stop over da tap: MAIS DIVISAS

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Durante a BTL de Lisboa, a TAP anunciou uma medida que terá forte impacto nos resultados para o turismo internacional do Brasil com origem da Europa. Ainda nesse primeiro semestre 5 cidades iniciam o stopover: Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília e Rio de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa que, se bem divulgada e aproveitada, pode aumentar as receitas que os estrangeiros deixam no Brasil, contribuindo para nossa balança comercial. Trata-se, ainda, de um pleito de muitos anos dos empresários que trabalham o mercado internacional.

O stopover permite que o visitante internacional fique até cinco dias a mais no Brasil e conheça dois destinos sem nenhum custo adicional à sua viagem. Os fatos mais significativos dessa novidade são o fato de que um dos esforços para aumentar as receitas dos turistas é justamente fazê-los ficar mais tempo e gastar mais; o outro é que permite aos visitantes conhecerem mais cidades brasileiras e explorarem a diversidade de destinos e opções de experiências que temos.

Um país grande e com tantas opções de experiências de norte a sul, leste à oeste precisa trabalhar para que essa indústria traga mais divisas e isso só pode ser feito se aumentarmos o volume de visitantes, sua permanência e seu gasto. Sempre gosto de ressaltar que os dados que mostram o impacto econômico e os bons resultados do turismo no Brasil não podem ser medidos somente pelo número de pessoas que chegam (e que precisamos aumentar), mas sobretudo pela equação: Volume + permanência + gastos.

Qual cidade ganhou ou perdeu na oferta de voos internacionais?

Fortaleza é a cidade brasileira que mais cresceu em número de voos e assentos em voos internacionais no mês de março de 2019. A cidade que mais perdeu assentos foi João Pessoa. Desde minha época de EMBRATUR adoro avaliar a oferta de voos internacionais para o Brasil, estou feliz que esse trabalho continue a ser feito até hoje pelo Joaquim Neto da EMBRATUR. Parabéns! Hoje foi divulgada pela autarquia a variação da oferta de voos e assentos do mês de março de 2019 em relação a março de 2018. E alguns números nos chamam a atenção.

Fortaleza aparece disparada com a maior variação positiva de voos internacionais, cresceu 79,65% sua oferta e 69,1% sua oferta de assentos. Um número muito alto que mostra uma estratégia acertada do Ceará sob a liderança do Secretário Arialdo Pinho de fazer um novo portão de entrada no Brasil para distribuir passageiros por todo o território. A chegada do hub AL/KLM e da GOL ajudou nessa ampliação, assim como a vinda de muitos outros voos internacionais de diversas empresas. As cidades que mais aumentaram sua oferta de assentos também foram: Cabo Frio (31,115%); Brasília (24,99%) e Florianópolis (21,33%). Muitas cidades tiveram ganhos menores de assentos no período. O acumulado de janeiro a março desse ano está quase estável (+0,48%) em relação ao mesmo período de 2018, somando 3.739.279 assentos de e para o Brasil.

As cidades que mais perderam assentos internacionais em março de 2019 comparando com 2018 foram: João Pessoa (-63,8%); Porto Seguro (-50,5%) e Recife (-38,2%). Logo depois vem Navegantes com -37,94%; e Belo Horizonte caiu 31,56%. É claro que algumas cidades se destacam tanto no aumento e outras na retração, sobretudo aquelas que já tinham pouco voos como é o caso de João Pessoa e perdem pouco, mas muito na proporção.

Por que estou sempre de olho nessa oferta? Porque ela é um retrato do avanço ou recuo de um destino, região e do país nos resultados das chegadas e receitas internacionais por via aérea. Sempre olho a oferta de assentos, pois eles podem aumentar ou diminuir sem alteração da oferta de voos. Bem, esses dados nos levam ao recorrente tema de promoção internacional do Brasil, que pelos impactos gerados pelo turismo na economia merece mais atenção, mais investimentos, continuidade de relacionamento no mercado internacional. O que exploramos mais em detalhes nesse post aqui: Turismo cresce o dobro da economia.

Qual cidade ganhou ou perdeu na oferta de voos internacionais?

