Reservas para Rio 2016 aumentam 289%

Depois de realizar junto com a Pires e Associados um estudo sobre o ritmo de reservas para a Copa do Mundo FIFA, a Fowardkeys,  traz os primeiros resultados que comparam as reservas aéreas para o Rio de Janeiro entre 25 de Julho e 25 de Agosto de 2016 comparados com o mesmo período de 2015.

Reservas para as chegadas no período acima mencionado cresceram 289% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já no dia que antecede a abertura dos Jogos (4 Agosto) se observa um pico de 8 vezes mais reservas que no mesmo dia de 2015. No período dos Jogos Paralímpicos, entre 31 de Agosto e 18 de Setembro as chegadas aumentaram 50% em relação ao mesmo período de 2015.

Em todo o período estudado, entre 25 de Julho e 18 de Setembro de 2016, se comparado com 2015 as chegadas por via aérea são 3 vezes maiores. Os destaques ficam para a China, com 20 vezes mais chegadas, seguida do Japão (15X), EUA (8X), Canadá (6X) e Alemanha (5x).

O estudo da Fowardkeys também mostra que a permanência das pessoas no Rio será longa, durante quase todo o período dos jogos. As chegadas que acontecem antes do início dos jogos mostram permanência maior (63% vão ficar mais do que 14 dias).

Semana passada já comentamos as projeções da VISA e os 100 dias para a chegada de estrangeiros e os gastos no Brasil. Contamos com alguns estudos e levantamentos que podem subsidiar o turismo brasileiro e mundial sobre os impactos dos Jogos Rio 2016 e sua importância para a indústria de viagens e turismo.

Fonte: Fowardkeys

Rio 2016

VISA e os 100 dias

Captura de Tela 2016-04-28 às 17.15.44A 100 dias dos Jogos Rio 2016 a VISA, empresa responsável exclusiva pelos pagamentos durante os jogos há 30 anos, mostra as novas formas de pagar, inclusive por meio de wearables e celulares, dando aos fãs a opção de passar, aproximar ou inserir um cartão – ou apenas clicar – para fazer pagamentos no Rio. O serviço, de acordo com Jim McCarthy, vice-presidente executivo de inovação e parcerias estratégicas da Visa Inc. é transformar “a forma como os fãs fazem pagamentos, dando a eles a opção de escolher como querem pagar qualquer coisa, a qualquer momento, em qualquer lugar.”

A empresa ainda mostra as previsões das tendências observadas nas últimas edições dos Jogos Olímpicos de Verão,  projetando que o Brasil receberá entre 400.000 e 500.000 visitantes internacionais durante o mês de agosto. Dados da Visa apontam que, em 2016, o total de visitantes internacionais que virão ao Brasil superará em 1,2 milhão a média do período 2010-2015, fato que se deve, principalmente, aos preparativos para os Jogos Olímpicos.

A maior parte dos viajantes deve vir da região América Latina e Caribe (45% dos viajantes internacionais); a seguir, vêm os viajantes originários da Europa (30%) e América do Norte (15%). Os gastos devem ficar mais altos do que aconteceu em Londres em 2012 quando cada viajante teve um gasto médio de US$1.830.

A Visa é o único cartão aceito nos locais de competição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e em todas as transações oficiais relacionadas às Olimpíadas Rio 2016. Para ajudar os fãs que virão para os Jogos Olímpicos, a Visa divulga uma série de dicas de viagem, orientando os portadores de cartão a aproveitar a viagem e a gastar

· Notificar o banco ou instituição emissora do cartão de possíveis planos de viagem, incluindo o fato de que seus cartões de débito, crédito ou pré-pagos Visa serão usados no Rio, evitando eventuais transtornos durante a viagem. Os emissores que emitiram o cartão também podem dar informações sobre os benefícios de viagem disponíveis aos portadores de contas Visa.

· Cadastrar-se junto ao seu banco para receber notificações via SMS ou habilitar o serviço de aviso de transações do banco para monitorar as movimentações em suas contas Visa.

· Configurar o pagamento das faturas dos cartões de crédito via débito automático para ter mais tranquilidade durante as viagens ao Rio.

Fonte:
[1]Boletim Overseas Travel and Tourism – publicação mensal, agosto de 2012; UK Office for National Statistics (Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido)

Don´t go, live

airbnbViver um destino, ou num destino. É o que propõe o Airbnb em seu vídeo “Don´t Go There, Live There“. Deixando de lado as questões em debate sobre a concorrência com a hotelaria, ou as taxas e impostos, ou outras polêmicas sobre as formas de hospedagem, quero comentar sobre o conceito que está no foco da campanha.

