Muita vontade de viajar com essa novidade

Confesso que estou impressionada com o novo produto que Aroldo Schultz está lançando essa semana (18 nov 2020). Roteiro de ônibus pelo sul do Brasil com alguns diferenciais que me chamaram a atenção. Quando falamos em criação de produtos e de sermos competitivos entendo que temos aqui um ótimo exemplo. Vou te contar porque considero uma iniciativa pioneira e de grande qualidade. Isso é experiência de verdade.

  1. O roteiro é permanente, sai de Curitiba, passa em diversas cidades de SC e do PR. A pessoa pode fazer o roteiro inteiro ou em partes; ou seja, pode viajar 15 dias, ou 1 ou 4 dias…. Todos os destinos do roteiro passam a ter ótimas opções de produtos;
  2. Tudo na viagem é aprendizado, novidade, detalhado e pensado para conhecer a cultura de cada estado de forma original e autêntica. Paisagens incríveis (somente diurnas) e muito conhecimento com especialistas que trarão curiosidades, história, tradições e ótima gastronomia;
  3. Muitas experiências inéditas como a nova plataforma de vidro de Canela no Vale da Ferradura; o cemitério de gatos de Blumenau; vinícolas familiares e cidades de imigrantes em Treze Tílias, Blumenau;

Bem, te convido a conhecer mais no podcast que gravei com Aroldo aqui. Depois me conta que outros aspectos você destaca nessa novidade. Também tem o site para os agentes de viagens aqui. Garanto que vai dar vontade de ir, e de vender a seus clientes.

Como reconstruir o turismo para o futuro

O turismo, setor que depende fundamentalmente da mobilidade das pessoas, foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19, que obrigou a interdição de fronteiras e viu fechada a totalidade dos destinos mundiais. Uma das principais atividades econômicas do mundo, responsável por um em cada dez empregos e gerador de 10,3% do PIB global[1], experimenta uma crise sem precedentes. O cenário brasileiro não diverge do que acontece globalmente.

Mas, justamente pela relevância do setor para a economia, e pelo grande potencial inexplorado do país, é preciso um esforço articulado, público e privado, para garantir a sobrevivência e a recuperação do turismo. 

Trago para o debate quatro pontos que considero os principais desafios para essa reconstrução. 

COMPETITIVIDADE – No ambiente de crise e cenário de recuperação lenta do turismo, o Fórum Econômico Mundial (WEF) aponta aspectos essenciais que nosso país precisa cuidar: ambiente de negócios; infraestrutura; segurança e proteção; capacitação e qualificação de mão de obra; abertura internacional e priorização do turismo nas políticas públicas. Hoje o Brasil ocupa a 32ª posição no ranking de competitividade do turismo do WEF, caímos 5 posições entre 2017 e 2019.

SUSTENTABILIDADE – Só existe atividade econômica do turismo em lugares em que o patrimônio natural e cultural são preservados. A experiência do visitante está cada vez mais ligada a uma relação legítima e sustentável com o destino visitado. No Brasil, transformar esse enorme potencial em atividade econômica que gera renda, empregos e impacta a imagem do país fortemente demanda estratégia, planos e políticas públicas sistemáticas e contínuas.

EMPREGOS – Mesmo diante dos rápidos e profundos avanços tecnológicos, o turismo ainda é uma das atividades que mais geram empregos. Além das ocupações diretas vindas da hotelaria, alimentação, aviação, eventos e todo tipo de serviços, ainda se destacam muitas atividades indiretas na agricultura, manufaturas, provedores de bens e serviços, entre outros. Antes da crise desse ano, aqui no Brasil, os empregos diretos e indiretos do turismo chegavam a quase 7,4 milhões segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC)[2].

Ainda segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), podem estar em risco cerca de 120 milhões de empregos diretos no mundo[3]. No Brasil foram cerca de 446 mil postos de trabalho perdidos entre março e julho, segundo a CNC[4]. Ou seja, a recuperação sustentável do setor pode dar uma contribuição inestimável em um país que enfrenta desemprego e desalento recordes.