Fortaleza é a cidade brasileira que mais cresceu em número de voos e assentos em voos internacionais no mês de março de 2019. A cidade que mais perdeu assentos foi João Pessoa. Desde minha época de EMBRATUR adoro avaliar a oferta de voos internacionais para o Brasil, estou feliz que esse trabalho continue a ser feito até hoje pelo Joaquim Neto da EMBRATUR. Parabéns! Hoje foi divulgada pela autarquia a variação da oferta de voos e assentos do mês de março de 2019 em relação a março de 2018. E alguns números nos chamam a atenção.

Fortaleza aparece disparada com a maior variação positiva de voos internacionais, cresceu 79,65% sua oferta e 69,1% sua oferta de assentos. Um número muito alto que mostra uma estratégia acertada do Ceará sob a liderança do Secretário Arialdo Pinho de fazer um novo portão de entrada no Brasil para distribuir passageiros por todo o território. A chegada do hub AL/KLM e da GOL ajudou nessa ampliação, assim como a vinda de muitos outros voos internacionais de diversas empresas. As cidades que mais aumentaram sua oferta de assentos também foram: Cabo Frio (31,115%); Brasília (24,99%) e Florianópolis (21,33%). Muitas cidades tiveram ganhos menores de assentos no período. O acumulado de janeiro a março desse ano está quase estável (+0,48%) em relação ao mesmo período de 2018, somando 3.739.279 assentos de e para o Brasil.

As cidades que mais perderam assentos internacionais em março de 2019 comparando com 2018 foram: João Pessoa (-63,8%); Porto Seguro (-50,5%) e Recife (-38,2%). Logo depois vem Navegantes com -37,94%; e Belo Horizonte caiu 31,56%. É claro que algumas cidades se destacam tanto no aumento e outras na retração, sobretudo aquelas que já tinham pouco voos como é o caso de João Pessoa e perdem pouco, mas muito na proporção.

Por que estou sempre de olho nessa oferta? Porque ela é um retrato do avanço ou recuo de um destino, região e do país nos resultados das chegadas e receitas internacionais por via aérea. Sempre olho a oferta de assentos, pois eles podem aumentar ou diminuir sem alteração da oferta de voos. Bem, esses dados nos levam ao recorrente tema de promoção internacional do Brasil, que pelos impactos gerados pelo turismo na economia merece mais atenção, mais investimentos, continuidade de relacionamento no mercado internacional. O que exploramos mais em detalhes nesse post aqui: Turismo cresce o dobro da economia.

TURISMO CRESCE O DOBRO DA ECONOMIA

Photo by Cameron Casey from Pexels

Mais uma vez os dados sobre o turismo no Brasil e no mundo comprovam sua importância econômica, seu impacto na chegada de divisas e na geração de empregos. No Brasil, o turismo cresceu o dobro da economia nacional em 2018.

O World Travel & Tourism Council – WTTC, divulgou os dados globais sobre o impacto da indústria de viagens e turismo na economia global (Fonte: Portal Panrotas). Em 2018 o crescimento foi de 3,9% contra 3,1% da economia do planeta. A geração de novos empregos também é destaque, segundo estudo da Oxford Economics 1 em cada 5 novos empregos que serão gerados no mundo nos próximos 5 anos virão da nossa atividade econômica de turismo.

Os dados divulgados sobre o Brasil, assim como da maioria dos países mostram também a resiliência do turismo em tempos de crise e sua rápida recuperação econômica, crescendo mais do que a economia. Em nosso país foi registrado um dos maiores crescimentos da América Latina, 3,1%, com impactos diretos e indiretos sobre nosso PIB, que representam 8,1% (US$ 152,5 bilhões). Sobre os empregos também há registro de forte influência: 6,9 milhões entre diretos, indiretos e induzidos pela atividade. Em 2018, as receitas diretas dos gastos dos estrangeiros no Brasil cresceram 1,56%, somando US$ 5.917 bilhões.

Todos esses e ainda outros dados colocam mais uma vez o turismo em evidência no cenário econômico nacional e global. Somente no carnaval de 2019, segundo estudo da CNC, as receitas do turismo somaram R$ 6,78 bilhões. Muitos dados né, sim. As lideranças e entidades que representam o setor devem divulgar, falar e compartilhar de forma incansável esses dados, mostrando a importância para nossa economia, principalmente para a geração de empregos. Investimentos em políticas públicas de incentivos às viagens dentro do país, de promoção internacional, em segurança, competitividade, infraestrutra e qualificação são alguns dos pilares que devemos insistir para que sejam desenvolvidos.


