Unbound Collection by Hyatt

A bossa da Unbound Collection by Hyatt

Os olhos da hotelaria internacional estão voltados para o mercado de luxo, o segmento da indústria que mais cresce no mundo inteiro. Não seria diferente com a Hyatt: representantes do grupo hoteleiro já tinham declaro à imprensa durante a ILTM Latin America que tinham atualmente o nicho de luxo como prioridade para os próximos anos. E tive agora finalmente a oportunidade de conhecer a fundo a bossa da Unbound Collection by Hyatt.

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Foi em 2016 que a Hyatt Hotels Corporation anunciou pela primeira vez o lançamento de sua Unbound Collection by Hyatt, uma coleção internacional de grandes hotéis de luxo em destinos icônicos para este nicho do mercado.

A ideia da Unbound Collection by Hyatt nunca foi exatamente lançar novos hotéis, mas sim ampliar sua presença no mercado de luxo ao criar um portfólio de propriedades de luxo mundo afora unidas sob o pretexto de uma mesma coleção – e usufruindo de todos os benefícios do premiado programa de fidelidade do grupo.

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Unbound Collection by Hyatt
Foto: Mari Campos

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Como funciona a Unbound Collection by Hyatt

As propriedades da Unbound Collection by Hyatt continuam fazendo uso irrestrito de suas próprias identidades de marca individuais, sem quaisquer restrições ou convenções, valorizando ao máximo sua própria história e personalidade.

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Todos os hotéis da coleção continuam utilizando seus nomes originais e apenas acresceram ao final o aposto em referência à coleção especial da Hyatt.

Assim, a adição de novas propriedades à Unbound Collection by Hyatt ao longo dos anos oferecerá por si mesma amplas e importantes oportunidades de crescimento para o grupo, incluindo a possibilidade de abranger novos mercados.

Unbound Collection by Hyatt
Foto: Mari Campos

A Unbound Collection by Hyatt reúne por enquanto propriedades históricas e/ ou icônicas na Américas e na Europa, todas atualizadas por revitalizações e repaginações ao se juntar à coleção.

Na França, os icônicos e adoráveis Hôtel du Louvre, em Paris; Hôtel du Palais, em Biarritz; e Hôtel Martinez, em Cannes, são as grandes estrelas desta coleção – que deve seguir adicionando novas propriedades nos próximos anos.

Tive o prazer de me hospedar e conhecer a fundo estas três distintas propriedades da coleção agora em julho e revelo seus principais atributos abaixo.

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Unbound Collection by Hyatt
Foto: Mari Campos

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Hôtel du Louvre

Apesar da localização em pleno centro de Paris, bem diante do Palais Royal e entre o Louvre e a Opéra Garnier, o Hôtel du Louvre, Unbound Collection by Hyatt é absolutamente discreto, silencioso e acolhedor.

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A pequena recepção à esquerda da entrada do hotel, em um diminuto lobby, já entrega que a propriedade não é para quem quer ver e ser visto; ao contrário, é um oásis extremamente refinado em um dos pontos mais agitados da capital francesa.

O clássico edifício Haussmanniano contrasta com os interiores agora surpreendentemente contemporâneos – mas extremamente parisienses na sua essência, com impressionante sutileza de detalhes. O Hôtel du Louvre passou por um extensa e profunda reforma ao se tornar membro da Unbound Collection by Hyatt.

As espaçosas acomodações são quase minimalistas mas repletas de luz natural, com adoráveis micro balcões – e mimos mil, das luxuosas amenidades de higiene aos deliciosos chocolates de Paul Bocuse deixados na abertura de cama/turndown. Muitos deles oferecem vistas divinas do Louvre, da Comédie Française, da Avenue de l’Opéra e do Palais-Royal.

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A Brasserie du Louvre by Paul Bocuse, aberta também para não hóspedes, é o grande coração social do hotel, dia e noite. No café da manhã, tem um delicioso serviço híbrido de buffet e pratos à la carte servidos com bastante simpatia.

No almoço e no jantar, o restaurante oferece pratos franceses clássicos modernos, desenvolvidos sob a orientação do lendário chef Paul Bocuse – inclusive no acolhedor terraço externo.

O novo bar do hotel fica sob um espetacular telhado de vidro descoberto durante a última reforma. Antes, estava “escondido”, desde a Segunda Guerra, para sua própria proteção, sob toneladas de placas de aço. Muito discreto, totalmente interno, tem décor quase tropical – e atrai muitos moradores locais para o drink pré-jantar aos finais de semana.

Discreto como poucos e com excelente serviço, foi uma das maiores surpresas (bem positiva, obviamente) que já tive na hotelaria parisiense.