PROMOÇÃO – Em uma atividade econômica tão significativa, a disputa por mercado (por turistas), é acirrada. Os países em todo o mundo têm investido centenas de milhões de dólares para “vender” seus destinos, construir imagem e sustentá-la, como um ativo econômico prioritário. Estimular os brasileiros a conhecerem seu próprio país num momento de dólar alto e trabalhar um posicionamento de imagem do Brasil no exterior são investimentos essenciais para que as pessoas viajem. 

Recuperar a confiança nas viagens é uma tarefa de toda a indústria do turismo e das lideranças públicas. A EMBRATUR, que por legislação, só irá cuidar de nossa imagem internacional seis meses depois de acabada a pandemia, necessita traçar um plano e posicionamento de mercado, garantindo a volta da presença de produtos turísticos brasileiros nos mercados emissivos internacionais. É preciso lembrar ainda que o nosso país já entrou na corrida global pós-pandemia em desvantagem, com uma queda de 4,1% na chegada de visitantes estrangeiros (2019), enquanto o mundo cresceu 3,6%. 

Se até agora as viagens domésticas já mostram sinais importantes de retorno, os reais avanços só podem se consolidar com a preservação dos nossos bens culturais e naturais; cuidados com nossa imagem e um olhar para esses desafios em forma de medidas planejadas e eficazes.

Artigo original publicado no Bússola Época em 11/11/2020.


[1] https://wttc.org/Research/Economic-Impact

[2] https://wttc.org/Research/Economic-Impact

[3] https://www.unwto.org/tourism-and-covid-19-unprecedented-economic-impacts

[4] https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/09/11/turismo-tem-perda-de-faturamento-de-r-183-bi-na-pandemia-e-446-mil-vagas-a-menos.htm

A decisão do CONAMA é desastrosa para o turismo

Os profissionais de turismo que acompanham as tendências mundiais e a realidade do setor compreendem a relevância da proximidade da experiência turística com a natureza, a cultura e a valorização da identidade local. Empresas que fazem investimentos em hotéis ou em outros atrativos turísticos primam, em suas políticas corporativas, por preservar ativos locais que farão a diferença do seu negócio. 

O Brasil, que tem imenso potencial turístico e pode ter nessa atividade econômica uma grande fonte de receitas, desenvolvimento e geração de renda, precisa entender o grande ativo que significa o cuidado adequado com o meio ambiente, se quiser transformar esse potencial em realidade.

Mas nesse momento está acontecendo algo muito sério no Brasil, que merece uma manifestação do setor de turismo. Refiro-me à decisão do CONAMA de mudar a resolução de 20 anos que protegia as áreas de restinga e manguezais. A norma especificava parâmetros nacionais para Áreas de Preservação Permanente (APP). São áreas cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Essa decisão, se for mantida, é extremamente grave (foi suspensa pelo STF para análise). Pode levar à destruição irreversível dessa biodiversidade e, também, inviabilizar não só a paisagem e a experiência turística, mas os investimentos. Não vejo fundos de pensão ou bancos colocando seus recursos em projetos que não garantem a convivência entre desenvolvimento econômico e preservação de áreas ambientais. Achei até que esse tema já fosse superado, é um debate muito antigo, uma visão atrasada e demonstra desconhecimento dos rumos que o mundo está tomando.

Tampouco vejo, nas tendências mundiais ou na expectativa dos visitantes o desejo de estar em ambientes que não são preservados, de visitar locais destruídos ou em ter qualquer tipo de experiência que não esteja relacionada à salvaguarda ambiental.

A garantia de que todos os ativos naturais sejam conservados e que convivam de forma harmônica com a criação de opções econômicas sustentáveis é mais necessária ainda quando se trata do turismo. Além de perdermos competitividade por todos os temas relacionados à Amazônia, ao Pantanal e à preservação de espécies no Brasil, também estamos judicializando possíveis investimentos.

Essa resolução também descentraliza as decisões para os estados, o que traria uma pressão mais próxima e direta aos responsáveis pelas decisões sobre as áreas preservadas; e, ainda, uma insegurança jurídica absurda.

