5 evidências que aprendi sobre turismo

Sempre é bastante inspirador participar de eventos que nos trazem novidades e aguçam nossas ideias. Assim foi com o WTTC Summit 2018 que acabou hoje em Buenos Aires.

falamos aqui sobre o tema do evento e abordamos as principais perguntas que o debate se propôs a responder. É claro que saímos com mais perguntas, e certamente com muitas reflexões válidas.

Compartilho com você alguns dos assuntos que me chamaram a atenção:

  1. Liderança na nova era é sobre ouvir seus colaboradores.  Fazer um tipo de “mentonia ao inverso” com pessoas mais jovens de nossa equipe nos ajuda a entender que o “novo” é uma ferramenta que os líderes podem usar. Desiree Bollier, Chair, Value Retail.
  2. Turismo é um antídoto ao protecionismo e ao extremismo nacionalista. Disse o ex-presidente Mexicano Felipe Claderón sobre as ondas de governos que colocam muitas barreiras às viagens internacionais, afirmando que a indústria de viagens e turismo pode abrir mais fronteiras e mentes.
  3. Mais turistas exigem mais infraestrutura para recebê-los. Essa reflexão de Glória Guevara, CEO do WTTC me fez pensar que estamos “quase” calados diante dos temas ligados à aeroportos, estradas, serviços públicos, segurança sanitária e tantos temas que demandam atenção e AÇÃO dos governos. Sempre que falamos queremos mais visitantes, que fiquem mais tempo e gastem mais em nossos destinos precisamos pedir mais estrutura pública e bons serviços privados para atende-los.
  4. Devemos falar menos de nós, indústria do turismo e falar mais sobre sua força no desenvolvimento econômico dos países. Com essa afirmação, Roger Dow, Presidente do USTravel (entidade privada de turismo dos EUA) disse que precisamos falar mais dos mantras ligadas aos impactos diretos e indiretos do turismo no desenvolvimento de cidades, sensibilizar lideranças e a sociedade para nossa importância.
  5. Quando as crises acontecem, o incidente em si é apenas parte do problema. Quando temos um acidente natural, ou uma crise causada por exemplo pela dengue ou febre amarela (para usar nossos exemplos e um tema que anda preocupando o turismo brasileiro), devemos, além da preocupação com um tema de saúde pública ou a perda de turistas, lembrar que o impacto disso sobre os empregos e a vida das pessoas é imenso. Foi essa a afirmação de Najib Balala, Secretário de Turismo (Ministro) do Kenya.

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Outbound Brasil Jan a jun 2018: + 14,2%

A Fowardkeys é uma empresa global que trabalha com antecipação de demanda. Apresentou hoje (17/4/2018) em Buenos Aires no WTTC Summit 2018 um estudo sobre as viagens na América Latina. E nós estamos com dados exclusivos sobre o Brasil.

Segundo os dados  as viagens internacionais dos sul-americanos está decolando. As reservas feitas à partir da América do Sul e Caribe estão 9,3% maiores em relação ao mesmo período do ano passado. A Argentina lidera com crescimento de 16,6% e o Brasil com 14,2%, tendo esse último 20% do mercado emissivo (número de viagens reservadas) e a Argentina 18%.

Os argentinos estão viajando dentro do continente entre abril e junho de 2018, o Brasil será seu segundo destino com 21,3% das preferências, e quem lidera é a Colômbia com 22,2%.

E os brasileiros? Entre abril e junho estão com reservas para a República Dominicana (43,8%), para o Canadá (39,0%), para o Chile (35,6%),. O Brasil é ainda o segundo país com mais reservas feitas pelos colombianos e pelos chilenos. Entre os 5 países estudados pela Fowardkeys a preferência dos sul-americanos é seu próprio continente, crescimento de 1,9%. Os mexicanos estão preferindo ir para a Rússia na Copa do Mundo FIFA. Ainda vemos que os argentinos viajam mais no nosso continente do que os brasileiros, nós preferimos viagens de mais longa distância para Europa e América do Norte.