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Unbound Collection by Hyatt
Foto: Mari Campos

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Hôtel du Palais

O Hôtel du Palais, Unbound Collection by Hyatt, é uma verdadeira joia da linda Biarritz, no País Basco francês. O único hotel palácio desta costa francesa tem vista para o Oceano Atlântico e instalações e serviço realmente dignos de uma propriedade deste porte.

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Construído em 1854, a antiga residência imperial que Napoleão III mandou erguer para sua amada Imperatriz Eugénie poder curtir a vida à beira-mar tornou-se um hotel realmente extraordinário.

Tão excepcional que nos últimos anos se revitalizou e se converteu em um destino por si mesmo: muitos viajantes estão conhecendo Biarritz simplesmente porque desejam se hospedar neste grande ícone da hotelaria francesa.

Considerado a “grande dame” de Biarritz, este opulento palácio à beira-mar tem acomodações decoradas com tecidos nobres e mobiliário “de época” – mas cheio de detalhes bem contemporâneos, inclusive no próprio novo logo do hotel.

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A maioria das acomodações do Hôtel du Palais tem vista para o mar e muito, muito espaço – e luxuosas amenidades Guerlain. A Guerlain, aliás, se encarrega também do excelente spa – que conta, aliás, com uma maravilhosa terapeuta brasileira em seu time.

Há piscina interna e externa (ambas aquecidas) e excepcionais bar e restaurantes (são dois, um interno e um à beira da piscina). O house car do Hôtel du Palais, que se encarrega de transportar hóspedes para restaurantes externos ou sessões de compras, é um luxuoso Lotus.

O hotel está localizado literalmente em pleno calçadão de Biarritz, a dez minutos de caminhada de seu irresistível e adorável centrinho histórico, repleto de lojas, cafés, restaurantes. Um hotelaço, verdadeiramente.

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Unbound Collection by Hyatt

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Hôtel Martinez

Inaugurado em Cannes no final da década de 1920, o icônico Hotel Martinez, Unbound Collection by Hyatt sempre foi uma excelente tradução do espírito da Côte d’Azur. Desde sempre um “lugar para ver e ser visto” na mítica Croisette, o Martinez atrai celebridades e jet setters desde o começo de sua história.

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Nos últimos anos, passou por uma grande revitalização de espaços públicos e acomodações e ficou definitivamente mais sedutor, com a cara da nova onda da riviera – mas sem perder o charme que lhe deu tanta importância na hotelaria local historicamente.

Esqueça a pompa e a seriedade comuns a hotéis históricos: no Hotel Martinez a informalidade reina soberana o tempo todo. Esta pérola do Art Decó tem fachada grandiosa em cor de marfim mas os recém-restaurados interiores neo-Deco mesclam fotos e móveis históricos com outras peças atuais cheias de bossa e obras de arte contemporânea.

As acomodações tornaram-se muito claras, cheias de luz natural, e decoradas em tons de azul e branco, como o logo do hotel. Tudo muito elegante e contemporâneo, a maioria com incríveis vistas para o mar e a Croisette.

Outras são voltadas para o espetacular L’Oasis du Martinez, o incrível (e enorme!) jardim interno do hotel, repleto de vegetação verdejante entre a piscina e o delicioso spa Carita.

CLIQUE AQUI para conferir tarifas e disponibilidade do Hotel Martinez.

E, claro, suas suítes do último andar, com 1250 metros quadrados no total e vistas grandiosas da Croisette e do Mediterrâneo, continuam sendo os espaços mais disputados da cidade durante o Festival de Cannes.

O bar do hotel está atualmente fechado para reformas. Mas a cena gastronômica do Martinez ficou ainda mais gostosa agora que está sob o comando geral do estrelado chef Jean Imbert.

O simpático restaurante Le Sud abre dia e noite e serve um delicioso e muito completo café da manhã em estilo buffet, em ambientes externo e interno bem tranquilos.

O delicioso La Plage du Martinez, em pleno beach club do Hotel Martinez (que também acaba de ser renovado e reabriu muito mais elegante e acolhedor), com suas inconfundíveis “cadeiras de diretor” homenageando estrelas do cinema, é perfeita pedida para uma refeição à beira-mar, seja para almoço ou jantar.

A grande estrela, é claro, é o novo Restaurant La Palme d’Or, inaugurado na abertura do Cannes Film Festival 2024, a nova proposta gastronômica de Jean Imbert.

Altíssima e irretocável gastronomia com serviço impecável mas descontraído, com os garçons usando bermudas e macacões – e decoração repleta de objetos de grandes produções do cinema. Aliás, os incríveis menus imitam icônicos roteiros cinematográficos – o meu era inspirado em Star Wars.

Um grande clássico, sempre.

