A Organização Nacional de Turismo da China divulgou dados sobre os resultados do turismo naquela país. Segundo a entidade, nos últimos 5 anos as receitas do turismo chegaram a 738.400 milhões de euros, o que coloca a China à frente da Espanha e Itália.
Os turistas estrangeiros e chineses em visita ao país chegaram a 9.300 milhões nos últimos 5 anos. É claro que os chineses são os principais visitantes de seu próprio país, o que está levando ao incremento das viagens domésticas, sobretudo ao interior do país.
Os dados apresentados pelo governo chinês também estão de acordo com as informações da OMT – Organização Mundial de Turismo, que afirma que à partir de 2015 as economias emergentes terão 58% do mercado mundial de viagens, com destaque para a Ásia.
Isso significa que as regiões do sudeste europeu e mediterrâneo, as mais visitadas do planeta, serão provavelmente substituídas pelo nordeste da Ásia.
Autor: Jeanine Pires
Brasileiros “mão aberta na Flórida”, diz o NYT
Os gastos dos brasileiros nos EUA, especialmente na Flórida foram motivo de reportagem especial do The New York Times de hoje, 28/12/11.
Com o título “Brasileiros mão aberta são cortejados na Flórida” a matéria disse que na terra onde muitos latinos são encontrados nunca um cliente foi tão cortejado como o brasileiro. Desde roupas de grife, eletrônicos até carros, barcos e casas são comprados pelos brazucas. Sem falar, é claro, dos dólares deixados em hotéis, restaurantes e atrações turísticas.
A jornalistas Lizette Alvarez do jornal nova-iorquino, relata que é na região de Miami e Fort Lauderdale que os brasileiros mais são vistos, tendo inclusive alguns “mimos” que se transformam em mais negócios, como restaurantes como comida que agradam os brasileiros.
Estudos da USTravel mostram que em 2010 os brasileiros dexiaram US$ 5,9 bilhões nos EUA, uma média de quase US$ 5 mil por visitante.
5,4 milhões e 6,7 bilhões
Com esses números, 5,4 milhões de visitantes estrangeiros e 6,7 bilhões de dólares em entrada de divisas o Brasil deve fechar o ano do turismo receptivo em 2011.
Ambos são recordes históricos, mostrando o crescimento do turismo Brasileiro no cenário internacional conforme as estimativas da OMT – Organização Mundial de Turismo. O Brasil lidera o crescimento da América Latina também na geração de empregos diretos e indiretos, onde o país ocupa o quinta lugar no ranking mundial.
O cenário é de comemoração pelos resultados alcançados, fruto de uma nova realidade do setor no cenário local e nacional e dos resultados gerais da economia nacional; esses últimos condição indispensável para o desenvolvimento do turismo. Para 2012, o setor de viagens e turismo deve continuar crescendo, possivelmente a ritmo um pouco menor devido ao cenário internacional.
Bons resultados do mercado doméstico e internacional também servem para uma reflexão sobre a qualidade de produtos e destinos. Servem para reunir mais esforços no sentido de tornar o Brasil um país mais competitivo e competente no turismo.
Por dentro de Londres 2012 – Ingressos
Os Jogos Olímpicos Londres 2012 terão 6,6 milhões de ingressos à venda. Desde março as entradas para assistir às competições estão à venda com preços de variam de 20 até 2.012 libras ( algo entre 54 e 5.400 reais ).
Até agora os ingressos já renderam cerca de 527 milhões de libras ( 1,5 milhões de reais ) e outras 130 milhões de libras devem ainda ser arrecadas com a venda dos ingressos disponíveis.
O Diretor Executivo de Londres 2012, Paul Deighton disse que cerca de 25% do orçamento dos jogos deverá ser pago com as vendas de ingressos.
No Brasil, os Jogos Rio 2016 terão 6 milhões de ingressos à venda, ao preço médio de 36 dólares, e existirão valores que variam de 10, 20 ou 30 dólares, dependendo das competições ou do local para assistir às competições.
FALTAM 1.695 dias para os Jogos Rio 2016
Ir ou não ir… ( feiras de turismo )
Uma decisão importante para empresas e órgãos de turismo: ir às feiras de turismo.
A resposta pode estar em outras perguntas. Quais os objetivos em participar de uma feira? Que tipo de público estará presente? Qual o custo benefício ? O que o evento oferece como diferencial ?
Essa reflexão é importante no cenário de grandes mudanças dos fluxos turísticos mundiais e, sobretudo quando as ferramentas de promoção e comunicação encontram outros meios de relacionamento com agentes de viagens, clientes e imprensa. Também para quem organiza tais eventos, temas como renovação, inovação, tecnologia são importantes para reter expositores e atrair clientes. Talvez a certeza é que nossa indústria não quer mais do mesmo.
