Eventos Internacionais no Brasil, não é somente 2014 e 2016

Em 2010, pelo critério da ICCA – International Congress & Convention Association, o mundo realizou 9.120 eventos associativos. Imaginem que em 2000 eram apenas 5.186 eventos.

O Brasil realizou 275 eventos por esse critério, sendo o 9º país no ranking mundial. Mas atenção, a maioria dos eventos é realizado na Europa ( 54% ), e muitos deles não saem de lá. Nesse sentido, a colocação do Brasil é muito boa, já que a América Latina só recebe 10% dos eventos mundiais.

Também interessante, em 2003, somente 22 cidades brasileiras recebiam eventos internacionais e ano passado 48 cidades entraram para a

Vamos fazer uma reflexão sobre as novas oportunidades de eventos para o Brasil na próxima década com a grande exposição de mídia mundial, com os novos negócios ligados ao esporte, ao marketing, à economia, educação, tecnologia, etc…

Lembrar também que a experiência que as diversas empresas do setor de viagens e turismo já têm serão muito importantes na realização dos eventos esportivos e das novas oportunidades que virão.

Turismo e Negócios, Conselho da FECOMERCIO

O início das atividades do Conselho de Turismo e Negócios da FECOMÉRCIO São Paulo hoje foi marcado pela presença de lideranças importantes, pela objetividade no debate e pelo grande interesse dos presentes em dinamizar o trabalho em turismo.

O ex-Ministro e empresário Walfrido dos Mares Guia ressaltou as possibilidades que a inclusão de novas parcelas da população pode significar para as viagens e o turismo. Turismo é negócio, emprego e divisas, afirmou.

João Dória, ex- Presidente da EMBRATUR e Presidente do LIDE listou desafios importantes na área de infra-estrutura, de políticas públicas para o setor e destacou que a paixão tem o poder de mobilizar e envolver as pessoas nos desafios e no debate positivo do Brasil para essa década.

O Ministro do Esporte Orlando Silva mostrou como os grandes eventos esportivos podem colaborar com a promoção do turismo, melhorar produtos e serviços por todo o território nacional e destacou a importância das entregas previstas nos compromissos que o Brasil assumiu com o COI e a FIFA.

A bancada de debatedores levantou importantes temas que serão aprofundados em próximas iniciativas do Conselho, sempre buscando trazer qualidade e inspiração aos empresários.

Os participantes, cerca de 200 lideranças afirmaram a qualidade das intervenções, a objetividade e o clima agradável do primeiro evento do Conselho.

Queremos continuar ousados, inovadores, trabalhar de forma objetiva e integrada às lideranças do setor de viagens e turismo. Sensibilizar lideranças públicas para a contribuição que o turismo pode trazer ainda mais para o desenvolvimento do país.

Como vamos em 2011 ?

Dados rápidos para acompanhar como está o desempenho do turismo no mundo e no Brasil indicam a recuperação e o crescimento do setor.

Segundo a OMT, as chegadas internacionais cresceram 5% nos dois primeiros meses de 2011, com destaque para a América do Sul, que cresceu 15%. No Brasil, dados do Ministério do Turismo e da INFRAERO apontam o crescimento de janeiro a mais nos desembarques domésticos de 20,39% e nos desembarques internacionais de 20,32%.

As receitas com os gastos dos turistas em 2010 cresceram 4,7% no mundo, enquanto no Brasil somente as divisas cresceram 11,6 %. Observamos que o ritmo mundial de crescimento de número de passageiros é muito parecido com o crescimento das divisas, o que não ocorre no Brasil. Como somos um destino de longa distância, a média de crescimento das receitas é muito superior ao número de pessoas, quase quatro vezes maior.

Em 2011, até maio, a média de crescimento das receitas no Brasil é de 14,33%, sendo maio o melhor mês, com 33% mais de entrada de dólares.