Se olharmos para o ano de 2018 entre janeiro e junho, os principais destinos dos brasileiros no exterior são Canadá, Chile, França, Itália, México e EUA.

O Brasil está também bastante procurado pelos estrangeiros, com 16,5% de crescimento de reservas entre janeiro e junho de 2018. Isso se explica pela melhoria das conexões com os EUA, as facilidades dos vistos eletrônicos e as novas conexões para o nordeste, especialmente Recife e Fortaleza.

Os destinos no Brasil que lideram as chegadas aéreas de argentinos entre janeiro e junho de 2018 são Pernambuco com crescimento de 80% em relação ao ano passado, Santa Catarina com +47,8%, Rio de Janeiro com +23%, São Paulo com +16,5% e Bahia com + 8,1%. Os demais estados do Brasil juntos cresceram 41,8% em relação a janeiro/junho de 2017.

Quer saber mais sobre o WTTC Summit 2018?

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que pessoas? que mundo? que futuro?

Com o tema Our People, Our World, Our Future (Nossa gente, nosso mundo, nosso futuro) vai acontecer essa semana (18 e 19 de abril) em Buenos Aires o WTTC – World Travel and Tourism Council – Global Summit.

Trata-se de um evento global que reúne CEOs e Presidentes das maiores empresas de turismo no planeta, buscando cooperar, debater e contribuir para o desenvolvimento do turismo. O WTTC busca debater temas que tratam do presente e do futuro da indústria de viagens com os seguintes temas:

  • 100 milhões de novos empregos num mundo onde o futuro do trabalho é incerto
  • 1.8 bilhões de viajantes cruzando fronteiras enquanto a segurança é primordial
  • 4% de crescimento com um limite e 2 pontos 

Which people? Which world? Which future? ( que pessoas?, que mundo?, que futuro?), são essas as perguntas que se propõe a tratar em dois de intenso debate em Buenos Aires essa semana.

Vemos aqui que as relações de trabalho, a segurança e o crescimento são preocupações dos líderes mundiais de nosso setor.

Estaremos acompanhando de perto, lá de Buenos Aires. Se você quiser conhecer mais sobre o evento pode ver no site do wttc.org.

 

Nacional e Internacional se completam

Entendo que não precisamos, como país ou destinos, fazer escolhas entre o mercado nacional e internacional na atração de visitantes.

Se for o caso do destino ter conexões ou servir a mercados no Brasil e no exterior (e isso precisa estar baseado em critérios técnicos), entendo um balanço entre esses mercados emissores. Já aqui falamos sobre qualidade e quantidade de turistas.

No caso do nacional, imenso país com mais de 100 milhões de viagens realizadas, além de aumentar o volume, trata-se de grande oportunidade de conhecimento do país e ainda de diversificar as opções de experiências. Aqui, provavelmente temos número de pessoas mas ainda precisamos aumentar seus gastos; como ? Com mais produtos que atendam a um visitante mais experiente, que já esteve em muitos lugares e quer encontrar qualidade de serviços e atividades que proporcionem uma visita dinâmica.

Quando falamos dos emissores internacionais ao Brasil, claro que olhamos para o lado, os sul-americanos estão perto, cada vez mais conectados a novos destinos no Brasil e ainda significam o maior volume para o Brasil. Seus gastos? Também precisam aumentar, e a responsabilidade é nossa, de ampliar a oferta. Super significativo é o gasto de europeus, nosso segundo mercado em termos de região, cada vez melhor conectado (vide Fortaleza e Recife); o foco aqui, sempre pensando em aumentar o número, é na permanência um pouco mais pela distância e capacidade de gastos. Nossa “lacuna”? Ainda não oferecemos a esses clientes a infraestrutura geral e, sobretudo, as experiências que procuram (com a cara do Brasil) em sua maioria sol, praia, natureza, aventura e cultura.

