Anantara Nice

Serandipians divulga novidades hoteleiras em Marbella

No finalzinho de março passado, participei mais uma vez, dentre apenas 20 jornalistas convidados do mundo todo, do evento anual da Serandipians, uma das principais redes de turismo de luxo do mundo. Durante o evento The Essence of Luxury 2023, realizado em Marbella, no sul da Espanha, a Serandipians divulga novidades hoteleiras importantes e ressalta a importância do crescimento do grupo em alguns destinos, sobretudo no Brasil.

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Serandipians by Traveller Made, através de seus associados e parceiros, movimenta mais de 3,6 bilhões de euros em viagens ao ano. O evento confirmou o franco crescimento do nicho, que deve alcançar US$2,53 trilhões até 2032.

Na abertura do evento, Quentin Desurmont, fundador da Serandipians, destacou a importância de algumas nações nesse novo boom do turismo de luxo, incluindo o Brasil. O país foi citado também dentre os países que mais crescem em representatividade e negócios dentro da rede Serandipians nos últimos anos.

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Anantara Ubud
Anantara Ubud. Foto: Divulgação

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SERANDIPIANS divulga novidades hoteleiras

Diversas novidades do mercado internacional de hospitalidade foram divulgadas ou enfatizadas nos encontros de hoteleiros com a imprensa internacional presente no evento. Reúno aqui as principais delas:

  • O ONE Palacio Anunciada, ocupando um palácio cheio de história em Lisboa, após passar parte da pandemia fechado, está totalmente reaberto e com jeito de novinho em folha – e com restaurantes abertos também para não hóspedes.
  • Também em Portugal, o já badalado Hotel Vermelho, em Comporta, marca a entrada de Christian Louboutin na indústria da hospitalidade com apenas 13 quartos nos quais absolutamente tudo foi feito à mão (e cada suíte tem decor diferente). A propriedade anunciou também a abertura no ano que vem do “Vermelho Lagoas”, com outro estilo e bem maior, com 40 acomodações.  
  • Na Itállia, o ET Milan, que ocupa o edifício que já foi casa de Giuseppe Verdi (a escrivaninha do músico está até hoje em uma das suítes), reafirmou seu compromisso de ter staff 100% milanês, vai investir em novas pop ups de marcas de luxo na propriedade e anunciou a abertura de um novo restaurante com chef 2 estrelas Michelin no segundo semestre desse ano.

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Castello di Reschio
Castello di Reschio. Foto: Divulgação
  • Ainda na Itália, o Anantara Palazzo Naiadi ganha agora um novo rooftop que promete dar o que falar no verão de Roma. E o discreto e novo Castello di Reschio, na Toscana, com apenas 36 acomodações, está investindo cada vez mais no real state, com novas vilas que rodeiam o hotel e podem ser alugadas de maneira privativa. Tudo ali foi cuidadosamente desenhado pelo proprietários e a propriedade agora produz boa parte dos alimentos que serve, mel, vinhos e azeite.
  • Nos EUA, o La Boca Ratón, de 1926 (antigo e lendário Waldorf Astoria), foi reaberto apenas para hóspedes e completamente renovado depois de um extreme makeover de mais de 200 milhões de dólares. Tem agora 14 restaurantes, novos water taxis para transportar os hóspedes ao beach club e campo de golfe de 18 buracos.
  • No Colorado, o exclusivo Dunton Hot Springs, um Relais&Chateaux de apenas 14 cabanas de um a cinco quartos que opera em sistema all inclusive, está investindo em um “summer only tented camp”, com 8 tendas de glamping que operarão entre junho a outubro com infraestrutura separada. O grupo vai abrir também uma nova propriedade na Escócia.

