Desafios do nordeste

O nordeste é uma região do turismo brasileiro com grande identidade de produtos, e ao mesmo tempo, que avançou de forma substancial em nichos e características intrínsecas de cada estado que permitem ter um grande destino nacional e internacional com imensos diferenciais. Sua infraestrutura e a experiência que  proporciona aos visitantes brasileiros se aprimora e busca um diferencial.

Os atuais secretários de turismo da região, que assumiram em janeiro de 2015 começaram suas gestões com espírito de que juntos podemos fazer mais. Que os desafios das economia e as dificuldades podem ser melhor superadas quando enfrentadas conjuntamente. Ações no mercado nacional e internacional, assim como a defesa de vários temas ligados ao desenvolvimento da região pautaram a atuação dos secretários no nordeste ao longo de 2015.

Em 2016, sob a liderança dos atuais secretários, o nordeste também enfrenta o desafio de se reinventar do ponto de vista de sua atuação conjunta. Buscar uma nova estrutura que represente os desafios e posso responder aos projetos comuns da região é o maior deles. Envolver mais o setor privado, diferenciar o nordeste e colocar o melhor do talento de seu povo e daqueles que trabalham no turismo é o desejo manifestado pelo fórum de secretários que se reuniu em Recife, ontem 12 de janeiro. O turismo mudou muito e segue em passos rápidos para novas transformações, vamos colocar o pé no acelerador.

Pesquisa turista do nordeste

A CTI Nordeste apresenta hoje uma pesquisa realizada nos aeroportos da INFRAERO localizados na região pelo Ibope Inteligência entre os dias 18 e 25 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos do total da amostra de 1.422 entrevistas.

O perfil identificado mostra 75% dos entrevistados como turistas, pesquisados nos aeroportos da região, com um gasto média de R$ 1.000,00 e uma estadia média de 7 dias. O número de viagens por pessoas mostra que avança a utilização do transporte aéreo na região, 23% dos entrevistados realizam pelo menos uma viagem ao ano, 16% pelo menos duas viagens e 13% realizam pelo menos uma viagem a cada três meses.

Do total de entrevistados, 43% estavam viajando a negócios e 35% a turismo ou lazer, e 68% viajam sozinhos, sem acompanhantes. O meio de hospedagem mais utilizado foi a casa de amigos e parentes para 42% e hotéis, para 36%.

A pesquisa também avaliou os aeroportos do nordeste (com exceção de Natal que não autorizou o Ibope a realizar as entrevistas) que foram bem avaliados em diversos itens, com destaque para a limpeza das instalações, as facilidades de achar carrinhos de bagagem e a gentileza dos funcionários dos aeroportos. Já os itens que foram avaliados como pior avaliados foram os serviços de internet, estacionamentos e a aparência externa dos aeroportos.

O aeroporto mais conhecido ou visitado é o de Salvador, já o melhor avaliado é o de Recife, seguido de Fortaleza e Salvador. Quando perguntados qual deveria ser o aeroporto escolhido para o hub da Tam, 45% escolheram Recife, 37% Fortaleza e 11% Natal.

Para acessar a pesquisa: http://ctinordestedobrasil.com.br/documentos/Pesquisa_Ibope_Ne_resumida.pdf 

NE Week

As rodadas pelo nordeste para a preparação do Turismo Week Nordeste estão mobilizando os empresários e as secretarias de turismo em torno da formatação de produtos e promoções.

As novas oportunidades em torno do projeto que ocorre em parceria com a Braztoa à partir de 6 de agosto estão se mostrando mais do que a união da região nordeste em torno da promoção nacional. O que estamos observando também são a formatação de produtos novos, combinados, condições especiais em determinados períodos e uma grande ação de imagem da região no território nacional.

Por outro lado, os operadores Braztoa, em outras edições do Turismo Week voltados à promoção internacional, terão oportunidade de gerar novos relacionamentos comerciais no nordeste, além de conhecer uma maior diversidade de produtos segmentados e oferecer condições diferenciadas para os agentes de viagens.