Pense nisso e compartilhe conosco suas estratégias. Veja ainda planos da Azul.

WTM Latin America: como foi ?

Os resultados dos investimentos das empresas em estratégias de consolidação ou aumento de negócios são cada vez mais mensurados e cobrados em todos os níveis das organizações.

Entregar o prometido, especialmente em atividades já consolidadas torna-se cada vez mais um desafio de dois lados: aqueles que realizam o evento e aqueles que participam de forma profissional.

Falamos aqui sobre as oportunidades de participar da WTM Latina America 2018 e, depois de sua realização é crucial compartilhar e comentar impressões, dados e resultados. Destaca-se a presença de destinos de todo o mundo, operadores brasileiros e estrangeiros, 722 agentes de viagens, gestores de viagens corporativas e a realização de mais de 12 mil reuniões no Speed Networking Session. Mais do que isso, a WTM Latin America ensina e aprende com o mercado turístico latino americano e acredita em seus negócios atuais e potencial de expansão.

Na avaliação dos profissionais que conversei, os principais itens comentados foram:

  • o profissionalismo de todos os aspectos do evento
  • a presença de diversos países, com destaque para a América Latina
  • os contatos que proporcionaram novas prospecções de negócios
  • o fortalecimento geral da indústria no continente
  • a necessidade de ajustar o sistema de agendamentos
  • a importância de que cada expositor se organize antes da participação do evento para focar em seus objetivos de participação na feira
  • o conteúdo dos seminários e palestras
  • a presença de operadores e agentes de viagens

WTM Latin America eu vou

WTM é sinônimo de negócios.

A feira que tem diversas edições pelo mundo e começou no Brasil há 6 anos entra na sua edição 2018 com oportunidades que eu gostaria de comentar.
A Panrotas tem diversas informações importantes sobre oportunidades de relacionamento como os Speed Networking Sessions ou ainda as oportunidades de contatos com influenciadores digitais ou a nova agenda do corporativo.
Sem mencionar a agenda de super interessantes palestras e seminários. Ou a lista de produtos participantes.
Meu comentário vai para a validade de participar do evento e o que o faz importante para os negócios, a agenda pré organizada e os pares que estarão por lá e que podem fortalecer relações já existentes ou ainda gerar novos negócios.
É para isso que vamos a um evento BtoB e as oportunidades:
1. Apresentar novos produtos
2. Reforçar relações comerciais
3. Atualizar informações sobre profissionais no mercado
4. Gerar novos contatos de vários lugares do mundo
5. Encontrar profissionais inovadores e que podem gerar novas oportunidades

E isso, de agenda já organizada vamos acompanhando.

PIB do turismo no Brasil 2017 e 2018

Já comentamos aqui que o número de turistas de um país deve ser grande, mas que se vier acompanhado de um gasto significativo e com a geração de empregos certamente trará mais contribuição para o desenvolvimento local. O Brasil é a 11a. economia do turismo no mundo em termos absolutos, ou seja, representa uma fatia importante do setor.

O WTTC – World Travel & Tourism Council publicou essa semana os resultados de seus estudos para o impacto do turismo na economia local, e também falou sobre o Brasil em 2017:

  • PIB Direto: 2,9% do total ( USD bilhões 59,6)
  • Empregos Diretos: 2,6% do total (2.337.000)
  • Divisas: 2.3% do total (USD bilhões 6)
  • Investimentos: 6.1% do total (USD bilhões 19.7)

Também as projeções que a entidade fez com a Oxford Economics para o crescimento de 2018:

  • PIB Direto: 2.7%
  • Empregos Diretos: 2.4%
  • Divisas: 10.6%
  • Investimentos: 2.6%

Se liga aqui no #forumpanrotas

Já sabemos que o Fórum Panrotas é o evento de turismo do Brasil que reúne o maior número de profissionais e compartilha um conteúdo relevante para aqueles que trabalham na indústria de viagens.