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Anantara Nice
Anantara Nice. Foto: Divulgação
  • O La Zambra, grande resort em Marbella famoso entre famílias europeias do mesmo grupo dos hotéis URSO e Totem de Madri, agora tem um dos maiores spas de Costa del Sol, incluindo amplo menu de tratamentos ayurvédicos.
  • O Rosewood Le Guanahani, em St Barth, reabriu completamente renovado após quatro anos fechado – com destaque para o novo restaurante e deck à beira-mar.
  • A Minor Hotels, com diversas inaugurações nesse 2023 – incluindo propriedades em Amsterdã, Nice, Amalfi, Irlanda, Tailândia, Bali e Ras Kham – , está investindo bastante também em outras formas de hospitalidade. Os destaques ficam por conta do elegante barco Loi Pela, na Tailândia, com apenas quatro suítes, e do trem vintage The Vietage, no Vietnã.
  • O David Citadel, em Jerusalém, acaba de abrir sua Funland com 400 metros quadrados inteiramente dedicados a crianças e adolescentes. E o El Silencio, primeira propriedade Relais&Chateaux da América Central, idilicamente instalado entre cachoeiras nos bosques nublados da Costa Rica, foi renovado e está ainda mais luxuoso, mais dedicado ao bem-estar e mais sustentável, produzindo seus próprios produtos orgânicos e preservando reservas naturais de fauna e flora.

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A Serandipians promete trazer ainda neste ano novas adições importantes ao seu portfólio de luxuosos lodges e hotéis mundo afora.

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Casa Turquesa Paraty

A hospitalidade mais em evidência do que nunca

Depois de tantos e tantos meses olhando para as paredes das nossas próprias casas, agora, com o calendário de vacinação finalmente começando a lentamente avançar no Brasil, mais e mais pessoas estão voltando a programar (ou cogitar) viagens. E a hospitalidade está mais evidência do que nunca.

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No começo do ano, escrevi aqui na coluna sobre como o brasileiro passou a dar muito mais importância para suas acomodações de viagem durante a pandemia. Viajantes estão agora focando menos nos atrativos turísticos dos lugares que visitam e muito mais nos hotéis, pousadas e imóveis de temporada escolhidos para suas viagens. Uma tendência em ascensão, independentemente do nicho e estilo de viagem, confirmada em pesquisas recentes do Airbnb, Booking, Euromonitor e outros.

Tem sido justamente através da indústria da hospitalidade que boa parte das novas experiências de viagem destes tempos têm acontecido. E hotéis, pousadas e imóveis de temporada que entenderam isso estão saindo na frente nessa corrida há meses. 

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A hospitalidade mais em evidência do que nunca

Nos últimos meses, as pessoas têm procurado cada vez mais por algo “diferente” ou “especial” nos lugares nos quais se hospedam. Foi-se o tempo em que hotel era considerado “lugar para tomar banho, dormir e tomar café” pelo brasileiro médio.

Portanto, a hospedagem agora passa a ser aspecto fundamental da viagem de cada vez mais gente, e é preciso atender com excelência e criatividade essa demanda. A tendência tem se refletido na cobertura jornalística de turismo em geral nesse período, que também tem colocado a indústria da hospitalidade mais em evidência do que nunca – gerando uma demanda ainda maior nesse sentido.

Em minha viagem a Paraty, RJ, agora em junho, hospedada na sempre incrível Casa Turquesa (uma das minhas hospedagens preferidas no país e sem dúvidas uma das melhores no Brasil), encontrei diferentes hóspedes (inclusive alguns hóspedes frequentes) que estavam ali pela propriedade em si e não pelo destino. Mostrei detalhes dessa estadia adorável no meu instagram @maricampos

Todos concordaram sobre as belezas naturais e históricas da cidade; mas afirmaram sem rodeios que a escolha da hospedagem tinha sido muito mais importante do que a escolha do destino em si. A capacidade de uma propriedade garantir real segurança nesses tempos, ser sustentável, ampliar seu menu de serviços, informatizar atendimentos (do check in às reservas de serviços sem contato) e seguir antecipando os desejos dos hóspedes foi fator primordial na escolha. Não à toa, a Casa Turquesa tem testemunhado a maior ocupação de seus treze anos de existência.

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Fatores fundamentais para a sobrevivência da indústria da hospitalidade

Um estudo recente da Traveller Made, em parceria com o Glion Institute of Higher Education, elencou dentre os principais fatores para a sobrevivência da indústria da hospitalidade no mundo durante a pandemia o aprimoramento da experiência do hóspede por meio da tecnologia, a criação de novos serviços e produtos, e os constantes treinamentos e apoio físico e mental ao staff (afinal, staff feliz é o melhor caminho para o hóspede satisfeito).

