5 novas ideias do que pode mudar no turismo

No início da pandemia, quando o cenário que olhávamos era totalmente cego, escrevi esse post, o mais lido no meu blog desde que ele existe: 5 IDEIAS DO QUE PODE MUDAR NO TURISMO. Essa análise abordou esses temas: novas medidas de restrições às viagens; predomínio das viagens domésticas; minimizar impactos, garantir empregos e sobrevivência das empresas; mudança de hábitos dos consumidores e imagem das empresas e destinos. Vale a pena você ler no link acima, porque esse conteúdo foi escrito em 31 de março de 2020.

Sabe por que estou voltando a ele? Para avaliar se esses temas ainda são válidos e quais outros nós poderíamos acrescentar depois de mais de um ano de enfrentamento da pandemia. Eu diria que todas essas análises poderiam ter sido feitas hoje, não mudaram; ou, pioraram, pois muito daquilo que achávamos que poderia ser passageiro se tornou mais duradouro. Ok, então quais seriam as 5 NOVAS IDEIAS DO QUE PODE MUDAR NO TURISMO?

1.Turismo ou trabalho híbrido

Se há alguma tempo falávamos que as viagens a negócios eram estendidas para lazer (bleisure: business + leisure), agora as viagens devem se confundir com objetivos combinados e aumentar sua duração. Cada viajante e lugar tem suas especificidades, encontrar aquela de nosso negócio é crucial para inovar e fazer negócios de novas formas. Vale lembrar que somente medir a temperatura e o distanciamento social podem não ser suficientes em nosso negócio. É preciso comunicar de forma frequente, permanente e objetiva com novos e antigos clientes para mostrar como eles podem ficar seguros em nossos ambientes. Conquistar confiança.

2.LAZER, NEGÓCIOS E EVENTOs

Os modelos de negócios precisam se adaptar em cada segmento de atuação, isso está ligado ao tema 1. acima. Viagens a negócios estão sendo repensadas e devem assumir novos contornos com prioridades das empresas e seus orçamentos. As viagens a lazer, poderão ser mais frequentes ou assumir formatos combinados com trabalho em novas modalidades e períodos de tempo. E os eventos, com as opções presencial, on-line e híbrido devem se acomodar a depender do tipo de setor, necessidades e diversos públicos-alvo. Não podemos continuar pensando e agindo da mesma forma nas motivações de viagens.

3.SUPER SEGMENTAÇÃO DA DEMANDA

Pode ser que esse seja o maior desafio da indústria de hospitalidade. Além das mudanças de comportamento que esses tempos trazem, ter informações e compreender dados geográficos e sócio-econômicos somados a subjetividade das necessidades de cada viajante pode ser a chave para resgatar a confiança. Fortalecer estratégias de inteligência comercial e de marketing é uma tarefa diária que cada um pode desenvolver com seus bancos de dados e opções de big data disponíveis no mercado.

4.CONEXÃO PESSOAL

Provavelmente os momentos mais celebrados da vidas das pessoas são casamentos, nascimentos, formaturas e viagens. Bem, certamente as viagens terão esse caráter de libertação, afinal o isolamento forçado não é bem uma característica da natureza humana. Temos um desafio de continuar a nos comunicarmos com nossos clientes para resgatar, conquistar a confiança nas viagens; de fortalecer laços de relacionamento; de oferecer empatia e mostrar que viajar pode ser seguro com medidas eficazes.

5.SEM TOQUE COM TOQUE HUMANO

O máximo de pontos de relacionamento com o cliente que possam ser “sem toque” em todas as etapas de sua jornada certamente trará mais confiança para o turismo. E tem mais, além de investir em tecnologias para uma jornada segura do viajante, precisamos nos reinventar para mostrar nossos diferenciais e fortalecer laços emocionais no relacionamento com o consumidor. Combinar serviços “sem toque” com o desejo por interação e calor humano certamente vai preencher lacunas importantes para esse período diferente que vivemos.

