospitalidade em 2022.

.

* SUSTENTABILIDADE

Mais do que nunca, o hóspede está ganhando conhecimento sobre o quanto uma propriedade da indústria da hospitalidade pode impactar positiva ou negativamente um destino. Responsabilidade social já é visto como obrigação moral e econômica; e diversos estudos do setor prevêem um aumento ainda mais significativo de viajantes querendo investir seu dinheiro com sabedoria, fazendo escolhas responsáveis também na hora de decidir suas férias.  

A pandemia felizmente trouxe muito mais consciência a uma parcela significativa dos viajantes sobre a necessidade de tornar o turismo uma atividade essencialmente sustentável – com impacto direto na hotelaria. Hóspedes buscam cada vez mais propriedades que maximizem impactos positivos junto às comunidades, ambientes e aspectos culturais dos destinos visitados.

E isso não se refere apenas a grandes redes internacionais, não. Até mesmo imóveis para aluguel de temporada nascidos na pandemia já entenderam essa necessidade, como os excelentes Sítio Alto da Cascavel, em Córrego do Bom Jesus (MG), e Casa Floresta, em Bragança Paulista (SP). Duas propriedades que são fruto direto do aumento da procura pelo turismo de isolamento na pandemia e que entenderam que aliar conforto, segurança e sustentabilidade é uma necessidade absoluta. Dá pra ver detalhes de ambas propriedades no meu Instagram @maricampos

LEIA MAIS: Sete hotéis e pousadas sustentáveis no Brasil

.

.

Loft Bom Jardim
Loft Bom Jardim. Foto: Mari Campos

.

* BUBBLE TRAVEL

O conceito de “bubble travel” se espalhou mundo afora em 2021 e deve trazer ainda mais procura por buyouts de hotéis e pousadas, além de aumentar a procura por villas com serviço. Famílias, amigos, grupos multi-geração têm investido de maneira consistente em produtos que valorizem a exclusividade e a hiper-personalização de espaços e serviços em tempos pandêmicos. 

Antes mais restrito ao mercado de luxo, a demanda por buyouts e propriedades de aluguel exclusivo, sem dividir espaço nem atenção com outros hóspedes, vive seu maior boom da história também em outros nichos do turismo. Mesmo hotéis maiores já estão oferecendo possibilidade de buyouts para grupos maiores, que busquem mais privacidade e segurança.

Há cada vez mais viajantes buscando a segurança de ambientes sem contato com outros viajantes  – e no mercado de luxo eles estão dispostos a investir bastante nisso. Não à toa, a procura por estadias em ilhas privativas aumentou exponencialmente de 2020 pra cá, no Brasil e no mundo.  

Os investimentos em propriedades de temporada com serviço incluído aumentaram na mesma proporção. É o caso, por exemplo, do complexo da Villa Bom Jardim, em Paraty (RJ), inaugurado no ano passado pelos proprietários da Pousada do Sandi. Uma villa de sete quartos e um adorável loft de 3 suítes, ambos localizados em uma baía idílica e isolada, para serem alugados independentemente, com serviço de governanta, caseiro, marinheiro, arrumadeira e cozinheira incluído nas estadias. O hóspede tem todos os benefícios do buyout de um hotel ou pousada, sem precisar arcar com os custos de cômodos que não ocupará. Dá pra ver vários detalhes da minha estadia no belo Loft Bom Jardim também no meu Instagram @maricampos

LEIA TAMBÉM: A Paraty exclusiva do Loft Bom Jardim 

.

.

A bela fachada do Palácio que faz parte do Ananda in the Himalayas. Foto: Mari Campos.

.

* BEM-ESTAR/WELLNESS

É mesmo natural que, em tempos de doença, isolamento social e tanto luto, a preocupação com saúde e bem-estar se tornasse maior para parte importante dos viajantes. 

Muito além de cumprir plenamente protocolos de saúde rigorosos para proteger seus hóspedes da Covid-19, a indústria da hospitalidade seguirá enfrentando forte demanda para cuidar também do bem-estar geral de seus clientes.  Medicina preventiva e autocuidado seguem em alta em 2022, transformando a indústria do bem-estar em um mercado de trilhões de dólares, em constante expansão, aqui e lá fora.  