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Grandes redes estão investindo em resorts all inclusive

Nos últimos dezenove meses, muitas mudanças ocorreram na indústria da hospitalidade, provocadas pela pandemia. Além das transformações e ajustes que se fizeram necessários de 2020 para cá para que hotéis e pousadas se adequassem aos novos tempos, temos visto também a aceleração de alguns movimentos e tendências que já tinham começado no pré-pandemia. E é nesse contexto que um desses movimentos chama a atenção: grandes redes estão investindo em resorts all inclusive. E de maneira cada vez mais consistente.

Algumas das maiores redes hoteleiras do mundo, incluindo Marriott, Hyatt, Hilton e Wyndham, por exemplo, têm investido bastante nisso ultimamente. Entre 2020 e 2021, diferentes marcas hoteleiras que nunca tinham apostado nesse nicho investiram em portfólios all inclusive – tanto em rebranding de hotéis existentes como no lançamento de propriedades novinhas em folha. Mesmo redes que nunca primaram exatamente pelos padrões de serviço estão entrando nessa onda – e até o mercado de luxo quer uma fatia cada vez maior deste segmento.

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Crédito: Westin Porto de Galinhas / Divulgação

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Grandes redes estão investindo em resorts all inclusive

A Wyndham Hotels & Resorts, por exemplo, criou a marca Wyndham Alltra, a primeira do grupo inteiramente dedicada a resorts tudo incluído. Definida de maneira controversa como “upper midscale”, a nova marca se aliou à Playa Hotels and Resorts e está convertendo duas propriedades em Cancun e Playa del Carmen nas primeiras unidades da nova Wyndham Alltra – uma delas exclusiva para adultos. A rede comunicou recentemente que anúncios de novas unidades da marca all inclusive virão em breve. 

A Hilton Hotels também anunciou recentemente dois novos resorts all inclusive em seu portfólio no México. O grupo Hyatt, dono dos já populares Hyatt Zilara e Hyatt Ziva, comprou o Apple Leisure Group e, assim, adquiriu também os Secrets Resorts and Spas, famosos por seus resorts com tudo incluído em diferentes destinos.

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Foto: Marriott/Divulgação

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A Marriott, que já andava flertando com o nicho dos all inclusive há mais tempo, inaugurou nada menos que vinte novas propriedades all inclusive. E anunciou que deve abrir outras 33 (!) até 2025, incluindo um Westin All Inclusive em Porto de Galinhas (PE). O programa All-Inclusive by Marriott Bonvoy parece estar fazendo sucesso, principalmente entre turistas norte-americanos. 

O grande diferencial da Marriott é que, ao contrário de outras redes que chegam agora aos resorts tudo incluído, ela não está focando apenas nos típicos resorts de categoria turística tão comuns ao nicho. Algumas de suas novas propriedades all inclusive fazem parte do luxuoso portfólio da Autograph Collection, o que tem elevado o conceito de “tudo incluído” a outro patamar.

A longo prazo, a rede planeja incluir também marcas como W e The Ritz-Carlton no nicho all inclusive. A ideia da Marriott é deixar o clássico estereótipo dos resorts all inclusive (comida ruim, quartos caídos, buffets com filas intermináveis, drinks aguados etc) definitivamente para trás.

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Crédito: Marriott/Divulgação

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Mudança de mentalidade dos viajantes  

Depois de tanto tempo em casa durante a pandemia, retomar as viagens após completar o processo vacinal tem sido atividade repleta de desafios e inseguranças para a maioria dos turistas – principalmente se a viagem for internacional (tenho falado um pouco sobre isso também no meu Instagram @maricampos).

A maior procura por propriedades all inclusive pode muito bem estar também associada à ideia de “segurança” que ela muitas vezes traz: mais espaço nos resorts para praticar o distanciamento social, tudo organizado sob o mesmo conjunto de protocolos e regras, senso de familiaridade com os processos cotidianos e nada de surpresas financeiras na hora do check out. 

Vale lembrar que muitos resorts em diferentes destinos estão criando também suas pequenas “bolhas” de segurança ao exigir certificados de vacinação ou testes negativos de Covid-19 como condição fundamental para aceitar a reserva e efetuar o check-in.  

Não à toa, grandes redes estão investindo em resorts all inclusive cada vez mais. Seus executivos defendem que estudos recentes mostram cada vez mais viajantes, de diferentes perfis sócio-econômicos e de diferentes nacionalidades, interessados pela ideia das férias com tudo incluído

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Crédito: Marriott/Divulgação

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Até os mais jovens estão mais abertos aos resorts all inclusive

Um relatório da STR para a Marriott mostrou que mesmo no pré-pandemia a tendência de valorização dos resorts tudo incluído já existia. No primeiro semestre de 2019, hotéis all inclusive teriam gerado $7.9 bilhões em vendas, o que já representava um aumento de 20% em relação aos cinco anos anteriores.

