Turismo e Negócios, Conselho da FECOMERCIO

O início das atividades do Conselho de Turismo e Negócios da FECOMÉRCIO São Paulo hoje foi marcado pela presença de lideranças importantes, pela objetividade no debate e pelo grande interesse dos presentes em dinamizar o trabalho em turismo.

O ex-Ministro e empresário Walfrido dos Mares Guia ressaltou as possibilidades que a inclusão de novas parcelas da população pode significar para as viagens e o turismo. Turismo é negócio, emprego e divisas, afirmou.

João Dória, ex- Presidente da EMBRATUR e Presidente do LIDE listou desafios importantes na área de infra-estrutura, de políticas públicas para o setor e destacou que a paixão tem o poder de mobilizar e envolver as pessoas nos desafios e no debate positivo do Brasil para essa década.

O Ministro do Esporte Orlando Silva mostrou como os grandes eventos esportivos podem colaborar com a promoção do turismo, melhorar produtos e serviços por todo o território nacional e destacou a importância das entregas previstas nos compromissos que o Brasil assumiu com o COI e a FIFA.

A bancada de debatedores levantou importantes temas que serão aprofundados em próximas iniciativas do Conselho, sempre buscando trazer qualidade e inspiração aos empresários.

Os participantes, cerca de 200 lideranças afirmaram a qualidade das intervenções, a objetividade e o clima agradável do primeiro evento do Conselho.

Queremos continuar ousados, inovadores, trabalhar de forma objetiva e integrada às lideranças do setor de viagens e turismo. Sensibilizar lideranças públicas para a contribuição que o turismo pode trazer ainda mais para o desenvolvimento do país.

Como vamos em 2011 ?

Dados rápidos para acompanhar como está o desempenho do turismo no mundo e no Brasil indicam a recuperação e o crescimento do setor.

Segundo a OMT, as chegadas internacionais cresceram 5% nos dois primeiros meses de 2011, com destaque para a América do Sul, que cresceu 15%. No Brasil, dados do Ministério do Turismo e da INFRAERO apontam o crescimento de janeiro a mais nos desembarques domésticos de 20,39% e nos desembarques internacionais de 20,32%.

As receitas com os gastos dos turistas em 2010 cresceram 4,7% no mundo, enquanto no Brasil somente as divisas cresceram 11,6 %. Observamos que o ritmo mundial de crescimento de número de passageiros é muito parecido com o crescimento das divisas, o que não ocorre no Brasil. Como somos um destino de longa distância, a média de crescimento das receitas é muito superior ao número de pessoas, quase quatro vezes maior.

Em 2011, até maio, a média de crescimento das receitas no Brasil é de 14,33%, sendo maio o melhor mês, com 33% mais de entrada de dólares.

O gasto dos brasileiros no exterior, até maio, cresceu em média 45%. O turismo é o quinto item da pauta de exportações do Brasil, tendo portanto, numa economia tão diversificada, um papel importante para o desenvolvimento do país. Mais competitividade é fundamental para atrair mais visitantes, que fiquem mais tempo e gastem mais em nosso país.

Contraditório, pois quanto mais dólares ajudamos a trazer, também acabamos contribuindo para a valorização cambial; variável crucial em nosso negócio.

Marca Brasil

 A Marca Brasil foi desenvolvida a partir de pesquisas, estudos e uma concorrência entre os designers gráficos do Brasil. Kiko Farkas é o autor dessa marca que tem um conceito promocional e uma estratégia de comunicação do Brasil como destino turístico.

Acesse este link e conheça os atributos que levaram à elaboração da marca e os principais eixos que norteiam a promoção do Brasil por meio do Plano Aquarela.

Em apenas 5 anos a Marca Brasil já tem reconhecimento de 20% dos turistas que visitaram o Brasil, sua utilização pelos agentes de turismo em nosso País e no exterior, as campanhas da EMBRATUR e sua forte representatividade são importantes para que ela tenha longa vida.

É muito importante utilizá-la conforme os padrões e regras, respeitar e divulgar a Marca.

 

Nosso Conselho de Turismo na FECOMERCIO

Amigos, no próximo dia 30 de Junho, às 11:00 na Fecomércio vamos fazer o lançamento do Conselho de Turismo da FECOMÉRCIO.