Os viajantes dizem, não quero fazer programa de turista, quero fazer o que os locais fazem; quero ir a lugares que possibilitem viver como as pessoas daquela cidade passam o seu dia a dia. Também, os especialistas em imagem de lugares dizem, a visão positiva de um país ou destino é mais positiva se as pessoas quiserem não somente visitar, mas trabalhar, morar e investir.

Assista ao vídeo no link acima, e observe que ele propões justamente ao turista virar um habitante local e conviver com as pessoas daquela comunidade. Autenticidade da experiência e ao mesmo tempo fazer coisas que você faria em sua casa. Independente de ficar em hotel ou em imóvel alugado, a questão permanece cada vez mais verdadeira; será que nossa comunicação de destinos ou produtos está pensando e fazendo isso ?

receita +13%, gastos -43%

change-1-1563676A receita e a despesa cambial do turismo brasileiro em 2016 mostra comportamento diferente nos primeiros meses de 2016 em relação a 2015. Na verdade o ano passado foi totalmente atípico, pois comparado a 2014, ano de Copa do Mundo, alterou o comportamento em relação aos anos anteriores. Tanto receita como despesa foram negativos no acumulado de 2015, mostraram retração de -14,59% e de -32,11% respectivamente.

O primeiro trimestre do ano mostra aumento de receita e diminuição do gasto, esse último motivado principalmente com a alta da moeda americana e do euro e pela crise econômica do Brasil que reduziu o emissivo nacional (assim como os gastos dos brasileiros no exterior). Os gastos dos estrangeiros no Brasil tiveram aumento de 12,72% nos três primeiros meses do ano, com destaque para janeiro e fevereiro que chegaram a quase 15% cada. Já a despesa, ou seja, os gastos dos brasileiros no exterior tiveram uma retração de 43,21%, também com as maiores quedas nos meses de janeiro e fevereiro (meses tradicionais de férias dos brasileiros).

Esse cenário vem acompanhado de pouca atividade de promoção do Brasil no exterior, seja pelas frequentes mudanças no comando do turismo nacional ou pelo orçamento reduzido; e também pelo desinteresse dos mercados internacionais no emissivo brasileiro, que diminuiu de tamanho e, sobretudo de gasto. Um cenário ruim porque diminui a atividade de entrada e saída do país e reduz os resultados de médio e longo prazos.

O cenário ainda é ruim do ponto de vista da balança comercial, mesmo com números positivos de receita, a chegada de estrangeiros ainda é tímida e a imagem do Brasil no exterior está bastante abalada pelo cenário político, econômico e ainda com os reflexos do zika virus. Sem mencionar a inexistência de estratégia para aproveitar os Jogos Rio 2016 para a projeção de aspectos positivos do turismo e da cultura nacional.

Qual o rumo ?

IMG_0110Os momentos difíceis por que passam nosso país ainda esperam pelos próximos capítulos, sejam do seguimento do processo de impedimento, seja do que ocorre depois, seja quem for o(a) Presidente. Existem muitos problemas a superar e a serenidade deveria estar à frente das paixões (ou interesses pessoais, acordos) temporários. Também se esperam resultados das apurações de delações e denúncias, punições que sirvam de exemplo. Tudo deve estar em torno dos reais interesses da nação.

Mas o que ainda precisamos conversar muito, é sobre os rumos definitivos do Brasil. A necessidade de uma profunda reforma política, de respeito à continuidade de programas públicos que são abandonados mesmo quando mostram resultados. O debate em torno de pessoas com perfil técnico em lugares aonde a dança política não se encaixa. Os avanços da democracia e dos direitos devem ser condições básicas ao lado da educação, saúde, segurança e políticas de geração de empregos e investimentos.

Nós, do turismo, ainda precisamos bater na tecla: Turismo é emprego, turismo resiste às crises, turismo se recupera mais rápido, turismo preserva a cultura e a identidade, turismo traz negócios, turismo é investimento. E repetir, repetir, repetir isso muitas vezes. Até porque quando achamos que chegou alguém que entendeu, logo essa pessoa vai embora, e temos que começar tudo novamente.

Bem, não posso deixar de comentar que, depois do que assistimos ontem, deveríamos continuar a ver o que os nossos parlamentares vão continuar a fazer, que projetos vão defender, de que lado estarão, do seu próprio ou do Brasil. Acredito que o voto e a vigilância da sociedade são as formas de garantir a vontade dos brasileiros.