Alegoria e ECONOMIA

O tamanho do carnaval brasileiro extrapola a alegria e as belas imagens da folia. Impactos econômicos para o país, advindos do turismo; e de promoção positiva do Brasil pelo mundo são o destaque.

3d illustration: Land and a group of suitcases. To take a vacation rental

O feriado de carnaval é um dos períodos do ano que mais movimenta a economia do Brasil por meio dos impactos econômicos gerados pelo turismo. Segundo estudo da CNC – esse ano de 2019 a movimentação de turistas e a ocupação dos meios de hospedagem tiveram alta. A receita das atividades turísticas cresceu 2% em relação ao ano anterior; principalmente pela alta do dólar que freou as viagens ao exterior dos brasileiros e a inflação mais baixa. O dólar aumentou 20% em relação ao mesmo período de 2018.

A receita gerada pelo turismo gerou R$ 6,78 bilhões de movimentação financeira. Somente Rio (R$ 2,1 bilhões) e São Paulo (R$ 1,9 bilhões) foram responsáveis por 62% dos recursos gerados pelo carnaval. Destaque também para Minas Gerais (R$ 615,5 milhões), Bahia (R$ 561,9 milhões), Ceará (R$ 320 milhões) e Pernambuco (R$ 217, 6 milhões). E ainda tem mais: os empregos temporários mostraram um aumento de 23,4% somente em janeiro e fevereiro em relação aos mesmos meses de 2018.

Dentre as diversas manifestações culturais do Brasil, o carnaval é, sem dúvida, aquela que mais mostra ao planeta nossas tradições, raízes, alegria e estilo de vida. Existe carnaval no mundo inteiro, mas o nosso se destaca pelo alcance nacional, diferentes ritmos, fantasias, festas de rua, desfiles de escolas de samba e a alegria característica dos brasileiros. Os turistas que vieram ao Brasil nesse período têm vivências inesquecíveis, de norte a sul as diversas formas de carnaval transformam uma viagem numa forma diferente e única de experiência.

Bom para a economia, bom para a imagem do Brasil no exterior. O carnaval pode ser melhor aproveitado pelos destinos e pelo país para destacar nossos diferenciais competitivos e nossa diversidade cultural que se manifesta pela música, fantasias, enredos e marchinhas.

TURISMO CRESCE 3,9%

POR QUE O TURISMO IMPORTA PARA O BRASIL? Essa pergunta tem mais de mil respostas, mas eu resumo em gera empregos, traz divisas, valoriza o meio ambiente natural e a cultura. Temos falado muito sobre o que o setor de viagens representa no Brasil, afirmando sua capacidade de resiliência às crises e seu crescimento acima do PIB nacional.

O Worl Travel & Tourism Council (WTTC) divulgou dados inéditos sobre os impactos do turismo no mundo e seu crescimento em 2018, mostrando alta por 8 anos consecutivos:

  • RESILIÊNCIA: 2018, o setor de viagens e turismo cresceu 3,9% enquanto a economia global 3,2%.
  • EMPREGOS: 319 milhões de empregos, 1 em cada 10
  • DOMÉSTICO: é responsável por 71,2% dos gastos em viagens

E as notícias ainda trazem ótimas perspectivas para o futuro, 1 em cada 5 novos empregos virão do turismo, com a projeção de gerar 100 milhões de novos empregos nos próximos 10 anos. Isso levará o setor a ser responsável por 421 milhões de postos de trabalho.

Menos barreiras mais turismo

A eliminação de barreiras é essencial para o crescimento do turismo no planeta. Um exemplo aqui no Brasil, a medida de fazer vistos eletrônicos já ajudou a trazer mais turistas. A emissão de vistos no Brasil aumentou 35% em 2018 em relação a 2017. Dos 229.767 vistos emitidos ano passado, 85% foram eletrônicos, segundo o Itamaraty.

Um estudo realizado pelo WTTC mostrou que a facilitação de vistos pode, de fato, aumentar o número de turistas, ampliar seus gastos e gerar mais empregos nos países do G20. Atualmente, a facilitação dos vistos de forma eletrônica já mostrou um aumento real da chegada de visitantes vindos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão para o Brasil. O portal R7 publicou matéria com dados exclusivos da AMADEUS mostrando que em 2018, comparado com 2017, as chegadas desses países aumentaram: “o aumento das reservas em 2018, segundo dados da Destination Insight, ferramenta de Big Data Amadeus, foi de 14% nos EUA; 23% no Canadá; 30% na Austrália; e 11% no Japão, em comparação com o ano anterior”.