E o hoteleiro atento já entendeu a essa altura que cuidar do bem-estar de seus hóspedes vai muito além de simplesmente ter instalações de spa na propriedade. Experiências individuais e personalizadas focadas em desenvolver vitalidade e equilíbrio emocional, controlar o estresse e dormir bem são cada vez mais bem-vindas, nos mais distintos nichos do setor. 

LEIA TAMBÉM:  Turismo de bem-estar em alta

.

.

Four Seasons chat. Foto: Mari Campos

.

* MENOS CONTATO, MESMA CALIDEZ

Check in e check out virtual, cardápios e manuais em QR codes, pagamentos sem contato, concierges e room service via chat são apenas algumas das mudanças tecnológicas estabelecidas de maneira maciça em boa parte do mercado durante a pandemia. O grande desafio para hotéis e pousadas, assim como bons anfitriões da hospitalidade não convencional, tem sido entender que a necessidade de menos contato físico com o hóspede não pode interferir na calidez nem na qualidade do serviço prestado. 

Infelizmente, nem todos passaram bem por essa fase, sabemos – inclusive muitos grandes resorts brasileiros, que ainda apresentam falhas gigantescas nessa otimização do bom uso das tecnologias. Por outro lado, há diversas propriedades que souberam levar as doses exatas de calidez, cordialidade e excelência também ao atendimento virtual – que seguramente se manterá não apenas como tendência mas obviamente como necessidade também em 2022.

À medida que a inovação tecnológica continua a evoluir, a hospitalidade precisa se adaptar para permanecer à frente da curva. Inclusive na gerência do negócio da hospitalidade através de diferentes aplicativos e sistemas. E é preciso entender que a personalização de serviços é uma forte aliada para a excelência de serviço também nesse sentido. Aproveitar os dados do hóspede através do uso da tecnologia permite criar ofertas e serviços personalizados e realmente relevantes.

LEIA TAMBÉM:  A hospitalidade mais em evidência do que nunca

.

.

Four Seasons Anguilla
Crédito: Four Seasons Anguilla

.

* STAYCATIONS & LONG STAYS

As chamadas “staycations” e as estadias cada vez mais longas (long stays ou extended stays) também já mostraram que não devem ser tendência passageira da pandemia, não. Embora ninguém possa saber ao certo como turistas se comportarão quando a pandemia finalmente acabar, já é fato certo que staycations e long stays seguirão em alta também em 2022. 

Pelas próprias restrições e mudanças constantes provocadas pela pandemia, boa parte dos viajantes se viu forçada a viajar menos, e frequentemente percorrendo distâncias menores, mas por períodos maiores a cada viagem.

Assim, pelas mesmas razões, escapadas em nossa própria cidade, simplesmente para mudar um pouco de ambiente sem precisar de grandes deslocamentos ou polpudos investimentos, também passaram a figurar no menu de possibilidades para muito mais viajantes. No novo cenário gerado pela chegada da ômicron, nacional e internacionalmente, ambas tendências seguramente se manterão. 

LEIA TAMBÉM:  O crescimento das estadias prolongadas

.

.

Serra da Mantiqueira
Cabana da Nomad Place. Foto: Mari Campos

.

* HOSPITALIDADE TAMBÉM COMO LOCAL DE TRABALHO

O tal do “hotel office” ou “anywhere office” já provou que não era uma onda passageira da quarentena do começo da pandemia. Mesmo com a reabertura do mercado tanto no Brasil quanto no exterior, muita gente ainda está passando pela pandemia em home office

Um levantamento da McKinsey&Co estima que em 2021 o percentual de pessoas no mundo todo trabalhando permanentemente de maneira remota praticamente dobrou. E parte dessas pessoas está usando a indústria da hospitalidade também como escritório alternativo.

Diversas grandes multinacionais e startups já anunciaram que não pretendem voltar ao sistema 100% presencial de trabalho quando a pandemia acabar. O chamado bleisure deve ver sua popularidade crescer ainda mais ao longo de 2022. Combinar lazer e trabalho ou estender viagens a trabalho com dias dedicados ao lazer serão prática ainda mais comum neste ano – e saem na frente as propriedades da hospitalidade que se adaptaram (inclusive fisicamente) para atender bem essa demanda e suas necessidades. 

LEIA TAMBÉM: Como o trabalho remoto contribui para a recuperação da hotelaria

.

.