Também estamos entusiasmados em conversar com o turista potencial ao nordeste. As ações de mídia online e offline, além das ações de marketing digital que a CTI irá iniciar irão formar uma plataforma guarda-chuva para ações contínuas de marketing do nordeste.

Turismo Week Nordeste

Em parceria com a Braztoa, a CTI Nordeste lançou uma promoção inédita para atrair brasileiros para a região nordeste do Brasil. Por que isso é inédito e importante ?

1. Reúne os estados do nordeste em torno de um projeto conjunto para promoção nacional em torno da identidade regional e com destaque para produtos e roteiros diferenciados em cada destino;

2. Vai permitir aos estados apresentarem novos produtos e agregar valor aos pacotes ou roteiros já existentes, ampliando a base de sua oferta e fazendo uma promoção de imagem mais diversificada;

3. Será uma ação que envolverá os destinos e seus parceiros privados, os operadores, os agentes de viagens e o consumidor final; usando publicidade e ações de marketing digital como suporte de vendas com apoio do site do programa;

4. É uma nova experiência de promoção para o nordeste e para a Braztoa nas edições anteriores, usando novas ferramentas e tratando a região que é mais procurada pelos brasileiros uma opção real de viagens no segundo semestre de 2015; e

5. Aproveita o cenário cambial e vence as dificuldades iniciais das novas gestões estaduais, acreditando que em momentos difíceis, as lideranças podem e conseguem gerar oportunidades e negócios.

As 3.983 reuniões da BNTM 2015

A CTI Nordeste sob a liderança do Ceará realizou na semana passa mais um edição da BNTM.

O principal objetivo da bolsa de negócios foi alcançado: a realização de reuniões entre operadores de turismo brasileiros e estrangeiros com fornecedores do nordeste e de outros lugares do país para gerar novos fluxos turísticos. Foram solicitadas cerca de 420 inscrições de buyers, e selecionados 226 de 26 países; do total de compradores, o Brasil correspondeu por 22,07%, seguido pela Argentina (11,44%), Reino Unido (8,72%), Estados Unidos (7,62%) e Itália (5,72%).

A participação de fornecedores, suppliers, foi de 116 empresas com cerca de 225 profissionais trabalhando; além dos 43 expositores institucionais e governamentais. Cerca de 1.300 pessoas passaram pelo evento nos dois dias de seminários de capacitação e rodadas de negócios.

Nossa tarefa agora é avaliar o evento, ouvir a opinião dos participantes e fazer um amplo debate no âmbito da CTI e dos atores privados para reinventar a bolsa de negócios, adaptá-la às novas necessidades do mercado a fazer com que ela seja um momento importante de uma estratégia anual de promoção do nordeste e do Brasil no mercado interno e internacional.

NE ganha-ganha

Vemos muitas empresas turísticas em nosso país e no mundo trabalhando em fusões, acordos comerciais, alianças e outros mecanismos de complementação e colaboração comercial. Redes ou conexões são formas extremamente antigas que, apesar de apresentarem novas formas tecnológicas ou configurações comerciais, possuem em sua essência a soma de esforços para um resultado melhor para todos os envolvidos.

O famoso ganha-ganha é uma fórmula que funciona até nos relacionamentos pessoais ou na educação das crianças. Por isso, essa semana, com o apoio dos Secretários de Turismo do nordeste do Brasil, aceitamos junto com a Bahia e o Piauí o desafio de liderar um novo momento para a CTI Nordeste. Num ano de dificuldades econômicas, dúvidas e desafios de grandes proporções para o Brasil e para o turismo, acredito que os nove estados da região podem somar-se num grande esforço conjunto.

Vejo três linhas básicas de atuação:

1- a melhoria dos roteiros integrados e das viagens dentro da região

2- a inteligência comercial que proporcione mais dados e trocas de experiências entre os estados no campo do desenvolvimento de produtos, serviços e informações para o setor

3- a estratégia e o foco na promoção nacional e internacional que possa promover a imagem do Nordeste do Brasil com destaque para suas semelhanças e para seus diferenciais competitivos, especialmente com novas ferramentas de comunicação e marketing