Mas por que uma medida tão simples ( e moderna ) pode facilitar tanto a chegada de estrangeiros? Muitos motivos podem ser enumerados: nos EUA as pessoas precisavam mandar seus passaportes pelo correio para fazer o visto; a demora e incerteza do prazo para receber o visto pode fazer as pessoas desistirem das viagens ou até trocar o destino de sua viagem; pessoas que viajam a negócios têm decisão de viagem de última hora e não podem entregar seu passaporte e esperar pelo retorno com o visto.

Na verdade, a grande competitividade dos destinos pelo mundo, faz com que tudo que possa facilitar as viagens seja uma vantagem. Ora, se os viajantes fazem tudo on-line como reservas, pesquisas, compra de passeios ou reservas de restaurantes e atrações; se todo o processo de experiência da viagem está cada vez mais instantâneo, fácil e rápido; como pode ser tão complicado emitir uma autorização com uso de tecnologias ? E a isenção do visto? Nem falamos sobre isso, mas certamente deve ser estudado e adotado com países em que não existem risco nas viagens e o controle não precisa ser tão detalhado.

Viagens dentro da América latina devem crescer em 2019

Viagens dentro da América Latina devem crescer em 2019 segundo relatório do IPK International para a ITB Berlim.

Foto Hector Martinez

O relatório mostra o crescimento mundial do turismo em 6% em 2018 e diz que 2019 também será um ano positivo para o turismo. Especialmente dentro da América Latina que cresceu 13% em 2018, com tendência de continuar em 2019. Ainda em 2018, a motivação de viagens que mais cresceu foi de lazer para as cidades. Aliás, o turismo de cidades (city trips) vem aparecendo em vários estudos como uma motivação em crescimento; busca por entretenimento, gastronomia, cultura e um ambiente urbano atrativo (Nova York é a cidade mais visitada no mundo). Millennials são grandes consumidores de viagens à cidades depois das viagens de sol e praia.

Em 2018, na América Latina, as viagens para férias cresceram 10%; as de negócios em torno de 9% e a visita a amigos e parentes 3%. Destacam-se o Chile com +8% de visitantes e o México com +2% de turistas estrangeiros.

O relatório do IPK também mostra as perspectivas de crescimento de alguns segmentos de turismo que devemos observar em 2019. São eles:

  • turismo de cidades
  • cruzeiros
  • turismo halal ( de muçulmanos)
  • millennials (nascidos entre 1980 e 2000)

Os dados mostram um cenário positivo para nosso continente, e destacam as viagens intra-regionais. Mais um motivo para que os empresários de turismo sigam investindo na atração de sul-americanos para o Brasil, entendendo mais seu perfil, seus desejos de viagens e as motivações e destinos que mais atraem esse grupo bastante heterogênio. O investimento na imagem do Brasil pelo mundo e as ações de comunicação e marketing com os mercados se tornam fatores decisivos para o aumento de nosso fluxo de estrangeiros. Vamos aproveitar a oferta de assentos em voos internacionais ao Brasil, que em janeiro de 2019 está na ordem de 1.392.000; com 46% dessa oferta oriunda da América Latina.

Vamos continuar a explorar o tema mais à frente.

De onde vêm e pra onde vão os estrangeiros no brasil?

Foto: Rawpixel Unspalsh

Hoje a Booking.com divulgou uma pesquisa sobre reservas de estrangeiros no Brasil. Vamos mostrar de onde vêm e quais as cidades recebem esses turistas. Essas informações servem pra que? Vai abaixo nossa análise.

Em 2018 o Brasil recebeu estrangeiros dos seguintes países, nesta ordem, segundo o estudo da Booking.com: Argentina, Chile, França, EUA, Alemanha, Uruguai, Reino Unido, Itália e Espanha. Eles se hospedaram em hotéis, pousadas, apartamentos e hostels. Os dados do Ministério do Turismo, de 2017, também apontam os principais países emissores de turistas ao nosso país na seguinte ordem: Argentina, Estados Unidos, Chile, Paraguai, Uruguai, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Portugal.