Taxa Airbnb

airbnbE os desafios de competitividade e arranjos de mercado sofrem mesmo grandes transformações na indústria de viagens e turismo pelo mundo. Concorrência desleal ou opções ao cliente que deseja novas experiências e hospedagem sob medida? O caso do Airbnb vem causando muito debate na Europa aonde as cidades estão buscando soluções para que os aluguéis realizados por meio da plataforma também paguem taxas municipais.

É o caso de Lisboa, aonde a Câmara de Vereadores vem discutindo com a empresa a cobrança de uma taxa de 1 euro para os aluguéis do Airbnd. Segundo o jornal ‘O Público” de Portugal, as cidades de Paris e Amsterdã já cobram taxas e o tema tem sido bem recebido por todas as partes envolvidas.

Um apartamento em Paris por determinado período, reservado no Airbnb pode custar, por exemplo, R$ 744,00; desse valor, o aluguel é de R$ 633,00 e existem duas taxas, a de Serviços da plataforma (R$ 78,00) e uma outra chamada de Imposto de Turismo, que nesse caso seria de R$ 33,00. Resolvido.

Uma busca rápida para a semana que vem no Rio de Janeiro de hospedagem para 4 pessoas me mostra mais de 300 opções com média de diária de R$ 639,00. No caso de São Paulo a média no período é de R$ 592,00, de Salvador é de R$ 466,00 e Recife R$ 366,00 (período de busca de 16 a 24 de abril de 2016).

Um ótimo debate para o setor de turismo, arrecadar a taxa e utilizar os Fundos de Turismo para recebê-la, revertendo para a promoção do destino.

Tripadvisor you can book

Tripadvisor 2Novidade que os usuários do TripAdvisor receberam hoje: reserva de hotéis pelo aplicativo ou pelo website. Fui testar e achei muito fácil, rápido e interativo, você busca por local, tudo geo-referenciado, e aparecem os melhores hotéis na avaliação dos usuários do TripAdvisor.

Parecido inicialmente com o Trivago, porém mais fácil de usar. Gostei da facilidade em localizar no mapa da cidade os hotéis (parecido com o booking), e as parcerias são feitas com os sites dos hotéis, mas também com o Booking, com o Hotéis.com, Expedia  e outros, ou DIRETO pelo TripAdvisor. São cerca de 200 sites que trazem 320 milhões de melhores avaliações e preços. Também existe a opção de patrocínio, indicada no alto da página ao lado do hotel que usou esse recurso.

Gostei muito da facilidade em avaliar os preços, aparecerem de forma clara, quem vende, as diferenças e os links para acessar e reservar.

Atenção! O estudo The Global Economic Contribution of TripAdvisor Report, feito pela Oxford Economics para o próprio TripAdvisor, revelou que a empresa gerou 22 milhões de viagens e 352 milhões de pernoites durante o ano, além de US$64 bilhões em gastos.

 

Tocha: qual chama?

Faltam exatamente 155 dias para o início dos Jogos Rio 2016, em 3 de maio a Tocha Olímpica começa a percorrer o Brasil passando por 335 lugares.

No histórico e preparação dos Jogos, o Tour da Tocha é sempre um dos momentos mais importantes para a visibilidade do país anfitrião, e ainda mais para mostrar além da cidade sede, apresentar a cultura, a alma de cada destino e as belezas naturais que podem favorecer o turismo. É um ponto alto de visibilidade do país internamente, e sobretudo para o mundo.

Tenho certeza que a experiência do Tour da Tocha será inesquecível, e o Brasil tem muito a mostrar; no entanto, sem uma estratégia e mensagem de país para passar ao planeta, e num cenário extremamente desfavorável no campo da economia e da política, podemos ter resultados inesperados. Será um momento de celebração como previsto? De protesto? O destaque da imprensa internacional será para os diferenciais de cada local? Ou para os problemas ? Temos imagens, vídeos e uma estratégia do turismo dessas cidades para aproveitar esse momento? Ou a oportunidade será apenas resultado de acontecimentos espontâneos ?

Será a chama olímpica fogo amigo ?

WTM Lat16: tecnologias

IMG_0225Um dos releases divulgados pela WTM Latin America sobre o segundo dia do evento traz uma série de informações interessantes sobre os debates acerca do uso das tecnologias no turismo. Já abordamos o tema aqui em outras oportunidades, mas destaco esse como um dos aspectos centrais não somente para empresas, mas para destinos.

Na quarta-feira, durante a feira o gigante Google foi responsável pela sessão “O Verdadeiro Valor do Digital”, conduzida por Keith Matsumoto, Analista Sênior da Indústria do Turismo, e André Azevedo, Executivo de Contas.