Vamos contar com a presença do Ministro do Esporte Orlando Silva, o ex-Ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia e o empresário Presidente do LIDE João Dória.

Teremos ainda uma bancada de debatedores formada por líderes empresariais de turismo.

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São Paulo e Rio em 2011, estudo Mastercard

Estudo da Mastercard em 132 países mostra a recuperação do turismo mundial em números de viagens internacionais e também em gastos. O setor de viagens e turismo é, mais uma vez, atividade que caminha com o dinamismo econômico mundial, e os destinos turísticos, por meio do gasto de seus visitantes, se tornam veículos de impacto no comércio e negócios. O turismo amplia as possibilidades de desenvolvimento local, sobretudo nos mercados emergentes.

Dados de perspectivas para 2011 na América Latina segundo o MasterCard Index of Global Destination Cities: Cross-Border Travel and Expenditures 2Q 2011:

  • O Brasil deve liderar o crescimento em 2011 com 2 cidades, São Paulo e Rio de Janeiro, tanto em número de visitantes como em gastos.
  • São Paulo: número 1 do ranking deve receber cerca de 2,7 milhões de visitantes e ter uma taxa de crescimento de 2010 para 2011 de 17,1%.
  • Rio: deve ser o número 8 do ranking, chegando a 700 mil visitantes e com uma taxa de crescimento de 27,5% (deverá ser a mais alta da América Latina).
  • A expectativa é de que os gastos dos visitantes deixem em São Paulo em 2011 cerca de US 3,1 bilhões e no Rio de Janeiro, US$ 900 milhões.

Vulcões e desastres naturais

Quando ouvimos e vimos as notícias sobre o vulcão na Islândia em 2010, parecia longe de nossa realidade.

Durante o mês de abril, 15% de todos os vôos do espaço aéreo europeu foram cancelados causando grandes prejuízos ao setor de viagens e turismo quando a crise de 2009 parecia estar começando a passar.

Da mesma forma, o setor de turismo sentiu e ainda sente os efeitos da última tragédia no Japão, que deverá custar mais de US$ 300 bilhões ao país. Imediatamente as viagens para o Japão foram canceladas e é grande o esforço de mostrar a recuperação e áreas não afetadas.

Desse lado do mundo, desde o dia 04 de Junho sentimos os efeitos do vulcão chileno, que já causou cancelamentos de vôos e interrompeu viagens a negócios e a lazer.

Se o turismo é uma atividade imediatamente afetada por eventos naturais, sua capacidade de recuperação e contribuição à retomada econômica deve ser vista na mesma proporção.

Além da volta à normalidade, da recuperação de vias de acesso e de paisagens turísticas, é muito importante comunicar aos clientes e fornecedores as atitudes para retomar as atividades econômicas locais.

Lembro agora das chuvas que castigaram Santa Catarina em 2009 não atingiram as principais regiões turísticas e uma eficiente estratégia de comunicação garantiu a presença dos sul americanos na temporada que começou dois meses depois do evento.

Como o cliente ajuda a vender seu produto?

Como a hotelaria vem usando as redes sociais para mudar sua forma de fazer negócios e se relacionar com os clientes ? E qual o retorno de fidelidade ? Esses e outros temas foram debatidos na Conferência de Hospitalidade da NYU em relação ao retorno de investimento nessa nova plataforma de comunicação.

A principal realidade a constatar é de que as redes sociais já substituíram as tradicionais forma de mídia, pois os consumidores estão mais econômicos, engajados e sempre online.

O retorno que os clientes dão sobre suas experiências num hotel ou serviço é a melhor arma de um bom negócio. Hóspedes compartilham coisas positivas e vantagens de um hotel e contaminam outros clientes.

Eu mesma, ao fazer uma viagem, dependendo do motivo, ao comparar produto, preço e o tipo de serviço que quero, vou direto aos comentários dos hóspedes para tomar minha decisão final.

E como os depoimentos podem ajudar na melhoria de um produto ? Ouvindo os clientes de forma sincera e positiva pode ajudar a melhorar serviços e ao mesmo tempo fortalecer marcas. O marketing não está mais sob controle da empresa, o cliente se apropria da construção da imagem da marca e do produto. E isso tem grande valor.

