Conheça o eTA canadense: a autorização que substitui o seu visto

Em meio a essa movimentação muitas vezes demasiadamente burocrática e, pior ainda, demorada, para se conseguir um visto tive uma experiência bastante aprazível com a imigração canadense. Como estamos na era do compartilhamento (e também por julgar ser uma informação que pode auxiliar mais alguém) vou relatar aqui minha experiência com o Eletronic Travel Authorization (eTA) para entrar no Canadá.

O que é o eTA?

Primeiro precisamos saber que o eTA uma autorização eletrônica canadense que agiliza e simplifica a entrada no Canadá se você chegar de avião.  No caso do eTA para entrar no Canadá, ele substitui a necessidade do tradicional visto canadense de turista para brasileiros (mas é necessário que você tenha obtido o visto canadense nos últimos 10 anos).

Pois bem, já possuo visto americano e também canadense e percebi que minha autorização para o Canadá estava expirada. Como tenho um filho que mora no Canadá, pensei imediatamente em fazer a renovação, já que posso precisar ir até lá sem data marcada (coração de mãe, sabe como é, rs).

Foi quando eu soube da autorização eletrônica. Entrei no site http://canada.ca e no segmento Immigration>Visit>eTA application solicitei digitalmente uma autorização e em 15 minutos obtive resposta. Após pagar sete dólares canadenses e informar alguns dados do meu visto expirado, em inacreditáveis 40 minutos eu obtive o meu eTA! Que só precisa ser impresso e apresentado juntamente com o passaporte.

O processo é incrivelmente simples, 100% eletrônico e concede uma autorização válida para os próximos 5 anos (ou até expirar o passaporte). Apesar de ter um prazo de 72h para obter resposta a partir do momento da solicitação, a minha experiência durou ao todo, menos de uma hora, tão eficiente é o método.

Fica a lição para o Brasil! Buscar métodos que aprimorem nossos processos é fundamental para o desenvolvimento do nosso Turismo. Investir em ferramentas digitais que facilitem o processo burocrático de vistos otimiza tempo, conquista o turista e ainda faz toda diferença na escolha do destino. Fica a dica!

Destinos para celebrar a 7ª temporada de Game of Thrones

Com a estreia da 7ª temporada de Game of Thrones neste mês e a crescente popularidade da série (alcançou inacreditáveis 25 milhões de espectadores em todo mundo), muitos destinos têm se tornado populares por serem locações, inspirações ou se encaixarem nos retratos das filmagens da série. Nos nove países em que já foram gravadas cenas do show, fãs de todos os países visitam lugares que são a representação das terras e reinos onde a trama acontece. Veja a lista dos destinos que fazem os espectadores experimentarem um pouco das paisagens de GoT:

Islândia – Onde as terras geladas retratadas em “condições extremas” são filmadas. É na Islândia que foram gravadas as cenas “além da muralha”, território dos temidos White Walkers. E é dentro do Parque Nacional Snæfellsjökull que está localizada a região glacial de Frostfang Mountains, cordilheira de território selvagem, na série.

Croácia – Território de clima mais quente, foi palco de diversas cenas icônicas da série. Somente na cidade de Dubrovnik, a mais visitada do país, é possível passear por marcos como King’s Landing, Qarth e Slaver’s Bay. O centro histórico da cidade, lugar da ”caminhada da vergonha”da Rainha Cersei, parece ter saído de contos medievais e é fácil para o fã da série se identificar com o clima das cenas.

Espanha – A cidade espanhola de Sevilha é a localidade que retrata o cenário de Dorne, um dos mais belos da quinta temporada. Já em Colonia del Sacramento, é possível visitar a Plaza de Toros, um anel de touros ainda ativo onde foi retratado, na série, o poço de combate de Meereen.

Irlanda e Irlanda do Norte – Outras localidades onde diversas cenas icônicas dos personagens principais foram gravadas. Na conhecida lha Esmeralda, o elenco e a equipe da série poderiam ser encontrados gravando em Winterfell, Castle Black, High Hall of the Eyrie, o Great Sept of Baelor, todos filmados ao norte da cidade de Belfast.

Em todos estes destinos há passeios específicos para promover vivências inspiradas pela famosa série. São pacotes criados especialmente para atrair visitantes-fãs. Assim, o show-business e o Turismo encontram-se e fazem de um espectador um turista!