Junto com o relatório, a Marriott também divulgou uma pesquisa online feita com norte-americanos em julho deste ano na qual 54% dos entrevistados afirmaram considerar um resort all inclusive para as próximas férias – número que salta para 70% na faixa de entrevistados entre 18 e 34 anos. No estudo, 75% dos entrevistados disseram ainda que vêm resorts tudo incluído como opções seguras para as primeiras viagens pós lockdown e 84% afirmaram dar preferência a marcas com as quais estejam familiarizados na hora de escolher a hospedagem, independente do destino.

Atingir viajantes mais jovens com propriedades all inclusive pode ser mesmo um diferencial importantíssimo para as grandes redes – inclusive a longo prazo, trabalhando bem a lealdade à marca ao longo da vida do hóspede. Vale lembrar que a Marriott é hoje não apenas a maior rede operadora de hotéis do planeta com também dona de um dos mais bem-sucedidos e utilizados programas de fidelidade da indústria da hospitalidade.

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Foco nas experiências

Mesmo hotéis que não têm planos de se tornar tudo incluído passaram a oferecer gama muito maior de serviços e experiências aos hóspedes durante a pandemia.  Pousadas, hotéis boutique, unidades de grandes redes e resorts, todos tiveram que se adaptar nos últimos dezenove meses. E o chamado “turismo de experiência” ganhou ainda mais força no mundo e no Brasil durante a pandemia. 

O Amplia Mundo e a Braztoa, por exemplo, se uniram para criar cursos destinados a pequenos negócios do turismo para que sejam capazes de criar experiências interessantes e seguras para atrair a demanda reprimida de viajantes – e têm casos hoje de membros da comunidade que aumentaram em impressionantes 1000% seu ticket médio neste ano. 

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No nicho do turismo de luxo, os hotéis Fasano são um bom exemplo do investimento pesado na criação de novas experiências para os hóspedes nestes novos tempos. Até o site do grupo foi agora remodelado para que as reservas já possam ser feitas ali mesmo com as experiências durante a estadia incluídas – reforçando a tendência de “simplificação das férias” apontada pelas pesquisas internacionais. 

O Fasano Angra, por exemplo, aproveitou os atrativos naturais e culturais da Costa Verde para apostar no turismo de experiência. Dentre as novas atividades lançadas pelo resort neste semestre estão caminhada pela Trilha do Ouro com degustação de plantas comestíveis da região, travessia de SUP pela baía de Angra, canoagem pelo manguezal e Rio Grande, piquenique personalizado no bosque e jantar privativo ao luar.

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Four Seasons Anguilla

Testes de Covid-19 são nova amenidade da hotelaria

Ao longo dos últimos doze meses, a maior parte dos hotéis, lodges, resorts e pousadas introduziram diferentes amenidades que trouxessem mais segurança aos hóspedes em tempos de tantas incertezas e ansiedade. Primeiro vieram as máscaras cortesia e os frascos de álcool em gel e lenços desinfetantes em toda parte. Passado um ano da pandemia do novo coronavírus, os testes de Covid-19 são a nova amenidade oferecida por parte significativa da hotelaria internacional. 

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A tendência da testagem oferecida nos próprios hotéis e resorts começou ainda em 2020, com a reabertura de resorts nas Maldivas. Um dos grandes precursores foi, sem dúvidas, a rede Soneva, que montou seu próprio laboratório no destino (em parceria com a Roche) para testar qualquer turista que desembarque em um de seus hotéis no arquipélago (além de obviamente testar funcionários constantemente). 

O case de sucesso (os resorts do grupo operam há meses como “ambientes livres de Covid-19”, sem exigência sequer de uso de máscaras ou distanciamento por parte dos hóspedes e staff, como já contamos em detalhes aqui) correu o mundo e foi adaptado para outras propriedades em diferentes destinos também. 

LEIA MAIS sobre os hotéis Soneva nas Maldivas aqui.

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Four Seasons Los Cabos
Crédito: Four Seasons Los Cabos

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TESTES DE COVID-19: A NOVA AMENIDADE DA HOTELARIA INTERNACIONAL

Mas a tendência de oferecer testes de Covid-19 como nova amenidade por parte da hotelaria se popularizou de fato após a declaração do CDC americano de que qualquer viajante entrando ou retornando aos EUA precisa apresentar um teste negativo feito menos de 72h antes para ter sua entrada liberada desde o final de janeiro (por enquanto, ainda independentemente do estado de vacinação do viajante).

E brasileiros que retomaram algum tipo de viagem ao exterior têm se beneficiado desta tendência que ganha cada vez mais corpo, já que esta também passou a ser uma exigência para retornar ao Brasil após viagens internacionais desde o finalzinho de dezembro. 