Segundo o estudo, mudar a função de quartos ociosos em tantas propriedades durante o primeiro ano da pandemia (seja como room office, como pop up bares e restaurantes, espaços para experiências gastronômicas privativas etc) foi um dos principais pontos que ajudaram hoteleiros a pensar em outras propostas de novos serviços a serem oferecidos, e também em novas utilizações para espaços pré-existentes. A Traveller Made cita também a importância do crescimento de até 80% das staycations e a implementação de novos espaços funcionais ao ar livre nesse processo. 

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Cinco aspectos INCONTORNÁVEIS

Na hotelaria brasileira, hoteleiros que vêm enfrentando a pandemia com boas taxas de ocupação em suas propriedades têm destacado em geral cinco aspectos que consideram “incontornáveis” para assegurar o bom desempenho nesses tempos duros:

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1. Segurança sanitária

Hóspedes prestam cada vez mais atenção e valorizam cada vez mais os diferentes procedimentos hoteleiros para garantir segurança, higiene e saúde durante a estadia. Mas é fundamental ser extremamente claro na comunicação de tais “protocolos” para inspirar confiabilidade. 

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2. Informatização

É desafio necessário manter a calidez e a eficiência do serviço com distanciamento social, priorizando cada vez mais operações sem contato (a digitalização de operações já é vista como fundamental para boa parte dos hóspedes no quesito “segurança). A digitalização de serviços abriu caminho para novas e bem-vindas maneiras de receber hóspedes com qualidade e respeito absoluto aos protocolos sanitários obrigatórios desses tempos.

LEIA TAMBÉM: Os termos do turismo popularizados na pandemia

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3. Trabalho remoto

O trabalho remoto tem ajudado sobremaneira a hotelaria brasileira a melhorar seus índices de ocupação (inclusive com estadias em média muito mais longas). Há destinos inteiros cada vez mais interessados nesse público, como mostrei recentemente em matéria para o UOL. O nomadismo digital já é uma realidade para parcela significativa dos viajantes, e a hotelaria precisa estar preparada para essa nova necessidade dos hóspedes. 

LEIA TAMBÉM Como o trabalho remoto tem ajudado na recuperação da hotelaria

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4. Sustentabilidade

O real envolvimento de hotéis e pousadas com sustentabilidade (ambiental, econômica, social e cultural) passou a ser um dos critérios prioritários de escolhas de viagem para muito mais gente (71% dos entrevistados em estudo da Booking e 51% em estudo do Airbnb, por exemplo). O viajante está cada vez mais consciente dos impactos que suas decisões de viagem geram.

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5. Bem-estar

Segundo o Global Wellness Tourism Economy Report, o turismo de bem-estar já responde por cerca de 17% de toda a receita da indústria turística – e cresce mais e mais rápido que o turismo em geral. E a indústria da hospitalidade finalmente começa a entender que oferecer opções voltadas para o bem-estar vai muito além de pratos saudáveis no menu e massagens relaxantes no spa. 

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Reinvenção AINDA é a palavra chave

Reinvenção tem sido uma palavra frequentemente proferida pela maioria dos hoteleiros com os quais conversei nos últimos meses. Afinal, hotéis e pousadas perceberam que, com os hóspedes passando cada vez mais tempo nos lugares nos quais se hospedam, é fundamental adaptar operações, ambientes e serviços para tornar esses lugares ainda mais acolhedores e interessantes.

Sejam estas mudanças temporárias ou permanentes, a hotelaria bem-sucedida tem estado extremamente atenta às mudanças de comportamento e de padrão de gastos e consumo dos hóspedes. Portanto, com criatividade, inovação e competitividade, o hoteleiro precisa estar realmente alinhado às necessidades sociais vigentes – para muuuuuito além dos famigerados protocolos sanitários. 

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Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

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Bath, locação da série da Netflix "Bridgerton"

Como é dormir em uma locação da série ‘Bridgerton’

Lady Featherington tem um objetivo na vida: casar suas três filhas. Quem já assistiu a Bridgerton, série da Netflix que estreou no Natal, sabe de quem estamos falando. Produzida por Shonda Rhimes (de Grey’s Anatomy) e inspirada nos livros de Julia Quinn, a obra de época está no topo do top 10 Brasil do serviço de streaming. Bridgerton se passa em Londres no período regencial, no início do século XIX, e mostra nobres e aristocratas britânicos às voltas com romances. A maioria dos fabulosos cenários internos foi recriada em estúdio. Já as cenas externas foram filmadas principalmente na adorável Bath. Várias no Royal Crescent, onde fica o Royal Crescent Hotel & Spa. E como é dormir em uma locação de Bridgerton?