Durante o evento, os especialistas apresentaram soluções para melhorar o desempenho das empresas na Internet. De acordo com eles, uma em quatro vendas no turismo atualmente são feitas por meio digital. “As pessoas continuam querendo vivenciar novas experiências, conhecer novas culturas. O que mudou foi onde e como elas têm essas necessidades atendidas”, afirmou Azevedo.

Os profissionais do Google ainda pontuaram que os consumidores se tornaram imediatistas e exigentes por causa do crescimento dos canais digitais. “Quanto mais imersivo for o conteúdo, mais chance de o consumidor escolher o produto”, reforçou Matsumoto. Na terça-feira, Vinicius Landucci, Gerente de Novos Negócios do buscador, comandou uma sessão com o mesmo tema. Para ele, o caminho para os sites é se adaptar às novas tecnologias e ir até onde o consumidor está.

No mesmo dia, Carolina Sass de Haro, Especialista de Mercado da Phocuswright, apresentou a sessão “Aluguéis em expansão: O que a Economia Colaborativa e as Acomodações Particulares Significam para as Viagens”. Os participantes foram informados de que a oferta de aluguel de acomodações particulares não para de crescer e que, além dos mais de dois milhões de imóveis listados, empresas ligadas à hotelaria tradicional estão entrando nesse mercado, como o Booking.com e o Expedia. “Antes eram só casas de praia. Quando a oferta chegou aos centros urbanos, começou a concorrer diretamente com o setor hoteleiro, se transformando em um nicho de mercado”, afirmou Carolina. Pesquisa realizada pela Phocuswright aponta que somente 38% dos usuários do Airbnb escolhem utilizar o serviço pelo preço – o que realmente os atrai é a combinação de privacidade, liberdade e espaço

Já Pettersom Paiva e Tales Tomasini, fundadores do comparador online de preços de passagens aéreas Voopter, fizeram uma palestra que abordou a importância da inteligência artificial como ferramenta para traçar um perfil mais completo dos usuários e, desta forma, personalizar os serviços e os produtos oferecidos aos viajantes. Para completar, Pilar Osorio, Diretora de Vendas Estratégicas para a América Latina e o Caribe da TravelClick, falou sobre a importância dos vídeos para os hotéis. De acordo com ela, até 2019 90% do tráfego global na web será feito desta maneira. “Qualquer um faz vídeo, mas vender um hotel é vender uma experiência e é isso que o cliente busca”, disse. A diretora contou ainda que em sites de viagens os filmes rendem o dobro de cliques se comparados às fotos.

Tendências  

 A tecnologia também foi um dos destaques do Relatório de Tendências da WTM Latin America, elaborado em conjunto com a Euromonitor Internacional e apresentado na terça-feira em uma sessão exclusiva para a imprensa. A publicação revelou que a tecnologia móvel mudou o comportamento do consumidor de viagens, consolidando um novo tipo de turista, o Viajante Nacional Autônomo, um buscador de experiências sempre conectado e que usa seus aparelhos móveis para encontrar informações, buscar serviços e fazer reservas. Outra tendência apontada foi que o uso de smartphones pela geração milênio – formada por pessoas de 15 e 35 anos – vai impulsionar a tecnologia móvel na América Latina, cuja população é formada por quase 35% dessa faixa etária. Vamos voltar a esse tema do relatório mais em detalhes.

WTM Lat 16

IMG_0150A WTM Latin America em sua quarta edição acontece esse semana no Expo Center Norte em São Paulo. Para quem esteve no primeiro dia, além de uma feira montada com um visual muito moderno e de visual agradável, uma representatividade de empresas, destinos brasileiros e internacionais, entidades de classe e as mais expressivas lideranças públicas e privadas do turismo brasileiro e sul americano. Lamentável somente que o Brasil, país anfitrião se apresente sem Ministro e sem Presidente de EMBRATUR; o que marcou foi a presença de muitos Secretários Estaduais de Turismo e Presidentes de entidades importantes.

Nos estandes as agendas foram intensas, nas conversas que tive sobre o aproveitamento do primeiro dia as opiniões refletiram bons contatos e possibilidades de negócios.

Para um mercado relativamente pequeno em comparação com feiras como a WTM de Londres ou a ITB, o evento tem se consolidado por sua representatividade de mercado e de regiões, assim como pela presença dos empresários latino americanos e compradores (buyers) de todo o mundo. A presença chinesa e sul americana de convidados compradores é certamente a grande novidade desse ano.

Além dos aspectos comerciais quero destacar a intensa e interessante agenda de seminários, apresentações e debates sobre os mais diversos temas. A programação é diversificada e prática sobre aspectos do dia a dia do mercado, inovação e mudanças no turismo mundial.