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Vale lembrar que CDC americano continua encorajando as pessoas a ficarem em casa e adiarem viagens de turismo para protegerem a si mesmas e aos outros dos avanços da Covid-19. Mas, para os que ainda assim desejam seguir viajando nesses tempos, a testagem vem tendo um papel fundamental. 

Ao longo da pandemia, a hotelaria tem se esforçado cada vez mais para garantir que os hóspedes se sintam o mais confortáveis – e seguros – durante a estadia. Gerentes gerais de diferentes hotéis têm comentado que, mesmo em viagens ou destinos onde não exista essa exigência (como viagens domésticas, por exemplo), muitos hóspedes estão decidindo fazer um teste de Covid-19 para ficarem eles mesmos mais tranquilos após tomarem voos lotados, por exemplo.

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Four Seasons Anguilla
Crédito: Four Seasons Anguilla

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Como funcionam os testes de Covid-19 oferecidos nos hotéis

As particularidades (preços, tipo de teste, local de coleta etc) dos testes de Covid-19 oferecidos pelos hotéis podem variar bastante de um local para outro em função dos acordos estabelecidos com laboratórios, ou mesmo da burocracia específica de cada destino.

Das grandes redes hoteleiras internacionais, a Hyatt foi a primeira a não apenas oferecer o serviço, como oferecê-lo gratuitamente aos hóspedes. Seus 19 resorts na América Latina oferecem testes PCR para Covid-19 local e gratuitamente para qualquer turista com destino final nos EUA.

Os hóspedes destes hotéis podem também estender suas estadias com desconto caso sua viagem aos EUA tenha que ser adiada em virtude de testagem positiva. O benefício se estende também ao Grand Hyatt Rio de Janeiro, que oferece dois testes rápidos gratuitos no próprio hotel para cada quarto.

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Vista aérea do Soneva Jani, nas Maldivas
Vista aérea do Soneva Jani | Foto divulgação

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As regras de cada rede

A rede Meliá também conferiu o benefício da gratuidade dos testes anti-Covid em 10 dos seus resorts em destinos no México e na República Dominicana, focando claramente nos turistas norte-americanos. A rede anda promovendo curiosas ofertas nos EUA com dizeres como “quarta noite e teste de Covid-19 grátis”. 

Outras grandes redes hoteleiras também se adaptaram rapidamente para oferecer a comodidade dos testes de COVID-19 para seus hóspedes, como Hilton, Marriott e Four Seasons. Os testes nas propriedades destas redes são geralmente cobrados à parte, mas podem eventualmente ser ofertados gratuitamente em alguns pacotes específicos. 

A rede Hilton, por enquanto, oferece testes em apenas parte dos seus hotéis na América Latina, e sempre pagos pelo próprio hóspede (com custo de US$30 e US$200, dependendo do tipo de teste).  . 

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A maioria dos hotéis da Marriott na América Latina não oferece os testes in loco, mas garante oferecer auxílio aos hóspedes na hora de marcar seus próprios testes e organizar o transporte ida e volta para as clínicas locais para colher o material.

A rede Four Seasons garante facilitar o acesso aos testes de COVID-19 em todas as suas propriedades, embora nem todas elas ofereçam a testagem no próprio hotel devido a regras de cada destino. O resort do grupo em Los Cabos, por exemplo, oferece testes rápidos com resultados em 40 minutos no hotel (a US$40 por pessoa) e médico disponível 24h. 

O Four Seasons Resort and Residences Anguilla oferece testes rápidos com uma enfermeira dedicada à propriedade e que podem ser agendados via concierge ou através do próprio Four Seasons App.

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Hilton Miami Airport Blue Lagoon Hotel
Hilton Miami Airport Blue Lagoon Hotel . Foto: Mari Campos.

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Outras propriedades que já oferecem testes de Covid-19

Apesar de tantas restrições de fronteiras ainda em vigor no turismo internacional, é notório que o setor esteja se adaptado de maneira bastante rápida às constantes mudanças no mercado (embora reagindo ainda muito lentamente à necessidade urgente de rever as políticas de ventilação dos seus ambientes, já que hoje está comprovado que o novo coronavírus se espalha muito mais rápida e facilmente pelo ar que através do contato com superfícies).

Alguns destinos muito frequentados por americanos resolveram investir coletivamente no oferecimento de testes de Covid-19 como nova amenidade da hotelaria internacional. Caso de Los Cabos, no México, por exemplo, cujo escritório de turismo anunciou que todos os hotéis da cidade (e também propriedades operando em sistema time share) já oferecem testes de antígeno localmente. Os testes rápidos custam cerca de US$60, mas alguns hotéis estão oferecendo tais testes gratuitamente em determinados pacotes de estadia.

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Há hotéis oferecendo créditos em promoções de hospedagem que podem também ser utilizados para pagar os testes de Covid, seja na chegada ou na partida do destino. 