Paisagem perfeita para solo travelers se entrosarem no tour do explora Atacama. Foto: Mari Campos

.

* O boom DOS ‘SOLO GUESTS

O crescimento do turismo de viajantes solo vem sendo destacado em diferentes estudos do setor desde o começo da reabertura do turismo, ainda em 2020. Com o isolamento imposto pela pandemia, muita gente finalmente se sentiu à vontade para fazer viagens em sua própria companhia. E 2022 deve ver um aumento ainda maior nas viagens individuais.

Enquanto mais viajantes buscam sossego ou aventura à sua própria maneira, a indústria da hospitalidade precisará adaptar e ampliar suas ofertas para esse público. Em tempos de hiperpersonalização de serviços e atenção plena, será preciso entender a vasta diferença de propósitos e perfis de viajantes desse nicho e fazer todo “solo guest” se sentir confortável na propriedade na qual se hospeda – em todos os sentidos.  

LEIA TAMBÉM:  Dez destinos para ficar de olho em 2022

.

.

.

Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

.

Hotéis peruanos premiados no WTA Latin America

‘Oscar do turismo’: hotéis peruanos se destacam na América do Sul

O Peru foi o grande vencedor do World Travel Awards Latin America quando o recorte é hotelaria na América do Sul, com hotéis peruanos reconhecidos em diferentes categorias. Em sua 28ª edição, o “Oscar” do turismo, como o WTA é chamado, escolhe seus (muitos) premiados por um mix de votos do público em geral e de profissionais do setor de viagens.

Em tempos de COP 26, a importante Conferência do Clima em Glasgow, na Escócia, começo destacando os prêmios de hotelaria relacionados ao desenvolvimento sustentável. Eles ainda são minoria na extensa lista de categorias contempladas pelo WTA. Mas, mesmo em pequeno número, indicam quem está no bom caminho como inspiração para hoteleiros ou para serem priorizados pelo público final em nossas próximas viagens pelo continente.

Acompanhe as novidades da hotelaria no Instagram Hotel Inspectors

O equatoriano Mashpi Lodge foi eleito o South America Leading Eco-lodge. O país ganhou ainda nas categorias Green Destination e Nature Destination na América do Sul. Na extensa lista de prêmios para os hotéis peruanos, os reconhecimentos na área de sustentabilidade foram para o Tambopata Research Center, Leading Green Hotel pelo segundo ano consecutivo, e o Posada Amazonas Lodge Peru, que recebeu o Responsible Tourism Award (categoria na qual há outros concorrentes além de hotéis), também pela segunda vez consecutiva. Ambos ficam na região de Puerto Maldonado, na Amazônia peruana. O grupo Explora, reconhecido mundialmente por seu trabalho de preservação ambiental e com lodges em quatros países da América do Sul, incluindo um no Vale Sagrado peruano, entre Cusco e Machu Picchu, venceu na categoria Leading Expedition Company.

Leia também: Todos os nossos textos sobre sustentabilidade na hotelaria

Outros hotéis premiados em diferentes cidades no Peru foram Casa Andina Premium Arequipa (Boutique Hotel); Aranwa Cusco (Luxury Boutique Hotel); Belmond Monasterio (Heritage Hotel), em Cusco; Paracas, a Luxury Collection Resort (Leading Resort), no litoral do Oceano Pacífico, ao sul de Lima. Na capital, foram reconhecidos pelo WTA o Belmond Miraflores Park (Most Romantic Resort), o B Hotel (Design Hotel), o JW Marriott Lima (Business Hotel) e o Swissôtel (Conference Hotel, sendo que a marca ganhou também como Hotel Brand). Estive em Lima uma das vezes justamente para participar de uma conferência no Swissôtel, onde fiquei hospedada. Tudo impecável, a estrutura do evento e a hospedagem.

A quantidade de prêmios para os hotéis peruanos impressiona, ainda que não surpreenda. Há anos o país é reconhecido pela excelência da hotelaria e da infraestrutura para o turismo em geral. Mas o principal prêmio do setor de hospitalidade na América do Sul, o de Leading Hotel, ficou com a Colômbia, outro país que vem se destacando no setor de viagens e turismo no continente. O vencedor foi Sofitel Legend Santa Clara Cartagena, que ganhou também na categoria Leading Hotel Suite. Estive neste hotel em duas oportunidades, a mais recente em 2019. Escrevi sobre hotelaria de luxo em Cartagena das Índias, incluindo o inspirador Santa Clara, neste texto aqui.