O gasto dos brasileiros no exterior, até maio, cresceu em média 45%. O turismo é o quinto item da pauta de exportações do Brasil, tendo portanto, numa economia tão diversificada, um papel importante para o desenvolvimento do país. Mais competitividade é fundamental para atrair mais visitantes, que fiquem mais tempo e gastem mais em nosso país.

Contraditório, pois quanto mais dólares ajudamos a trazer, também acabamos contribuindo para a valorização cambial; variável crucial em nosso negócio.

Marca Brasil

 A Marca Brasil foi desenvolvida a partir de pesquisas, estudos e uma concorrência entre os designers gráficos do Brasil. Kiko Farkas é o autor dessa marca que tem um conceito promocional e uma estratégia de comunicação do Brasil como destino turístico.

Acesse este link e conheça os atributos que levaram à elaboração da marca e os principais eixos que norteiam a promoção do Brasil por meio do Plano Aquarela.

Em apenas 5 anos a Marca Brasil já tem reconhecimento de 20% dos turistas que visitaram o Brasil, sua utilização pelos agentes de turismo em nosso País e no exterior, as campanhas da EMBRATUR e sua forte representatividade são importantes para que ela tenha longa vida.

É muito importante utilizá-la conforme os padrões e regras, respeitar e divulgar a Marca.

 

Nosso Conselho de Turismo na FECOMERCIO

Amigos, no próximo dia 30 de Junho, às 11:00 na Fecomércio vamos fazer o lançamento do Conselho de Turismo da FECOMÉRCIO.

Vamos contar com a presença do Ministro do Esporte Orlando Silva, o ex-Ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia e o empresário Presidente do LIDE João Dória.

Teremos ainda uma bancada de debatedores formada por líderes empresariais de turismo.

Saiba mais sobre o Conselho

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São Paulo e Rio em 2011, estudo Mastercard

Estudo da Mastercard em 132 países mostra a recuperação do turismo mundial em números de viagens internacionais e também em gastos. O setor de viagens e turismo é, mais uma vez, atividade que caminha com o dinamismo econômico mundial, e os destinos turísticos, por meio do gasto de seus visitantes, se tornam veículos de impacto no comércio e negócios. O turismo amplia as possibilidades de desenvolvimento local, sobretudo nos mercados emergentes.

Dados de perspectivas para 2011 na América Latina segundo o MasterCard Index of Global Destination Cities: Cross-Border Travel and Expenditures 2Q 2011:

  • O Brasil deve liderar o crescimento em 2011 com 2 cidades, São Paulo e Rio de Janeiro, tanto em número de visitantes como em gastos.
  • São Paulo: número 1 do ranking deve receber cerca de 2,7 milhões de visitantes e ter uma taxa de crescimento de 2010 para 2011 de 17,1%.
  • Rio: deve ser o número 8 do ranking, chegando a 700 mil visitantes e com uma taxa de crescimento de 27,5% (deverá ser a mais alta da América Latina).
  • A expectativa é de que os gastos dos visitantes deixem em São Paulo em 2011 cerca de US 3,1 bilhões e no Rio de Janeiro, US$ 900 milhões.

Vulcões e desastres naturais

Quando ouvimos e vimos as notícias sobre o vulcão na Islândia em 2010, parecia longe de nossa realidade.

Durante o mês de abril, 15% de todos os vôos do espaço aéreo europeu foram cancelados causando grandes prejuízos ao setor de viagens e turismo quando a crise de 2009 parecia estar começando a passar.

Da mesma forma, o setor de turismo sentiu e ainda sente os efeitos da última tragédia no Japão, que deverá custar mais de US$ 300 bilhões ao país. Imediatamente as viagens para o Japão foram canceladas e é grande o esforço de mostrar a recuperação e áreas não afetadas.

Desse lado do mundo, desde o dia 04 de Junho sentimos os efeitos do vulcão chileno, que já causou cancelamentos de vôos e interrompeu viagens a negócios e a lazer.

Se o turismo é uma atividade imediatamente afetada por eventos naturais, sua capacidade de recuperação e contribuição à retomada econômica deve ser vista na mesma proporção.