Propriedades como Eden Roc Cap Cana, todos os resorts Sandals no Caribe e os hotéis do complexo Baha Mar Resort, nas Bahamas, também estão oferecendo dois testes PCR gratuitos por quarto durante a estadia.

Hotéis em outros destinos com fronteiras mais flexíveis para o turismo, como o Marrocos, também estão oferecendo testes de Covid feitos na propriedade. É o caso, por exemplo, do hotel Royal Mansour, em Marrakech, membro da Leading Hotels of the World. A LHW, aliás, mantém uma página atualizada sobre todos os seus hotéis que estão oferecendo testes de Covid-19 on-site.

Embora Brasil o oferecimento da testagem dentro dos hotéis para Covid-19 ainda não seja comum, muitos hoteleiros já planejam oferecer o serviço em breve, inclusive como forma de tentar atrair mais turistas estrangeiros em algum momento. A rede Iberostar, por exemplo, já está oferecendo aos seus hóspedes a possibilidade de realizar testes da Covid-19 diretamente no hotel também no Brasil.

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Soneva Fushi. Foto: Mari Campos

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O que acontece se o hóspede testar positivo

Apesar de tantas propriedades já oferecerem o serviço de testagem in loco há alguns meses, vale lembrar que nem todas têm regras claras sobre o que acontece caso o hóspede teste positivo. E é importante saber que as regras mudam enormemente de um hotel para outro.

Mesmo com a recomendação atual de compra de seguro viagem para até 14 dias a mais que a duração total da viagem contratada justamente para que o viajante esteja protegido em um eventual caso de contaminação, é importante ressaltar que os seguros com cobertura para casos de Covid-19 se limitam a cobrir apenas as despesas médicas e hospitalares.

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No caso de pacientes com versões brandas da doença ou mesmo assintomáticos, a maioria dos hotéis cobra dos próprios hóspedes as diárias e despesas gerais de extensão de sua viagem (como alimentação, por exemplo) em caso de testagem positiva, até que o viajante seja “negativado” e autorizado a voltar para casa.

Marcelo Alabarce, diretor da M. Alabarce Curadoria de Viagens, teve recentemente que lidar com o caso de clientes em viagem pelo Caribe em que um dos membros testou positivo antes de voltar para o Brasil. A família brasileira teve que estender sua viagem por outros impressionantes 21 dias até que todos testassem negativo e fossem autorizados a embarcar no voo de volta para casa – pagando todas as despesas de estadia e alimentação do próprio bolso, é claro.

Mas há também boas surpresas no setor.  O pioneiro grupo Soneva continua oferecendo até 14 dias de hospedagem gratuita em seus hotéis nas Maldivas em caso de testagem positiva pelo hóspede.  O complexo Baha Mar, nas Bahamas, também oferece nesse caso até 14 dias de acomodação cortesia, com um crédito de US$150 por pessoa/por dia para refeições. 

Hotéis das redes Hyatt e Marriott oferecem até 50% de desconto no valor das diárias caso os hóspedes tenham que fazer quarentenas ali antes de voltar para casa.  Já a rede Iberostar promete a extensão da estadia sem custo adicional em caso de testagem positiva, em quarto isolado, com entretenimento e serviço de quarto sem contato.  

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Piscina do Andaz West Hollywood

O hotel do rock em West Hollywood, Los Angeles

Em um endereço célebre por diversas histórias envolvendo músicos de rock desde a década de 1960, o hotel Andaz West Hollywood, em Los Angeles, acaba de completar 10 anos em boa forma. A movimentada vida pregressa do prédio é homenageada no décor contemporâneo repleto de referências ao rock’n’roll. O ambiente continua artsy e festivo, ainda que mais comportado.

Foto da Tower Records no lobby do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Referências ao rock no lobby do Andaz WeHo | Foto de Carla Lencastre

O Andaz é uma das cinco marcas de lifestyle do grupo americano Hyatt. Este foi o primeiro nos Estados Unidos, e o segundo com a bandeira no mundo, depois de Londres. Para lançar a marca nos EUA, a rede fez um retrofit no Continental, hotel lendário das décadas de 1960/70 no mítico Sunset Boulevard. Na época, os nightclubs da Strip e arredores estavam se transformando em clubes de rock. Quem viu Rocketman vai se lembrar do Troubadour, aberto em 1957, onde Elton John fez a primeira apresentação nos EUA, em 1970. A casa de shows fica a dez minutos de carro do Andaz.

Procurado por artistas que se apresentavam nos clubes da região, e por seus fãs, o então Continental foi cenário de muitas loucuras, como o rolling stone Keith Richards jogando uma televisão pela janela. A maior delas deve ter sido Jim Morrison, vocalista do Doors, pendurado na varanda do 10º andar, em 1966. Foi expulso do hotel, onde estava morando.