Voos domésticos em foco

O mês de junho, que aqui no país marca o calendário de feriados, eventos culturais e, em algumas regiões, início das férias escolares foi também o quarto mês consecutivo a obter alta na demanda de transporte aéreo após 19 meses em queda.  A informação é da ABEAR e é obtida através de dados de companhias associadas (Gol, LATAM, Avianca e Azul, que juntas respondem por mais de 99% do mercado doméstico).

Segundo a associação, junho registrou alta de 1,96% na demanda quando comparada ao mesmo mês do ano passado. Porém, mesmo sendo a quarta alta consecutiva, cada mês apresenta percentual de crescimento inferior se comparado ao mês imediatamente anterior, configurando uma instabilidade para o setor.

O setor obteve, no entanto, uma melhora de 2 pontos percentuais no aproveitamento, que possibilitou um crescimento de 3,70% no número de viagens realizadas (mais de 6,9 milhões em junho).

Na última pesquisa de Sondagem do consumidor para intenção de viagem do MTur, dos entrevistados que pretendiam realizar uma viagem num horizonte de 6 meses, 58,9% afirmaram que optariam pelo transporte aéreo.

Para julho

Na estimativa para o próximo mês de julho, há uma possibilidade positiva de mudança dos números de oferta e demanda, por ser um mês de alta temporada. Apesar das demonstrações de recuperação que vão sendo apresentadas paulatinamente no Turismo, ainda atravessamos um momento de instabilidade econômica e é incerto fazer previsões.  A gente segue acompanhando de perto todas as nuances do setor.

Dólar em queda, gastos em alta

Como vimos nos dados do Banco Central de receita e despesas cambiais,  o primeiro semestre de 2017 apresentou um aumento de 34,8% nos gastos dos brasileiros no exterior em relação ao mesmo período do ano passado. Para ser mais exata, no acumulado do ano, a despesa cambial foi de US$ 8,81 bilhões (enquanto no seis primeiros meses do ano passado o gastos no exterior foram de  US$ 6,53 bilhões).

A retomada dos gastos com viagens internacionais ocorre após uma queda de 16% em 2016. Qual seria o principal fator? Seguramente, a queda do dólar nos últimos 12 meses é um dos principais motivadores desse aumento e torna as viagens ao exterior mais atrativas para os brasileiros, estimulando os gastos fora do país.

Só no mês de junho, mês em que a moeda norte-americana estava cotada em R$ 3,24, o aumento na despesa cambial foi de US$ 1,51 bilhão, o que corresponde a um percentual de 10,09% superior a junho de 2016 (quando o dólar girava em torno de R$ 3,58).

É provável que os números deste mês de julho também apresentem um aumento significativo de gastos dos brasileiros em terras internacionais, com o dólar caminhando em R$ 3,15 e ainda operando em queda.

Receita

Já o volume deixado por aqui pelos estrangeiros no primeiro semestre deste ano registrou queda. De janeiro a junho de 2017, a receita cambial foi de US$ 3,06 bilhões, o que corresponde a um percentual de 3% inferior ao mesmo período 2016. Para o mês de junho, a receita cambial referente aos gastos dos turistas estrangeiros no Brasil foi de US$ 377 milhões, 6,23% inferior a junho de 2016.

Próximos meses

Para o mês de julho (e também no mês seguinte) é provável que a receita venha também acompanhada de queda, visto que os dados do ano de 2016 foram fortemente impulsionados pela realização dos Jogos Olímpicos no país. Seguimos acompanhando.

Marketing por moradores locais: Ilha da Madeira

Que o Turismo não é só composto pela relação destino (localidade) + turista, todo profissional do setor que se preze deve saber. Dentre a universalidade fatores e elementos que compõem o turismo, os moradores locais são parte essencial da experiência da viagem, principalmente com a nova configuração atual do ”vivenciar a viagem”, onde as experiências do viajante são quase que primordiais.

É através dos olhos dos moradores de um destino que o conceito de ‘experiência” torna-se atraente e possível aos viajantes!  Seguindo a ideia da perspectiva de quem vive no destino, a Ilha da Madeira foi filmada por um atleta natal e o resultado foi um vídeo que apresenta a Ilha de uma forma incomum e ainda assim, com efeito em marketing!

Natural da ilha da Madeira, Emanuel Pombo é atleta, ciclista medalhista e compartilhou um vídeo na sua página de Facebook, onde mostra o contraste de terreno da ilha e algumas das suas belas paisagens. O vídeo chama atenção pela maneira como a geografia local é apresentada através do atleta de mountain bike e é a ferramenta que prova como a perspectiva local pode contribuir com a publicidade do destino e levar turistas que se identificam com o estilo a visitar a localidade, em busca da experiência.