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Bath, Patrimônio Mundial

No sudoeste da Inglaterra, a 1h30m de Londres a partir da Estação de Paddington, Bath é muitas vezes visitada em programas de bate-e-volta. Um desperdício de tempo. Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a cidade tem atrações o suficiente para ao menos uma ou duas noites. A arquitetura predominantemente do período georgiano está muito bem preservada.

Leia também: De predador a construtor, é a vez do turismo regenerativo

O Royal Crescent, conjunto de 30 prédios da década de 1770 formando uma meia-lua em torno de um gramado, é um dos cartões-postais de Bath. E endereço da fachada da casa dos Featherington. Logo no primeiro episódio dá para ver bem o local, quando os personagens vão a um encontro com a rainha no qual quem brilha é a protagonista Daphne Bridgerton (Phoebe Devynour) e não a família de Lady Featherington (Polly Walker).

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rOYAL cRESCENT, OBRA-PRIMA GEORGIANA

Ainda hoje cerca de um terço das construções do Royal Crescent permanecem como residências únicas. O restante foi dividido em apartamentos, com duas exceções. No Royal Crescent número 1 há um museu, previsto para reabrir em abril, que mostra como era o interior das casas locais no final do século XVIII. Já os números 15 e 16, bem no centro do semicírculo, abrigam o Royal Crescent Hotel & Spa, hotel boutique de luxo que faz a gente se sentir em um episódio de Bridgerton. Ainda não sabemos quando poderemos viajar tranquilamente para o Reino Unido e, no momento, o Royal Crescent Hotel está fechado. Mas é permitido sonhar e fazer planos para dormir em uma locação de Bridgerton.

Leia também: O que realmente mudou nos hotéis durante a pandemia

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Como é se hospedar no Royal Crescent Hotel

O conjunto arquitetônico do Royal Crescent é considerado de Grau 1 pelo Reino Unido, o que significa que é de “interesse excepcional” e não pode ser demolido ou alterado. As duas construções ocupadas pelo Royal Crescent Hotel são de 1775 e foram meticulosamente restauradas para manter o esplendor original. Com os selos de qualidade da hotelaria de luxo Virtuoso e Traveller Made, o hotel é hoje um destino em si. Fica em uma silenciosa área residencial e a menos de 15 minutos de caminhada das principais atrações turísticas de Bath, como as Termas Romanas, a abadia do século XVI e a Pulteney Bridge sobre o Rio Avon (foto no início do texto).

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Locação da série Bridgerton em Bath: Royal Crescent Hotel | Foto de Carla Lencastre
Royal Crescent Hotel em Bath | Foto de Carla Lencastre
Elegância do Século XVIII, cOMODIDADES DO SÉCULO xxi

Antes uma residência, como todas as casas do Royal Crescent, o número 16 virou hotel somente em 1950. Em 1971 o número 15 foi anexado à propriedade, que recebeu o nome de Royal Crescent Hotel. Os donos mudaram ao longo das últimas décadas, mas o nome foi mantido. Os proprietários atuais assumiram o hotel na década de 2010 e fizeram novas restaurações e obras de renovação, inclusive no spa com seis salas de tratamento (com produtos naturais da grife britânica Elemental Herbology), saunas seca e a vapor e uma deliciosa piscina aquecida e coberta com 12 metros de extensão e cercada por paredes em pedra. O ambiente é do século XVIII; os confortos, do século XXI. O serviço é impecável.

Leia também: É seguro usar piscina de hotel durante a pandemia?

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Suítes à la Bridgerton

O hotel tem 45 elegantes acomodações, com decorações únicas e banheiros em mármores. Os quartos de entrada, com 23 m² e móveis de época, podem ser um pouco apertados. Mas as 11 suítes com pé-direito alto, tetos ornamentados, lustres, bustos e pinturas a óleo valem o investimento. A sensação de dormir em um prédio de quase 250 anos é a de estar em um cenário de Bridgerton. Ainda que o ambiente seja extremamente romântico, o Royal Crescent Hotel é family friend. Há quartos interligados e outros que podem receber camas extras. O hotel oferece serviço de babysitting e maiores de 12 anos podem usar a piscina do spa.