Deve ainda ocorrer uma competição muito pouco saudável entre os estados, que serão pressionados a abrir mão de espaços preservados para ganhar a disputa por investimentos que poderiam ir para outro estado. Isso é ruim para o Brasil, é ruim para os estados e é desastroso para o turismo.

É preciso que investidores, empresas turísticas, elaboradores de políticas públicas de turismo façam esse debate e se coloquem de forma aberta, serena, tranquila e baseada em fatos, em estudos, para contribuir numa questão essencial para o futuro do setor e do Brasil. 

Artigo original publicado na Folha de São Paulo em 09/11/2020.

Últimos dados do internacional – OUT 2020

Dados são essenciais para pensar o futuro do turismo nesse cenário ainda nebuloso. Trazemos um vídeo com os últimos dados da OMT e da Fowardkeys sobre o mundo e o Brasil. Também falamos de projeção para 2020 e dos impactos que a economia global sofreu com a não realização de viagens.

Se quiser saber mais sobre o turismo internacional para o Brasil pode acessar esses posts: Perdas do Turismo, Histórico de chegada de estrangeiros no Brasil e consequências para o futuro pós pandemia.

3 podcasts sobre eventos que você precisa ouvir

O HUB TURISMO é um podcast focado em perguntar aos profissionais da indústria de viagens e turismo tudo que você quer saber sobre o setor. Abaixo compartilhamos 3 episódios exclusivos para quem trabalha com eventos. Ouça o HUB TURISMO em qualquer plataforma de podcast de sua preferência.

Captação de eventos para hotéis com Juliana Pires

O futuro dos eventos com Rodrigo Cordeiro

Conventions e eventos comToni Sando da UNEDESTINOS

B2B, B2C e agora?

Os modelos de negócios normalmente usados são chamados de B2B (ou BtoB), quando as relações são entre empresas; e B2C (BtoC) quando são realizados diretamente com o consumidor. Os avanços tecnológicos e as necessidades específicas dos consumidores têm levado um uma “nova” modalidade, que é chamada de B2Me.

O que é B2Me?

De forma simples, o B2Me é uma operação de marketing que leva em consideração os desejos específicos de um cliente, digamos que uma super customização. Cada pessoa é única nesse contexto, e a conversa é individual. O que reina é o interesse único de cada indivíduo. Além da personalização máxima, as possibilidades de uso de tecnologia levam o marketing a enviar mensagens muito diretas, pessoais. Tudo é baseado num conjunto de informações que saem do próprio cliente por meio de uso de tecnologias, e são adaptadas novamente a ele mesmo.

Por que o B2Me pode dar muito certo no turismo?

Falamos muito em atender necessidades específicas de clientes, de customizar a experiência. E podemos ir muito além disso. Tendo como fontes de informações dados que nos ajudam a traçar o perfil do potencial visitante, já podemos iniciar o caminho. À partir disso, já podemos direcionar nosso conteúdo, ajustando-o a cada grupo de clientes de acordo com seus perfis; lembre-se que podemos manter a linha de marketing, é só ajustar o conteúdo. E ficar de olho nas tendências de comportamento, ajuda a entender melhor e agir rápido.

Com um conteúdo direcionado, vamos encontrar ainda mais necessidades específicas, e então é necessário abrir a mente e ser flexível. Para atender a novos desejos e demandas trazidas pelo cliente (que está sempre mudando de comportamento), podemos até assumir alguns riscos. Mesmo com ótimas ferramentas de análises de dados nunca temos certeza absoluta sobre o cliente, então vamos somar a experiência e a intuição para ajudar nessa comunicação.

Grandes e rápidas transformações no turismo, foco nas necessidades de cada cliente ou grupo de clientes, uso de tecnologias e inteligência de mercado são eixos de direcionamento dos negócios que potencializam resultados e ao mesmo tempo nos tornam mais competitivos. Como anda sua relação com clientes e potenciais compradores ? Se preparando para quando a indústria de viagens voltar com tudo ?