Um outro aspecto que se revela cada vez mais destacado nessa edição de 2018 do Fórum Panrotas são as mudanças que o grupo promove em sua forma de comunicar e levar ao setor milhares de notícias e conteúdo diariamente por meio de diversas plataformas. E o que me chamou a atenção desde que acompanho a Panrotas é sua capacidade de inovação, isso faz parte de seu DNA e sempre lidera nossa indústria no quesito mudanças e novidades.

Essa edição 2018 mantém, da mesma forma, a condição importante de ser um momento de relacionamento entre líderes da indústria, atualizando contatos, marcando novas oportunidade e, principalmente, fazendo os profissionais pensarem em seu negócio e as mudanças que o mundo do turismo enfrenta.

Estamos por aqui acompanhando, sugiro que você, que não teve a oportunidade de estar presente acompanhe as palestras pelo Facebook da Panrotas. Estar ligado nas tendências é sinônimo de cuidado com nosso negócio e reflexão sobre as profundas e rápidas mudanças de nossa indústria.

Performance top 10 sites móveis turismo no Brasil

Comentamos aqui semana passada de o @Google fez um levantamento do tempo e rapidez com que os sites de vendas abrem nos aplicativos móveis. Somente 5 segundos podem afugentar seu cliente. Mostramos também como fazer o teste de sua empresa e como receber dicas para melhorar seu desempenho e não perder seu público.

Fizemos na Pires e Associados um estudo sobre os 10 maiores sites de venda do turismo no Brasil, e chegamos às seguintes informações: @expedia e @kayak são as empresas que operam no país com a maior rapidez ( 5 segundos ), e @submarinoviagens e @cvc (19 e 20 segundos respectivamente ) são as que mais demoram para abrir seus sites nos acessos por celular.

A tabela abaixo mostra as empresas (Y) e os segundos (X) que seus respectivos sites levam para abrir quando acessados por um celular supostamente em 3G. As informações foram coletadas nos sites brasileiros das empresas pela ferramenta “Test my site”do  Think Google.

Além da velocidade para abrir os sites pelo celular a ferramenta compara outros sites concorrentes do setor de viagens e turismo, avalia os dados do site e a usabilidade do site em dispositivos móveis.

Eis os resultados que obtivemos:

TOP 10 SITES DE TURISMO: VELOCIDADE DE ABERTURA EM DISPOSITIVOS MÓVEIS – BRASIL

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Quantidade ou qualidade de visitantes

Sempre um debate interessante, e mais do que isso, importante para empresas e destinos turísticos: queremos mais visitantes ou mais receitas dos visitantes ? Quantidade ou qualidade?

Essa é uma reflexão que faço sempre, pois o principal objetivo de um lugar ou empresa, ou mesmo daqueles que trabalham com a indústria de viagens é que a atividade traga empregos, rendimentos, lucro; e dure muito, sempre! Recentemente falamos aqui do “Overtourism (termo usado para falar de destinos saturados de números de visitantes). Pode ser uma realidade longe do Brasil ? Não, já temos esse problema em diversos destinos.

Falamos muito em sustentabilidade também, e como funciona essa questão de ser sustentável economicamente, ambientalmente e culturalmente ? Seria incompatível com grandes volumes de visitantes ? Depende.

Depende do destino, de suas características, mas sobretudo de como é sua gestão pública e privada. De como empresários e lideranças encaram o fato de que a grande riqueza de seu negócio é justamente sua cultura (que deve ser valorizada), sua natureza (que precisa ser preservada e cuidada) e sua população (que deve ser beneficiada com a atividade no longo prazo).

Fica aqui a reflexão? E seu destino? E seu negócio? O quanto ele dura e como deve ser sua busca por clientes? Qualidade ou quantidade ?

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