Leia também: A hotelaria de luxo na era covid-19

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O Royal Crescent Hotel tem ainda uma villa com quatro quartos e jardim privativo, procurada por celebridades do cinema e da música. E oferece buyout muito antes de a pandemia ter transformado em tendência a opção de reservar um hotel inteiro para você, sua família e seus amigos. Rolling Stones e U2 já fecharam o Royal Crescent Hotel apenas para convidados.

Leia também: Como é dormir com fantasmas em hotéis do Reino Unido

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bAR, RESTAURANTE E SPA SÃO ABERTOS AO PÚBLICO

Um belo jardim separa os quartos da construção onde ficam o Dower House Restaurant, o Montagu Bar & Champagne Lounge e o spa, todos abertos ao público em geral mediante reserva. O nome do bar homenageia a socialite, incentivadora da literatura e escritora Elizabeth Montagu (1718-1800), que morou no número 16 e organizou muitos eventos literários em seus salões. No site do hotel há detalhes saborosos da história do Royal Crescent e de seus personagens, que renderiam outras séries de TV. Mas é a literatura que é parte indissociável de Bath, como bem sabem os leitores de Jane Austen. A escritora inglesa (1775-1817) viveu na cidade e a usou como inspiração e cenário em suas obras. Royal Crescent incluído.

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Torre da Universidade de Cartagena

Onde ficar em Cartagena, no Caribe colombiano

Em cima do muro não é uma opção. Do lado de cá ou do lado de lá é a principal dúvida na hora de escolher o hotel na belíssima Cartagena das Índias, no noroeste da Colômbia. Dentro da muralha de dez quilômetros de extensão, a cidade tem um colorido Centro Histórico do século XVI, Patrimônio da Humanidade pela Unesco, repleto de hotéis boutique, lojas, bares e restaurantes (estes até em cima do muro). Do lado de fora da muralha está o Mar do Caribe. Onde ficar em Cartagena?

Leia mais: um roteiro por Cartagena na revista Panrotas (a partir da p. 26)

As praias da cidade não são aquelas dos cartões-postais caribenhos, com água azul-turquesa e areia branca e fofa. Mas a hospedagem nos grandes hotéis à beira-mar é opção a ser levada em conta para quem viaja com crianças pequenas. Ou não dispensa a infraestrutura de um resort. Ou simplesmente quer combinar história e praia na mesma cidade.

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Onde ficar em Cartagena: Dentro da Muralha

Para quem vai a Cartagena em busca da vida do século XXI pelas ruas do século XVI, o lugar para ficar é do lado de dentro do muro. Da primeira vez na cidade, há alguns anos, tive ótima experiência no Charleston Santa Teresa, o que contribuiu muito para o meu amor à primeira vista por Cartagena. Com 87 quartos, instalado em um antigo convento do século XVII perto da Torre do Relógio, o hotel tem piscina no terraço, com vista para as torres da Catedral em primeiro plano, e o selo Traveller Made. No belo claustro central estão as mesas do Harry’s, restaurante de Harry Sasson, um dos chefs colombianos mais famosos.

Outro convento, também do século XVII, abriga o Sofitel Legend Santa Clara, com 123 quartos e recomendado pelo Forbes Travel Guide. Mesmo que não seja a sua opção, vale aproveitar o bom bar El Coro e o restaurante 1621. El Coro é o endereço da cripta que inspirou Gabriel García Márquez no livro Do amor e outros demônios. A casa do escritor colombiano, ainda hoje com a família, é vizinha ao Santa Clara. As áreas comuns do hotel são lindas, como o pátio central repleto de plantas e com um poço. A piscina, grande para uma área histórica, está em um pátio ao lado. Este é o hotel do Centro Histórico com melhor estrutura para receber crianças pequenas.

Atualização:

Em outubro de 2020, o Santa Clara foi eleito pelos leitores da Condé Nast Traveler o melhor hotel da América do Sul e o segundo melhor do mundo. Em novembro, foi reconhecido como o South America’s Leading Hotel pelo World Travel Awards.