A Atout France, agência turística oficial da França anunciou que em 2012 não irá mais participar da FITUR em Madri nem da BIT em Milão. Suas razões são explicadas pelo diretor Christian Mantei, argumentando que os custos de participação aumentam, o público presente diminuiu e que o perfil do evento já não atende mais às necessidades dos empresários do setor. De acordo com ele, outras formas de comercialização trazem retorno mais eficaz. A agência continua a participar de outras feiras como a WTM de Londres e a ITB de Berlim.
Todos de olho no retorno de seus investimentos e no diferencial que as feiras de turismo estão oferecendo a seus expositores e compradores.
De qualquer forma, para um país, estar ausente de alguns eventos pode ser ruim para sua rede de relacionamentos, para empresas ou órgãos de turismo estaduais e municipais vale uma análise mais detalhada.
Minha experiência durante 8 anos de organização e participação nas feiras em diversos países, também leva refletir sobre os pontos mencionados acima, tais como:
– ter muito claro os objetivos e forma de participação;
– analisar o custo-benefício dessa e outras ferramentas de comunicação e relacionamento;
– organizar uma agenda prévia para otimizar contatos e focar nos objetivos traçados;
– agrupar e executar diversas ferramentas como reuniões, agenda de imprensa, participação em seminários, dentre outras;
– e muito importante: manter a rede de relacionamentos durante todo o ano e, não somente no momento da feira.
Só pra meninas
Calma meninos, vocês também podem ler o post. Quero falar dos andares de hotéis exclusivos para mulheres.
Já experimentei alguns hotéis, tanto no Brasil como no exterior, em que andares são reservados às mulheres. Talvez mais do que a privacidade, ou o silêncio, o atendimento e as facilidades para as necessidades das mulheres seja interessante nesse conceito.
Falo mais como usuária. Minhas experiências trouxeram mais tranquilidade, sobretudo silêncio (o que muitas vezes é difícil encontrar) fazem toda a diferença quando se está trabalhando e precisa de descanso e privacidade.
As facilidades do quarto fazem a diferença, dão um toque pessoal e nos fazem sentir mais em casa. Frutas, chinelinhos, roupão, cremes especiais, um secador mais potente, até um camisão de dormir personalizado. Pode parecer frescura ? Pra quem vive viajando e está fora de casa posso garantir que não.
Meninas ? Vocês já experimentaram?
Meninos ? Vocês já implementaram ou o que pensam do conceito ?
Por dentro de Londres 2012: A TOCHA OLÍMPICA
Com o intuito de conhecer melhor as experiências de outros países na realização de Jogos Olímpicos e as implicações para o turismo, trago um pouco mais sobre o que está programado na agenda do Reino Unido.
A TOCHA OLÍMPICA
Um dos ápices para a cidade e país que recebe os Jogos, o revezamento da tocha olímpica marca um momento importante na programação oficial do evento. Tem o objetivo de expressar os ideais olímpicos de paz, amizade e união por meio do esporte e da chama olímpica. A mobilização nacional em torno do revezamento tem grande impacto na população o país que sedia os jogos.
No caso do Canadá, nos Jogos de Inverno de 2010, o sentimento de união e orgulho nacional representou um legado para a nação, sua diversidade e a união de seu povo.
Para os Jogos Londres 2012, o roteiro anunciado para o período de 19 de Maio a 27 de Julho de 2012 terá um roteiro de celebração da cultura local, paisagens deslumbrantes e envolverá as áreas urbanas de cerca de 1.000 cidades, vilas e povoados.
Serão cerca de 8.000 paradas com o envolvimento de 95% da população do território.
A cobertura de imprensa, as celebrações locais e a presença da população serão divulgadas pelo mundo, contribuindo para um maior conhecimento de todos os recantos e valores do país e seu povo.
Um mapa interativo permite conhecer o roteiro, a agenda, os eventos e leva as pessoas a buscar o lugar mais próximo à sua moradia para acompanhar a tocha.
Clique aqui e veja o vídeo animado sobre o revezamento da tocha, muito bom !
2014, 2016, turismo e legados
Amplo e produtivo debate sobre as oportunidades que os mega-eventos esportivos vão trazer para o Brasil e em especial para o turismo. Foi o que aconteceu na Fecomércio SP hoje, 22/11, em evento do Conselho de Turismo e Negócios.