O estudo da Booking.com também mostra as cidades brasileiras que mais foram visitadas pelos estrangeiros:

  1. Rio de Janeiro
  2. São Paulo
  3. Foz do Iguaçu
  4. Florianópolis
  5. Salvador
  6. Búzios
  7. Guarulhos
  8. Fortaleza
  9. Abraão
  10. Porto Alegre

Essas informações são importantes, mas só são úteis se as cidades e estados brasileiros, assim como as empresas que trabalham no turismo estiverem fazendo uso dos dados para fazer mais negócios e atrair mais visitantes ao destino. Atualmente, grande parte dos destinos no mundo trabalha com antecipação de demanda, ou seja, monitoram através de big data como estão as reservas para suas cidades com até 1 ano de antecedência. No Brasil, os dados oficiais, além de insuficientes, também são desatualizados, enquanto o mundo trabalha com o futuro, nós nem conseguimos olhar para trás e saber o que se passou.

Muitas empresas globais trabalham com dados e fazem estudos profundos sobre o turismo, e também apresentam resultados de pesquisas sobre o comportamento dos brasileiros e de muitas nacionalidades durante as viagens. Já falamos nisso por aqui. Digo isso porque considero urgente o avanço do turismo nacional rumo a uma maior profissionalização, debate, estudos e experiências que nos ajudem a entender o que se passa com a vinda de estrangeiros ao Brasil; e ir além, conhecer seus hábitos, sentimentos, expectativas. Trabalhar com dados subjetivos e qualitativos que sirvam de instrumento para uma promoção eficaz do Brasil no exterior.

Veja aqui algumas informações sobre o comportamento do consumidor de turismo: crescimento do turismo de experiência: 3 top trends para 2019, 3 tendências dos viajantes latino-americanos.

Um destino à partir de um hub aéreo

O WTTC – World Travel & Tourism Council publicou um relatório sobre a importância da aviação para o sucesso de um destino turístico.

O turismo, nos últimos sete anos, vem crescendo acima da economia global. Países e destinos que buscam desenvolver suas economias e criar empregos vêem o turismo como uma das principais fontes para seu crescimento. O turismo é responsável por 10,4% do PIB mundial, e no Brasil por 7,9% (Fonte: WTTC).

Então quais os fatores fazem um hub de aviação um fator-chave para o sucesso da indústria de viagens e lazer? Estamos aqui falando de hubs que permitem a permanência no destino, ou daqueles que conseguiram transformar rotas de conexão em permanência na cidade.
Os destinos que tiveram maior sucesso em fazer essa transição se beneficiaram de uma combinação de:
• Uma companhia aérea nacional forte que seja financeiramente estável e tenha forte credibilidade;
• Recursos turísticos diferenciais no destino, com um receptivo robusto;
• Excelente conectividade de companhias aéreas, infra-estrutura suficiente e
marcos regulatórios desenvolvidos por meio de parcerias;
• Integração vertical ou central e visão de longo prazo da aviação e
do destino.

“O potencial para estender o turismo para além de um hub de aeroporto requer uma estratégia de destino coordenada, reunindo não apenas os parceiros naturais da companhia aérea e do aeroporto, mas também os atores mais amplos da indústria de viagens e turismo”, diz o relatório.
A forte conectividade das companhias aéreas nacionais, com saúde financeira e boa reputação; um marco regulatório favorável à aviação (veja as demandas da ABEAR); a facilitação de vistos e a prestação de todos os tipos de serviços são essenciais para a competitividade do destino.
É fundamental ter algo além do hub, possibilitando uma experiência positiva às pessoas, desde atrações turísticas até uma infraestrutura adequada.

Planos de marketing conjuntos e pacotes turísticos para oferecer em escalas podem ser atrativos para atender a um mercado de viajantes que procuram novos destinos para experimentar. Ou seja, na minha opinião voltamos a pontos importantes sempre em debate: a parceria entre o setor público e privado; uma atuação conjunta no mercado; a elaboração de planos de marketing de longo prazo, aonde os objetivos e metas são claros e compartilhados; a qualidade e o diferencial dos destinos; e a solidez da experiência do turista, que busca algo novo e atrativo.

A ABEAR traz aqui um panorama do impacto da aviação nos estados brasileiros em 2016.