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Parte da antiga varanda de um dos quartos do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Parte da antiga varanda de um dos quartos do Andaz | Foto de Carla Lencastre

Hoje espera-se que os hóspedes não repitam nenhuma das duas cenas, que de qualquer maneira seriam impossíveis. O Hyatt, que administra o hotel desde 1967, inicialmente com o nome de Continental Hyatt House, fechou todas as varandas com vidro há dez anos, na repaginação para a mudança de marca. Com isso, os quartos de frente do Andaz WeHo ganharam uma área envidraçada, com chaise longue, poltrona, mesinha e vistas para a cidade.

As 239 acomodações são amplas e confortáveis, com decoração moderna e bebidas não alcoólicas do minibar incluídas nas diárias. O barulho da Sunset Strip pode incomodar e há protetores de ouvido à disposição nas mesas de cabeceira. O hotel tem piscina no terraço (foto em destaque no alto), uma raridade em Los Angeles, com vista para as colinas de Hollywood e suas casas espetaculares, e lobby acolhedor com sofás e poltronas confortáveis. Ao lado da entrada, um amplo bar e restaurante com cozinha aberta serve um ótimo café da manhã, com bufê e opções à la carte. Chama-se Riot House, uma homenagem ao apelido pelo qual o hotel sempre foi conhecido, que faz um trocadilho com Hyatt House e seus muitos anos de rock’n’roll.

Outras opções de hotel no Sunset Boulevard, em West Hollywood, Los Angeles

Fiquei hospeda no Andaz WeHo mês passado, a convite do Visit California, depois do Internacional Pow Wow (IPW), a maior feira de viagens dos EUA. Esta é uma das minhas áreas favoritas para ficar em Los Angeles. West Hollywood é razoavelmente central, ao lado de Beverly Hills e a mais ou menos o mesmo tempo de carro tanto de Downtown LA quanto de Santa Monica. Dá para ir a pé para casas de shows famosas como The Comedy Store, The Viper Room e Whisky a Go Go. É uma área vibrante, repleta de bons bares e restaurantes, clubes noturnos e lojas charmosas, com muitas opções voltadas para o público LGBTQ+.

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Quase em frente ao Andaz, estão o Sunset Tower e o Mondrian Los Angeles. O Sunset Tower é um clássico da área, com todo um glamour old world em histórico prédio art déco, que já abrigou muitos astros e estrelas de Hollywood. Seu tradicional e concorrido Tower Bar agora tem uma extensão do restaurante na área da piscina, voltada para a cidade.

Piscina com vista no Mondrian Los Angeles, hotel em West Hollywood
Piscina com vista no Mondrian Los Angeles | Foto de Carla Lencastre

O Mondrian também tem bar na piscina com vista, disputado a partir do pôr do sol. O lobby lembra uma galeria de arte, com obras contemporâneas. Os quartos seguem a vibe sexy que caracteriza os hotéis do Morgans Group, hoje parte do SBE (SLS, Delano etc.), do qual a rede AccorHotels tem 50%. Philippe Starck assina o design original do hotel, de 1996. O projeto passou por modificações durante a última grande renovação, em 2008.

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Sunset Tower (à esquerda) e BW Plus Sunset Plaza vistos do Andaz West Hollywood, hotel em Los Angeles
Sunset Tower (à esquerda) e BW Plus Sunset vistos do Andaz | Foto de Carla Lencastre

Entre o Mondrian e o Tower há uma opção sem glamour e mais econômica, mas na mesma localização privilegiada, o Best Western Plus Sunset Plaza. Ao lado do Mondrian fica o novíssimo 1 Hotel West Hollywood. Mais adiante, previsto para abrir em dezembro, encontra-se o West Hollywood Edition. Na direção oposta, pouco depois do Tower, está o quase centenário Chateau Marmont, ícone local. É o único hotel desta parte do Sunset Boulevard com mais histórias que a Riot House. Mas isso fica para outro dia.

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Hotéis na Nova Zelândia: Auckland e Wellington

Acabei de voltar da Trenz 2019, a maior feira de viagens da Nova Zelândia, este ano realizada em Rotorua, cidade termal na Ilha do Norte. Depois do evento, continuei por ká e estive em Wellington, a convite do Turismo do país, e em Auckland. Destaco aqui alguns dos hotéis na Nova Zelândia.

O número de visitantes brasileiros cresceu nos últimos três anos por conta do voo direto Auckland-Buenos Aires, lançado pela Air New Zealand em dezembro de 2015. Para números e perspectivas da Air New Zealand em relação a esta ligação direta, clique aqui. Já as metas do Tourism New Zealand estão neste link. Reportagem para a revista Panrotas pode ser lida aqui.