Turismo de eventos: o que um hotel deve fazer AGORA para obter melhores resultados?

Os impactos da pandemia do coronavírus atingiram toda a cadeia do turismo, em especial o setor de eventos. Agora, passados mais de seis meses desde a aplicação de medidas restritivas para evitar aglomerações, chega o momento do seu hotel planejar a volta gradual das atividades e também do turismo de eventos.

Pensando em curto e médio prazo, enquanto houver restrições no turismo de eventos, uma das opções do hotel é avaliar a possibilidade de estruturar seu espaço para eventos híbridos, com menos pessoas envolvidas e uso de ferramentas de transmissão pela internet, por exemplo. Ao mesmo tempo, o hotel deve acompanhar e analisar o cenário e conforme houver a flexibilização para eventos, adotar as medidas para atrair clientes.

Neste contexto, a expectativa é que as perdas financeiras decorrentes da pandemia de 2020 deverão ser recuperadas somente em 2022/2023, quando o faturamento deverá chegar aos níveis alcançados em 2019.

Apoio especializado

Na expectativa da volta gradual dos eventos, o hotel não deve ficar de braços cruzados. O momento é de monitorar o segmento e as decisões das autoridades sanitárias, como destacado acima, mas também de trabalhar na captação de eventos regionais e estaduais, priorizando o deslocamento por via terrestre.

Neste trabalho, o hotel pode contar com o apoio especializado de uma representação comercial, como o que é realizado pela Pires Destinos Eventos. São muitas as vantagens que o hotel obtém ao contratar este serviço, especialmente a possibilidade de usufruir de um sistema eficiente de busca completo e atualizado constantemente o que abre novas perspectivas em um momento de tantas incertezas.

Com a representação comercial, inclusive, o hotel pode fazer um estudo dos eventos já confirmados para 2021 e definir um plano “B” caso a pandemia ainda exija distanciamento social, o que irá refletir no modo como as salas serão usadas e também nos tarifários. Essa reestruturação comercial é necessária, não será rígida e precisa ser flexível conforme os avanços contra a pandemia são alcançados.

Indicadores relevantes

O uso de dados tem sido cada vez mais destacado com um dos ingredientes essenciais para a elaboração de estratégias inteligentes. No segmento de eventos não é diferente e o hotel não deve abrir mão da análise de seus indicadores medir sua performance e traçar as ações que ajudem a atrair novos clientes.

Entre os indicadores mais relevantes estão o RevPAR (quanto o hotel ganha por acomodação), valor médio da diária, taxa de ocupação, receita (média e total), resultado (anual e operacional), comparativo entre venda lazer e venda evento, tipo de evento (corporativo ou adesão), comparativo meta de faturamento e meta de venda, além de dados sobre desempenho de vendas.

Prevenção à Covid-19

Pensar na retomada dos eventos não significa deixar de lado as medidas estabelecidas por autoridades estaduais e municipais de prevenção à Covid-19. Mesmo que a curva de casos e óbitos apresente uma desaceleração, enquanto não houver uma vacina e o controle da pandemia, essa deverá ser a rotina no hotel, com a prática de todas as ações de segurança e sanitização.

O hotel precisa estar adequado às exigências sanitárias para segurança de hóspedes e colaboradores e também como forma de transmitir credibilidade para clientes (hóspedes, promotores e participantes de eventos). Por isso, neste cenário ainda em recuperação é importante que o empreendimento adote as medidas e dê publicidade a elas em todos o seu material de comunicação.