A filmagem foi compartilhada pela página Visit Madeira.

Assista o vídeo clicando aqui.

 

 

 

369 milhões de turistas pelo mundo

A UNWTO (Organização Mundial do Turismo) divulgou recentemente o World Tourism Barometer com algumas informações e dados do turismo no mundo referentes ao primeiro quadrimestre de 2017.

De acordo com o boletim, de janeiro a abril deste ano, 369 milhões de turistas internacionais desembarcaram em destinos do mundo inteiro, 6% a mais se comparado o mesmo período em 2016. Na América do Sul, a porcentagem de comparação do período está um pouco acima da média mundial, em 7%. No entanto, neste ano, sobe para 16% de alta no número de desembarques internacionais se compararmos apenas o mês e abril.

É importante lembrar que o período de janeiro a abril geralmente representa cerca de 28% do total anual e abrange a temporada de inverno do Hemisfério Norte e a temporada de verão do Hemisfério Sul, bem como o Ano Novo chinês e feriados de Páscoa.

Para a própria UNWTO os resultados dos números de desembarques de turistas internacionais no mundo são reflexo de um turismo ‘’forte” nos principais destinos e de uma ”recuperação constante” em destinos que passaram por eventos negativos em 2016.

O aumento de 21 milhões de turistas nos primeiros 4 meses de 2017 podem ser fruto de um Turismo que se consolida cada vez mais e cresce em confiabilidade. Aqui ou lá fora, continuamos acompanhando o Turismo de perto.

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Alguns frutos de São João até agora

No início do mês de junho, comentei aqui no blog (como faço frequentemente) a respeito da oportunidade do calendário junino, com festas tradicionais e únicas em diversos destinos do País, para o nosso Turismo. Principalmente, pelo mês de junho ser marcado por um período de chuva em que o Turismo tende a dar uma desacelerada.

Alguns estados do Nordeste já divulgaram os resultados trazidos pelo período junino. Pernambuco, por exemplo, alcançou bons resultados com a programação do mês: foram 591.679 visitantes no total (2,5% a mais do que no ano passado), com 92% de ocupação hoteleira. Em dados de receita turística, a movimentação foi de R$ 260 milhões (R$ 15 milhões a mais se comparada à de 2016).

Em Sergipe, estado cuja capital é uma das 30 cidades menos violentas do Brasil ainda não divulgou números do balanço de São João, mas apresentou o resultado da pesquisa de satisfação. As atrações da festa junina de Sergipe, chamada Arraiá do Povo, obtiveram 89,6% de satisfação do público total, que era constituído em 26% de visitantes nacionais e internacionais. Com relação à segurança, ponto forte do estado, mais de 90% das pessoas que responderam a pesquisa a consideraram ótima ou boa.

Festas até julho no Brasil

A maioria dos estados ainda não divulgou dados do balanço turístico dos festejos juninos, e em uma parte isso ocorre pois as festas tradicionais se estendem até esse mês de julho, como no Distrito Federal, Goiás, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Paraíba. Assim, os resultados do mês só serão divulgados posteriormente. Continuamos acompanhando.

Turismo de Eventos em foco!

Ontem, quinta-feira (6), tive o prazer de contribuir como palestrante no MPI Lamec e III Unedestinos, aqui em São Paulo, no Sheraton Sao Paulo WTC. Com o tema principal de It’s all about people, o evento contou com uma série de painéis com perguntas de reflexão (Para quem? Por que? O que? Como? Onde? Quem?) para gerar o debate e a reconstrução do Turismo de Eventos.

Todas as perguntas propostas devem estar relacionadas desde o ambiente micro, como a localização em que o evento é realizado, até à visão macro, ou seja, o destino do evento. Sendo o destino o grande protagonista, podemos levantar alguns pontos para a reflexão:

O primeiro é que o participante de eventos não tem o intuito de ser turista e nem quer ser tratado como um turista a passeio. É importante que este tipo de viajante seja tratado como um morador temporário, alguém que almeja estar no destino, conviver com pessoas locais e ter experiências parecidas com as que o moradores têm.

Em segundo lugar, é necessário observarmos que: as pessoas do destino são o destinoPensando nisso, a marca do destino deve girar, em todos os aspectos, em torno das pessoas, sejam elas prestadores dos serviços que alcançarão o participante de evento ou moradores locais. Todos os aspectos econômicos, culturais, sociais, de mercado, de sustentabilidade, entretenimento etc., são executados por pessoas; sendo assim, o fator relacionamento está constantemente presente.

