As frutas do nordeste

A edição 972 do Jornal Panrotas traz algumas páginas e um debate bastante amplo e interessante sobre o nordeste e sua promoção internacional. As avaliações se complementam e a diversidade de opiniões ajuda na reflexão importante que o Panrotas coloca aos leitores e à indústria.

Como todos sabem, adoro um bom debate. Opiniões e entendimentos diferentes, com pessoas que possuem experiências em campos diversos só faz aumentar nossa capacidade de pensar e buscar soluções melhores para todos.

Claro que o tema não está esgotado, e a reflexão que trago é exatamente que todos os profissionais busquem ir adiante no debate, e se temos um problema novo ou antigo, nossa forma de pensar sobre ele e as soluções a buscar devem devem ser inovadoras, grandes na visão, amplas o suficiente para aproveitar as oportunidades que o mercado interno e a década dos eventos nos proporciona.

Vamos fazer dos limões a limonada? Só isso ? Ou vamos fazer a caipirosca de limão, lima, de pitanga, caju, e de todas as frutas possíveis e mesmo daquelas que não conhecemos ainda?

Como está nosso “mix” ?

Essa semana estive participando do WEC – World Education Congress do MPI (Meeting Professional Internationals), um evento para profissionais da indústria de eventos com quase 3 mil pessoas.

Mas meu comentário está voltado para a imagem de uma cidade, Orlando, conhecida pelos brasileiros como lugar de férias com crianças, parques temáticos e aventura.

Trata-se de uma cidade que tem, com a mesma intensidade, uma estrutura para realizar eventos. Hotéis próximos ao Centro de Convenções, como o Piebody ou o Hilton, também têm enormes e profissionais estruturas para eventos, ligadas diretamente ao Centro de Convenções da cidade.

Se você vai à trabalho, tem os serviços para sua motivação de viagem, as necessidades de internet, business center, restaurantes diferenciados, atendimento e outros serviços, são para profissionais, executivos, e não para os que estão à passeio.

Trago a reflexão para nossa realidade, sem aquela bobagem de achar que os americanos são melhores, esquece. Minha reflexão é sobre como nossas cidades, serviços, hotéis, centros de convenções, organizadores de eventos estão se preocupando e organizando as viagens de participantes de eventos ou viajantes a negócios de forma diferenciada e atendendo às suas necessidades.

Tendências da indústria de eventos

Daqui do WEC 2011 ( World Education Congress ) para líderes mundiais do setor de eventos, o MPI – Meeting Professionationals Internacional apresentou um estudo chamado FUTURE WATCH 2011, que traz as principais tendências do setor de eventos profissionais para a década.

EVENTOS MAIS INTELIGENTES: os eventos devem ser menores e mais inteligentes em diversos aspectos como conteúdo e programação; direcionados cada vez mais a grupos específicos e de alta especialização; e, com níveis de qualificação mais elevado, aumentando o retorno da expectativa dos participantes.

TECNOLOGIA: as pessoas vão continuar se encontrando nos eventos para fazer negócios, relacionamentos e trocar idéias, e a utilização de inovação tecnológica com integração, informação em tempo real, utilização de smart fones e uma forte relação integrada com as redes sociais serão cada vez mais importantes.

RELACIONAMENTOS FORTES: tanto para manter e fortalecer relacionamentos e negócios como para começar e aumentar redes de relacionamento, os eventos tornam-se momentos importantes para profissionais de todas as áreas.

Quer conhecer o relatório completo? Clique aqui

E se as viagens de negócios…

…fossem cortadas do orçamento das empresas por dois anos consecutivos? O PIB mundial cairia em 5% e seriam perdidos cerca de 30 milhões de empregos no planeta.

Essa é uma das conclusões de um estudo que o WTTC – World Travel & Tourism Council encomendou à Orford Economics. O trabalho, que incluiu o Brasil, mostra que as viagens de negócios são necessárias para manter clientes, gerar novos negócios, inovar e ter sucesso nos negócios.

Cerca de 29% das vendas das empresas dependem de viagens e 3/4 dos executivos consideram as viagens extremamente ou muito importantes para aumentar vendas, fazer parceria com fornecedores e inspirar inovação.

Feiras de negócios servem para prospectar novos negócios para 66% dos executivos, como também para relacionamento com clientes já existentes para 61% deles.

Os dados são muitos, mas vale finalizar com a afirmativa de 4 em cada 5 executivos de que as reuniões “cara a cara” são essenciais para o sucesso de seus negócios.

Eventos Internacionais no Brasil, não é somente 2014 e 2016

Em 2010, pelo critério da ICCA – International Congress & Convention Association, o mundo realizou 9.120 eventos associativos. Imaginem que em 2000 eram apenas 5.186 eventos.

O Brasil realizou 275 eventos por esse critério, sendo o 9º país no ranking mundial. Mas atenção, a maioria dos eventos é realizado na Europa ( 54% ), e muitos deles não saem de lá. Nesse sentido, a colocação do Brasil é muito boa, já que a América Latina só recebe 10% dos eventos mundiais.