Quem era Eraldo para mim

Hoje nos despedimos de um grande amigo que se foi, Eraldo Alves. Nossos corações ficam apertados, e fica a lembrança daquele olhar terno e dedicado a todos e a tudo. Quem foi Eraldo para mim? Difícil sintetizar…

1 – Homem de grande gentileza, sempre atento aos mínimos detalhes das pessoas que o cercavam. Sempre tinha gestos e palavras que emanavam muito respeito e grande empatia;

2 – Líder que deixou marca na indústria de turismo do Brasil. Sua atuação na hotelaria marcou época somando esforços e construindo caminhos de união e fortalecimento do setor. Na CNC era um maestro que trazia todos ao mesmo patamar de atuação e grandeza de espírito;

3 – Guerreiro forte e corajoso ao enfrentar sua doença. Deixou mensagem de paz, amor e gratidão pela vida. Exemplo de resistência e determinação quando abordava as dificuldades. Uma fé inabalável;

Querido Eraldo, obrigada por todas as palavras de apoio e delicadeza que sempre nos brindou. Obrigada por fazer de nossa indústria do turismo um lugar melhor porque contou com suas mãos junto às nossas. Tenho a maior honra de ter sido sua amiga. Fique em paz querido amigo. – Jeanine Pires

Mais sobre o Eraldo aqui.

Internacional segue abalado

A aviação é extremamente importante para a economia e para o mercado de turismo no Brasil. A recente ‘descoberta’ de viagens de carro e outras formas de deslocamento terrestre são significativos para o setor. Nossa dependência dos voos é e deverá continuar a ser grande. Os voos domésticos em nosso país estão em cerca de 40% do que tínhamos antes da pandemia, e devem chegar a cerca de 65% em dezembro, conforme dados da ABEAR. Já o cenário internacional segue bastante adverso e extremamente difícil de recuperar.

Dados da Fowardkeys, empresa espanhola que avalia a demanda passada e futura de viagens com base em big data, mostram que o Brasil, entre janeiro e agosto de 2020 está no patamar de 67% do número de reservas aéreas em relação ao mesmo período de 2019. Mas se analisarmos as últimas semanas de agosto e as próximas semanas de setembro, ainda estamos estacionados em 90% das reservas em relação aos mesmos meses do ano passado.

Mundo segue quase parado

São diversos os fatores que a pandemia nos impõe quando buscamos entender a situação do movimento de passageiros, com destaque para as fronteiras fechadas. Com exceção da melhoria de voos entre os países da Europa, o tráfego internacional de passageiros ainda está com uma perda acima de 90% na comparação com 2019 (IATA). Aqui no Brasil, vemos aos poucos, lentamente, o retorno de algumas rotas, que ainda dependem da abertura de fronteiras entre nossos principais emissores como Argentina, Chile, Uruguai, Portugal, Alemanha, dentre outros.

Caminho muito longo pela frente

Em diversas conversas e estudos, me chama a atenção a grande batalha que será necessária para que os destinos brasileiros recuperem os voos que tinham, ou melhor, se esforcem muito para manter um mínimo de operações internacionais na busca de recuperação de seus visitantes estrangeiros. Como ainda não existem planejamentos fechados por parte das aéreas em relação à conexão com o Brasil, ficamos entre voos que voltam com poucas frequências para São Paulo e alguns outros poucos para determinados destinos; entre voos que foram cancelados e não voltam tão cedo ou nunca mais; e voos que podem voltar aos poucos à depender do recuo da pandemia, abertura e fronteiras e um ajuste entre governos sobre regras de viagens quando estas forem possíveis.

Cenário futuro desastroso

Nessa próxima etapa com a abertura de fronteiras, há ainda um longo caminho, estruturar protocolos que sejam os mais parecidos e claros possíveis entre os países de nosso continente, evitando bater cabeça sobre o que é e o que não é exigido de um estrangeiro que chega aqui e nos demais países. Além de cooperação e informação, o trabalho para que o Brasil seja reconhecido como uma opção nas viagens internacionais levará mais tempo do que a própria pandemia. Já entramos em 2020 em desvantagem no cenário global, com uma queda de 4,1% na chegada de estrangeiros em 2019, quando o mundo cresceu 3,4%, conforme detalhamos nesse post. O Brasil segue sem órgão de promoção internacional, sem recursos, sem estratégia, transformando o trabalho de imagem e de atração de turistas na situação mais adversa que já pude observar.

Por enquanto e por um bom tempo o doméstico segue sendo nossa fortaleza, conforme falamos aqui nesse post.