Seguimos acompanhando o cenário de viagens internacionais com os dados da Forwardkeys, empresa espanhola que trabalha com big data para viagens aéreas passadas e buscas/ reservas futuras. Nesse cenário ainda incerto em muitos países e, especialmente, com o lento ritmo de vacinação no Brasil é essencial sentirmos o comportamento de buscas e compras nos principais mercados emissores para o Brasil.
Vamos primeiro comparar janeiro e fevereiro desse ano com 2020. Os dados da Forwardkeys mostram que existe uma diminuição de 87% nas reservas aéreas internacionais para o Brasil no período mencionado. Os países que registraram as maiores quedas de reservas foram o Uruguai (-98,5%), a Argentina (-93,2%) e a Itália (-92,1%). Por outro lado, “menos piores” foram as reservas da Espanha (-79,8%) e de Portugal (-80,5%).
Quanto às reservas futuras, as mais importantes de monitorarmos para orientar nosso planejamento e as devidas ações de comunicação, os dados da Forwardkeys, com base nos GDS e outras fontes mostram que entre 1 de março a 11 de abril de 2021, se comparado às reservas realizadas no mesmo período, estamos com -87,4% de reservas aéreas internacionais. Os mercados que mostram até agora o pior índice são o Uruguai (-96,1%), a França (-94,5%) e o Reino Unido (-93,1%); nesses mercados as reservas futuras para o Brasil praticamente inexistem. Já os mercados em que há um número um pouco maior de reservas, embora ainda muito pequeno, são: Chile (-72,9%), Portugal (-79,6%) e Espanha (-84,3%). A Argentina, o principal mercado internacional para o Brasil, dá sinais de pouca demanda e reservas, além de diminuição de share de mercado.
Por que esses dados são importantes? Eles nos dão uma ideia de como as pessoas buscam ou já pensam em vir ao Brasil; de como nossa imagem está em cada mercado e, também, nos permite planejar com base em informações as ações necessárias para reconstruir a demanda internacional ao nosso país.
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