Também interessante, em 2003, somente 22 cidades brasileiras recebiam eventos internacionais e ano passado 48 cidades entraram para a

Vamos fazer uma reflexão sobre as novas oportunidades de eventos para o Brasil na próxima década com a grande exposição de mídia mundial, com os novos negócios ligados ao esporte, ao marketing, à economia, educação, tecnologia, etc…

Lembrar também que a experiência que as diversas empresas do setor de viagens e turismo já têm serão muito importantes na realização dos eventos esportivos e das novas oportunidades que virão.

Turismo e Negócios, Conselho da FECOMERCIO

O início das atividades do Conselho de Turismo e Negócios da FECOMÉRCIO São Paulo hoje foi marcado pela presença de lideranças importantes, pela objetividade no debate e pelo grande interesse dos presentes em dinamizar o trabalho em turismo.

O ex-Ministro e empresário Walfrido dos Mares Guia ressaltou as possibilidades que a inclusão de novas parcelas da população pode significar para as viagens e o turismo. Turismo é negócio, emprego e divisas, afirmou.

João Dória, ex- Presidente da EMBRATUR e Presidente do LIDE listou desafios importantes na área de infra-estrutura, de políticas públicas para o setor e destacou que a paixão tem o poder de mobilizar e envolver as pessoas nos desafios e no debate positivo do Brasil para essa década.

O Ministro do Esporte Orlando Silva mostrou como os grandes eventos esportivos podem colaborar com a promoção do turismo, melhorar produtos e serviços por todo o território nacional e destacou a importância das entregas previstas nos compromissos que o Brasil assumiu com o COI e a FIFA.

A bancada de debatedores levantou importantes temas que serão aprofundados em próximas iniciativas do Conselho, sempre buscando trazer qualidade e inspiração aos empresários.

Os participantes, cerca de 200 lideranças afirmaram a qualidade das intervenções, a objetividade e o clima agradável do primeiro evento do Conselho.

Queremos continuar ousados, inovadores, trabalhar de forma objetiva e integrada às lideranças do setor de viagens e turismo. Sensibilizar lideranças públicas para a contribuição que o turismo pode trazer ainda mais para o desenvolvimento do país.

Como vamos em 2011 ?

Dados rápidos para acompanhar como está o desempenho do turismo no mundo e no Brasil indicam a recuperação e o crescimento do setor.

Segundo a OMT, as chegadas internacionais cresceram 5% nos dois primeiros meses de 2011, com destaque para a América do Sul, que cresceu 15%. No Brasil, dados do Ministério do Turismo e da INFRAERO apontam o crescimento de janeiro a mais nos desembarques domésticos de 20,39% e nos desembarques internacionais de 20,32%.

As receitas com os gastos dos turistas em 2010 cresceram 4,7% no mundo, enquanto no Brasil somente as divisas cresceram 11,6 %. Observamos que o ritmo mundial de crescimento de número de passageiros é muito parecido com o crescimento das divisas, o que não ocorre no Brasil. Como somos um destino de longa distância, a média de crescimento das receitas é muito superior ao número de pessoas, quase quatro vezes maior.

Em 2011, até maio, a média de crescimento das receitas no Brasil é de 14,33%, sendo maio o melhor mês, com 33% mais de entrada de dólares.

O gasto dos brasileiros no exterior, até maio, cresceu em média 45%. O turismo é o quinto item da pauta de exportações do Brasil, tendo portanto, numa economia tão diversificada, um papel importante para o desenvolvimento do país. Mais competitividade é fundamental para atrair mais visitantes, que fiquem mais tempo e gastem mais em nosso país.

Contraditório, pois quanto mais dólares ajudamos a trazer, também acabamos contribuindo para a valorização cambial; variável crucial em nosso negócio.

Marca Brasil

 A Marca Brasil foi desenvolvida a partir de pesquisas, estudos e uma concorrência entre os designers gráficos do Brasil. Kiko Farkas é o autor dessa marca que tem um conceito promocional e uma estratégia de comunicação do Brasil como destino turístico.

Acesse este link e conheça os atributos que levaram à elaboração da marca e os principais eixos que norteiam a promoção do Brasil por meio do Plano Aquarela.

Em apenas 5 anos a Marca Brasil já tem reconhecimento de 20% dos turistas que visitaram o Brasil, sua utilização pelos agentes de turismo em nosso País e no exterior, as campanhas da EMBRATUR e sua forte representatividade são importantes para que ela tenha longa vida.

É muito importante utilizá-la conforme os padrões e regras, respeitar e divulgar a Marca.

 

Nosso Conselho de Turismo na FECOMERCIO

Amigos, no próximo dia 30 de Junho, às 11:00 na Fecomércio vamos fazer o lançamento do Conselho de Turismo da FECOMÉRCIO.

Vamos contar com a presença do Ministro do Esporte Orlando Silva, o ex-Ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia e o empresário Presidente do LIDE João Dória.

Teremos ainda uma bancada de debatedores formada por líderes empresariais de turismo.

Saiba mais sobre o Conselho

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