A bonita Casa San Agustín, membro da Leading Hotels of the World, também é recomendada pelo Forbes Travel Guide. O restaurante Alma, de frutos do mar com leitura contemporânea, é bem gostoso. Tem vista para a pequena piscina em formato de L, emoldurada pela parede em pedra de um aqueduto do século XVII. Os 30 quartos, com decorações únicas, oferecem mix charmoso de detalhes modernos e históricos, alguns com afrescos originais nas paredes. O hotel tem um solário com vista para a torre da universidade do século XIX, onde estudou García Márquez (foto na abertura deste texto).

Leia mais: Hotéis e spas cinco estrelas na edição 2020 do Forbes Travel Guide

Onde ficar em Cartagena: jacuzzi com vista para o Mar do Caribe no hotel Radisson Cartagena Ocean Pavillion | Foto de Carla Lencastre
Jacuzzi com vista para o Mar do Caribe no Radisson Cartagena | Foto de Carla Lencastre

Onde ficar em Cartagena: fora da muralha

Tive as duas experiências, dentro e fora do muro. A mais recente foi mês passado, quando voltei a Cartagena a convite do Radisson Ocean Pavillion. O hotel com 233 quartos fica na praia de La Boquilla, entre 20 e 30 minutos de carro do Centro Histórico. Conto mais sobre o Radisson Cartagena em reportagem na revista Panrotas. Ainda ao norte do Centro, entre 30 e 40 minutos de carro, na região de Manzanillo del Mar, há duas novas opções de grandes redes hoteleiras: o Meliá Karmairi, somente para adultos, aberto em meados de 2019, e o Conrad Cartagena, inaugurado no final de 2017.

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Onde ficar em Cartagena: prédios modernos na ponta da península de Bocagrande, em Cartagena | Foto de Carla Lencastre
Prédios modernos na ponta da península de Bocagrande | Foto de Carla Lencastre

A área hoteleira de praia mais perto do Centro é Bocagrande, península repleta de arranha-céus que, vista do mar, lembra Downtown Miami. Está a cerca de 15 minutos de carro da principal entrada da cidade murada, a Porta do Relógio. Um clássico na área é o Hilton, em El Laguito, no sul da península. Há outras opções de redes, em diferentes faixas de preço. Em Bocagrande, como em La Boquilla, geralmente a areia e o mar são acinzentados, com águas mornas. Há vendedores, o assédio é grande; as praias são seguras.

Onde ficar em Cartagena: conjunto histórico vai abrigar o Four Seasons Cartagena | Foto de divulgação
Como vai ficar o conjunto histórico que abrigará o Four Seasons Cartagena| Divulgação

Também ao sul do Centro, fica Getsemaní, um dos bairros mais antigos de Cartagena. É lugar para aproveitar a vida noturna, com muitos bares de salsa. Há alguns meses, a rede Four Seasons anunciou que sua terceira propriedade na Colômbia (há dois hotéis em Bogotá) será justamente em Getsemaní, em um conjunto de prédios históricos a apenas cinco minutos de caminhada da Porta do Relógio. Passei por lá, as obras ainda não começaram. Será a 15ª propriedade da coleção Four Seasons Historic Hotels. Em fase de gentrificação, o bairro tem hostels e hotéis como o Selina, inaugurado há menos de um ano, com quartos individuais e comunitários.

E agora? Qual o seu lado do muro?

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Torre Eiffel vista do La Réserve Apartments Paris

Como é se hospedar no La Réserve, eleito o melhor hotel de Paris

A revista americana Travel+Leisure anunciou mês passado sua esperada lista anual dos 100 melhores hotéis do mundo. Este World’s Best Awards 2019 apresenta também rankings locais com os dez melhores hotéis de diversos destinos. Dois dos dez melhores de Paris foram considerados bons o suficiente para estarem também no ranking dos cem melhores do mundo: La Réserve Paris Hotel and Spa, em 55º lugar global (o sexto europeu mais bem classificado), e Le Meurice, da Dorchester Collection, em 89º lugar. Aos leitores da prestigiada publicação, a T+L pede que avaliem quesitos como serviço, localização e gastronomia, entre outros.

Atualização: Em outubro de 2020 os leitores da Condé Nast Traveler também escolheram o La Réserve Paris como o melhor da cidade no Reader’s Choice Awards 2020.