A hotelaria brasileira levou quatro prêmios na América do Sul: Six Senses Botanique (New Hotel, e finalista na categoria World’s Leading New Hotel), em Campos do Jordão (SP); Dom Pedro Laguna (Beach Resort), em Fortaleza; Wish Foz do Iguaçu (Family Resort, pelo quarto ano consecutivo), e Saint Andrews (Luxury All Suite Hotel), em Gramado (RS). A lista completa dos premiados da América do Sul no World Travel Awards Latin America pode ser conferida aqui. Os vencedores do WTA nos outros continentes estão neste link.

Hotel Inspectors está também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectors, no Twitter @HotelInspectors e no LinkedIn @HotelInspectors

Fazenda Santa Vitória

Fazenda Santa Vitória: fugindo do estereótipo do “hotel fazenda”

Desde a reabertura do turismo brasileiro no segundo semestre do ano passado, hotéis com grandes espaços ao ar livre têm sido especialmente procurados durante a pandemia. Muitos estão inclusive batendo recordes históricos de ocupação nos últimos meses, tão grande vem sendo a procura. É o caso da Fazenda Santa Vitória, em Queluz, SP, que vem também fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro.

Localizada no Vale do Paraíba, a propriedade começou a operar como parte da indústria da hospitalidade há cerca de quatro anos e meio, após os proprietários unirem quatro fazendas adjacentes da década de 1920. 

Hoje, apesar de funcionar unicamente de 5a. a domingo e feriados, o sucesso do empreendimento tem sido tão significativo que a ocupação anda beirando os 100% frequentemente – e as reservas disponíveis são para geralmente só daqui três ou quatro meses. E a sustentabilidade de suas operações é sem dúvidas seu principal atrativo.

ACOMPANHE AS NOVIDADES DO MERCADO HOTELEIRO TAMBÉM NO INSTAGRAM @HOTELINSPECTORS

.

.

Fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro

A Fazenda Santa Vitória vem fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro desde sua abertura. Ali não há imensos buffets, programação diária de atividades, monitores nem qualquer tipo de entretenimento infantil. A propriedade é assumidamente muito mais pensada para e focada em adultos do que famílias com crianças e adolescentes. 

Também não se trata de um hotel de luxo. O hóspede não deve esperar excelência em serviço, mimos nem acomodações impecáveis. A proposta ali é oferecer amplos espaços ao ar livre, em um autêntica fazenda do Vale do Paraíba, para que cada um encontre na natureza e na cultura local seu espaço e diversão.

LEIA TAMBÉM: 10 hotéis e pousadas para fazer turismo de isolamento no Brasil

As 18 acomodações estão espalhadas em diferentes modelos e espaços. Optando por qualquer uma delas, o hóspede tem acesso aos mesmos espaços comuns: gramados e jardins muito bem cuidados, trilhas, riacho e até cachoeira. E também ao mesmo serviço de pensão completa. Há também quadra de tênis, salão de jogos, piscina, sauna, “caldário” – e passeios à cavalo podem ser contratados à parte (mediante pagamento).

Para curtir melhor muitos dos espaços ao ar livre, tão fundamentais hoje em dia, o hóspede muitas vezes vai ter que pegar seu próprio carro e dirigir. Há bicicletas gratuitamente disponíveis para os hóspedes, mas alguns trajetos podem ficar mais “puxados” sobre apenas duas rodas. Mesmo os meros 4km que separam a sede da cachoeira, dada a topografia do terreno (acidentado e montanhoso), são definitivamente mais factíveis de carro. 

O hotel deve ganhar um spa até o final do ano e oferece ainda a possibilidade de visita à Casa do Arado, uma casinha isolada na fazenda que, em parceria com o Instituto Arado, tenta divulgar e preservar a história e a cultura regional caipira da região. 

LEIA TAMBÉM: Movimento “slow travel” retorna ainda mais forte

.

.

fazenda santa vitória: Diferentes tipos de acomodação

As 18 acomodações disponíveis na fazenda estão divididas, da mais simples à mais luxuosa, em suítes-sede, suítes-quintal, casas do pomar e casas na montanha. As linhas gerais propõem simplicidade com arquitetura de época integrada à natureza. Todas as acomodações são operadas em diárias com pensão completa, wifi e uso de todos os espaços comuns; mas as facilidades de cada tipo de acomodação mudam bastante. 