Além da volta à normalidade, da recuperação de vias de acesso e de paisagens turísticas, é muito importante comunicar aos clientes e fornecedores as atitudes para retomar as atividades econômicas locais.

Lembro agora das chuvas que castigaram Santa Catarina em 2009 não atingiram as principais regiões turísticas e uma eficiente estratégia de comunicação garantiu a presença dos sul americanos na temporada que começou dois meses depois do evento.

Como o cliente ajuda a vender seu produto?

Como a hotelaria vem usando as redes sociais para mudar sua forma de fazer negócios e se relacionar com os clientes ? E qual o retorno de fidelidade ? Esses e outros temas foram debatidos na Conferência de Hospitalidade da NYU em relação ao retorno de investimento nessa nova plataforma de comunicação.

A principal realidade a constatar é de que as redes sociais já substituíram as tradicionais forma de mídia, pois os consumidores estão mais econômicos, engajados e sempre online.

O retorno que os clientes dão sobre suas experiências num hotel ou serviço é a melhor arma de um bom negócio. Hóspedes compartilham coisas positivas e vantagens de um hotel e contaminam outros clientes.

Eu mesma, ao fazer uma viagem, dependendo do motivo, ao comparar produto, preço e o tipo de serviço que quero, vou direto aos comentários dos hóspedes para tomar minha decisão final.

E como os depoimentos podem ajudar na melhoria de um produto ? Ouvindo os clientes de forma sincera e positiva pode ajudar a melhorar serviços e ao mesmo tempo fortalecer marcas. O marketing não está mais sob controle da empresa, o cliente se apropria da construção da imagem da marca e do produto. E isso tem grande valor.

Canadá: turismo 1 ano depois dos Jogos

Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 foram realizados em Vancouver, com resultados positivos em número de visitantes e gastos durante o evento.

Hoje, a CTC – Canadian Tourism Commission divulgou os dados de março de 2011, que comparados com 2010, período dos Jogos, tiveram uma diminuição de chegadas de 6%. Os únicos mercados que levaram mais visitantes foram Brasil (+44%), China (+9%) e França (+1). Os americanos, principal mercado, tiveram -4% de chegadas, menos que fevereiro, quando o índice foi de -9%.

Estou mostrando esses dados para nosso reflexão nos anos seguintes à realização do Mundial de 2014 e dos Jogos Rio 2016. Pode ser que em 2015 a diminuição de visitantes não seja tão acentuada, mas após 2016 provavelmente o cenário poderá ser de diminuição.

Previsível quando comparamos anos de grande visitação por causa dos eventos esportivos e anos “normais”. O mais importante, é pensar no longo prazo, olhar para uma linha crescente nos próximos 10 anos, e continuar promovendo e planejando a promoção internacional para depois de 2016.

E aí ? E o gasto dos estrangeiros aqui ?

As informações sobre as receitas e despesas da balança em turismo estão mais focadas nos gastos dos brasileiros no exterior, e claro, a diferença entre esse valor e o montante que os estrangeiros gastam no Brasil. Câmbio, crescimento interno, mais viajantes ao exterior são alguns fatores que têm grande impacto nesse cenário.

E quero falar do gasto dos estrangeiros no Brasil, muito importante para a economia nacional, que coloca o turismo entre os primeiros itens da pauta de exportações do Brasil. Mais do que isso, chegada de estrangeiros significa mais empregos, mais investimentos, melhoria de serviços, experiência para o mercado interno.

Em abril de 2011, os estrangeiros gastaram + 17% em sua viagem ao Brasil, trazendo um acumulado no ano de +10,7%. Daí a importância de perseguir metas de qualificação dos destinos, infraestrutura, promoção internacional e todos os demais temas que falamos sempre.

Meu ponto focal hoje é como o turismo é visto em nosso País enquanto atividade econômica responsável por 3,4% do PIB ? Que gera empregos nas diversas regiões e é um fator de preservação ambiental e valorização cultural ? Quanto governos, empresas não ligadas diretamente ao turismo sabem e conhecem nosso setor ?