Canadá: turismo 1 ano depois dos Jogos

Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 foram realizados em Vancouver, com resultados positivos em número de visitantes e gastos durante o evento.

Hoje, a CTC – Canadian Tourism Commission divulgou os dados de março de 2011, que comparados com 2010, período dos Jogos, tiveram uma diminuição de chegadas de 6%. Os únicos mercados que levaram mais visitantes foram Brasil (+44%), China (+9%) e França (+1). Os americanos, principal mercado, tiveram -4% de chegadas, menos que fevereiro, quando o índice foi de -9%.

Estou mostrando esses dados para nosso reflexão nos anos seguintes à realização do Mundial de 2014 e dos Jogos Rio 2016. Pode ser que em 2015 a diminuição de visitantes não seja tão acentuada, mas após 2016 provavelmente o cenário poderá ser de diminuição.

Previsível quando comparamos anos de grande visitação por causa dos eventos esportivos e anos “normais”. O mais importante, é pensar no longo prazo, olhar para uma linha crescente nos próximos 10 anos, e continuar promovendo e planejando a promoção internacional para depois de 2016.

E aí ? E o gasto dos estrangeiros aqui ?

As informações sobre as receitas e despesas da balança em turismo estão mais focadas nos gastos dos brasileiros no exterior, e claro, a diferença entre esse valor e o montante que os estrangeiros gastam no Brasil. Câmbio, crescimento interno, mais viajantes ao exterior são alguns fatores que têm grande impacto nesse cenário.

E quero falar do gasto dos estrangeiros no Brasil, muito importante para a economia nacional, que coloca o turismo entre os primeiros itens da pauta de exportações do Brasil. Mais do que isso, chegada de estrangeiros significa mais empregos, mais investimentos, melhoria de serviços, experiência para o mercado interno.

Em abril de 2011, os estrangeiros gastaram + 17% em sua viagem ao Brasil, trazendo um acumulado no ano de +10,7%. Daí a importância de perseguir metas de qualificação dos destinos, infraestrutura, promoção internacional e todos os demais temas que falamos sempre.

Meu ponto focal hoje é como o turismo é visto em nosso País enquanto atividade econômica responsável por 3,4% do PIB ? Que gera empregos nas diversas regiões e é um fator de preservação ambiental e valorização cultural ? Quanto governos, empresas não ligadas diretamente ao turismo sabem e conhecem nosso setor ?

Uauh! Que momento para o turismo do Brasil

Nessa semana participo de dois eventos de turismo nos EUA. O primeiro, WTTC Summit reuniu cerca de 800 líderes do setor de viagens do mundo todo, falando sobre as possibilidades de crescimento da economia do planeta com a contribuição do turismo para o PIB mundial, a geração de empregos e a entrada de divisas. Hoje, começou o Pow Wow, evento exclusivo para profissionais para vender EUA pelo mundo.

E parei de contar as vezes que o Brasil foi citado, e as demandas de reuniões e conversas com empresários brasileiros. Trata-se de um grande destaque para o Brasil como grande emissor de visitantes, sobretudo com alto gasto no exterior. Também do poder das economias emergentes como líderes do turismo mundial com seus mega mercados domésticos.

Nosso setor tem pela frente grandes oportunidades, para crescer internamente, gerando empregos e distribuindo renda pelo país de forma mais igual. No mercado internacional, seja nas viagens dos brasileiros para o exterior, seja dos estrangeiros que virão ao Brasil a lazer, para fazer novos negócios em função do crescimento da economia, ou ainda, porque os grandes eventos esportivos serão a rede de divulgação impressionante de um novo Brasil.

Além dos desafios de infraestrutura, qualificação e tantos outros, entendo que a busca do profissionalismo do setor ao mostrar sua importância para a economia do Brasil deve ser uma luta obstinada. Precisamos detonar uma jornada interna para mostrar o que é o turismo e seus benefícios econômicos, sociais e ambientais.

Mais do que isso, precisamos estar presentes aos fóruns globais, colocar nossa opinião, mostrar nosso país e ter papel ativo no debate e ações globais da indústria de viagens e turismo.