Fiquei hospedada em uma das quatro suítes da casa sede no último feriado de Independência do Brasil; mas vale o alerta de que são de longe as menos interessantes da propriedade toda. São mais simples, antigas e pequenas, sem qualquer balcão, varanda ou contato com a natureza. Na casa sede, há constante “entra e sai” de hóspedes e funcionários o dia todo, tirando qualquer resquício de privacidade dos quartos. O som vaza com facilidade de um quarto para outro e os quartos absorvem também todo o barulho e “falação”, tanto da piscina quanto da cozinha principal (logo cedo pela manhã nesse caso, inclusive). 

A minha recomendação é escolher acomodações das suítes-quintal (que têm diferença de valor ínfima em relação às suítes-sede) em diante. Todas essas são não apenas esteticamente muito mais interessantes como também mais aconchegantes e muito mais silenciosas e privadas. As suítes quintal e as casas do pomar (estas últimas inauguradas neste 2021) ficam quase anexas à sede, ao centro lazer e ao restaurante. Já as casas na montanha ficam isoladas, com vista panorâmica para a fazenda e os arredores (mas o hóspede precisa pegar o carro na hora de ir fazer as refeições ou utilizar a infraestrutura da sede).  

Dá pra conferir detalhes de toda a minha estadia por lá em várias imagens e vídeos tanto no feed quanto nos Stories do meu instagram @maricampos, sempre atualizadinho.

LEIA TAMBÉM: Sete hotéis e pousadas sustentáveis no Brasil

.

.

Hospitalidade sustentável

O grande atrativo da Fazenda Santa Vitória é ser um hotel verdadeiramente sustentável, com iniciativas realmente interessantes que raramente são vistas em “hotéis fazenda” brasileiros. Há práticas regenerativas importantes tanto do ponto de vista ambiental quanto cultural, social e econômico.

LEIA TAMBÉM: O que é turismo regenerativo?

A propriedade, antes voltada para exploração de madeira e pecuária extensiva, hoje promove reflorestamento e manejo sustentável da terra. A pequena criação de gado é voltada para a produção local de leite e queijo para hotel e moradores. 

A equipe do hotel é quase toda composta por membros das famílias dos empregados originais da fazenda, que ainda moram ali mesmo e tiram dali o seu sustento. E em diversos aspectos tentam resgatar/preservar as referências histórico-culturais da região (da decoração à Casa do Arado, em parceria com o Instituto Arado).

LEIA TAMBÉM: Hotelaria e sustentabilidade

Há também painéis solares instaladas em diferentes pontos da propriedade, o hotel já é autossuficiente energeticamente e planeja construir em breve uma pequena termoelétrica para que seja capaz de gerar energia positiva – ou seja, gerar mais energia do que consome. 

Nos quartos, as amenidades Trousseau são colocadas em grandes dispensers nas paredes. Plásticos são evitados e há água filtrada cortesia generosamente abastecendo tanto um filtro à entrada da casa da sede o dia todo quanto charmosas moringas à cabeceira da cama em todos os quartos. 

A alimentação não fica de fora: boa parte do que chega à mesa do hóspede é preparado com a produção da própria fazenda, seja da queijaria, da horta ou do pomar.

LEIA TAMBÉM: WTM: hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva

.

.

FOCO ainda maior na gastronomia

As refeições são parte importante da experiência na Fazenda Santa Vitória e os quitutes da cozinha conduzida pelo chef Vitor Rabelo estão sempre incluídos nas diárias. A propriedade deve passar a focar ainda mais no aspecto gastronômico do hotel: até o ano que vem, deve ganhar novos espaços dedicados à gastronomia, inclusive um restaurante totalmente dedicado a carnes, instalado no haras, com vista panorâmica para o vale. 

A maioria das refeições, ainda que com menu bastante enxuto (entrada e sobremesa sempre únicas, três opções para o prato principal), é à la carte. As mesas são fixas para cada quarto/hóspede/família. Mas como os slots de horário para as refeições não são muito amplos, convém chegar cedo para pegar o restaurante mais vazio.

Os pratos são muito bem apresentados e há sempre alguma opção vegetariana no cardápio. Mas vale saber que a feijoada de todo final de semana é obrigatoriamente servida em um buffet assistido.