É indispensável observarmos também que apesar de trabalharmos com segmentação de mercado, lidamos com diferentes públicos e todos conectados, compartilhando experiências. São pessoas com histórias diferentes, visões diversas, comportamentos e necessidades distintos, compartilhando com sua rede de relacionamentos sua vivência no evento e isso não só se reflete, mas também influencia o resultado da experiência.

Em último lugar, mas não menos importante: precisamos ver além do digitalO trabalho de captação de eventos e marketing de destinos ligados a eventos precisa voltar a atenção ao que está por trás do Big Data, ou seja, analisar o processamento de informações como uma ferramenta de transformação de conteúdo e desenvolvimento de experiências diferenciadas aos visitantes.

Aliado a esses pontos de reflexão é importante que nós, que atuamos no segmento e trabalhamos em prol do crescimento do mercado de eventos e do Turismo, em sua totalidade, tenhamos agilidade para acompanhar as transformações sociais e da indústria, tanto no Brasil, quanto no mundo.

Para ver mais informações e fotos do evento, clique aqui

MPI Lamec 2017 III UneCongresso em São Paulo

Ontem desembarquei em São Paulo para participar como palestrante do MPI Lamec 2017 (Latin America Meetings & Events Conference) e do III UneCongresso, no próximo dia 6 de julho, evento que objetiva o compartilhamento de experiências e o fortalecimento do turismo de eventos e captação de destinos.

Apesar de ter incontáveis áreas de atuação, de se dividir em inúmeras atividades, métodos de desempenho, especialização profissional, convergir com diversas linhas de mercado (transporte, hospedagem, produtos, destinos) e de cultura, o turismo só acontece devido a um elemento primordial: o turista!

It’s all about people! é o tema central do encontro e que norteará as discussões do mercado de eventos. Com o intuito de analisar as transformações do setor e compartilhar práticas eficazes e ideias que contribuam com o desenvolvimento da indústria, o evento terá painéis participativos e irá abordar temas como economia criativa, tecnologia, segurança e práticas do trade.

Voltar a atenção para quem se destina, de fato, a indústria é crucial na evolução e elaboração de estratégias de desenvolvimento, seja no mercado de eventos ou no turismo globalizado!

Para saber a programação completa e mais informações do evento, acesse http://www.mpilamec.com.br/site/.

Sobre turismo continental

Em meio ao desenvolvimento global do turismo internacional, estudos da Organização Mundial do Turismo – OMT, apontam que o grande fluxo de turistas internacionais, em sua maioria, viaja para países do seu próprio continente.

No Brasil, esta estatística se confirma. A Argentina é, historicamente, o principal emissor de turistas internacionais para as terras brasileiras: de acordo com relatório estatístico de 2016 do Ministério do Turismo – MTur, o país foi responsável por 2,07 milhões de visitantes ao Brasil, representando 33% do total dos turistas estrangeiros que desembarcaram por aqui.

No ranking dos 5 países que mais nos visitam, apenas os Estados Unidos, segundo colocado da lista, não são da América do Sul. Seguido do país norte-americano estão o Chile, o Paraguai e o Uruguai.

Juntos, a Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai por quase 50% do fluxo de turistas estrangeiros por aqui.

A recíproca também é verdadeira. A presença de brasileiros nos países do continente também é expressiva: somos os principais viajantes internacionais na Argentina. Em 2016, a presença de brasileiros no país vizinho recuou 44% no primeiro trimestre de 2016, devido à situação econômica do Brasil, o que fez o turismo argentino avaliar a “dependência” do setor em relação aos viajantes brasileiros. Ainda assim, as relações de turismo entre os dois países, permanecem firmes e a expectativa da Argentina é que o número de turistas brasileiros aumente ainda mais: a meta é alcançar o número de 1,6 milhão até 2019.

Estamos entre os principais turistas em alguns países da América do Sul. É importante estreitar essa relação e estendê-la a outros países do continente que possuem atuação expressiva no turismo, trabalhando em investimento em ações conjuntas de publicidade, estudo de redução de impostos e ampliação de malha aérea.Temos um continente com efetivo e potencial de turismo ricos, que podem ser trabalhados a fim de gerar fortalecimento do mercado, retorno econômico e desenvolvimento mais unificado do turismo no continente. Seguimos acompanhando.