Uma palestra do diretor do Grupo Águia Gilson Novo e uma bancada de debatedores do setor formado por Toni Sando, Ricardo Ferreira, Anita Pires, Robin Johhson e José Estevão Cocco trouxe alguns temas que compartilho aqui:
– os eventos esportivos de 2014 e 2016 devem ser pensados em termos de legado e benefícios após sua realização
– desafios de infra-estrutura, qualificação, roteiros e informações turísticas são importantes para melhorias no turismo a curto, médio e longo prazos
– devemos preparar pessoas e empresas de forma permanente, aproveitando a oportunidade dos eventos e continuar a desenvolver melhorias depois deles
– cuidar das mensagens que o Brasil quer passar ao mundo é fundamental para o avanço do turismo no cenário global e para maximizar os resultados de exposição de mídia desses eventos
– existem muitas oportunidades de negócios antes e durante a realização da Copa do Mundo de 2014, não somente nas cidades-sede, mas nas localidades que vão receber grupos de torcedores, de visitantes estrangeiros, imprensa e que vão integrar roteiros turísticos e de entretenimento entre as datas dos jogos
– lembrar sempre quais foram os compromissos que o Brasil assumiu nas fases de candidatura e colocar em prática dos objetivos do País com a realização desses eventos é ponto essencial para garantir legados para a sociedade brasileira e para o turismo
– sustentabilidade, valores do esporte e qualidade de produtos e serviços são variáveis de grande valor nesse cenário de realização dos eventos e para a indústria de viagens e lazer
– realizar os eventos com a alegria dos brasileiros e com profissionalismo será fundamental para o sucesso dos eventos e a garantia de consolidação dos legados
Da Rocinha para o mundo
A ação das forças de segurança na retomada da Favela da Rocinha no Rio teve grande repercussão na imprensa internacional.
O tema da segurança sempre foi o mais difícil quando se trata de promover ou falar do Brasil no cenário internacional. Durante muitos anos, eram poucos os argumentos ou informações que podiam ser dadas sobre o assunto, agora existem fatos objetivos e que podem trazer benefícios reais à população carioca e à percepção que o mundo tem de nosso país.
A imprensa mundial, com especial destaque para a América do Sul, Europa e Estados Unidos deu grande destaque à ocupação da Rocinha, mostrando que a retomada trará melhores condições de vida às comunidades e também dando grande destaque aos Jogos Rio 2016 e ao Mundial de Futebol de 2014.
Para se ter uma idéia de quanto esses fatos são importantes para a imagem do país, o assunto foi capa do The New York Times e manchete em jornais como o The Independent e Le Monde. A CNN e a BBC também exibiram imagens de como funcionou a operação.
Nesse momento, é importante repercutir os resultados da operação, mostrar as mudanças realizadas em outras áreas da cidade e como um tema tão importante para os brasileiros e para a imagem do Brasil apresenta mudanças profundas.
Esses fatos são muito importantes para o turismo brasileiro, irão contribuir para melhorar a percepção mundial e terão sempre mais repercussão na medida que os grandes eventos esportivos se aproximam. Aqui está a prova de que eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos são oportunidades para mostrar mais sobre o Brasil ao mundo.
BRICS fortes e diferentes
Além do Brasil, Rússia, Índia e China, agora África do Sul entra no grupo dos países emergentes que fazem a diferença no cenário global.
Para o turismo, a presença desses países traz mudanças de grande proporção nos fluxos de viagens, e mais do que isso, no comportamento dos “novos” viajantes e nas alterações da forma de fazer viagens.
Durante o debate de sala lotada na WTM em Londres, alguns temas foram abordados e eu gostaria de compartilhar com vocês:
– o grande mercado interno desses países está dinamizando as viagens domésticas e está aumentando as chegadas nos mercados “maduros” que estão em crise. A Europa é o melhor exemplo, cresceu 6% até Setembro, algo inesperado diante da situação econômica ( salvos pelos emergentes );
– o países que mais gastam durante as viagens também estão entre os BRICS, somando-se o Japão. Os brasileiros no topo da lista, +40% de gastos até setembro;
– o visto é um tema recorrente nos debates com o mercado. Os demais países ainda têm problemas mais complexos que o do Brasil, mas de qualquer forma o setor clama por vistos eletrônicos e flexibilização;
– todos estão interessados em conhecer os mercados dos BRICs, como eles funcionam, como promover seu país por aqui, como fazer negócios
Bem, ainda vamos voltar a outros temas, mas ressalto que temos muitas oportunidades e vantagens no cenário atual, existe um desconhecimento dos grandes emissores e operadores de como o mercado funciona nos países emergentes. Podemos aproveitar para conhecer melhor também os nossos mercados.
Precisamos também tratar do tema da sustentabilidade, em suas dimensões econômica, social, ambiental e cultural, porque além de ser nosso diferencial de competitividade também traz impactos negativos que precisam ser evitados.