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Aberto há apenas quatro anos, parte da associação Leading Hotels of the World e com cinco estrelas no Forbes Travel Guide, o reconhecimento do La Réserve chama a atenção. Principalmente se levarmos em conta as muitas boas opções na hotelaria de luxo em Paris. Para citar apenas outras menções mais recentes, ainda em julho, a publicação britânica Condé Nast Traveller incluiu o La Réserve no seu top 10 de “hotéis mais sensacionais de Paris”. Na semana passada o restaurante Le Gabriel, com duas estrelas Michelin, ganhou o prêmio Best of the Best 2019 de “melhor experiência gastronômica”, anunciado durante a Virtuoso Travel Week, em Las Vegas.

Leia mais: Hotéis e spas cinco estrelas na edição 2020 do Forbes Travel Guide

Gastronomia, localização e serviço são destaques do La Réserve Paris

Estive no La Réserve pela segunda vez em março deste ano, a convite do hotel. A gastronomia, a localização e a qualidade do serviço de fato se destacam. O endereço é elegante desde o século 19, na Avenue Gabriel, em frente ao Grand Palais, ao lado da Champs-Elysées e do Palais de l’Elysée (sede da República francesa) e perto das lojas de grife da Rue du Faubourg Saint-Honoré. Neste acolhedor hotel boutique com jeito de palácio, a decoração assinada pelo designer parisiense Jacques Garcia é intimista nas 40 acomodações (várias com vistas para cartões-postais da cidade; 25 suítes e 15 quartos a partir de 40 metros quadrados) e suntuosa nas áreas comuns. Meu ambiente preferido é a confortável biblioteca em tons de verde escuro, que tem ainda um bar secreto apenas para hóspedes.

Outro ponto alto deste belo hotel fica no subsolo: a piscina de 16 metros de extensão, com água aquecida, aberta 24 horas. É só chegar para nadar que as cortinas da parede de vidro que separa a piscina do restante do spa são fechadas, garantindo privacidade. Ao redor estão apenas três salas de tratamentos personalizados de rejuvenescimento com produtos suíços.

La Réserve Paris: brasserie comandada por Jérôme Banctel, chef do Le Gabriel
A brasserie comandada por Jérôme Banctel, chef do Le Gabriel | Foto de Carla Lencastre

As mesas da brasserie Le Pagode des Cos, voltadas para um jardim interno, são disputadas no almoço. O cardápio tem a assinatura do chef Jérôme Banctel, que conquistou as estrelas Michelin para o Gabriel em seu primeiro ano. Ter liberdade de pedir café da manhã no horário em que der vontade é um dos maiores luxos da hotelaria. No caso do La Réserve, o Pagode des Cos muda o menu para o almoço. Mas quem acorda mais tarde pode ser servido no próprio quarto, bien sûr, ou no bar, tranquilo durante o dia. Conforme as horas passam, é lugar para um drinque autoral ou clássico.

Quartos e suítes são decorados em estilo Haussmann com confortos tecnológicos, como iPad para controle de temperatura e iluminação. Do balcão da minha suíte via-se a cúpula do Grand Palais e, à distância, a Basílica do Sacré-Coeur, em Montmartre. No closet, confortáveis roupões em tons pastel, as peças mais vendidas do hotel. A sala de banho, em mármore de Carrara preto e branco, dispõe de chão aquecido, duas pias e banheira.

Com fachada em pedra e porta vermelha, a construção de 1854 pertenceu ao Duque de Morny, meio-irmão de Napoleão III e, no século 20, ao estilista Pierre Cardin. Hoje faz parte do exclusivo portfólio La Réserve, do empresário francês da área de hospitalidade Michel Reybier. O grupo inaugurou agora La Maison d’Estournel, em Sainte-Estèphe, a uma hora de carro de Bordeaux. É possível se hospedar também em La Chartreuse, casa na premiada vinícola Château Cos d’Estournel, residência da família de Reybier.

Com a marca La Réserve, há ainda os Apartments Paris, com serviços, na Place du Trocadéro (na foto no alto do post, a vista da Torre Eiffel é de um dos apartamentos); o Ramatuelle, no Sul da França, a 15 minutos de carro de Saint-Tropez; o restaurante À la Plage, em parceria com o designer Philippe Starck, em Pampelonne, também na região de St-Tropez), e o Genève, na Suíça, o pioneiro. Para o final do ano está previsto o Eden au Lac Zurich. Tanto os apartamentos quanto os hotéis têm o exclusivo selo Traveller Made.

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