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Hotéis na Nova Zelândia: Auckland

Hotéis na Nova Zelândia: Park Hyatt Auckland
Park Hyatt Auckland, na marina do Wynyard Quarter | Foto de Carla Lencastre

Auckland, maior cidade e porta de entrada no país, está passando por uma transformação recente na hotelaria de luxo, devido ao crescimento da demanda, com altas taxas de ocupação (média de 86,9%). A expectativa é de mais quatro mil quartos até 2023, em quase duas dezenas de diferentes hotéis, principalmente nas categorias quatro e cinco estrelas.

Entre eles, para meados deste ano, é aguardada a inauguração do Park Hyatt Auckland, com 195 quartos. Em 2022, será a vez do Ritz-Carlton, com 265 quartos, e do InterContinental, com 244 quartos. O grupo IHG planeja também um Hotel Indigo, com 225 quartos, para 2021.

Atualização: A abertura do Park Hyatt foi adiada para março de 2020.

Em um prédio novo, em fase final de acabamento, o Park Hyatt terá 195 quartos e fica ao lado da marina do Wynyard Quarter. Antiga área industrial sem grandes atrativos, na última década o bairro passou por transformação urbanística e hoje tem ocupação mista, com novos prédios residenciais e comerciais, além de bares e restaurantes. Nesta região as construções chamam a atenção pela horizontalidade, e têm cinco ou seis andares.

O Wynyard Quarter é também o endereço do Sofitel Viaduct Harbour. O primeiro hotel a ser aberto no bairro vai completar sete anos e tem áreas comuns bem conservadas e convidativas em torno de um bonito espelho de água interno. Mas o grande trunfo da AccorHotels em Auckland é o So/ Sofitel, com 130 quartos, inaugurado no final do ano passado.

A localização é ótima: ao lado das lojas de grife do Britomart e da Queen Street; a poucos metros do Ferry Building, de onde saem barcos para outros pontos de Auckland, e a dez minutos de caminha da SkyTower, torre símbolo da cidade, de onde é possível se jogar em um bungee jump urbano. Em tons escuros, com alguns vibrantes pontos em vermelho, o lobby com piso de mármore negro transborda na categoria design arrojado. O So/ tem um bar movimentado no lobby, o Mixo, e outro no terraço, Hiso.

Hotéis na Nova Zelândia: um dos quartos do M Social Auckland
Um dos quartos do M Social Auckland | Foto de Carla Lencastre

Na categoria lifestyle, gostei do M Social, onde me hospedei, em frente ao porto. Aberto a pouco mais de um ano, é uma nova e moderna bandeira do grupo britânico Millennium Hotels. Todos os 190 quartos neste hotel de 12 andares são de frente, com janelões e decorações únicas. Os quartos têm móveis em madeira clara em estilo escandinavo, ambientes coloridos e divertidos e detalhes náuticos, além de máquina de café expresso e muitas tomadas e entradas USB nos quartos. Oferece um bom café da manhã no bar e restaurante Beast & Butterflies, no térreo, um endereço bem gostoso.

Hotéis na nova Zelândia: Wellington

Em Wellington, o destaque é o QT, marca australiana que investe pesado em design e encontrou um parceiro perfeito no Museum Hotel. O nome não é retórico. O prédio abriga uma incrível coleção de arte contemporânea, com mais de uma centena de obras e ênfase em artistas neozelandeses.  Tem um bar e restaurante lindo e concorrido, o Hippopotamus, com janelões voltados para a marina e o porto; candelabros, dourados, espelhos, garrafas de absinto. Os 63 quartos são coloridos e iluminados, e os roupões são pretos, como os do hotel em Sydney. O QT fica ao lado do fabuloso museu Te Papa, fundamental para aprender um pouco sobre a cultura maori. A rede QT Hotels está se expandindo na Nova Zelândia e tem chegada prevista para Auckland em 2020, com um hotel de 150 quartos.

Fiquei hospedada no DoubleTree by Hilton, aberto há menos de um ano. O hotel é bem localizado, quase ao lado do InterContinental e da estação do Cable Car, e perto do porto. Fica em um prédio de 1928, com sete andares e 106 quartos com décor sóbrio inspirado nos detalhes art déco originais e confortos modernos, como máquina de café expresso e muitas tomadas e carregadores USB. Espelhos e detalhes em dourado dão um toque elegante aqui e ali. Parte dos quartos laterais tem janela minúscula, colada a um prédio de escritórios. Ainda que os ambientes sejam espaçosos, a sensação é de entrar em uma caverna. O que é parcialmente compensado pelo restaurante cheio de luz no café da manhã.

Hotéis na Nova Zelândia: DoubleTree by Hilton Wellington
Quarto do novo DoubleTree by Hilton em Wellington | Foto de Carla Lencastre

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