Como já conversamos, a recuperação não será linear, e tampouco deve ser evolutiva, pode ter altos e baixos. Precisamos ser ágeis em nossas análises e ações, além de preparar nossos times emocionalmente e financeiramente para essa jornada futura sem data para acabar.

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Jeanine Pires

Apaixonada pela indústria de viagens e turismo, há 31 anos atua como líder do setor no Brasil e no exterior. Já Presidiu e foi Diretora da EMBRATUR entre 2003 e 2010; é Diretora da Pires Inteligência em Destinos e, no final de 2022, entrou para a CVC Corp como Diretora de Alianças e Relações Governamentais. Jeanine foi Co-fundadora da startup ONER Travel em 2020 e já atuou como Presidente do Conselho da Fecomércio São Paulo e da WTM Latin America. Com formação e especialidade em marketing de destinos e economia do turismo, Jeanine faz palestras, cursos e consultorias.

10 thoughts on “5 novas ideias do que pode mudar no turismo

  1. 01 – viajar é um investimento, tanto no aprendizado com troca de experiencia, quanto no lazer como forma de renovação de energia positiva. Quanto mais se viaja, mas se aproveita a vida, mais eu quero trabalhar para continuar viajando.
    02 – viajar em busca de lazer e trazer para a comunidade de origem a experiência vivenciada em outros lugares.
    03 – Conhecer novos lugar, novos tratamentos humanizados e usar a forma como você gostou de ser tratando para se reportar até outras pessoas
    04 – conhecer novas culturas e a partir dai, valorizar e contribuir para a valorização da cultura em sua comunidade de origem.

  2. Olá Jeanine. Parabéns pela sua aula. Obrigado. Eu gostaria de prestar uma colaboração.
    Eu fui professor na ESAG – Escola Superior de Administração e Gerência, da UDESC – Universidade Para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, na cadeira de Turismo e Desenvolvimento – Planejamento e Organização, desde 1977. Publiquei um livro que possui o mesmo título da cadeira, citada acima. Dentre os diversos aspectos que compõem a estruturação da atividade turística, eu queria destacar estes 6 itens que começam com a letra C e que considero como os pilares do setor, que não podem faltar nos destinos:
    1. CAMINHO: como chegar aos destinos. 2. CAMA: as mais diversas formas de hospedagem. 3. COMIDA: a gastronomia local. 4. COMPRAS: lojas. 5. CULTURA: o histórico do local. 6. CARINHO: o bem receber. Gostaria de saber a sua opinião. Atenciosamente, Antônio Pereira Oliveira.

    1. Oi Antônio, excelente contribuição. Uma forma de ser bem objetivo sobre os componentes do turismo. Super obrigada, traga suas observações sempre que puder. Abs, Jeanine

  3. Achei os textos das “cinco idéias” muito pouco elucidativo. A linguagem teórica deixa a desejar; Não há um exemplo sequer, que ilustre nenhuma das 5 idéias. Acho que faltou um pouquinho de didática nesse artigo. Valeu a intenção.

    1. Obrigada Ewerton, quando se trata de um post sempre usamos um tamanho menor. Quando é artigo temos espaço para escrever mais.
      Agradeço sua sugestão, abs, Jeanine

  4. Concordando com os itens formados por Antônio Pereira de Oliveira, eu acrescentaria mais um “C” de CUIDADOS, pois passamos a ter nos atuais dias um componente, que fez com o setor de turismo fosse um dos mais afetados nesta Pandemia. Agora, e não se sabe por quanto tempo, higienização, distanciamento social e outros CUIDADOS passam a ser fundamentais e dá mais segurança nossos destinos.

    1. Oi Wandenberg, adorei o tema que você acrescentou à nossa lista. Imagina que as pessoas estão com emoções à flor da pele, muita “carência” de CUIDADOS como você descreveu. Tudo o que trouxer confiança ao viajante será crucial. Obrigada por trazer suas ideias. Um abraço, Jeanine

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