Eventualmente, oferece-se aos hóspedes algum tipo de degustação cortesia de produtos da região durante a estadia. Nos meus dias por lá, houve degustação de cerveja artesanal em um dos almoços e de cachaça antes de um dos jantares.

LEIA TAMBÉM: Oito tendências para a hotelaria em 2021

.

.

O café da manhã merece destaque: a melhor refeição da casa é todinha preparada ali mesmo, item por item, e chega com capricho à mesa. O iogurte da casa é excelente e tem também uma das melhores granolas que já provei na vida! 

É pena que a propriedade não utilize regularmente seus muitos gramados e espaços abertos para também à hora das refeições, ainda mais durante a pandemia. Apenas dois almoços são feitos ao ar livre (um nos arredores da cachoeira e outro nos jardins da casa sede); todas as demais refeições são sempre feitas dentro do restaurante e/ou em sua varanda coberta anexa.

A Fazenda Santa Vitória vai ganhar em breve também uma queijaria completa, em parceria com o queijeiro João Laura, que vai contar inclusive com espaço dedicado para degustações e um terraço aberto.

LEIA TAMBÉM: Sete hotéis e pousadas ligados ao vegetarianismo no Brasil

.

.

Serviço

A Fazenda Santa Vitória fica na cidade de Queluz, SP, quase na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Viajei para lá no meu próprio carro e achei o acesso a partir da Via Dutra muito fácil e bem sinalizado, com apenas um pequeno trecho em estrada de terra. As diárias com pensão completa valem desde R$2.200,00 para duas pessoas, incluindo café da manhã, almoço, bolo com café à tarde e jantar – sempre com água filtrada cortesia à mesa. Demais bebidas são todas cobradas à parte.

.

.

Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

Anavilhanas Amazonia

WTM: hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva

Na semana passada, aconteceu a primeira edição 100% virtual da WTM Latin America. Sob o comando de Simon Mayle, a nova edição do evento foi um sucesso e ganhou até um inesperado dia extra. E, dentre discussões frequentes sobre inclusão, equidade de gênero, empregabilidade, tecnologias, reabertura de destinos e sustentabilidade, um alerta constante: a hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva urgentemente.

LEIA TAMBÉM: O que é turismo regenerativo?

Afinal, não basta apenas falarmos constantemente sobre ESGs; é preciso que a indústria hoteleira pratique ações cotidianas realmente condizentes com esse discurso. E que proprietários, gerentes, colaboradores, moradores e hóspedes sejam educados constantemente para o engajamento. 

Novos modelos de negócios, novos produtos e até mesmo novos mercados surgiram em meio à crise gerada pela pandemia. Tudo isso constitui novas possibilidades de se engajar de fato nas transformações necessárias ao setor, desde já, mesmo que resultados mais significativos só apareçam no médio prazo. 

Acompanhe novidades do mercado hoteleiro também no Instagram @HotelInspectors!

.

Foto: Mari Campos

.

HOTELARIA PRECISA SER MAIS SUSTENTÁVEL E INCLUSIVA JÁ

A digitalização acelerada, demandas de sustentabilidade e necessidade de inovação constante já são realidade para a maior parte do mercado hoteleiro, seja no Brasil ou no exterior. A pandemia mudou não apenas procedimentos e logísticas, mas também prioridades. 

Novas tecnologias tornaram-se o grande “capacitador”, e é preciso tirar proveito cada vez melhor delas a curto, médio e longo prazo – inclusive como ferramentas de fomento à sustentabilidade e à inclusão real dos estabelecimentos. A inovação foi a chave para qualquer adaptação feita pela indústria da hospitalidade nesse período.

Marília Borges, da Euromonitor, defendeu em sua palestra que é fundamental focar em sustentabilidade, saúde, necessidades do consumidor e tecnologias/digitalização de processos para a própria recuperação do setor. “Vimos os problemas do modo como o turismo funcionava pré-pandemia e hoje temos novas prioridades – e novas necessidades foram criadas também”, disse. 

LEIA TAMBÉM: Sustentabilidade na hotelaria

.

Soneva Maldivas
Foto: Soneva Maldivas

.

