Após a constatação de que o brasileiro está ficando um pouco mais otimista em relação às suas economias, expressada pela perspectiva de consumo da família brasileira (conversada nesse post), recebemos aquele baldinho de água fria do Banco Central: talvez o pior não tenha passado, estamos ainda no meio da recessão mais severa da história.
Fica a indagação: será que estamos vivendo uma variação de clima econômico onde a temperatura observada difere da percepção? Pelo menos é o que se pode concluir quando o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirma que a inflação parece estar recuando: temos a temperatura real (mais do que constatada) de crise e uma sensação térmica de clima quase ameno ou, no mínimo, de tempo ficando bom.
Mesmo no turismo, setor em que algumas das características mais marcantes são a resiliência e a capacidade de resistir bem a crises, diante da relação realidade versus percepção, não tem sido uma tarefa simples estabelecer uma projeção real (sem o embaraço do pessimismo ou do otimismo forçado) de consumo diante do quadro econômico do País.
Não é fácil enxergar em tempo nublado. Entre informações que levamos em consideração temos, por exemplo, os números da WTTC. De acordo com o conselho, a projeção do PIB do Turismo para o Brasil para 2016 e 2017 é de queda, -1,6% e -0,5%, respectivamente. Porém, a perspectiva até 2020 é positiva, de 2,4% ao ano. Veja o vídeo aqui.
Para quem contribui para turismo no Brasil, a busca por dados econômicos, de consumo, de construção de perfil de clientes, de estudos específicos é ainda maior, pois perder tempo e muito menos recursos é uma opção. Estamos cautelosos ainda (e com razão!), economicamente falando.
Entre boas e más notícias, nos resta mesmo a prática das atividades no setor, que é a melhor ferramenta para projeções. E seguimos caminhando com a experiência acumulada e a criatividade para conduzir o trabalho da maneira mais proveitosa possível: dois dos maiores aliados para se atravessar o tempo desfavorável que se apresenta ainda sem previsão de melhora.
Ouvi falar que para uma destinação turística tratar bem seus visitantes, primeiramente tem que tratar bem as pessoas que aqui vivem. A tendência é que 36 milhões de pessoas voltem para os níveis de miséria pré 2000. Com o arrocho e as medidas neoliberais adotadas pelo golpe, a tendência é nos tornemos o 1º do mundo em população carcerária. O Brasil está fadado a ser uma eterna colônia norte americana. Nunca seremos um país desenvolvido enquanto nossa elite agir como vira latas perante os EUA. Pobres de nós.
Vinicius, realmente nosso país tem muitos desafios nas áreas de você mencionou, e as cidades precisam ser boas para seus moradores
para ser boas para seus visitantes.
O turismo é uma atividade econômica que gera muitos empregos, no Brasil são cerca de 3 milhões, empregos diretos. Acreditamos
que o setor pode ajudar na melhoria da qualidade de vida das pessoas, gerando empregos e também preservando e valorizando a natureza
e a cultura.
Obrigada, Jeanine