CHEGA DE SUSTENTABILIDADE DE FACHADA

Os conteúdos criados especialmente para a WTM Latin America ressaltaram constantemente a necessidade de ampliar a conscientização sobre todas as esferas da sustentabilidade para hóspedes, staff e investidores. “A hotelaria tem que sair do paradoxo de que sustentabilidade é custo”, afirmou Antonietta Varlese, da Accor Hotels, durante o evento. “A gente ainda tem que insistir muito nisso, infelizmente. Mas fico feliz que hoje a maioria dos nossos parceiros já entende bem isso e apoia”, completou. 

Ela contou que há anos a empresa investe constantemente em educação e engajamento de pessoas, sejam comunidades locais, funcionários ou hóspedes. “Os índices de ESG não podem ser da boca para fora porque são analisados pelo mercado financeiro o tempo todo. Também não adianta falar que tem algo e consumidor chegar lá e não ter, isso é terrível”, alertou. 

O programa Accor Solidarity destina anualmente uma verba global para que seus hotéis apoiem entidades regionais – trabalhando sempre para que os projetos assistidos pelo grupo possam ser autossuficientes com o passar do tempo. Segundo Antonietta, a maioria dos projetos de sustentabilidade apoiados pela Accor foi indicada pelos próprios funcionários da rede, mantendo real engajamento dos mesmos.

LEIA TAMBÉM: A urgência do turismo mais sustentável

.

.

NECESSIDADE DE REGENERAÇÃO É URGENTE

Durante a WTM Latin America, diferentes participantes dos painéis reforçaram também ser essencial investir continuamente em capacitação local para promover sustentabilidade real. Integrar hotel, população local e turistas é fundamental.  Assim, parte significativa da renda permanece de fato no próprio destino da propriedade. A hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva, fazendo a roda da sustentabilidade gerar regenerativamente em seus negócios e destinos. 

Há casos incrivelmente bem sucedidos de sustentabilidade real e regenerativa na indústria da hospitalidade no mundo todo. Inclusive em várias propriedades que já citei em diferentes oportunidades aqui na coluna mesmo, como os brasileiros Anavilhanas Jungle Lodge e Casa Turquesa, os impecáveis lodges africanos da Great Plains Conservation, o resort polinésio The Brando e tantos outros bons exemplos. Também abordo o tema frequentemente em matérias para outros veículos, na minha coluna no Estadão ou no meu Instagram @maricampos

Hotelaria sustentável de fato, que não apele para sustentabilidade de fachada, que não ache que pedir aos hóspedes para “economizar” toalhas durante a estadia é suficiente, é não apenas essencial para a sobrevivência do setor como urgente. Não apenas porque vivemos a pior crise climática da história, com um futuro próximo já trágico (o relatório do IPCC deste mês deixou isso bem evidente), mas também porque o hóspede vai demandar cada vez mais ações concretas da indústria da hospitalidade nesta direção. 

LEIA TAMBÉM: Vem aí o Promad Traveller

.

Foto: Divulgação/Mandarin Oriental

.

DIVERSIDADE PRECISA GERAR MAIOR INCLUSÃO 

A necessidade de gerar mais diversidade e inclusão real na hotelaria e em todo o trade turístico também esteve presente nas pautas de muitas das discussões e painéis do evento.  Concluiu-se que ações relacionadas a elas precisam urgentemente sair do escopo do marketing e tornar-se realidade nas empresas que gerem os produtos turísticos. “Diversidade é convidar para o baile; inclusão é quando você convida para dançar”, citou Hubber Clemente, do Afroturismo HUB.  “Podemos ser mais diversos e inclusivos no turismo sim”. 

Afinal, o turismo sempre foi visto como um setor “naturalmente diverso”, mas a diversidade TEM que gerar real inclusão na hospitalidade. “Hotelaria é feita por pessoas, para pessoas. Todas as mudanças sociais têm que ser acompanhadas pelo setor, o tempo todo”, lembrou Antonietta, da Accor. 

Se iniciativas públicas podem demorar muito para acontecer nesse setor, da ótica da iniciativa privada é possível – e necessário – começar agora mesmo. Muitas propriedades, de pequenas pousadas a grandes hotéis, felizmente já começaram essa batalha há muito tempo. Esperemos agora que muitas outras se juntem urgentemente a elas. 

LEIA TAMBÉM: A hotelaria precisa conhecer de fato seu cliente

.

.

Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

.

.